Capítulo XIII – A Traição

Harry, Rony e Ichiro depararam com a maioria dos alunos de Griginória e Lufa-Lufa já sentados em seus lugares ao chegarem à sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Rony correu para a mesa onde Hermione estava. Ichiro soltou um riso debochado.

"Bem, Harry, não vai dar pra gente se assentar junto, então... fique ali com o Neville que eu fico com a Karey."

Harry olhou para Neville, que estava amuado na mesa. Parecia um pouco doente. Se normal ele já era um desastre, Harry imaginava o que faria se estivesse doente.

"Não prefere ficar com o Neville? É que ele tem mais dificuldade e você pode ajudá-lo."

"Tudo bem."

Harry respirou um pouco mais aliviado, andando em direção à mesa onde se assentava Karey Perkins, que havia atolado os óculos no grosso livro de Defesa Contra as Artes das Trevas. Ao sentir Harry se assentar a seu lado, ela olhou para o garoto, sorrindo atrapalhadamente.

"Olá! Harry, você não imagina o prazer que tenho em me assentar com você. Eu sei que você já sabe, mas eu sou Karey Perkins."

A garota estendeu a mão a Harry, deixando o grosso livro cair, provocando um estrondo.

"Oh... como eu sou atrapalhada! Me desculpe. Eu... sou sempre assim! Me desculpe."

"Nada a desculpar."

Harry começou a tirar os materiais da mochila e colocou todos na mesa, como todos haviam feito.

"Guardem os materiais." – disse uma voz já conhecida. – "Nesta aula só precisaremos das varinhas."

Lupin apareceu por uma porta ao fundo da sala, que irrompeu em aplausos e comemorações. O professor abaixou a cabeça, numa breve reverência, depois fez um movimento para que o barulho cessasse.

"Oh, muito obrigado! Muito obrigado mesmo, mas eu preciso dar uma aula. Porém, estarei disposto a conversar com quem quiser no final deste horário. Agora, se puderem me seguir a esta sala, eu mostrarei a tarefa de hoje."

O professor entrou na sala, sendo seguido por seus alunos, que cochichavam entre si. Ao entrarem na sala, se depararam com um bicho meio esverdeado e peludo, com olhos muito grandes e que encarava a todos.

"Quem arrisca dizer o que é isto?" – perguntou Lupin.

"Uma raposa com náuseas?"

"Não! É um cachorro irlandês muito raro!" – tentou Simas.

"Um gato de olhos enormes!"

"É um Rinícido" – disseram Ichiro e Hermione em coro. Os dois se olharam. Hermione desviou o olhar, furiosa, e Ichiro sorriu, olhando de volta para o professor.

"Muito bem! Dez pontos para a Grifinória. Agora, quem poderia me dizer o que ele faz?"

Hermione levantou a mão imediatamente, erguendo o máximo que podia. Ichiro olhou para a garota e sorriu, voltando a olhar o professor.

"Um Rinícido é um pequeno mamífero encontrado em cavernas quentes e em tocas da Austrália. Ele pode imitar qualquer feitiço que veja, bom ou mau. Quando se sente ameaçado lança o pior feitiço que conhece, podendo ser até uma maldição imperdoável. Os Rinícidos se acostumam com qualquer lugar, podendo até serem domestiados. O mínimo de sua vida são cinquenta anos, podendo chegar até a duzentos se forem felizes em sua vida." – Ichiro falou de uma só vez, fazendo Hermione cruzar os braços, ainda mais furiosa.

"Muito bem, garoto. Mais dez pontos para a Grifinória. Agora, peguem seu par e um Rinícido, e ensinem tudo o que puderem a ele. Cuidado para não ensinarem coisas más. Eles podem fazer com que alguém saia totalmente arranhado ou até fervendo furúnculos. Ao final da aula o Rinícido mais inteligente concederá um prêmio ao seu treinador. Ali no canto, temos mais nove Rinícidos. Divirtam-se."

Harry olhou para Karey, que lhe lançou um sorriso. Os dois pegaram um Rinícido azul claro e se assentaram em um canto. O bicho realmente parecia com um cachorro, embora não tivesse um rabo muito grande e conseguisse andar em duas patas.

"Oh... ele é lindo!"

"Bem... o que vamos ensinar a ele?" – perguntou Harry.

