Harry saiu do Três Vassouras, seguido por todos os membros da AD e os professores também. A noite estava gélida e estrelada. Harry lamentou não ter trazido consigo um casaco ao parar na rua principal de Hogsmeade e se virar para trás, encarando os muitos rostos que olhavam para ele.
"Ótimo. Não se esqueçam do que combinamos. Apurem os ouvidos o máximo que puderem. Seria bom se andassem sempre com Orelhas Extensíveis."
"É, se quiserem comprar faremos um preço especial para os membros da AD." – Exclamou Fred, sendo repreendido por um olhar reprovador de Hermione.
"Esperem aí, quem é aquele?" – Neville perguntou, apontando para um vulto que caminhava lentamente em sua direção. Harry, assim como todos os outros, virou-se tentando reconhecer o vulto que se aproximava, mas seu rosto estava coberto pelas sombras. Harry esperou mais alguns segundos, indeciso entre o nervosismo e a ansiedade, até que o vulto passou sobre um poste próximo e seu rosto foi iluminado.
Foi então que Harry se lembrou da noite em que saiu com Draco para o gramado do castelo e viram Yurick terminar uma conversa às escondidas. Lembrou-se de todas as vezes em que Draco insistira que Yurick era um Comensal infiltrado em Hogwarts para espionar a vida de Harry e lembrou-se também da conversa que ouvira entre Yurick e Karey. Ignorando a sensatez e deixando-s controlar por seus impulsos, Harry sacou a varinha e apontou-a para Yurick, que parou imediatamente, assustado. Estavam a pouco mais de dois metros agora. Hermione, assustada, andou até Harry e segurou seu braço livre, puxando o garoto.
"Harry, pare! É só o Yurick!"
Com um movimento brusco, Harry soltou seu braço das mãos de Hermione e tentou controlar a voz enquanto a fúria tentava explodir em seu peito.
"O que fez com ele?"
"Ele quem?" – perguntou Yurick.
"Você sabe quem! Diga onde ele está se não quiser fazer uma visita aos plantonistas do Saint Mungus!"
"Eu não sei do que está falando. Harry, eu acho melhor..."
"EU DECIDO O QUE É MELHOR AQUI! AGORA, CALE A BOCA E ME DIGA ONDE ESTÁ O DRACO!"
"Você quer que eu me cale ou que eu diga?" – zombou Yurick.
"Acho que vai ser difícil fazer brincadeiras sem os dentes. Quer tentar?"
"Harry, você está descontrolado..."
"Porque será? Eu ligo os fatos e o que eu tenho? Um Comensalzinho imundo como você!"
"Do que está dizendo?"
"Dos seus encontros secretos nos terrenos de Hogwarts, das conversas entre você e Karey onde ela diz que você não deveria fazer alguma coisa e porque outra razão você estaria aqui se não fosse para encontrar seus amiguinhos Comensais?"
"Bem, devo reconhecer que por um lado você está certo. Talvez eu seja um pouco misterioso e minhas conversas com Karey não dizem ao seu respeito. E sim, eu vim me encontrar com um Comensal, mas nós não somos amigos."
"Ahá! Então confessa que é um Comensal! Você está em minhas mãos. Talvez queira dizer onde está o Draco de uma maneira mais indolor."
"Porque não pergunta para um verdadeiro Comensal? Puxa, ela é pontual..." – disse Yurick, olhando no relógio.
Harry se virou para trás e apertou os olhos para enxergar além da escuridão. A princípio não viu nada, mas depois viu um vulto parado em frente à loja de logros. Não importando para as perguntas sobre quem seria o outro vulto de seus colegas da AD, Harry começou a andar lentamente na direção do vulto. Harry deu alguns passos, até que o vulto pareceu perceber que ele se aproximava e começou a correr. Harry parou e apenas o observou aumentar a distancia entre eles, mas, ao vê-lo passado sobre um poste, reconheceu os cabelos castanhos que seguiu duas vezes e começou a correr. Correu o mais rápido que pôde. Desta vez não deixaria que ela escapasse. Ouvindo os passos pesados e apressados de seus colegas logo atrás, ele apressou o passo, correndo o máximo que podia. Aos poucos, ele se aproximava da garota que o seguia insistentemente. Perdeu-a de vista quando ele virou por uma rua, mas, continuando a correr e entrara pela mesma rua, Harry pôde ver que ela ainda continuava a correr no meio da rua. Estavam em uma rua com muitas casas bruxas, muitas delas vazias ou com todos os hóspedes adormecidos, a julgar pela escuridão em que se encontravam. O frio cortava as bochechas de Harry, que se negava a parar de correr. Foi então que a garota escancarou o portão de uma casa e percorreu seu pequeno jardim, irrompendo pela porta. Logo, Harry fez a mesma coisa, parando de chofre em uma sala bem aconchegante. Hermione, Rony, Neville e todos os membros da AD cegaram logo atrás, ofegantes. Harry avançou lentamente pela sala. A lareira estava vazia. Haviam três sofás e uma poltrona formando um quadrado e, no meio deles, uma mesa de centro feita de vidro. Era um lugar quente e aconchegante. As paredes eram de um leve tom de salmão e havia um grande e nobre lustre acima da mesinha,bem no centro da sala. Foi então que uma porta no fundo da sala se abriu e imediatamente gritos de susto e medo explodiram atrás de Harry.
