Capitulo IV: Voltando ao ponto de partida.
Saga passou por Milo no seu retorno para seu templo. Notou, com um sorriso malicioso que as roupas do escorpiano estavam amarrotadas e seu cabelo desalinhado.
"Kanon, seu tarado desgraçado, deve ter se divertido mesmo.", pensou Saga, já passando pelo templo de Leão.
Quando finalmente chegou em Gêmeos, estranhou não ver o irmão esperando-o. Foi até o quarto mas este estava vazio. Então ouviu o barulho no banheiro e se dirigiu rapidamente para lá.
- Eu estava te esperando, maninho. – disse Kanon com um sorriso malicioso, enquanto deslizava a esponja pela perna.
- Não me olhe com essa cara Kanon, eu sei que você não vai agüentar mais nada hoje. – disse, parado na porta e olhando sério para o irmão na banheira.
- Pára de se fazer de difícil, tira essa droga de túnica e entra aqui logo!
Saga começou a subir a túnica e Kanon ficou olhando, os olhos cheios de cobiça.
- E então... como foi com o Escorpião? – perguntou enquanto tirava a túnica.
- Bem selvagem eu diria... – sorriu e se recostou na banheira. – e você e o sorvetinho?
- Nada mal. – tirou a cueca e andou em direção ao chuveiro, ligando-o.
- Hey! Está fazendo o que aí? Vem aqui comigo ou vai me trocar pelo pingüim?
- Seu idiota. Já disse que você não vai agüentar mais nada hoje então não vou me animar à toa.
Kanon saiu da banheira na mesma hora e entrou no box com Saga, empurrando-o contra a parede e colando o corpo ao dele.
- Eu agüento mais do que você pode imaginar, Saga.
- Pois eu vou pagar para ver. – Saga notou as marcas no corpo do irmão. – Selvagem mesmo. E então, quem ganhou o desafio?
Kanon ficou pensativo.
- Acho que deu empate. Mas sei uma forma de resolver isso.
- Qual? – olhando-o desconfiado.
- Perguntando para eles o que acharam.
- Você ficou louco, só pode!
Kanon sorriu e beijou o gêmeo.
- Por você maninho... só por você. – disse, beijando o pescoço de Saga.
Aquele era o momento em que Kanon ia provar que agüentava sim e que por isso, era o mais gostoso. A disputa dos gêmeos ia longe...
oOo
Milo tomou um banho, tentando acalmar sua mente. Mas conforme os minutos passavam seu nervosismo piorava.
Traíra Camus. Nada poderia mudar isso. E agora ele não sabia como agir, temia perder aquariano para sempre. Brigas bobas como a que tiveram naquela tarde sempre aconteciam, mas traição era algo que ele sabia ser imperdoável para Camus.
Milo sentou-se no sofá e abaixou a cabeça, olhando perdidamente para o chão. Sentia um nó na garganta ao pensar na possibilidade de ser odiado pelo francês.
Estava ali, de cabeça baixa quando foi abraçado. Aquela fragrância ele conhecia muito bem. Deixou-se abraçar e não disse nada.
- Pardon mon cher, pardon! Eu sei que não mereço, mas, por favor, Milo eu...
- Camus, você não tem do que se desculpar, eu quem tenho de pedir isso! Não soube entender que você tinha um trabalho a fazer, isso fez meu sangue subir a cabeça e eu... eu acabei te traindo! – desabafou, desesperado com a reação de Camus.
- Non é por isso Milo, é que eu... – levantou-se e fitou o escorpiano. – eu também o traí.
Milo olhou pasmo para Camus.
- Você o que?
- Eu o traí, Milo. Com o Saga.
- Como você pôde! – exclamou já em pé, segurando os ombros de Camus.
- Você acaba de dizer que fez o mesmo, Escorpião.
- Sim, mas eu... Camus... não posso acreditar no que você...
Camus começou a se afastar.
- Eu sabia que não daria certo, Milo. Isso nunca deveria ter começado. – disse, já próximo a saída do templo.
- Espere Camus! Temos que esclarecer as coisas!
- Não há o que esclarecer. Você é orgulhoso demais para admitir que também errou. É melhor que isso morra aqui.
Ambos estavam na porta do templo de Escorpião quando viram os gêmeos se aproximarem.
- Ah! Aí estão vocês dois! – exclamou Kanon.
Milo olhou com raiva para os dois.
- O que vocês querem? – perguntou Camus.
- É que esse idiota do Kanon inventou um desafio para saber quem é o mais gostoso entre nós e...
- Como deu empate, - continuou Kanon. – vocês terão que dizer o que acharam do nosso... hum... er... desempenho.
- O que! – exclamaram Milo e Camus, incrédulos.
Camus sentiu uma vontade muito grande de sepultar aquela dupla em um esquife de gelo. Como podiam usá-los em seu joguinho sujo? Mas ele sabia que Milo e ele também haviam errado, por terem entrado no jogo por vontade própria.
Milo não pensou em nada, apenas em matar aqueles gêmeos tarados. Partiu para atacar Saga, que o deteve com uma mão.
- Não quero brigar com você, Escorpião. – olhou para Kanon. – Vamos para casa Kanon.
Kanon assentiu com a cabeça e ficou observando o irmão soltar Milo e o seguir de volta para o templo de Gêmeos.
Milo ainda tentou atacá-los mais uma vez, mas foi detido por Camus, que segurou seu braço.
- Mas Camus...!
- Nós entramos no jogo deles porque quisemos.
Milo olhou para a mão de Camus que segurava seu braço e então para o rosto do amigo. Olhou nos olhos de Camus e então o abraçou bem forte.
- Não importa o que aconteceu Camus, eu só não quero perder você! – olhou novamente nos olhos de Camus e o beijou, sem receber a menor recusa.
- Eu non sei o que fez comigo Escorpião, mas só sei que fez muito bem!
- Parece que devo me orgulhar disso.
Os dois trocaram um leve sorriso.
- Me perdoe, Camus. – pediu seriamente.
- Vou deixar passar dessa vez. Mas em uma próxima, te colocarei em um esquife de gelo!
- Não haverá próxima vez! – sorriu. – Você também está perdoado.
Voltaram a trocar beijos e tentaram esquecer tudo o que se passara naquele dia. Não importava o que pudesse acontecer, era quase impossível separá-los.
Mesmo após as tempestades, o sol voltava a sorrir para ambos.
oOo
Kanon estava sentado na cama, já embaixo dos lençóis. Saga entrou no quarto vestindo apenas um shorts. Deitou-se ao lado do irmão.
- Por que está emburrado, Kanon?
- Não conseguimos nada com o desafio! – sorriu maliciosamente. – Quero dizer, quase nada.
- Eu disse que não chegaríamos a lugar nenhum! Desista disso!
- Nunca! Eu vou descobrir uma forma de provar que eu sou o melhor!
Saga puxou-o para perto.
- Não vai ser preciso.
- Por que não?
Saga beijou-o e sorriu.
- Por que eu já sei disso! Você é o mais gostoso, irmão.
- Ah! Eu sempre sonhei em ouvir isso de você! Pode repetir quantas vezes quiser!
- Sem exageros!
- Hey Saga! E qual de nós é o mais... – começou a pensar.
- Pelos deuses Kanon! De novo não!
FIM!
N/A: Mais uma vez, perdoem-me pela demora! Foi mais um capitulo complicado de escrever, odeio fazer finais, sou péssima com finais e não gostei mto da briga entre Milo e Camus mas num consegui fazer melhor T.T De qqr forma, espero q tenham curtido a fic! Mto, mto, mto obrigada pelas reviews gente! Beijosss!
