Capitulo Seis:
Harry olhando o espelho
Os olhos de Harry levantaram lentamente até encontrar seu reflexo diante deles. Verdes, brilhantes. Ressaltados pelo contorno dos óculos. O garoto encarava sua imagem diante o enorme espelho que era guardado na sala ladeada por uma armadura.
A sua frente ele via seu próprio reflexo. Porém, diferente das primeiras vezes que tinha estado ali há seis anos atrás, não via seus pais e demais parentes acenando para ele. Via Voldemort. Lord Voldemort caído a seus pés. E tinha Gina a seu lado. Ele havia obtido a vitória e agora o mundo era livre daquele detestável bruxo.
Harry piscou rápido quando percebeu que aquela não era a visão que desejava ver. Talvez fosse, no fundo de seu coração (que meigo), mas quando tinha entrado ali, esperava se ver com um mapa de onde se encontravam os outros Horcruxes (duh! Só ele achou q o espelho ia dar um mapa! Agora, detalhe, o espelho mostra o q ele quer ver, não significa que mostrará a verdade, heim!).
Por um momento levou a mão ao bolso da calça. Podia, por sorte, ocorrer o mesmo que havia ocorrido com a Pedra Filosofal. (duh! Só o lesado do harry mesmo) Mas seu bolso estava totalmente vazio.
Tornou a olhar para o espelho, esperando agora ter a sua frente uma nova imagem. Porém, continuava a ver Voldermot caído a seus pés.
Ele sentiu um pouco de raiva de si. E mais ainda de Voldemort. Afastou-se do espelho e tornou a se aproximar. Mantinha os olhos fechados e repetia para si seu próprio mantra "O camafeu, a taça, a cobra, algo de Gryffindor ou Ravenclaw". Abriu mais uma vez os olhos e nada diferente apareceu.
Harry se afastou cabisbaixo e saiu da sala. Do lado de fora, Rony, Hermione e Gina o esperavam ansiosos.
E então! Pra onde vamos!
Não achei nada Ron. Só vi Voldemort caído aos meus pés. Derrotado.
Não é um desejo tão ruim assim, é? perguntou Hermione, pensativa. Ela lançou um olhar na direção do interior da sala, e em seguida voltou a prestar atenção nos seus amigos.
Então foi isso que você viu? Cara... esse espelho é estranho!
Pelo menos eu tava lá! falou Gina animada, fazendo com que Rony lançasse um constrangido olhar de repreensão para ela. Harry e Hermione preferiram rir do amigo.
Logo em seguida Hermione deixou de lado o sorriso e entrou na sala. Deixando os garotos e Gina conversando no corredor.
Eu vou tentar de novo mais tarde. E amanhã, se for preciso. Vou continuar tentando até esse espelho se convencer de que o que eu mais quero é encontrar os Horcruxes.
Essa noite não! falou Rony. Hoje é véspera de Natal. Vai ter o maior banquete no Salão Principal. Acho que dá pra esperar, não? o garoto abriu um enorme sorriso, e Harry fez que sim com a cabeça.
Hermione não demorou a sair. E logo depois de Rony entrar, o ruivo saiu com um sorriso murcho no rosto.
Nada...
Gina ainda tentou tirar alguma informação dos três.
Eu já fui usada por Voldemort. Talvez eu consiga mais resultados.
Hermione e Rony não opinaram. Mas Harry se mostrou contrário a passar informações pra garota. Por isso, sem ter obtido êxito algum, o quarteto caminhou de volta para o Salão Comunal da Gryffindor discutindo animadamente a festa de natal que estava por vir.
Todos os presentes haviam sido avisados de que o Salão Principal seria aberto para a comemoração do Natal às dez horas da noite.
Quinze minutos antes, Harry havia terminado de se arrumar. Não tinha muitas opções entre as roupas de sua mala, e foi obrigado a vestir jeans e uma grossa camisa de botões azul bebê. Rony não estava muito diferente. A não ser pela cor de sua camisa, verde claro. Os dois desceram até o salão principal e jogaram-se em alguns puffs vazios enquanto esperavam suas companhias.
Eu ainda não consigo entender porque o Espelho não mostrou o que eu queria.
Nem eu. Ele devia mostrar o mapa pra você. Dizer como chegar nos locais e como acabar com os feitiços (espelho ninja! Eu quero um desses pra mim!).
