Capitulo 3 – Uma noite na Torre

A noite havia chegado cedo à Hogwarts. Durante à tarde, debaixo de uma chuva fina e muito fria, boa parte do corpo docente, assim como alunos e alguns visitantes, estiveram presente na cerimônia de enterro. A cerimônia não foi realizada em Hogwarts, mas em Hogsmead.

O grupo de cerca vinte pessoas, somado aos aurores que faziam sua proteção, tomaram aproximadamente vinte carruagens e foram até o vilarejo.

O enterro foi rápido. Os acontecimentos em Londres ajudaram a tornar o clima fúnebre ainda mais pesado. Pouco se falou e em momento algum os caixões do Sr. e da Sra. Weasley foram abertos. O mesmo aconteceu com Bill, Fleur e Percy.

Durante o jantar, já de volta a escola, o grupo já tinha conhecimento do custo exato em vidas e galeões daquela madrugada. Trinta e duas pessoas tinham morrido na noite anterior. St. Mungus recebera o mesmo número de feridos. A destruição havia sido quase total.

A loja dos irmãos Weasleys, como muitas outras, havia sido explodida. E os dois se congratulavam por terem armazenado a produção para o natal em um estoque fora de Londres. Mesmo assim, as perdas eram irreparáveis.

Não houve muito ânimo para conversas. Não havia ninguém na escola que nunca havia estado no Beco Diagonal. Alguns tinham parentes trabalhando lá.

O trio jantou em silêncio. Harry e Hermione limitavam-se a trocar alguns olhares, mas em momento algum soltavam as mãos de Gina ou Rony.

Estavam próximos do fim da refeição quando Hagrid se aproximou deles. O gigante ainda tinha o lenço azul bebê, sujo, no bolso do casaco.

- Harry, Rony, Hermione. Cês precisa passar mais uma noite aqui. Dobby vai arrumar suas camas. Pra cês não estranharem muito.

- Obrigado Hagrid. - disse Hermione num tom quase solene.

Os quatro não demoraram muito ali. Subiram, e logo foram para seus quartos. Harry se despediu de Gina e Hermione. Rony foi logo atrás.

O ruivo jogou-se na cama e Harry sentou na cama em frente.

- E aí, você tá bem? - era impressionante como nessas horas se faziam as perguntas mais idiotas. Estava na cara que o amigo não estava nada bem. E Rony não respondeu por um tempo. Enfiou a cabeça no travesseiro e ignorou a presença de Harry.

- Sabe, eu lembro quando o Sirius morreu. Todo mundo me tratou com cuidado. Isso me irritava. Eu não lembro quando... bem, quando meus pais morreram, mas... Rony eu também gostava deles.

Mais uma vez não houve resposta. Harry olhava para o amigo apreensivo. Queria poder ajudar. Se esforçava para isso.

- Por que nós não...

- Harry, por favor, cala a boca!

Harry olhou espantado para o amigo que tinha voltado a forçar a cara contra o colchão. Ele achou melhor então sair do quarto e deixar o amigo chorar sozinho. Afinal, foi isso que ele fez quando perdeu o Sirius, disse a si mesmo.

Não foi surpresa nenhuma pra Harry, quando desceu para o salão comunal da Grifinória, encontrar Hermione ali, parada. Ela tinha se jogado em uma das muitas poltronas, no outro lado da sala, próximo à lareira, e tinha no rosto uma cara de quem não queria ser incomodada.

- E aí, lendo sozinha?

Hermione levantou a cabeça para Harry. Talvez se fosse um aluno que tivesse se aproximado, ela até poderia ter lançado uma azaração. Mas não faria isso com Harry.

- Não conseguiu conversar?

- Ele enfiou a cara no travesseiro e pela força que tá fazendo, pretende abrir um buraco até a cozinha.

- A Gina só fingiu que dormia. É a única pessoa no mundo que dorme soluçando.

- Alguma novidade de casa?

