Capítulo XXII – Desespero Sem Fim

Lupin entrou para a sala do professor Dumbledore para deixá-lo à par dos acontecimentos de Hogwarts. Assustou-se quando viu quase todos os membros da Ordem da Fênix reunidos ali.

"Sente-se, Remo." – Dumbledore acenou para uma cadeira vazia no meio de uma roda formada por Tonks, Moody, Mundungo e vários outros. – "Estávamos esperando por você para podermos começar esta reunião de emergência."

"Finalmente!" – Mundungo esfregou as mãos uma na outra. – "Qual é o suspense? Teremos outro Torneio Tribruxo em Hogwarts?"

"Eu gostaria que a notícia fosse tão boa quanto a metade desta é. Mas, mesmo que o Torneio não acontecesse de quatro em quatro anos Hogwarts não competiria tão cedo no Torneio. O assunto é muito pior do que qualquer um imagina."

"Puxa, Alvo." – Falou Tonks – "Assim você nos assusta."

"Guarde suas emoções, Ninfadora." – Tonks olhou nervosa para o chão. – "Vai precisar de todas elas para o combate."

"Combate? Então Voldemort e seus Comensais da Morte estão preparando uma invasão ao colégio?" – Perguntou Mundungo, assustado.

"Por enquanto não. Contudo, se não houver mais interrupções eu gostaria de falar do que se trata." – Dumbledore olhou para todos os presentes, que agora olhavam atentamente para ele. Ele agradeceu com um lento gesto com a cabeça. – "Agora à pouco, fui informado que um dos alunos está desaparecido." – Uma invasão de murmúrios tomou conta da sala. Dumbledore se levantou e andou até Fawkes, acariciando sua cabeça. – "Segundo Severus, Draco Malfoy não dormiu em seu dormitório e não foi visto por nenhum dos colegas."

"Mas, Alvo, isto é um absurdo! Hogwarts é o lugar mais seguro do mundo!" – falou Tonks.

"Receio que não mais o seja."

"Mas o que podemos fazer, Alvo? Sair e procurar?" – Perguntou Minerva.

"Acho que é a nossa única solução. Não podemos ficar parados ou Malfoy estará correndo risco de vida."

Novamente, a sala se encheu de murmúrios.

"Mas Dumbledore, ele é o filho de um Comensal!" – Exclamou Moody.

"Ele é um dos meus alunos. E, sim. Ele é o filho de um Comensal. Mas não é um Comensal. Quero que se dividam em grupos de cinco que se espalharão por norte, sul, leste e oeste. Sejam rápidos e discretos." – Dumbledore distribuía agora pequenos retratos. Lupin olhou para o que recebera e reconheceu o diretor anterior de Hogwarts jantando, finjindo que não ouvia nada que às vezes colocava sua cabeça para dentro de um grande quadro seu na parede do diretor. – "A qualquer sinal de Voldemort ou de qualquer um de seus Comensais quero que peçam para os respectivos personagens de suas fotografias me avisarem o mais rápido possível."

"Desculpe, professor." – Disse Lupin. – "Mas creio que Harry Potter terá de vir conosco."

"Não. Ele não pode ir. Voldemort facilmente terminaria com sua vida e teria seu objetivo cumprido."

"Mas, professor, se ele não vier conosco com certeza irá sozinho, o que aumenta o perigo a qual ele irá se expor."

"Foi por isso que reforcei a guarda do colégio. Acredite, Harry não conseguirá sair. A não ser que tenha muita ajuda. Se não tiverem mais nada a dizer eu declaro a reunião terminada."

Lupin se levantou e se encaminhou para a porta, preocupado. Enquanto esperava a gárgula de pedra para descer as escadas, sentiu um grande peso sobre sue ombro.

"Já tem um plano?" – Hagrid perguntou no ouvido de Lupin.

"Plano?"

"Acredito que também não queira deixar Harry preso aqui como um pobre dragão."

"Não, mas o que eu posso fazer? Dumbledore já tomou uma decisão!" – Lupin e Hagrid desceram as escadas da gárgula de pedra.

"É... me dói desobedecer uma ordem de Dumbledore, mas me doeu muito mais ver Harry procurando Malfoy com os olhos por todos os lados hoje de manhã."

"Sim, isto foi cruel. Mas o que podemos fazer?"

"Talvez só ajudar."

Hagrid piscou para Lupin enquanto tomava o caminho para a Sala Precisa, onde Harry estava assentado em um canto, encolhido e com os olhos cheios de lágrimas esperando que alguma idéia de onde ou como procurar Draco invadisse seus pensamentos. Se não fosse toda a preocupação de Harry ele ficaria feliz com a reação de Rony, que mesmo sabendo que Harry escondeu tudo dele o apoiou sem fazer nenhuma pergunta. Pensando bem, isto era um tremendo avanço. Estava absorto em seus pensamentos, desejando, mais do que tudo que a porta se abrisse. E abriu, mas quem ele viu não era quem ele queria ver. Secou os olhos rapidamente e se levantou, indo em direção a Lupin e Hagrid.

"Então, professor. O que Dumbledore disse?"

"Disse que você deve esperar. Toda a Ordem da Fênix está atrás de Draco."

"Esperar? Draco está nas mãos daquele monstro e ele me diz para esperar? Esperar para ver o corpo de Draco morto como vi o de Cedrico? E depois, o que ele vai me dizer? Desculpe, Harry... Chegamos tarde demais! Vocês querem saber o que eu vou esperar? EU VOU ESPERAR ANSIOSO PELO DIA QUE HOGWARTS ESTEJA NAS MÃOS DE ALGUÉM CAPAZ DE COORDENAR UMA ESCOLA!"