E onde o Voldemort tá se escondendo. (eu juro q eu li "onde voldemort está escondedenho" hauhauahauhauha)
Você pode evitar falar o nome D'ele quando as meninas não estiverem por perto? Eu... bem... eu não gosto muito.
Harry lançou um olhar desconfiado para o amigo. Já havia se acostumado a dizer o nome de seu inimigo desde seu primeiro ano em Hogwarts.
Posso pensar. U-no-poo é uma maneira mais simples de falar. Ou "Voldinho",(\o/) se você preferir. Te agrada mais?
Voldinho? perguntou Rony rindo um pouco.
É só você pensar nele como um cara maluco. Ele tem cara de cobra. Nem devíamos levá-lo a sério.
Ele é um cara de cobra que matou meus pais.
O sorriso que Harry tinha no rosto se desfez automaticamente. Ele fez uma careta e passou a mão sobre o ombro de Rony. Não falou nada dessa vez. Apenas permaneceu ali do seu lado.
Para sua sorte, Hermione e Gina logo desceram a escada que levava para o corredor do dormitório das meninas.
Harry cutucou Rony e o garoto levantou os olhos, encarando sua namorada.
Hermione e Gina vestiam belos vestidos de festa preto. A morena usava o seu sob um casaco da mesma cor. O vestido tinha grosas alças e quase nenhum decote, cobrindo todo o colo da garota. Descia rente à cintura até abrir-se em uma bela saia.
O casaco era de um tecido mais grosso. Tinha o corte de uma jaqueta e caía bem sobre sua roupa. A garota optara por usar um par de brincos verdes e um batom leve. A maquiagem acompanhava a mesma discrição.
O vestido de Gina era mais simples. Descia quase reto, junto ao corpo sendo amarrado por uma faixa na cintura. Ressaltando assim os seios da menina, mas sem mostrá-los.
As finas alças de tecido de tom pastel passava quase despercebida por seus ombros brancos. Mas fazia um lindo contraste com seus cabelos vermelhos presos em um coque. Usava brincos de um material similar a perolas e pouca maquiagem.
Estamos prontas! disse Gina animada, indo apressada na direção de Harry. O garoto se levantou para beija-la, enquanto Hermione ia ao encontro de seu namorado.
Está tudo bem?
Rony olhou para ela com um sorriso meio forçado, e respondeu na voz mais tranqüila que conseguiu.
Sim.
Os quatro saíram do Salão Comunal da Gryffindor e no caminho para a festa encontraram com Nevile e Luna. Seguiram juntos até a festa de natal.
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O som estridente da campainha fez com que Harry passasse a prestar atenção. Seus olhos estavam doendo e ele ainda estava com sono e sofrendo do efeito do vinho tomado na ceia de natal.
As dobradiças de metal rangeram quando a pesada porta de madeira de lei abriu-se lentamente. A maçaneta dourada, bem trabalha, inclinou para a direita e uma mão gasta pela idade saiu da escuridão que aquela porta defendia.
Um rosto inchado e tão pálido, que as veias saltavam à face. Suas feições eram rígidas exceto pelos olhos, de vivo brilho, escondidos atrás de um par de óculos redondos.
O homem tinha um bigode encorpado, com grande curvatura. Esbranquiçados. Seus cabelos eram ralos, e tinham a mesma forma pontiaguda do bigode.
Ele vestia uma roupa engraçada, praticamente um pijama listrado em azul, amarelo e branco. E em uma de suas mãos havia uma grande caneca de bebida.
Ora, ora, meu jovem! Você demorou! A voz do homem era ao mesmo tempo dócil e assustadora. Harry piscou os olhos. Não lembrava de ter marcado algum encontro. Tão pouco de conhecer aquele senhor que o recepcionava.
Com a mão, o homem puxou o garoto para dentro da escuridão da casa, e fechou a porta em seguida.
Venha comigo! Venha comigo! a euforia do homem era inexplicável, mas ele praticamente saltitava pelos corredores escuros da grande casa em que estavam.
A casa era extremamente mobiliada. Na opinião de Harry, mobiliada até demais. Passaram por uma escrivaninha atulhada de papéis. Um armário de prataria empoeirado. Coberto de teias de aranhas e vidros sujos.
Duas cadeiras sem forros estavam ladeadas por um vaso com a borda rachada. Além de um porta-guarda-chuva, onde vassouras eram empilhadas.
Os dois seguiram pelo corredor, deixando para trás uma série de portas fechadas. Archotes com chamas vacilantes mal iluminavam o caminho.