"Vamos ensiná-lo o Wingardium Leviosa. Vai ser legal ver ele fazendo as coisas voarem."

"Boa idéia. Vou conjurar uma pena."

Harry pegou a varinha e conjurou uma pena. O pequeno Rinícido pareceu assustar-se, e logo depois fez um movimento rápido com a cabeça, fazendo aparecer outra pena. Harry e Karey se divertiram com a leve gargalhada que o animal deu. Assim, ele continuou a conjurar penas e a gargalhar, logo deixando a sala repleta de penas e de risadas de Rinícidos.

"Gostei dele. Vamos dar um nome a ele?"

"Ah... um nome. Não está exagerando, Harry?"

"O que acha de Didy?"

"Didy? É... Tudo bem. Mas agora vamos ensinar o Wingardium Leviosa!"

"Tá. Deixa eu acostumá-lo com o nome."

Harry começou a conversar com o pequeno animal, que o encarava atento. Ele dizia seu nome como se o Rinícido fosse um índio.

"Certo. Então, agora me diga. Qual é o seu nome?"

"Di-di." – o Rinícido falou com sua voz esganiçada e sonora.

"Perfeito! Sim, agora pode ensinar a ele."

"Tá. Didy, olhe aqui. Wingardium Leviosa!"

A pena começou a voar, fazendo Didy se assustar novamente. O pequeno bicho olhava para o alto, acompanhando a pena. Depois, olhou para uma das penas do chão, e, num movimento de cabeça, começou a fazê-la voar também, gargalhando.

"Ah... ele é muito fofo!" – suspirou Karey.

"Sim! Bem, vejamos... La Carnon Inflamare!"

Uma pena começou a pegar fogo, fazendo Didy se assustar e logo executar o mesmo feitiço às gargalhadas.

"Harry... o que o seu amigo tem?"

"Quem? Rony?"

"É... sabe... ele anda meio nervoso, e às vezes eu o pego olhando para mim. Ele está com... problemas?" – A garota conjurou um papel, fazendo Didy imitá-la.

"O Rony? Não... ele não tem problemas. Ele costuma ser assim sempre, mas agora que Ichiro chegou ele está mais nervoso. E quanto a ele ficar te olhando, bem... não sabia disso." – Harry disfarçou.

"Sabe, eu gosto dele..." – Ela puxou o papel e começou a escrever.

"Gosta?"

"Eu acho ele legal. Mas ele tem namorada, não é?"

"Tem, porque?"

"Eu queria conversar com ele."

"Eu posso ver se ele quer. Está com problemas no namoro."

"Sério? Ótimo! Então, me encontre no saguão de entrada às dez horas. E por favor... vá com ele. Eu sou meio tímida."

"Ok. Oh, meu Deus, olhe isso!"

Didy estava fazendo aparecerem palavras no papel. Harry lia enquanto o pequeno animal escrevia mais e mais.

"Ichiro... raiva... problemas... Deus... legal... então... e... Harry... Didy... seu nome, Didy! Tímida... sim... vejamos..."

"É o que a gente disse, eu acho."

"Ele está escrevendo as palavras que conhece! E com a sua letra!"

"Didy, tem que fazer tudo ter sentido. Olha."

Karey escreveu algumas frases, sendo logo imitada por Didy.

"Fácil!"

"Acho que ele está escrevendo coisas confidenciais ao seu respeito."

Karey olhou para o papel e soltou um grito.

"Rony tem namorada. Eu queria me encontrar com ele. Às dez horas, no saguão de entrada. Vá junto."

A garota pegou o papel e começou a rasgá-lo furiosamente. Depois apontou o dedo para Didy, nervosa.

"Didy mau! MAU!"

Didy olhou para tudo aquilo, depois conjurou um papel, escreveu a mesma coisa novamente e depois rasgou todo o papel furiosamente. Apontou o dedo para Karey e começou a gritar.

"Karey mau! MAU!"

Harry começou a rir.

"Como ele sabe o seu nome?"

"Ótimo. O tempo está acabando. Todos tragam o seu Rinícido até aqui, coloquem um a um na mesa e vamos ver o que eles fazem." – Lupin falou.

Harry pegou Didy no colo e começou a cochichar coisas em seu ouvido, enquanto Parvarti e Nick levavam seu Rinícido até lá.

