Capítulo 7:E agora, Abby?

--O quê, Susan? Fala logo.—ela só conseguia sorrir, parecia que até tinha haver com ela.

--Primeiro me diz, se você estiver grávida, você vai ter esse bebê?—mas que pergunta, hein? Quem ela acha que eu sou, a Jing-Mei? Já cometi esse erro uma vez, não seria idiota de cometê-lo de novo.

--Claro.

--Bom, isso não importa, não foi dessa vez, Abby.—No momento que ela disse isso, parecia que o mundo estava caindo sobre minha cabeça, eu achei que fosse ao contrário, que eu ia sentir um alívio, mas não, eu senti um medo, um vazio, uma sensação que não consigo explicar.

--Tá brincando?—Tentei parecer um pouco mais feliz com a resposta.

--To, eu vou ser titia.—Como assim? Isso quer dizer que...Não agüento , eu tenho que me esvaziar.

--Você ta chorando de felicidade?—Ela me abraçou o mais forte que pode.

--Para ser sincera, estou.

--Eu sabia. Abby, mulher nenhuma fica triste ao saber que vai ter um bebê, ela pode sentir ânsia, medo até pavor, mas tristeza, de jeito nenhum.

--Mas, então, quando você vai contar para o Carter?—Parecia que a Susan nem estava ali, estava tão feliz, mas também pensando no que faria quando essa criança nascesse.

--Não sei.—Eu não sei quando ia contar para ele...Ei!Que Carter?

--Você tem que contar logo, não que seja um problema, mas é uma grande mudança para todos os envolvidos, além disso, junto com o bebê vêm muitas mudanças...—Ela não pára de falar nunca?

--Susan, mais uma vez hoje, você fumou o quê?

--Quê?

--O que o Carter tem haver com a história, nunca pensei que falaria isso novamente, mas o negócio é com o Luka.

--Hã?Mas...—A cara que ela fez era de matar, será que ela pensava que eu mal terminaria com meu namorado de quase um ano, eu já ia correndo para outro, ninguém pensa bem de mim, fala sério!

--Eu te conto tudo Susan, eu te falei que nada aconteceu entre mim e o Carter!

--É mas, naquele dia você dor mil na casa dele...—Eu precisava cortá-la antes de ela começar com essa história de novo.

--No sofá, mente poluída.

--Mas não rolou, nada, nada?

--Nada, nada!

--Realmente isso complica as coisas.—Do que ela tava falando, complicar o quê, é claro que eu não ia pedir ajuda em nada pro Luka, depois de tudo, eu sei que ele merece saber, mas...Meu Deus, não faz nem 20 minutos que eu descobri que estava grávida e os problemas já começaram a aparecer, mas acho que no fundo, no fundo eu já sabia.

--Complicar o quê? Qual a diferença?

--Fala sério, né Abby? O Luka é todo complicado e problemático, e agora ele pediu o motivo para não ir para África, e você tem o motivo nas suas mãos. O Carter apesar de tudo, ele leva as coisas mais numa boa e ia se empolgar que só se soubesse que ia ter um bebê.—Ela falou tudo isso olhando fixamente para o papel do laboratório em minhas mãos, que eu arranquei dela logo depois dela falar o resultado verdadeiro.

--Susan pára, o Carter não tem nada haver com isso, e eu não vou metê-lo em nada. Agora o assunto do Luka é diferente, acho que posso contar sim para ele.—Ela começou a fazer uma cara de tragédia que dava medo, o que passava naquela mente?

--Abby, sou sua amiga, e tenho que te alertar do perigo.—Hã? Que perigo? Estou preste a perguntar mais uma vez o que ela fumou hoje, talvez ela me responda.—O Luka já perdeu a família dele uma vez, ele não vai deixar isso acontecer de novo, vou te contra o que vai acontecer: Quando o bebê nascer ele vai pedir o DNA, ele ainda está chateado com você, ele vai pedir a guarda da criança, e você sabe qual artifício ele vai usar contra você, ex alcoólatra, divorciada, e o mais importante ele vai citar o detalhe que na sua família há dois casos de bipolaridade e que você não estar livre do perigo da doença totalmente, e se essa criança for bipolar Abby? E se você desenvolver a doença daqui a alguns anos? Um bipolar cuidando de outro, Abby eu não quero te assustar, eu quero te prevenir, se você contar ao Luka que esse bebê é dele, você vai perder seu filho.—Meu Deus com a Susie podia falar isso, eu não vou desenvolver a doença, o meu bebê não vai tê-la e o Luka não faria isso comigo. Não, não pode, é muita desgraça para uma vez só.

--Abby, não chora mais.—Ela me abraçou mais uma vez bem forte.—Eu não estou de jeito nenhum dizendo que isso vai acontecer, ao contrário, eu vou te ajudar no que eu puder e no que eu não puder, mas eu sei como são os advogados, se o Luka pedir a guarda, é isso que vai acontecer. Quando eu vi o resultado, foi a primeira coisa que veio na minha cabeça, eu pensei, o Luka vai ficar radiante quando souber, mas depois vieram os outros pensamentos...

--Susan, você não pode afirmar isso, o Luka vai perceber que o melhor pro meu filho é ficar perto de mim.

--Esse é um risco que você não pode correr, e apesar de parecer que você ainda tem muito tempo, você tem menos de 7 meses, parece muito, mas não é. Você não pode contar para ele.