- Não, desde que estivemos lá, antes do casamento do Bill, eu não tentei mais falar com meus pais. Na verdade, eu to tentando não falar com eles. Pedi pra que fossem morar na França ou no outro lado do Atlântico. Aqui não parece mais tão seguro.

- Você parece...

- A Senhora Weasley, eu sei. Gina já me falou isso uma vez. Por isso quando fomos pro quarto, tentei não dizer nada. Não quero que ela lembre da mãe e comece a chorar toda vez que eu abrir a boca.

- Não parece uma boa idéia mesmo. - falou Harry forçando um riso.

- Sabe o que eu estive pensando, Harry? - e ao ouvir isso o garoto teve certeza de que a amiga não estivera teorizando a respeito de um novo sabor de sorvete ou algo que envolvesse pensamentos alegres. Ele conhecia a determinação de Hermione para resolver um problema. E naquele momento, mesmo com tudo ruindo ao redor deles, eles ainda tinham quatro pra resolver. Lembrou-se então do mantra que tinha desenvolvido desde que tomara conhecimento dos Horcruxes "...o camafeu ...a caneca ... a cobra ... algo de Griffyndor ou Ravenclaw..." e imaginou que era nisso que a amiga estivera pensando. Por isso respirou fundo e lembrou que era hora de voltar ao trabalho.

Sem nenhuma objeção de Harry, Hermione começou a falar.

- Depois de procurar sobre R.A.B. nos arquivos da Escola e tentar relacionar todos aqueles nomes, que francamente não foram muitos, com bem... Voldemort, só consegui encontrar referências com Regulus Alphard Black, o irmão do Sirius.

Harry fez uma careta enquanto tentava se lembrar do que o padrinho tinha contado quando juntos revisaram a árvore genealógica da família.

A memória veio rapidamente. Lembrava-se do cheiro da Mansão Black e da alegria que sentia ao estar perto do padrinho.

Lembrou-se de Sirius contar que Regulus havia se assustado com o que Voldemort exigia dele e tentara recuar. Que diziam que tinha sido morto pelo próprio Voldemort, mas Sirius acreditava ser a mando dele.

- Olha Hermione, eu não sei porque um comensal da Morte tentaria matar o Voldemort. Ou "torná-lo mortal", que foi o que R.A.B. deixou escrito no bilhete que achei no local do Horcrux.

Hermione então sorriu. Sabia que Harry levantaria aquela questão, na verdade, pela expressão em seu rosto, era provável que tinha ansiado por isso.

- Ai é que está, Harry. - disse ela num tom de voz rápido e inteligente. Ela se adiantou na poltrona e envergou o corpo para se aproximar do rapaz. - Entenda, Regulus era filho de uma nobre família puro sangue. Os Black não tem registro de ter praticado Artes das Trevas nos últimos duzentos anos, mas não duvido que tivessem um conhecimento, no mínimo vasto, sobre magia negra.

- Quando Regulus descobriu que Voldemort não era puro sangue, viu que não havia mais motivos para se juntar a ele. Eu também não acredito que todos os comensais da Morte soubessem dos Horcruxes. Francamente, acho que a maioria nem desconfia. Mas Regulus tinha conhecimento de Artes das Trevas. Ele não era apenas um bruxo de puro sangue e família nobre como o pai do Malfoy e os outros. Ele era um Black. Provavelmente ele reconheceu o ritual. Ou pesquisou sobre. Ele descobriu o que Voldemort estava fazendo. Esses rituais, veja bem, debilitam bastante um bruxo. E provavelmente Voldemort precisaria de ajuda para esconder os Horcruxes. Ele não podia simplesmente ficar deitado numa cama, sabe-se-lá-onde, esperando suas forças voltarem para esconder ele mesmo os objetos. Ele delegaria isso a alguém. Acredito que o da caverna dos Mortos foi delegado a Regulus. E quando o bruxo resolveu se voltar contra o mestre, bebeu o líquido, pegou o Horcrux, e apenas teve tempo de escondê-lo antes de morrer.