"Vai lá, bichinho. Mostre o que aprendeu."

Harry continuava a dizer coisas para Didy, até que eles foram chamados.

"Este é Didy." – Karey anunciou. – "Vamos Didy... faça alguma coisa voar."

Didy chamou Lupin com a pequena mão e começou a cochichar algo em seu ouvido, o que ninguém mais ouviu, mas quanto mais Lupin ouvia, mais ele ria. Depois, Didy conjurou uma pena, fez com que ela voasse e colocou fogo enquanto ela voava. Todos começaram a aplaudir. Didy conjurou o papel, escreveu mais uma vez a mesma frase e depois começou a rasgar todo o papel.

"Karey mau! MAU!"

A sala se encheu de gargalhadas, menos de Karey, que ficou rosa de vergonha.

"Muito bem, Harry... agora vamos decidir qual é o Rinícido mais inteligente. Faremos uma votação. Aqui temos alguns papéis. Escrevam o nome dos donos e depois veremos quem ganha. Por favor, em fila."

Todos os alunos se organizaram em fila. Rony correu para ficar atrás de Harry.

"Ei, Harry." – ele sussurou.

"Rony! Bonito o seu Rinícido..."

"Valeu. Escuta, na hora que o seu super bicho começou a escrever eu vi o meu nome naquele papel. O que estava escrito?"

"Você saberá... mais tarde."

"Sem mistério, Harry. O que é?"

"Depois conversamos. Já está na minha hora de votar."

Harry escreveu no papel e se assentou ao lado de Karey na outra sala. Logo, todos estavam sentados e Lupin chegou com a caixa cheia de papéis. Ele começou a contar os votos, e logo voltou, com um sorriso.

"Ora, ora, ora... tivemos um empate! Os ganhadores são: Ichiro e Neville e Hermione e Ronald. Parabéns. Agora, devem estar ansiosos por seus prêmios, não é? Depois da aula eu entrego a vocês. Agora, quero uma redação de um pergaminho sobre os seus Rinícidos."

Harry começou a escrever em um pergaminho, enquanto Didy apenas olhava com os olhos imensos e aguados para tudo o que ele escrevia. Já estava na metade do pergaminho quando Rony se virou para trás.

"Ah, vai cara... me diz. Porque meu nome estava no papel?"

"Rony, eu não vou falar agora e ponto final!"

"Ah, Harry. Pela nossa amizade. Por favor, me diz o que é..."

"Não vou dizer até a hora do jantar."

"Jantar? Mas ainda nem passou o almoço!"

"Não me importa... eu não vou falar!"

"Bichinho... por favor... escreve denovo..."

"O nome dele é Didy e ele não vai escrever, não é, Didy?"

"Anda, seu bicho idiota!" – Rony segurou Didy e começou a sacudi-lo. – "Escreva ou eu juro te dar de alimento para os elfos!"

"Ronald, não faça isso!" – Lupin correu até a mesa, mas já era tarde. Didy pegou o pergaminho de Rony, começou a rasgá-lo furiosamente e depois apontou o dedo para Rony.

"Ronald mau! MAU!" – Didy ainda fez um movimento de cabeça, fazendo a camisa de Rony se incendiar.

"AH! AHHH! ESTÁ QUENTE! TIREM ISSO DE MIM!" – Ele pulava e corria pela sala, sendo rodeado pelos colegas. – "POR FAVOR! MAMÃE! EU NÃO QUERO MORRER ASSIM! EU QUERO A MINHA MÃE!"

"SAIAM DA FRENTE! ACQUA!" – Hermione fez o fogo se apagar.

Rony tirou a camisa, desesperado. Não havia nenhuma queimadura em seu peito.

"Didy só queria queimar a camisa." – Harry riu.

"Só? Ele quase me transformou em cinzas!" – Rony avançou novamente para o pequeno Rinícido.

"A culpa não foi dele, Rony!" – Hermione se colocou na frente de Rony.

"Está querendo dizer que foi de quem? Minha?"

"É, seria uma boa sugestão!" – ela levou as mãos à cintura.

"Pois fique sabendo que eu faria tudo denovo!"

"Inclusive rebolar?"

Rony começou a ficar vermelho. Tão vermelho que logo se tornou púrpura.

