Harry, Lupin e Hagrid entraram pelo três vassouras. De trás do balcão, Madame Rosmerta levantou seu olhar para ver quem tinha feito o sino da porta tocar. Enquanto Harry e Lupin se dirigiram a uma grande mesa redonda que estava vazia, Hagrid andou até o balcão, inclinando-se para cochichar alguma coisa a Madame Rosmerta. Harry colocou as mãos cruzadas sobre a mesa, enquanto olhava para todos os lados, desnorteado. Ás vezes seu olhar encontrava o de Lupin e lhe mandava um sorriso falso. Suas mãos tremiam enquanto esperava ansiosamente que seus amigos chegassem. Olhou pelo salão. Restavam ainda alguns velhos bruxos que bebiam alguma coisa, mas a julgar pelo horário, eles não pretendiam ficar ali por muito tempo. Harry viu a sombra de Hagrid a se aproximar pelo chão e olhou para trás. O meio gigante se assentou em uma cadeira ao lado de Harry, que estava de frente a Lupin.
"Pronto. Agora só nos resta esperar."
"Muito bem!" – Harry ouviu a voz de Madame Rosmerta e se virou novamente. – "Hora de fechar! Todos para fora porque eu tenho que limpar aqui."
"Ah, não... só mais um pouco..." – um velho bruxo resmungou.
"Eu quero só ais um Uísque de Fogo... por favor..."
Ao ouvir as palavras Uísque de Fogo Harry se lembrou de Draco. E da noite em que tudo começou. Seu coração acelerou. A saudade encheu seus olhos de lágrimas. Ele ainda podia ouvir a voz de Draco bêbado:
"Réurin... eu te amuuu..."
Ele abaixou a cabeça, tentando não chorar, mas a dor interna que sentia não podia ser abafada e nem adiada. Silenciosamente, ele deixou que as lágrimas banhassem seu rosto.
"Eu já disse que está na hora de fechar! Não servirei mais nenhuma bebida a vocês hoje! Andem! Saiam!"
"Ah, é? E eles?" – o velho bruxo apontou para Harry, Hagrid e Lupin. – "Porque não estão se mexendo."
"Isso não interessa a você! Anda! Saia!" – Rosmerta começou a empurrar os últimos fregueses.
"Eu não sairei daqui sem uma explicação!" – um dos bruxos se livrou das mãos de Rosmerta e parou ao seu lado, cruzando os braços.
"Não vai querer se meter com Dumbledore, não é? Então ande! Saia daqui!"
Vendo que não teria outra alternativa, os três bruxos restantes saíram do bar. Madame Rosmerta se dirigiu aos três e se assentou ao outro lado de Harry.
"Todo dia é a mesma coisa. Eles nunca se contentam com a hora de ir embora. Se bem que hoje foi até mais fácil... claro! Eles não gostariam de atrapalhar os serviços de Hogwarts. Então, podem me explicar o... Harry! Porque está chorando?"
Rosmerta levou sua mão aos cabelos de Harry e acariciou sua cabeça, tentando consolar o garoto.
"O que foi, criança? Porque chora tanto?" – ela perguntou preocupada.
Harry acenou negativamente com a cabeça. Aa porta do bar se abriu e Harry ergueu a cabeça, secando rapidamente os olhos. Rony e Gina entravam no bar. Rony segurava a Firebolt de Harry.
"Harry, o que houve? Porque nos chamou com tanta urgência? Não poderia ter nos falado lá? Foi uma verdadeira dificuldade sair a essa hora da noite, sabia. Eu... você andou chorando?" – Rony perguntou.
"Não importa. Sente-se. Temos que esperar os outros."
Rony se assentou na mesa ao lado de Gina. Resolveu ficar calado. O clima denunciava se tratar de um assunto bem sério.
"Ah... Harry. Me desculpe. O Rony quis pegar a sua Firebolt pra gente vir mais rápido. Ele emprestou levou Neville e os outros para a passagem secreta da bruxa caolha." – Gina tentou calar o silêncio.
Harry acenou a cabeça afirmativamente. Vendo que seus esforços foram inúteis, a garota se encolheu em sua cadeira, passando a moeda da AD entre seus dedos. A medida que mais gente chegava Harry ouvia as mesmas coisas:
"Porque nos chamou a essa hora?"
"Eu tenho uma prova no ministério amanhã, sabia?"
"Se meu pai descobrir que eu voltei a freqüentar esse negócio eu estarei morto!"
Harry lançou um último olhar para a mesa. Parecia que todos estavam lá só faltava ela. Hermione. Harry ouviu um último barulho do sino da porta, mas ninguém entrou. A porta se fechou. De repente Hermione tira a capa da invisibilidade e se revela junto a Ichiro. Harry e Rony se levantam. A expressão de Rony não parecia deixá-la muito a vontade.