A inteligência e perspicácia de Hermione ainda o surpreendiam depois de sete anos de convivência. Harry não compreendia como a garota poderia ter traçado toda aquela linha de acontecimentos de maneira tão crível.

- Sabe que você pode ter razão, Hermione. Quer dizer... é perfeito. Mas ainda temos o problema do Horcrux desaparecido.

Mais uma vez Hermione sorriu animada.

- Na verdade, não. Entenda, Regulus Black era o queridinho da família Black. Acredito que ele tenha escondido o objeto em sua própria casa.

- Mas Voldemort provavelmente esperava por isso. Seria fácil pra ele invadir a casa dos Black e encontrar o objeto.

- Se a casa dos Black não fosse protegida. O pai do Sirius tinha colocado na casa todo o tipo de feitiços possíveis, lembra?

- Os Comensais iriam caçá-los pra sempre.

- E fizeram. Regulus foi morto. A mãe do Sirius já não saia de casa. Eles eram os dois últimos. Além do Sirius é claro, que estava em Azkaban. E eles não pareciam muito dispostos a ir até lá. Quer dizer, com Regulus morto, o Horcrux continuava funcionando, só estava escondido em outro lugar.

- Na estante de Prataria dos Black.

- Exato. Por que, bem, francamente, se eu desse um Horcrux de Voldemort para meus pais guardarem, eu não iria contar a eles pra que servia.

Harry abriu um enorme sorriso, em momento algum poderia ter pensado que um dos Horcruxes estivera tão perto dele. Mas a alegria logo se desfez. Se o Horcrux estava tão perto, como Dumbledore não o sentiu. Ele já tinha visto o ex-diretor reconhecer a magia de Voldemort com um simples toque. Um Horcruxes não deveria ser uma magia fácil de ser ignorada.

-Há um furo na teoria. - acrescentou Harry cético.

- Eu sei. Dumbledore. Ele teria achado. Eu pensei nisso. - por um momento Hermione pareceu desanimar. Mas a mente de Harry logo começou a trabalhar. Porém, mais uma vez, Hermione falou primeiro.

- Kreacher ou Mundungus. Um dos dois pode ter roubado o objeto antes que Dumbledore tivesse tido tempo para sentir sua presença. Enfim... é a melhor idéia que tive.

Harry sorriu para a amiga. Ele mesmo pensava que talvez o objeto ainda pudesse estar na cristaleira dos Black. Devia haver meios de se ocultar um rastro de magia. Pelo menos era o que o garoto achava. E assim que voltasse a Mansão Black, reviraria toda ela atrás de alguma pista.

- Muito obrigado Hermione, você foi brilhante!

Hermione estava levemente corada. Não era sempre que Harry aceitava com tanta prontidão suas idéias.

- Fico feliz que tenha concordado. Geralmente você e o Ron... - a expressão feliz no rosto da menina desapareceu. Seus ombros cederam e ela recostou a cabeça na poltrona.

- Eu vou ver se consigo falar com ele. Quer dizer, animá-lo um pouco.

- Vai lá. Eu vou ficar aqui mais um pouco.

Harry viu Hermione se levantar e encarou a amiga por alguns segundos. A viu desaparecer ao subir pela pequena escada que levava ao dormitório dos garotos e instintivamente encarou o dormitório feminino. Queria poder ir até Gina, mas sabia que não era possível. O dormitório era protegido contra a invasão de rapazes.

Aos poucos, perdido em pensamentos, sentado na poltrona, Harry viu o tempo passar e foi pegando no sono. Os alunos da Grifinória voltaram ao salão Comunal. Pouco mais que quinze deles passaram por Harry. Os irmãos Creevey, que Harry pode ver, foram um dos poucos que ele conhecia que tinham voltado. O chatíssimo McLaggen também estava lá. Mas quando Neville passou por ele, Harry ficou feliz em encontrar um amigo ali.

- Hey Harry.

- Neville.

- Sinto muito, Harry. Eu... eu sei como é.