"Ok. Vamos parar de discutir. Ronald, vá trocar de roupa, e você pode ficar o resto do horário em sua sala comunal se desejar. O resto pode voltar a fazer suas redações."

Hermione se assentou.

"O Rony é um idiota! Por causa dele vou ter que fazer a redação toda denovo!"

"Eu posso ajudar." – Ichiro se assentou a seu lado, lançando o sorriso mais angelical possivel.

"Não quero a sua ajuda!"

"Ainda chateada pela minha atuação?"

"Não! Estou furiosa por causa do... do..."

"Do beijo?"

"É!"

"Mas foi você quem me beijou! Eu só estava tremendo!"

"Mentira! Eu ia te segurar, as você se aproveitou!"

"Eu gostei..."

"Cale a boca e vá fazer sua redação!"

"Já fiz. Estou aqui para te ajudar."

"A ficar mais nervosa? Não... acho que isso já é o bastante! Suficiente para ensinar meu Rinícido a estripar!"

"Puxa. Nãoo sabia que você era tão violenta. Na China costumamos tomar chá para acalmar os nervos."

"Eu vou te dar um chá de socos se você não sumir daqui!"

"Por falar em China... acho que você ficaria linda vestida como uma gueixa..."

"Se não quiser que eu vá fazer compania ao Rony cale a boca!"

"Desculpe. Foi só uma brincadeira. Eu nem gosto de gueixas. São atiradas. Mas eu gosto de você." – Ichiro segurou a mão de Hermione, que entregava a varinha ao Rinícido laranjado.

"O que você tem, hein? Primeiro você... você... você me beija daquele jeito e quer que continue a messma coisa?"

"Não a mesma coisa, tenha certeza."

Hermione olhou para o garoto. Pela primeira vez depois do que acontecera no café da manhã ela viu denovo aqueles olhos puxados, e pode ver, bem no findo, um sincero e bonito traço azul. Ichiro aproximou-se devagar, sem que Hermione percebesse, ou fingisse não perceber. Seus lábios estavam a centímetros de distância agora.

"Eu já terminei minha redação. Com licensa."

Hermione se afastou e puxou a mão, indo em direção a Lupin.

"Ah, garoto!" – Harry falou, assustando Ichiro. – Se o Rony ficar sabendo disso..."

"Ele não vai saber, vai? Eu não quero perder a amizade competitiva dele."

"Eu não sei de nada. E torça para que Mione não saiba também."

Ichiro voltou a olhar Hermione, que agora conversava animada com Lupin. Seria para não voltar a sentar a seu lado? Enquanto refletia os minutos se passaram rapidamente, e logo o sinal tocou, anunciando o término do segundo horário. Harry socou os materiais na mochila e andou até Lupin, com um grande sorriso nos lábios.

"Que ótimo que você voltou! Hogwarts sentia falta de um professor tão insuperável quanto você."

Lupin riu.

"Ah, obrigado, Harry. Mas creio que eu possa ser superado por qualquer um."

"Não por Umbridge, tenha certeza." – Hermione sorriu.

"É, talvez por ela não. Como vocês estão indo?"

"Ah... bem, na medida do possível. Snape não deixa nossa felicidade ser completa." – Harry mostrou um semblante decepcionado.

"Aquele lá nunca poderá deixar de semear a tristeza. Bem, mas eu farei tudo para deixar vocês mais alegres enquanto estiver aqui. Mas não cobrem muito de mim, está bem? Ah, e onde está Neville?"

"Neville foi para a aula de Herbologia. Ele adora conversar com Sprout enquanto nos espera." – Hermione cochichou, como se fosse um segredo.

"Que pena. Seu Rinícido é um dos vencedores."

"Eu sou o par dele... posso entregar o prêmio." – Ichiro falou de trás de um círculo de alunos.

"Ah... ótimo! Mas vocês tem que dividir se ele quiser, ok?" – Ichiro acenou com a cabeça. – "Certo, Hermione, Watanabe... vocês, Rony e Neville tem um Rinícido a partir de agora. Não é um premio perfeito, mas vai fazer vocês rirem muito."

"Legal!" – Ichiro acariciou seu Rinícido, que estava em seu colo.

"Sim, Watanabe, é legal, mas agora vão para suas aulas ou se meterão em encrenca."

"Certo, obrigada, professor. Nos vemos no jantar."

