A... Acabou por hoje
Capítulo XI – Novos AmigosDraco saiu da lareira e atravessou a sala em disparada até a escada, puxando olhares em sua direção. Harry o seguiu, andando depressa. A Sra. Weasley segurou seu braço.
"Harry, o Malfoy está bem? Gina disse que ele teve um ataque."
"Não. Gina teve um ataque."
Harry voltou a andar para a escada e encontrou a porta do quarto fechando lentamente. Ao entrar, deparou-se com Draco tirando todas as roupas da estante de gavetas e jogando-as de qualquer fora na cama.
"Draco... pare com isso."
"Parar com o que, Harry?" – Draco parou tudo e encarou o garoto. – "parar de tentar proteger os outros de mim, ou parar de ser tão ameaçador?"
"Você não é ameaçador."
"Não? Então o que foi aquilo? Talvez ocorresse um incêndio abaixo de meus pés e ocorresse um ligeiro terremoto naquele instante. Não Harry, acho que não foi isso!"
"Para que fazer isso, Draco? Para que fugir de si mesmo a vida toda."
"Por favor, não me venha querer dar lições de moral! Você faz isso todo o tempo. É irritante, sabia? E não vou fazer isso a vida toda. Vou me tratar em Hogwarts."
"Você não está doente, Draco. Só está..."
"O que? Confuso? Estranho? Harry, eu vou sumir daqui e isso não vai acontecer denovo. Eu juro."
"E pra onde é que você vai? Voldemort vai te pegar na primeira esquina."
"Melhor pra vocês."
"Não é o melhor pra mim! Por Deus, Draco! Você está sendo egoísta!"
"Eu só quero proteger vocês. Eu não sei o que aconteceu."
"Eu também não e é por isso que eu quero te ajudar. Voldemort te pega, eu pego ele e depois me mato. É assim que será se você levar isso adiante. Pense um pouco, Draco, isso não vai mudar nada."
"São só dois dias."
"Draco, eles pegaram Sirius em menos de uma hora! Não deixe acontecer com você, por favor!" – Os olhos de Harry lacrimejavam. Draco abaixou a cabeça e, depois de algum tempo, começou a dobrar as roupas da cama. Harry olhava, indignado.
"Vai continuar, Draco?" – Harry esperou algum tempo, sem resposta. - "Ótimo!"
Harry pegou suas roupas da estante e pegou a mala de um canto.
"O que está fazendo?"
"Vou com você."
"Não, não vai!" – Draco foi até a cama de Harry e fechou a mala, jogando-a contra a parede.
"Eu não vou deixar você fazer essa loucura sozinho! Quer se matar? Ótimo. Vou morrer com você!"
"MAS QUE DROGA, HARRY! EU NÃO VOU MORRER!"
"EU VOU COM VOCÊ E PRONTO! Já se esqueceu, Draco? Você enfrentou tudo aquilo por mim. Andou toda a Europa, enfrentou uma geleira e quase morreu congelado. Comigo. Por mim. Você não pensou no que poderia acontecer com você, desde que eu ficasse bem. Não acha que está na hora de retribuir?"
Draco estava de frente para Harry, as mãos à cintura. Draco pensou por um tempo e sorriu.
"Eu não vou deixar você morrer."
"Quer dizer que a gente vai?"
"Não. A gente fica."
Harry sorriu, praticamente guerreando para que as lágrimas em seus olhos não escorressem. Correu até Draco e o abraçou com toda a força que pôde.
"A gente vai controlar isso, Draco, você vai ver."
"Eu não quero sair."
"Tá... você vai ficar aqui e eu lhe trarei tudo o que precisar."
"Até o banheiro?"
Harry riu.
"Bem, eu vou tentar."
P...
Harry olhava Draco com o rosto entre as mãos do outro lado do Salão Principal. Durante a viagem do Expresso Hogwarts o garoto não falara uma palavra e nem dormira, sempre encarando a janela. Sem dúvida foi a viagem mais monótona e chata por qual os quatro passaram. Draco encarava a mesa, ouvindo as conversas idiotas dos Sonserinos à sua volta. Harry já estava ficando preocupado com o garoto, vivendo num mundo alienado. Dumbledore se levantou e McGonnagal chamou a atenção de todos, menos de Draco, que não parecia ao menos ter ouvido que todas as conversas passaram.