"Esperávamos por você, Potter!" – Disse a morena Belatriz Lestrange, coberta por uma capa preta, assim como os outros que vinham logo atrás.
A lembrança de Sirius e o desespero de encontrar Draco se misturaram no estômago de Harry. Ele apertou com toda a força a varinha em suas mãos, ao contrário da maioria das pessoas atrás dele.
"Onde está o Draco?" – Disse ele, separando as palavras para tentar controlar sua fúria.
"Oh... que tristeza! O pobre Potter foi separado de seu amorzinho... sabe Nott, acho que devemos matar o Draco na frente do Potter. Talvez assim ele supere mais rápido. Não foi assim com o padrinho traidor dele?"
A fúria que Harry tentava a todo custo esconder pareceu ter passado direto por sua garganta e tomado todo o seu corpo. Sem pensar no que fazia ou no que seria certo fazer, as palavras saíram de sua boca.
"CRUCIO!"
Inesperadamente, Belatriz caiu no chão se contorcendo como se todos os osso de seu corpo estivessem sendo ferozmente torcidos. Neville soltou um pequeno gemido, mas não era de terror, e sim de prazer. Harry retrocedeu um passo, assustado. Ele nunca conseguira fazer aquilo antes. De repente, Belatriz parou de se contorcer e se levantou com uma expressão ofendida no rosto.
"Muito melhor do que da última vez, Potter. Mais ainda não está bom o suficiente. Deixe-me mostrar como se faz. Crucio!"
Na mesma hora, Harry caiu no chão, gritando de dor.
O.o.O.o.O
Draco estava deitado no chão, no mesmo canto de sempre. Seus dedos seguravam uma pedra com que ele tentava marcar algum símbolo na parede.
"Tem certeza disso, Draco. Acho que seria melhor, pra você e para seu namoradinho que ficasse conosco."
"Eu já disse. Nunca me juntaria a um verme imundo como você. Deixe só até o Harry descobrir onde estamos! Ele vai..."
"O quê? Ele vai o quê, Draco? Me matar?" – Voldemort soltara uma risada rouca e desdenhosa por debaixo do gorro que usava. – "É, acho que eu tenho coisas piores com que me preocupar."
"Ótimo. Estou mesmo querendo ficar um pouco a sós."
Foi então que um grito de dor entrou pela porta. Voldemort, que estivera de pé no meio de um quarto vazio, se virou para a porta, assustado. Draco ergueu a cabeça. O grito se tornou mais forte e Draco se levantou.
"É o Harry!" – Disse ele, aflito. – "HARRY!"
Draco correu em direção à porta, mas sentiu seu pé ser impedido por alguma coisa e caiu dolorosa e violentamente no chão. Voldemort riu mais uma vez.
"Acha que será tão fácil se livrar de mim?"
"HARRY! AQUI EM CIMA! HA..."
Mas sua voz foi abafada por um forte estrondo. Sua boca começara a latejar e doer absurdamente, enquanto o sangue saia fartamente. Voldemort acabara de chutar sua boca. Draco não teve tempo para registrar a dor. Agora, Voldemort passara a chutar seu estômago, enquanto mais e mais sangue saia de sua boca.
"Cale... a... boca... se... quiser... vê-lo... denovo!" – disse ele, sem parar de chutar Draco.
O.o.O.o.O
Harry se levantou com um pouco de dificuldade. Demorou um pouco para perceber que duelos ocorriam por toda a sala. Neville tentava estuporar o máximo de comensais possíveis, Gina lançava azarações e maldições em todos os Comensais que via, Hermione tentava com toda a sua concentração lançar a Cruciatus em alguém e Rony estava tão nervoso que quando conseguia realmente acertar alguém com o Rictusempra ou o Expeliarmus era sempre alguém da AD.