Harry nunca tinha contado a Neville que sabia de seu segredo. E por um momento pensou que a situação dele era pior do que Harry e Rony podiam imaginar. Seus pais estavam mortos, e isso era definitivo. Porém Neville era obrigado a ver seus pais agirem como idiotas estando presos em um sanatório.

O garoto pensou em contar pra Neville que sabia do segredo, que se orgulhava dele e tinha até inveja da força. Mas preferiu desconversar.

- Então, como está sendo voltar pra Hogwarts?

- Bem... é divertido. Quer dizer, eu e Luna fazemos a maior parte das aulas juntos. Hagrid tem nos ensinado como combater monstros. E os Professores Lupin, Tonks e Moody estão nos treinando pra sermos experts em combate. Até Flitwick tem ensinado feitiços mais pesados.

Harry riu ao imaginar o diminuto professor Flitwick lançando feitiços pesados. Mas era bom saber que seus amigos estavam sendo bem preparados. Metade do corpo docente de Hogwarts era da Ordem. Três professores de Defesa Contra Artes das Trevas! Isso devia ser realmente bom! E era uma boa maneira de desafiar a maldição.

- A gente às vezes ainda se reúne usando as antigas moedas. Não sei se vocês, de fora, recebem o chamado, e bem, só restaram eu, Luna e Gina mesmo. Mas é divertido.

Pra não dizer que tinha esquecido totalmente o grupo, Harry preferiu mentir.

- Ah, recebemos sim. Quer dizer, eu senti minha moeda quente uma vez. Não andamos mais com elas, você entende né?

- Claro, claro. Vocês não teriam como vir treinar com a gente. Mas leva ela com você, vai ver nós podemos ir treinar com vocês!

Ouvir isso parecia uma brincadeira. De início Harry lembrou que não era fácil sair de Hogwarts. Mas ele mesmo já havia feito isso, por mais de um caminho. E embora ele e Rony não pudessem aparatar, Neville e Luna podiam, e logo Gina poderia também. Realmente, não era tão má idéia assim.

A noite avançou e o papo dos dois foi terminando, Harry se levantou para ir pro dormitório e Neville o acompanhou.

- Vocês ficaram no nosso quarto antigo?

- Hm rum. Você ainda tá dormindo lá, né?

- Tô. É meio solitário sem vocês. Quer dizer, só sobrou eu lá. Mas pelo menos não preciso arrumar minha bagunça.

Quando chegaram a porta do quarto Harry reparou que ela estava fechada. Ia abrir quando lembrou que Hermione estava ali dentro. Afastou-se devagar e olhou para Neville.

- Hm.. eu me lembrei de uma coisa. O Rony tá ai dentro e, bem, ele tá meio bravo. Tem outro quarto onde a gente possa dormir?

Neville olhou meio perdido para o corredor de quartos. Havia várias portas, muitas delas, que o garoto sabia pertencer a quartos vazios.

- Bem... tem... mas eu vou precisar do meu pijama.

Neville se adiantou para abrir a porta mas Harry o puxou pela mão.

- A gente transfigura nossas roupas. Vem, vamos! Deixa o cara dormir ai. Você sabe, né. Ele tá muito mal.

x-x-x-x-x

Quando Harry acordou de manhã, tentou inutilmente não pensar uma série de xingamentos contra Rony. Ele tinha dormido numa cama sem travesseiro e foi obrigado a usar o fino lençol que cobria a cama do lado como cobertor. Sem contar que o pijama que conseguiu transfigurar pinicava toda vez que se mexia.

Ainda era cedo quando saiu do quarto. Caminhou um pouco e passou pelo seu antigo quarto. Quase no mesmo instante a porta se abriu.

- HARRY! - Gritou Hermione, assustada por trombar com o amigo logo pela manhã. Ela estava com a cara inchada de sono e totalmente descabelada. Vestia uma camisa de malha e jeans apenas, seu casaco e o suéter estavam embrulhados em suas mãos, além de uma peça branca, fina, que Harry preferiu não pensar o que era.