"O que está fazendo aqui?" – Rony falou, nervoso.
"Eu achei que aquele sinal fosse uma emergência e ainda faço parte da AD! Além do mais eu não te devo explicações!" – Hermione revidou.
Rony fez menção de andar até a garota, mas Harry o segurou pela capa. Rony olhou para o moreno, que fez um sinal para ele. Rony se assentou e cruzou os braços, inconformado.
"E ainda pega a capa do Harry sem permissão! Ela não tem educação!"
Harry andou até Hermione e a puxou pelo braço até o lado de fora. Por um minuto os dois permaneceram calados, tentando encontrar um ponto para onde olhar.
"Harry, eu..."
"Cale a boca! Ah... desculpe. Eu só quero saber uma coisa e, por favor, fale a verdade!"
"Está bem. O que quiser."
"Você é uma Comensal?"
"Não!"
"E beijou o Draco aquela noite?"
"Não! Eu..."
"Então porque disse que sim? Porque se declarou uma Comensal e disse ter beijado ele?"
"Porque você estava triste! Porque eu queria que vocês parassem de agir como idiotas e voltassem a se entender! Você não deixou que eu me explicasse e ele também não. Se eu dissesse que era uma Comensal ou não não faria diferença. Você estava com raiva de mim mesmo, então..."
"Isso quer dizer que você o beijou?"
"Não! Eu queria que ele me entendesse para que a gente fizesse tudo juntos. Para que nós convencêssemos você juntos. Por favor, Harry... você sabe que eu nunca beijaria o Draco. Ainda mais se ele namorasse você! Então ele começou a me evitar e a cada dia você ficava mais triste. Mentir foi a única maneira de te ver sorrir denovo. Mesmo que você estivesse namorando escondido."
"Você sabia?"
"Claro! Acho que só o Rony não sabia. Eu via você sorrir para a mesa do Sonserina todo o tempo e Draco fazia a mesma coisa. Gina sabia. Neville sabia, mas o Rony não."
Harry sorriu, mas sua vontade era de chorar ainda mais.
"Mas então... o que aconteceu naquela noite?"
"Ichiro e eu temos conversado muito sobre isso e a única conclusão sensata em que chegamos foi que alguém lançou a Maldição Imperiatus em mim."
"Imperiatus! É claro! Como não pensei nisso antes? Ah... bem... eu acho que te devo desculpas."
Harry estendeu a mão a Hermione, que sorriu e o abraçou.
"Você não sabe o quanto eu esperei por este momento!"
"Eu senti sua falta. Muitas vezes."
"Eu também Harry."
Harry e Hermione ficaram ali por alguns segundos. Hermione estava emocionada. Harry podia sentir o esforço que ela fazia para não chorar. Eles se soltaram e entraram no Três Vassouras. Hagrid tinha colocado uma cadeira adicional ao lado da de Harry, já que não esperavam Ichiro. Os dois se assentaram lado a lado e todos começaram a falar ao mesmo tempo.
"Então, o que aconteceu?"
"Eu não tenho a noite toda, sabem?"
"É bom que seja uma emergência!" – Falou Zacarias Smith.
"Na verdade eu os chamei aqui para me ajudarem a fazer meu dever de Poções. É CLARO QUE É UMA EMERGÊNCIA!" – Harry gritou para Zacarias.
"Então porque não começa logo?" – Falou Suzana Bones, tentando não parecer desafiadora.
"Não se preocpe, Harry. Temos a noite toda sim." – Cho falou, sorrindo consoladora.
Harry respirou fundo. Isso não seria fácil. Olhou para suas mãos, cruzadas sobre a mesa e procurou forças para não chorar novamente.
"Bem. Eu... é que... como todos sabem..." – Harry respirou fundo mais uma vez. Seus olhos se inundaram de repente. Ele piscou, fazendo uma lágrima rolar por seu rosto. – "O Draco... ele..."
"Draco Malfoy foi sequestrado." – Lupin falou, fazendo os murmúrios irromperem por todo o salão. – "Nós precisamos de ajuda para resgatá-lo."
"Mas como isso aconteceu? E quando?" – perguntou Rosmerta, preocupada.
"Não sabemos como, mas foi esta noite. Consegue contar a eles o que viu, Harry?"
Harry acenou afirmativamente com a cabeça, secando os olhos. Ele se calou por um tempo, e depois levantou a cabeça.
"Eu... nós estávamos na Sala Precisa. Ontem. De noite. Ele estava preocupado. Parece que tinha recebido uma ameaça. Então eu ouvi passos. Eu olhei no corredor... e vi alguém correndo."
Todos começaram a cochichar entre si.Harry fechou os olhos, tentando não chorar mais.