"É, Hermione... e cuide direito do seu Rinícido."

Hermione sorriu e saiu da sala com seu Rinícido nos braços. Ichiro olhou para Harry, sorrindo.

"Você não vem?"

"Não. Pode ir." – Harry olhou para sua mesa, onde estava Didy, escrevendo em todos os papéis que encontrava.

Depois que todos os alunos sairam da sala, Lupin se levantou e deu a volta pela mesa, ficando de frente para Harry.

"Dúvidas, Harry?"

"Não... quero dizer... sim. Eu só queria saber... se está tudo bem... lá fora, sabe?"

"Eu não deveria te dizer isso Harry, mas presumo que já saiba. Estamos prestes a uma verdadeira guerra. Alguns de nossos ajudantes secretos saíram em busca de aliados, mas não estamos com sucesso. Hogwarts está prestes a um ataque e eu fui mandado para cá só para dar algum reforço."

"Hogwarts? Não! Aqui é o lugar mais seguro do mundo!"

"Não é mais. Não quando se trata de Você-Sabe-Quem e seus Comensais, que triplicam a cada dia. E eu gostaria de pedir sua ajuda, Harry. Mais do que nunca os seus sonhos são as coisas mais fundamentais para decifrarmos estas charadas. Se você sonhar com uma cachoeira conte para nós. Anote todos os seus sonhos e não se esqueça dos detalhes. Sei que pode ser difícil, Harry, mas precisamos disso. Promete que vai tentar?"

"Claro. Podem contar comigo."

"Agora vá para as suas aulas. Não vai querer se atrasar."

"Não... professor." – Harry sorriu e andou até sua mesa, onde Didy o olhava tristemente, entendendo que a hora da separação chegara.

"Eu realmente gostaria de te ganhar como premio." – Harry cochichou.

Didy parecia implorar com os olhos quando Harry acariciou seu rosto e andou em direçção à porta.

"Ah, Harry!" – Harry olhou para o professor. – "É uma pena que tenha faltado um voto para você também empatar."

"Não se pode ganhar sempre." – Harry forçou um sorriso.

"Mas parece que uma pessoa deixou de votar."

"Quem?" – Harry se virou para Lupin, interessado.

"Eu acho que me esqueci de votar enquanto analisava os Rinícidos, mas Didy me falou algumas coisas antes de começar seu show individual, e é por isso que eu acho que ele se sentirá feliz de ir com você."

"Sério?" – Harry sorriu. – "Eu posso levá-lo?"

"Claro."

"Obrigado, professor! Muito obrigado mesmo!"

Harry foi até a mesa e pegou Didy, que sorria mostrando seus dentinhos afiados.

O.o.O.o.O

Harry saía do salão principal com Didy andando apressado a seu lado quando se assustou ao ser puxado para fora do salão. Didy rosnou para a pessoa que o puxara, até perceber que era Draco.

"Olá Didy, não se assuste."

"Você só comprimenta ele? Assim eu fico com ciúmes."

"Calma, Harry... tem Draco pra todo mundo."

"Não! Não tem. Eu não quero dividir!"

"Hum... egoísta! O que eu vou fazer com os meus fãs?"

"Pode deixar eu cuido deles. Aliás, Pomfrey cuida."

Draco abraçou Harry pela cintura e colou seus corpos.

"Senti sua falta hoje. Nem um horário conjunto."

"Não seja por isso. Amanhã teremos quase todos. E no resto da semana também."

"Mas pra que esperar o amanhã se temos uma noite inteira pela frente?"

"Ah... é. Então, o que vai ser hoje?"

"Hum... surpresa."

"Ah... me fala! Por favor! Você sabe que eu sou ansioso."

"Vai ter que esperar alguns minutinhos."

"O que custa contar agora? Só ma coisinha de nada!"

"Não!"

"Então... dá uma dica."

"Dica? Ok."

Draco puxou Harry para mas perto e colou seus lábios, beijando suavemente o garoto. Harry pousou suas mãos sobre o rosto de Draco, beijando-o com mais convicção. Didy olhava tudo aquilo com uma expressão de novidade no rosto e, de repente, soltou um gemido de nojo. Harry não queria soltar Draco. Precisava dele naquele instante como se nunca tivesse precisado de ninguém. Draco parecia sentir isso e também não separava seus lábios. Aquele momento era como se fosse o único, o especial. E assim os minutos se passaram e mesmo contra sua vontade se separaram para tomar fôlego.

