Capítulo 6: Um presente para Abby.

Dois meses se passaram desde que Luka disse a Abby que voltaria para África, até agora Abby não deu o motivo que ele tanto queria, e a história com o Carter nem ela sabe se é namoro ou amizade.

--County!—Quando ele atendeu, eu ouvi aquele maravilhoso ruído que ouvia quase todo dia, aquele ruído que fazia eu me sentir viva, pessoas gritando, crianças chorando, até um latido eu pensei ter ouvido.

--Frank. É a Abby, será que você pode dizer a Dra. Weaver que eu não vou trabalhar hoje?

--Só se eu quiser levar um tiro. Abby, o hospital ta uma loucura.—eles sempre conseguem me preocupar, é incrível!

--O que houve?

--Desabamento de passarela e intoxicação em restaurante japonês, para completar, o Mercy ta com o PS fechado. Abby, se você não vim a Weaver surta.

--Se eu for, eu só vou piorar as coisas. Eu to colocando meu intestino para fora, nada para no estômago.

--Um minuto...Dra. Weaver, a Abby está doente.

--Será que todo mundo resolveu ficar doente hoje? Deixa eu falar com ela.—Ihhh...lá vem.

--Abby, você não pode faltar. O mundo ta desabando nas nossas cabeças, e duas enfermeiras faltaram.

--Eu não posso fazer nada, só tenho força de abrir a boca.—A voz dela me parecia preocupada, então lá vou eu me comprometer.—Eu vou tomar o remédio de novo e em duas horas eu estou aí.

--Obrigada Abby.

Não sei como vou fazer isso, já tentei de tudo, nada pára na minha barriga, além de passar a noite vomitando, eu ainda vou ter que trabalhar, tudo pelo bem da medicina, mas e pelo bem da Abby? Sabe de uma coisa? Vou agora para o Hospital, quando chegar lá e virem que eu não consigo não consigo fazer nada, vão me mandar para casa.

--Você tem certeza que ta bem, Abby?—O Carter tinha que me perguntar isso, não tava com saco de nada, e ele fica me amolando.

--Minha cara parece bem?—Puts...A cara dele me fez me sentir péssima por ser tão grossa.

--O que você tem?

--Eu não sei. Acho que comi alguma coisa que me fez mal, passei a noite e a manhã vomitando, tudo que eu comia ia para fora.

--E por que você veio trabalhar, então?

--Ora, porque a Kerry disse que isso aqui tava um caos.

--E realmente estava, mas já ta tudo encaminhado, você devia ir para casa.

--Eu vou falar com a Weaver, por que eu não vou conseguir trabalhar hoje, eu to com um enjôo de matar.—Eu nem tinha percebido que Susan estava atrás de mim.

--Abby, vem comigo!-Ela me agarrou pelo braço e saiu me arrastando até o banheiro feminino, de vez em quando ela faz cada coisa que eu não entendo.

--Que foi? Ta ficando louca?

--Abby, me responde vai.

--Responder o quê?

--Você ta grávida?—Hã? Do que ela ta falando? Isso é impossível, se bem que explicaria muita coisa, mas não, de jeito nenhum, eu não poderia.

--Você fumou o quê hoje, Susan?—ela só podia estar drogada para pensar nisso.

--Abby, pára de drama, pelo que você me falou sua menstruação está atrasada já faz um tempo, não é?—Pior que é verdade, como não me lembrei disso? Como não associei?

--Tá atrasada, mas meu ciclo nunca foi tão certinho, e não pode ser Susan, não pode, como eu vou criar uma criança?

--Abby, você não pode sofrer por antecipação. Vamos fazer o exame, aí se o resultado for positivo a gente pensa no que fazer.

--Tá tudo bem, Abby?—Carter coloca só a cabeça dentro do banheiro feminino.

--Tá!—Com certeza ele percebeu que não estava tudo bem, eu já estava praticamente chorando, os olhos cheios de lágrimas.

--Carter, depois!—Susan me ajudou dando um toque nele, e logo depois ele saiu.

--Vamos?—ela perguntou, com certeza com medo de que eu desistisse.—Eu apenas balancei a cabeça afirmando.

--Susan, já faz uma hora que eu fiz o exame e não sai o resultado.—Parece que estou esperando uma doação de órgão será que ainda vai demorar, muito?

--Abby, o laboratório está atolado, o seu exame não está em prioridade, mas só para você não dizer que eu não sou uma boa amiga, eu vou tentar fazer alguma coisa por você.—ela saiu em direção a "recepção" do laboratório, espero que ninguém venha aqui, não podem nem imaginar que estou aqui; Ai meu Deus, lá vem a Susan, com um envelope na mão, é agora, isso pode mudar a minha vida.

--Abby, o resultado está aqui. Você vai querer ler agora ou deixar para mais tarde?—Claro que eu prefiro nem olhar, mas a curiosidade e o medo estão me matando.

--Não, vamos acabar logo com isso, mas você ler, Susie.—Não sou tão corajosa assim.

--Ok!—ela abriu, ela leu e ela me olhou sorrindo. E agora? O que ela falar vai decidir minha vida.