"Oh... é bom ver que estão quase todos aqui mais uma vez para encarar mais um longo ano. Como de costume, vamos iniciar o jantar logo após a seleção e um importante aviso." – Declarou o diretor.
Os burbúrios recomeçaram. Harry voltou a observar Draco, que agora parecia muito interessado em enroscar os dedos nos cabelos, bagunçando todo o penteado. O portão se abriu e um monte de crianças passou por eles, encarando todos os lados, curiosas. Uma a uma, elas começaram a serem selecionadas para sua casa. Harry, Rony e Hermione estavam no início da mesa, o que fez com que eles, assim como Draco, ficassem rodeados de crianças.
"O que é isso? Teve uma remessa maior este ano?" – Rony encarava um garoto que, ao perceber seu olhar, se encolheu todo.
Um pequeno garoto se assentou ao lado de Harry. Ele tinha os cabelos negros e rebeldes e os olhos verdes, assim como os de Harry. Harry sentiu sua presença e por um segundo deixou de pensar no curto cabelo atrapalhado de Draco, olhando os olhos do garoto, que devolveu o olhar. As lembranças da infância de Harry invadiram sua cabeça, trazendo um pouco de tristeza. O garoto arregalou os olhos e abriu a boca, surpreso e muito feliz, mas de repente Dumbledore se levantou novamente e todas as atenções se voltaram novamente para ele.
"Bem, como os alunos de algumas casas podem reparar, um de seus colegas não está por aqui hoje, por motivo de transferência. Mas não fiquem tristes, eles serão substituídos."- Dumbledore acenou e três garotos entraram por uma porta lateral.
"Ei, aquela garota ali não é a..." – Hermione cochichou para os dois garotos a sua frente
"Karey Perkins..." – Rony sorriu abestado.
"Quem? A escandalosa?" – Harry olhou para Hermione.
"Tem razão. A beleza dela é um escândalo!" – Rony riu, mas depois gritou, esfregando a perna. Hermione fez uma cara nervosa e olhou de volta para Harry. – "Gostei do japonezinho..." – ela acrescentou, deixando Rony emburrado.
"Sim, Harry. Ela gritou naquela noite. Mas eu não entendo porque ela foi transferida."
Harry reparou no rosto da garota loira de olhos verdes. Ela não tinha nada de especial e Harry nem achou a garota tão bonita assim. Ao lado dela estava um garoto de cabelos negros curtos e olhos verdes. Ou aquele garoto tinha profundas olheiras ou usava lápis. Dava um ar atraente a ele. Harry podia sentir um pequeno ar de mistério sair de suas sobrancelhas cerradas. Tinha também um garoto ocidental muito sorridente no meio dos dois. Ele tinha os cabelos curtos e negros.
"Estes são Yurick Hemingway, Ichiro Watanabe e Karey Perkins, seus novos colegas. A professora McGonnagal irá colocar o Chapéu Seletor para decidir em que casa ficarão. Professora... por favor."
Primeiro foi a garota, que entrou para a Lufa-Lufa, passando a vez para o ocidental sorridente, que foi escalado para a Grifinória, recebendo uma longa remessa de aplausos. Ele foi andando sorrindo e acenando para todos os grifinórios, até descer os degraus rolando, devido aos sapatos desamarrados. A gargalhada vindo dos sonserinos foi inevitável.
"Só podia ser um grifinório!" – gritou alguém da mesa da Sonserina, fazendo Draco se ligar a esse mundo e levar o cotovelo rapidamente até a barriga do garoto do primeiro ano a seu lado.
O garoto se ergueu tonto, sorrindo e andando cambaleante até sua mesa.
"É... eu realmente gostei desse garoto. Está sempre sorrindo, ao contrário de certas pessoas!" – Hermione fez Rony quase babar de raiva.
De repente a mesa ficou florida de tanta comida. Harry começou a se servir, até sentir o garoto a seu lado puxar de leva a manga de sua camisa. Harry olhou o sorridente garoto.
"Você é Harry Potter, não é?"
"Sou. Quem é você?"
"Sou..." – o garoto se virou para o outro lado, um outro garoto do terceiro ano o chamava.
"Nee, lembre-se do que o vovô falou."
"Ah... é." – Ele voltou a encarar Harry, sorrindo um pouco menos. – "Meu nome é Lionel. Lee para os amigos. Eu considero você meu amigo então pode me chamar de Lee."