"HARRY!" – Gritou Hermione. – "CORRA! DRACO ESTÁ LÁ EM CIMA!"
As palavras aceleraram o coração de Harry. Ele correu pela sala, tentando se desviar dos feitiços lançados por Rony e McNair, em direção à porta por onde entraram Belatriz e os outros Comensais, entrando em uma grande sala com uma escada em uma de suas laterais, mas antes que ele pudesse começar a ir em sua direção, seu corpo foi lançado para trás e ele caiu com estrondo no chão, todos os ossos de seu corpo pareciam estar sendo moídos tamanha era a dor que sentia.
"Acha que vai ser tão fácil?" – Gritou uma voz que Harry conhecia, para abafar o barulho vindo da outra sala.
A dor parou e Harry tentou se levantar com esforço. Podia sentir um fino filete de sangue no canto de sua boca. De pé, ele olhou para quem lhe lançara a maldição. Lucius Malfoy estava de pé do lado contrário à escada, de frente a uma porta, segurando sua varinha.
"Ouvi dizer que estava morto." – Disse Harry, rouco.
"Morto?" – Lucius soltou uma gargalhada. – "Não. Não será tão fácil. Se bem que, na atual situação de meu filho e o desgosto que ele me deixou, além da enorme mancha no brasão dos Malfoy, talvez eu preferisse estar morto."
"Mancha? Ele salvou sua família sendo o único a ter cérebro!" – zombou Harry, deixando Lucius com um profundo semblante de fúria.
"Vai se arrepender dessas palavras, Potter!" – Lucius agitou a varinha, mas mesmo que ele não tivesse dito nada, Harry pôde ouvir: Crucio!
"PROTEGO!" – Gritou Harry, na mesma hora em que Lucius caía no chão, se contorcendo como Harry e Belatriz.
O primeiro impulso de Harry foi correr até a escada, mas ao colocar o pé no primeiro degrau, uma dúvida se formou em sua cabeça, e ele virou-se novamente para Lúcius, que tentava se reerguer.
"Como pode fazer isso com o seu filho?"
"Filho?" – Disse Lucius, de pé. – "Eu não tenho nenhum filho! Avada..."
"CRUCIO!"
Harry não esperou para ver se tinha acertado ou não. Correu escada acima, chegando a um corredor que seguia as paredes da sala que Harry acabara de deixar, formando um quadrado. Do outro lado, no corredor de frente a Harry e a escada, abria-se um outro corredor, mais largo. Sem saber aonde ia, Harry contornou a sala do andar abaixo e foi até o corredor que avistara, observando Lucius se levantar novamente na sala de baixo.
"Harry!" – Disse Voldemort ao ver Harry aparecer de frente ao corredor mais largo, assustando o garoto. – "Que surpresa!"
O.o.O.o.O
N/A: Certo, eu sei que eu demorei demais para atualizar desta vez, mas entendam. Eu tive que fazer uma viagem de negócios e ela demorou muito. Mas foi bom que enquanto isso eu pensei em muitas coisas para fazer como final desta fic, o que deve ser no próximo capítulo. Eu sei que este aqui tá horrível, mas eu fiz ele com pressa para matar a saudade de vocês e muitas vezes fiquei sem palavras, por iso eu pus qualquer coisa. Eu nem sei se ficou certo. Mas agora chega de falar. Quero reviews. No mínimo vinte (que exagero!). Então, façam sua parte, por favor. Beijo a todos, até.
Srta. Potter Malfoy: Sim, eu sei que você não resiste aos meus lindos versos escondidos sob palavras trocadas entre Harry e Draco (caprichei agora,não?).
John Potter Malfoy: Ah, se você soubesse o efeito que seus reviews deiixam em mim, deixaria um review em cada capítulo... eles são tão lindos que me fazem sorrir então, não me prive disso, ok?
Anita Joyce Belice: Legal... continue mandando seus reviews imensos, afinal, tamanho não é documento.
Lilly W. Malfoy: Bem, acho que o seu maior temor aconteceu, não é? Mas não se preocupe, não farei denovo.
Mione03: Ah... obrigada! Isso foi realmente animador. Acho que vou escrever um capítulo agora. Realmente, você me animou.
DW3: Ah... você é muito lindo! Que pena que vai demorar a ler as respostas para seus reviews, já que está apenas no começo da fic, mas saiba que seus reviews me divertem muito e eu não quero ficar sem eles, ok?
Julliet Samage Riddle: Legal, escreva sim pois eu lerei com prazer. Eu não costumo recusar shipper H/D. E sua amiga tem o mesmo apelido? Nan Cookie? Legal, talvez ela também se chame Fernanda, não é?