"Uau! Quero um desses mais vezes." – Draco ofegou.

"Como você mesmo disse, vai ter que esperar alguns minutinhos." – Harry colou seus lábios novamente num beijo rápido.

"Tá aprendendo, hein. Mas já que é assim eu vou ter que correr para o meu dormitório e pegar o que ainda falta para a nossa noite."

"Ótimo. Enquanto isso eu tenho tempo para ir com o Rony ao encontro da Karey."

"Ah, sim. É agora, não é?"

"É, mas do jeito que eles são vão ficar os dois calados se encarando."

"É..." – Draco riu. – "Mas vale a pena tentar." – Draco beijou Harry novamente, já preparando-se para descer a escadaria de mármore. – "Vejo você daqui a pouquinho."

"Eu vou ficar esperando..."

Draco acariciou a cabeça de Didy e desceu as escadas apressadamente. Harry olhou para dentro do salão, onde Hermione se levantava juntando todos os livros e Rony enchia a boca e as mãos de bacon, levantando-se. Hermione passou apressada por Harry, parando para ajeitar os livros.

"Harry, pode me ajudar a empilhar estes livros? Eu vou para a biblioteca pesquisar sobre a alimentação dos Rinícidos."

"Claro..." – Harry ajeitou os livros nos braços de Hermione. – "Mas pra que tantos livros"

"Eu quero saber o máximo que puder. Eu coloquei o nome no meu de Claw. Eu digo meu porque Rony não se simpatizou com eles."

Harry olhou para Didy, que olhava os livros na mão de Hermione.

"É, bom nome."

"Eu vou indo, Harry. A gente se vê mais tarde na sala comunal."

Harry sorriu enquanto Hermione descia as escadas.

"Não. Hoje não."

Rony chegou ao lado de Harry com a boca entupida de bacon. Fez um enorme esforço para engolir tudo e sorriu.

"Então, estou bonito?"

"Isso seria meio difícil, mas digamos que você está... bem."

"Ok, vamos."

Harry e Rony andaram até a escadaria de mármore, mas ao chegarem ao pé da escada perceberam que não era Karey quem estava lá. Draco segurava com força o braço de Hermione, enquanto esta o beijava com quase tanta dedicação quanto Harry.

To Be Continued...

N/A: Yuhu! Agora sinto-me amada novamente! Muitos reviews e dois deles enormes! Isso compensou muita coisa. Não estou mais chateada com vocês. Mas para que eu continue assim basta receber mais reviews. Pensem comigo: Se a preguiça fala para você não escrever review só neste capítulo e que no outro você repõe, tudo bem. Mas e se todo mundo pensar assim? Aí complica. Mas eu sei que muita gente tá meio sem tempo, assim como eu. Então, por favor, quando der deixem o seus reviews. Beijos duplicados para todo mundo.

Mione03: Sim. O Ichiro foi bem esperto. Hermione quase teve um filho de tanta preocupação. Ela tá podendo de verdade. Oh, por agora tá desculpada, mas eu não costumo ser tão paciente, não. Beijos.

Os malfeitores: Sem problemas, o importante é que você deixe seu precioso review.

Anita Joyce Belice: É assim que se fala! Não se esqueça! Me ame muito! Ame muito Relíquia! É! (ops... meu ego voou...) E é bom ver que mais gente comentou agora. Um beijo...

AganishLottly: Ah, valeu. Espero sinceramente que continue lendo.

Aline Potter do meu coração: Exagerada? Eu? Você é que me deixou na mão! Aliás, seu pc! Eu se fosse você deixaria ele de castigo. Cobriria ele e nem olhava durante cinco dias (você tem que entrar todo sábado, lembra?). Gostou do bracelete, né? É ele desperta até a minha curiosidade... Tenho ótimos planos para ele. Uau! Pela minha cabeça seu pc novo será muito maneiro. Mas você tem certeza que quer que eu ajude a dar um nome a ele? E temos que conversar sobre sua carta (pô... eu sou muito enrolada). Eu vou parar aqui porque senão não tem assunto para o MSN mais tarde. E se a gente não se ver, eu te mando um beijo, tá? Então, um beijo e até mais.