"Oh... obrigado Lee. Está gostando de Hogwarts?"
"Estou. Fiquei muito feliz de vir para a Grifinória... meu irmão me disse que a Grifinória é para os valentes e eu sou muito valente!"
"É... eu reparei." – Harry riu e voltou a colocar comida.
"Meu avô foi da Grifinória, mas foi expulso. Papai também era da Grifinória e ele é muito valente. E você também veio para a Grifinória e eu sei que você é muito valente. Eu queria ser igual a você. Valente e forte."
"Bem... eu não sou muito mais alto e mais forte do que você."
"Pode me ensinar a ser tão valente, forte, bonito e sensual como você?"
Harry riu.
"Bonito e sensual? Quem te disse isso?"
"Meu irmão me disse que você seduziu um garoto, e não era qualquer garoto. Era um sonserino. Para atrair homens tem que ser muito sensual e o que dirá a um sonserino!"
"Você quer seduzir um garoto?"
"Não..." – o garoto puxou Harry para mais perto e cochichou: - Mas se eu for sensual o bastante para seduzir um sonserino imagine quantas garotas eu terei caidinhas por mim."
"Oh... então você quer todas as garotas de Hogwarts?"
"Não. Só as bonitas."
"Ah... sei. Bem, mas isso é fácil. Seja você mesmo."
"Ser eu mesmo? É, eu gosto disso. Eu vou arrasar! Obrigado, Harry!"
O garoto voltou a se servir, sorrindo. Mas se ele pensou que estava terminado, se enganou, porque o garoto parecia não ter fome nenhuma e não parou de falar nenhum segundo durante o jantar. Harry estava ficando entediado quando finalmente o jantar acabou e o garoto que se assentava ao lado de Lee, que mais tarde Harry descobriu ser o tal irmão, o pegou pela mão. Harry voltou a olhar para Draco, mas este saía avoado do salão. Harry, Rony e Hermione saíram devagar depois de todo mundo sair. Draco esperava por Harry do lado de fora do salão e puxou o garoto pelo braço ao vê-lo sair. Rony e Hermione resolveram ir na frente, deixando os dois sozinhos.
"Parece que Harry Potter tem mais um fã."
"É... infelizmente."
"Não está feliz? Oh... então talvez eu deva ajudar." – Draco se aproximou, segurando Harry pela cintura.
"E você. Está feliz?"
"Bem, depois de pensar durante todo o dia e chegar à conclusão de que ataques mágicos acontecem a bruxos muito poderosos eu acho que eu melhorei."
"Eu gosto de ouvir isso." – Harry atrapalhou mais um pouco os cabelos de Draco. – "Está precisando cuidar mais do seu cabelo."
"Que tal um corte novo?"
"Não venha com essa palavra pro meu lado. Se eu te vir perto de uma tesoura eu juro que..."
"Que o que? Vai me bater?"
Harry olhou Draco, um semblante desafiador. Deslizou os braços entre a nuca de Draco e o beijou suavemente. Os olhos fechados e o vácuo salão, Harry bagunçava levemente os cabelos de Draco. Harry descolou seus lábios, o rosto muito próximo ao de Draco.
"Nunca mais saberá como é ter um desses."
Harry se virou em direção ao caminho para a Torre da Grifinória.
"Espere! Tem compromisso para amanhã a noite?"
"Não... ainda."
"Me encontre depois do jantar no campo de Quadribol. Tenho uma surpresa."
"Em que você está pensando, Draco?"
"Não se atrase." – Draco começou a descer as escadas rapidamente. Harry se apoiou no corrimão observando o garoto.
"Volte aqui, Draco! O que você vai fazer?"
Draco acenou para Harry, um sorriso malvado nos lábios.
"Eu te amo!" – Ele disse baixo. Harry apenas leu seus lábios.
"Também te amo." – Harry disse no mesmo tom, virando-se para seguir o caminho para a Grifinória.
P...
Harry, Rony e Hermione andavam para a última aula do dia: poções. Era a única aula que estragava o dia, mas isso não preocupava Harry. Nada poderia preocupá-lo neste dia. Rony e Hermione trocavam poucas palavras, já que Harry declarara que não seria o intermédio entre a briga dos dois. Toda a Sonserina já estava na porta da aula de poções. Harry avistou Draco e correu até ele, beijando o garoto apaixonadamente.
"Não se esqueça, hein?" – Draco sorriu.