"Você não sabe que foi?" – perguntou Angelina.
"Não. Mas tenho uma suspeita."
"Pode nos contar?" – perguntou Fred.
Harry balançou a cabeça negativamente.
"Quer saber? Eu acho isso muito triste, mas tenho certeza que Dumbledore cuidará disso!" – Falou Zacarias, levantando-se. – "Me desculpem, mas eu tenho um treino de quadribol amanhã. Boa noite a todos."
Zacarias andou até a porta, mas antes que pudesse pegar a maçaneta Neville se colocou a sua frente.
"Sai daí, cara!"
"Não! Você vai ficar e ouvir! Aposto que isso é muito mais importante do que uma merda de um jogo de quadribol."
Todos exclamaram ao ouvir Neville falar aquilo.
"Você é que pensa!" – Zacarias respondeu. – "Amanhã é a final. Além disso, eu estou prestes a me tornar o capitão do time, e se eu faltar essa chance já era."
Antes que pudesse ver ou pensar no que estava fazendo, Neville socou o rosto de Zacarias o mais forte que pôde, fazendo o garoto cambalear. Todos exclamaram mais ainda.
"É! Vai Neville! Acaba com ele!" – gritavam Fred e Jorge.
"Por Merlin! O que eu fiz?" – disse Neville tampando a boca.
"Vai se arrepender!" – Zacarias falou, lambendo o sangue do canto de sua boca e levantando o punho para Neville, mas antes que pudesse respirar sentiu alguém segurar fortemente seu braço.
"Talvez queira experimentar um meu." – Hagrid falou, fazendo o garoto arregalar os olhos para ele.
"Não. Obrigado. Tenho muito a fazer." – Zacarias se soltou e voltou a se assentar em seu lugar. – "Continue, Potter."
"Não tenho mais nada para falar. Só quero saber, quem vai nos ajudar?"
"Estamos dentro!" – disseram Fred e Jorge.
"É, eu também vou." – falou Miguel Corner.
"E eu." – falou katie Bell.
Logo, todos já tinham concordado, menos Zacarias.
"Ei, Zacarias. Se quer desistir já está na hora." – Harry falou.
"Desistir? Quem pensou em desistir?"
"Não precisa ajudar se não quiser. Ninguém mais vai te bater."
"Não vou desistir! Isso será no mínimo interessante."
"Você tem certeza? E o jogo de quadribol?"
"Ah, é só um jogo... posso recuperar isso."
"Talvez não possa." – Interrompeu Hermione. – "Declarar guerra a Voldemort é uma coisa irremediável e perigosa. Talvez... não possamos fazer nada mais... além disso." – Hermione abaixou a cabeça tristemente.
"Ela tem razão." – interveio Lupin. – "Provavelmente isso não deixará muitas chances de vida. Mesmo que ganhemos uma batalha, Voldemort saberá quem somos e aí..."
Todos começaram a murmurar. Depois, o silêncio se instalou no salão.
"Não me importo!" – Gina quebrou o silêncio. – "Pela felicidade do Harry eu concordo em me arriscar. Além disso, está no sangue, não é? Maioria de nós tem o nome dos pais na lista negra de Voldemort. Porque não nós?"
"É! Ela tem razão." – todos concordaram.
"Ótimo." – Hermione e Harry se entreolharam, sorrindo.
Como era bom vê-lo sorrir para ela outra vez, pensou a garota.
N/A: Olá! Como estão? Eu realmente espero que estejam bem, porque senão eu vou ficar sem review e eu não quero isso! o.O Brincadeirinha... eu espero que tenham gostado. Se gostaram, comentem. E eu gostaria de receber sugestões. Estejam à vontade. Um beijo a todos, Nan.
Mione03: Bem, sim... mas como você pôde ver, isso foi proposital.
Gi Potter: Claro, todos amamos o Lupin. E pode ficar tranquila, Harry está fazendo o máximo para encontrar Draco. Além do mais, eu não pretendo faz\er este casal sofrer (muito).
Carol Yuy: Uau! Vc realmente leu muitas vezes? Nem eu tenho paciência para ler a MINHA fic mais de uma vez. Obrigada. Mas mesmo sem net, eu escrevia. Quando não estudava para cobrir a dependência eu escrevia. Não se preocupe, mesmo se eu ficar sem internet, darei um jeito.
Srta Potter Malfoy: Não! Nbão faça isso! Eu não o matarei, ok. Só não deixe de ler Relíquia.
Anita Joyce Belice: Também acho, Harry é demais. Pena que não existam muitos garotos como ele. Mas o que importa, se existirem serão gays como ele.
Jonh Potter Malfoy: Caramba! Vc leu tudo! Acabo de me tornar sua fã. Espero que tenha se tornado meu fã também () e que deixe review sempre.