Hagrid abaixou a cabeça.

"Harry, acalme-se."

"EU NÃO QUERO ME ACALMAR! VOCÊ NÃO SABE ME ACALMAR! A ÚNICA COISA QUE ME ACALMARIA AGORA SERIAM OS BRAÇOS DE DRACO ME ENVOLVENDO EM SEU CORPO E TRANSFORMANDO-NOS EM UM SÓ!"

"Então porque você não vai atrás disso?" – Perguntou Lupin calmamente.

"PORQUE ASSIM COMO VOCÊ DISSE AQUELE VELHO IDIOTA NÃO QUER DEIXAR!"

"E desde quando você cumpre as ordens de Dumbledore?"

Harry olhou para Lupin. As lágrimas tinham marcado um caminho em seu rosto. Ele pensou por alguns segundos. Se fosse agir teria de ser rápido. Ele andou até uma das almofadas que estavam espelhadas pelo chão e se assentou, tentando parecer calmo.

"E o que é que o senhor sugere?"

"Sugiro que façamos do seu jeito. E você? O que você sugere?"

"Sugiro que saiamos daqui agora e comecemos a procurar."

"Dumbledore disse que aumentou a segurança. Até agora não entendi o que ele quis dizer com isso." – Falou Hagrid pela primeira vez.

"Isso quer dizer que vamos precisar de ajuda. Talvez eu possa chamar algumas pessoas para nos ajudar."

"E como pretende fazer isso?" – Lupin perguntou.

"Indo até o Salão Principal agora e gritando. Sei que se eu convocar muita gente vai querer ajudar."

Harry se levantou e andou apressado até a porta, mas Lupin e Hagrid o seguraram pelos braços.

"Harry, e se o espião ouvir? Seu plano será descoberto e irá tudo por água abaixo." – falou Hagrid.

"É... mas se não for assim ninguém vai saber de nada e não conseguiremos gente o bastante."

"Você tem certeza de que não há um modo mais discreto?" – Perguntou Lupin.

"Eu não tenho outra idéia."

"Se pelo menos Harry tivesse algum clube de luta..."

Harry olhou para Hagrid como se se lembrasse de uma coisa muito antiga. Seu rosto se abriu em um sorriso.

"É claro! Como eu não pensei nisso antes?"

Harry saiu da sala correndo. Lupin e Hagrid foram atrás do garoto, que corria o mais rápido que podia até o dormitório masculino da Grifinória.

"Ouro de Leprechaun!" – Disse antes do retrato da Mulher Gorda começar a girar, dando lugar à Sala Comunal da Grifinória.

Correu até seu dormitório e pegou sua mala, abrindo-a depressa e começando a jogar tudo o que estava dentro dela para fora, até achar uma moeda dourada e descer novamente correndo. Empurrou o retrato da Mulher Gorda e viu Lupin. Hagrid chegava logo atrás, tentando correr.

"Ah, por Merlin!" – Disse ofegante. – "Estou velho demais para isso."

"Então? O que conseguiu?" – Perguntou Lupin.

"Isto." – Harry mostrou a moeda aos dois.

"Um galeão? Como nós três poderemos achar alguém com apenas um galeão?"

"Talvez só nós três não consigamos..." – Harry encostou sua varinha na moeda. – "Mas toda a Armada de Dumbledore conseguirá."

N/A: E aí, gente! Tá, eu sei que demorei e tudo, mas entendam, minha internet é contada por pulso e aqui em minas a telemar rouba pra caramba. E eu não sei se vocês repararam, mas o último capítulo não teve título. Erro técnico. Obrigada pelas reviews, todos vocês. Estou realmente feliz. Basicamente é só isso que eu tenho a dizer. Por favor, não se esqueçam de comentar. Beijos, tchau.

Mione03: Sim. Eu desisto. Quando eu insisto, você reclama. Quando eu paro de insistir você reclama também. Juro que não entendo as mulheres (isso porque eu sou uma)!

Srta. Potter Malfoy: Exagerada! O que você vai fazer se eu resolver matar o Draco e acabar com a fic no próximo capítulo? Huahahahahahahahahahahaha!

Srta. Kinomoto: Você gostou? Que ótimo. Agradeço, mas isso está deixando Milorde nervoso! Ele não pode saber que eu escrevo histórias em que Harry Potter tem um final feliz, ou vai aplicar o Cruciatus em mim até que eu morra. E se eu morrer você não ficará mais tão feliz, não é? Muahahahahahaha! Essa é a risada dele. Tenho que ver o que aconteceu para ele estar tão feliz. Com licença.

Tatiana: Já pensei nisso, mas eu não sei. É meio complicado... Mas eu juro que vou pensar com carinho. Oh, eu escrevi isso de mão esquerda e depois direita? Oh, Merlin... e agora? Não, sabe... isso foi de propósito! É... é um feitiço muito antigo sabe... Ops, minha mãe está me chamando... fui. (Nan sai correndo para evitar perguntas.

Kevin: Bem, eu vou dizer só para você quem foi que levou Draco: pensando bem... nããããão. (Nan faz uma careta enquanto sorri) eu não vou contar porque é muito legal te ver curioso e manter um suspense. Aguarde uns dois capítulos. Ou melhor... nããããão...