"Eu não quero me esquecer. Não posso. Estou mais ansioso do que tudo."
"Isso... é assim que eu quero que você esteja mais tarde, ok?"
A porta se abriu e Snape apareceu na porta mais mal humorado do que nunca.
"Entrem em silêncio."
Todos tomaram seus costumeiros lugares, mas Snape fez um aceno para que se levantassem.
"Este ano eu decido os lugares de vocês."
Ele se assentou na mesa e começou a falar os nomes conforme via na chamada.
"Longbotton e Parkinson. Zabini e Patil..."
"Espero que ele nos deixe juntos para nos irritar." – cochichou Harry no ouvido de Draco, que estava a seu lado.
"Só se você não conhecesse essa mula. Ele quer irritar você."
"Potter e Watanabbe."
"O que eu disse?" – Draco sorriu para Harry.
Harry se assentou em uma mesa sozinho e logo veio o garoto ocidental. Enfiou os materiais com cuidado sob a mesa e se assentou, por algum motivo, escorregando da cadeira, provocando muitas risadas.
"Eu estou bem, eu estou bem! Só... assentei na ponta da cadeira." – ele olhou para Harry e sorriu, fechando os olhos esprimidos.
"Espero que você não seja como o Neville."
"Ah... Neville é legal. Você é o Harry, não é? Não pudemos conversar muito ontem. Eu sou Ichiro."
"Você é do Japão?"
"Não. Meus pais são japoneses, mas eu sou chinês."
"Ah. Porque foi transferido?"
"Meus pais se mudaram para cá e Hogwarts era minha única opção."
"Boa sorte, e não faça nada errado perto do Snape."
"Ah... sim, obrigado, mas eu já fiz. Eu desci a escadaria de mármore rolando sem querer e ele viu."
"Você não sabe descer degraus?"
"Sei, mas onde eu morava não tinha escadas, e eu tropeço."
"Ah. Vamos, ele já passou os ingredientes."
Ichiro olhou para o quadro e puxou uma maleta. Lá haviam vários potes de diferentes cores de tampas. Ichiro puxou alguns para conferir o que havia escrito e deixou outros sobre a mesa.
"Você já pode começar a jogar no caldeirão. Vou abrir pegar o resto no armário dele."
Harry olhou para a mesa de trás, onde estavam Rony e Goyle.
"Algum problema, Potter?" – Goyle fechou os pulsos.
"Rony, pode me dizer que página é?"
"Trezentos e sete."
"Ei, não passa cola!" – Goyle empurrou o garoto que olhava a página entediado.
Harry começou a folhear o livro, achando a página e jogando as medidas de ingredientes dos potes de Ichiro.
"Vou picar estas pernas de salamandra. Poçãozinha nojenta... teremos de usar pó de pele de rã."
Harry olhou o quadro.
"Mas ali não diz pra gente colocar isso."
"Diz para usar gengibre picado, tocos de tronquilho e ovos de topeira. O pó de pele de rã poderá nos poupar esse trabalho e nos liberar mais cedo."
"Tem certeza?"
"Isso é magia antiga. Meu avô me ensinou. Além do mais, não temos ovos de topeira."
"Snape pode ter."
"Não, já tinham pego, mas por sorte eu achei pó de pele de rã."
O garoto jogou um pouco do pó no caldeirão, e uma explosão de ar azul estourou de dentro dele. Harry começou a tossir e quando se recompôs gritou:
"Está louco? Vamos ficar..."
Mas o garoto não estava lá. Harry olhou em direção à mesa de Snape, que verificava a poção. Era pra ser uma poção do bom humor.
"Substituiu meus ingrediente?" – ele disse devagar. – "Que tal se experimentasse, Ninsei?"
"Quer que eu experimente? Tá." – o garoto foi até o caldeirão e pegou um pouco com uma concha.
"Não bebe isso, Ichiro... ele sabe que deu errado!"
"Fica frio, Harry." – o garoto levou a concha à boca e bebeu tudo num só gole.
Um calafrio subiu pelo corpo do garoto, que começou a gargalhar. Ele se escorou na mesa tentando controlar, depois caiu rolando no chão, rindo. Todos olhavam aquilo rindo também. Ele parou de rir de repente e tomou fôlego, levantado-se. Ele tinha pequenos acessos de riso às vezes.