- Dia, Mione.

- Você me assustou. Não tá muito cedo pra você acordar?

- Meu pijama não ficou muito bom. Tem como você fazer ele voltar pras roupas normais?

Ela procurou a varinha entre o monte de roupas e apontou para o pijama de Harry. Logo o garoto estava vestindo de novo uma confortável calça jeans, camisa e um grosso casaco de lã.

- O Rony tá acordado?

- Não... a gente, bem, ele não dormiu muito. Faz silêncio.

Harry riu da amiga que tentava se esquivar e ir para o dormitório feminino, e entrou no quarto tentando fazer o mínimo de barulho possível.

Sem trocar de roupa nem nada, jogou-se na cama e apagou.

O Sol tinha se esforçado o máximo para sair naquele frio domingo de inverno. Já passava das dez horas da manhã quando Harry acordou com uma movimentação no quarto. Neville tinha entrado ali para trocar de roupa.

Harry se levantou e, após trocar de roupa, foi encontrar os demais no salão Principal para tomarem café e voltarem para Londres.

- Bom dia, Hermione! Rony! - Rony ainda não estava totalmente alegre, mas Hermione lançou um olhar totalmente sem graça para o amigo. Harry sentou-se ao lado de Gina e após um beijo começou a comer.

- Harry, a gente tava conversando com a Gina. - Harry levantou a cabeça para olhar Rony e por um segundo soube aonde aquela conversa ia terminar.

- Sim...

- Ela queria saber se poderia ir com a gente?

Harry respirou fundo e olhou pra Gina. Os olhos verdes da ruiva ainda estavam vermelhos e inchados. Óbvio que ela também tinha chorado a noite toda. Ele próprio tentara não se sentir mal quando pensou que ia deixar Hogwarts.

- Ginny...

- Não fale que é arriscado e que aqui eu estou em segurança. Meus pais estavam em casa. E Merlin, nem o Beco Diagonal é seguro. Qual a diferença em eu ficar com vocês ou ficar aqui?

Harry não soube responder a pergunta. Mas naquele momento preocupou-se com a atenção de todos, que se voltavam para os dois.

- Ginny, calma. Vamos conversar em outro lugar pelo menos?

A garota levantou-se com força e saiu andando. Harry olhou para Rony e Hermione e perguntou apressado:

- O que vocês falaram pra ela?

Houve uma troca de olhares e então Hermione respondeu.

- Eu concordo com ela.

- Droga, Mione!

x-x-x-x-x

Harry teve que correr para alcançar Gina que já começava a subir em direção ao vazio salão da Grifinória.

- Gina, espera! Aqui tá bom! Aqui tá bom!

Os dois entraram numa sala de aulas vazia no segundo andar e Harry puxou uma cadeira pra menina se sentar. Ela recusou e continuou de pé.

- Ginny, você lembra o que me disse meses atrás? Que sabia que essa era a minha obrigação? Que sabia que se fosse comigo eu ia me preocupar o tempo inteiro com você? Saber que você está longe de mim, me preocupa sim. O tempo inteiro. Mas eu confio na Professora McGonnagal.

O garoto andou pela sala e apoiou-se na mesa de centro, que pertencia ao professor daquela sala.

- Ela tem Lupin, Tonks, Olho-tonto e até mesmo o Hagrid pra proteger vocês. Nós não temos nada. Seu irmão e eu temos muito o que estudar. Nós temos que achar os Horcruxes. Acabar de uma vez por todas com Voldemort! - ao dizer o nome dele, Harry desferiu um forte soco contra a mesa.

- Eu quero matá-lo, Harry. Eu quero matar ele.

- Eu também, Ginny. Eu já passei por isso. Ele matou meus pais, meu padrinho, Dumbledore. Seus pais. Eu... eu gostava deles, Gina. Muito.

A menina se adiantou e abraçou o namorado.

- Mata ele pra mim.

Continua...