"Bem... com os outros três ingredientes ficaria imensamente mais gostoso, mas se remédio fosse bom eu fabricaria chocolate em casa." – e ria.
"Não é possível!" – Snape folheava o livro furiosamente.
"Não vai encontrar essa indicação aí, professor. Nenhum escritor é burro o suficiente para passar seu segredo de geração a geração." – e ria.
O professor se cansou de procurar e olhou para o garoto.
"Ninsei, Potter, despensados."
Harry sorriu animado e olhou para Draco, que fazia par com Hermione. Draco acenou positivamente para Harry e Hermione olhava Ichiro boquiaberta. Harry jogou os materiais na mochila e saiu atrás do garoto, que ria um pouco.
"Incrível!" – Harry disse no corredor. – "Como você sabia daquilo?"
"Segredos sempre são desvendados." – o garoto ria. – "Mas a poção que ele nos mandou fazer não era a do bom humor, senão eu não falaria metade do que eu disse na aula. Eu sei qual é, mas agora desapareceu da minha cabeça."
"Era a Poção do Impulso." – uma voz surgiu de um corredor por onde eles se aproximavam.
"É! Isso. Obrigado." – eles olharam pelo corredor de onde vinha a voz e viram o outro novo garoto escorado na parede de olhos fechados. Ele pareceu perceber os olhares e olhou para os dois com uma expressão nada amigável no rosto.
"O que querem agora?"
"Saber seu nome, por exemplo?" – Harry perguntou, desafiando.
"É, ele é o Harry Potter e eu sou..."
"Eu sei quem vocês são! E porque quer saber o meu nome? Não ouviu durante o jantar?"
"E se não tiver ouvido?" – Harry desafiou mais uma vez.
"Ah... Harry. Ele foi escolhido depois de mim, não lembra?" – Ichiro ria o tempo todo.
"Então deve estar com muitos problemas, já que seu diretor fala alto e que todo o salão mergulhava em silêncio. Mas tudo bem. Meu nome é Yurick e se não quiser ter um inimigo é melhor não me chamar assim."
"Então como devemos chamá-lo?" – Ichiro ainda ria.
"Me chamem de Yu como qualquer outro que me conhece."
"De onde vem o seu nome?" – Harry perguntou, curioso.
"Isso não importa."
"Não precisa ser tão grosso!"
"Acostume-se. Não costumo fazer gentilezas nem à minha mãe."
"Então realmente precisa de ajuda." – E pela primeira vez Harry olhou aquele garoto misterioso como uma criança frágil que ainda precisa aprender muita coisa. Por um segundo, ele se lembrou do antigo Draco e estendeu a mão ao garoto que se assustou com aquilo. Olhava da mão de Harry para o garoto e vive-versa, até juntar as próprias mãos e fazer uma ligeira reverência. Ichiro não pôde deixar de rir daquilo, ganhando um dos olhares nada amistáveis de Yurick. Harry fez um aceno de cabeça para o garoto e os três continuaram a andar pelo corredor.
"Você joga quadribol?"
"Um pouco."
"Pode entrar para o time da Corvinal."
"Talvez eu seja um pouco... inexperiente."
"Não vai saber se não tentar. Inscreva-se."
De repente a garota nova passou na frente dos três, e não pôde deixar de perceber os três garotos, parando de frente a eles.
"Ah... Harry Potter! É uma honra conhecê-lo." – ela estendeu a mão a Harry e o balaçou freneticamente. Ichiro agora não segurava mais as gargalhadas, e ria dos óculos redondos da garota, muito maiores do que Harry.
"Igualmente."
"Eu sou Karey Perkins. Fui eu que fiz todo aquele barulho na sua casa."
"Ah, sim. Espere... como sabe que eu estava lá?"
A garota pareceu sem falas.
"É... que... me contaram. Dumbledore me disse. Adoro o Dumbledore, e ele parece gostar de mim também. Meu pai e ele são muito conhecidos."
"Sério? Ah... legal."
"Bem, eu tenho que ir." – a garota sorriu e lançou um ligeiro olhar a Yurick, que soltou um pequeno "Droga!". Harry olhou para o garoto, desconfiado.
"Algum problema?"
Ele olhou para Harry e começou a andar.
A...
N/A: Foi mal a demora, tô meio sem tempo. Só passei aqui pra deixar vocês mais contentes. No próximo capítulo eu respondo todos os reviews, ok? Beijos.