Harry ainda não sabia porque estava ali. Mas não exitava em seguir seu atarracado anfitrião. Não até passar por um espelho encardido e encontrar refletido ali um rosto diferente. Um rosto de feições similares a de uma cobra. De uma estranha beleza e astúcia. De cabelos bem arrumados e olhos negros com um brilho quase maligno.
O jovem se jogou para o lado e bateu desajeitado contra um relógio de parede, que fez grande barulho ao ser tocado. O velho senhor virou-se depressa, lançando um olhar repreensivo contra o jovem.
Senhor Riddle! Não veio aqui quebrar meus pertences! Veio aqui recolher um item, E APENAS ISSO!
A bebida e a raiva tinham deixado o pálido rosto do anfitrião vermelho. Seus pequenos olhos tentavam encontrar espaço entre as bochechas gordas e as sobrancelhas.
Me... me... Me desculpe! Harry não teve tempo para pensar no que estava acontecendo. Estava no corpo de Tom Riddle, isso ele sabia. Mas não sabia o motivo. Ou quando e onde. Antes que pudesse dar seqüência aos pensamentos a voz do velho senhor encheu o ambiente, trazendo a atenção de Harry de volta.
Não peça desculpas, garoto idiota! Venha comigo! mais uma vez o velho puxou Harry pela mão e os dois seguiram à passos rápidos até uma porta, logo depois de uma escada de madeira escura.
O velho largou a caneca com a fedorenta bebida que tomava numa pequena mesa, não muito longe da porta. Tirou a varinha das vestes e sussurrou algumas palavras que Harry não entendeu. Tornou a guardar a varinha e então limpou as mãos no pijama.
Limpe as mãos! disse em tom austero. O garoto obedeceu de imediato, e começou a limpar as mãos na roupa que usava.
Se...Senhor, aonde mesmo está me levando?
O velho pareceu não ligar para a pergunta. Girou a maçaneta da porta e entrou com cuidado em uma sala oval. Os quatro archotes que iluminavam a sala, desenhavam uma cruz amarelada no piso de pedra escura. No centro da sala um altar de mármore branco, detalhado em ouro, exibia uma grande águia dourada.
Aqui está, garoto! A maior relíquia que um bruxo poderia sonhar. Está vendo essa águia, garoto? É romana! Romana! Os pais da lógica, garoto! Os pais da sabedoria! Veio para a Inglaterra quando eles trouxeram luz a nossa civilização bárbara. Por tudo que é mais sagrado, meu filho, não sei como vocês são capazes de saudar Merlim. Ele lutou contra eles! Queria mantê-los afastados de nós! Um tolo! É o que eu digo! Um tolo!
Harry ignorou as falas do homem. Com certeza era um velho bêbado defendendo seus ideais, nada que devesse se levar em consideração. Mas a peça dourada que tinha a sua frente não. Era algo realmente bonito.
Uma água de ouro extremamente detalhada. Tinha o bico fino, em curva. Ameaçador. Suas feições eram fechadas. Para inspirar medo aos adversários. As garras sobre o pedestal demonstravam a força com que se agarrava a suas conquistas. De peito estufado e asas abertas mostrando que não teriam medo de enfrentar quem quer que fosse. Era o símbolo do Império Romano. Era o Símbolo da Ravenclaw.
Na mesma hora o garoto soube do que se tratava. Apenas Rowena Ravenclaw, uma admiradora da sabedoria do civilizado povo Romano, teria escolhido o símbolo de sua casa o mesmo usado pelo Império.
Tinha aprendido pouco sobre eles em EDT. Na verdade, conhecia-os mais de irritantes documentários que Tio Valter o obrigava a assistir durante as férias.
Harry andou na direção da águia e ameaçou toca-la. Lançou um olhar para o gorducho senhor que o guiava. O homem não fez objeção. Apenas lançou um olhar lacônico em direção ao artefato.
Cuide bem dela. Está na família a gerações.
O garoto não soube exatamente o que fazer. Sua primeira intenção era pegar o artefato e levar para algum lugar. Mas aquele não era ele. Era Tom Riddle. Tom Riddle tomando posse de um dos artefatos dos fundadores de Hogwarts. Uma das misteriosas peças que faltavam. Harry fixou o olhar na águia de ouro, tentando gravar todos os seus detalhes, até a águia crescer enormemente.
Ela lançou um rugido esganiçado que fez Harry saltar para trás. O garoto resvalou a mão no bolso da calça e percebeu que estava desarmado. A águia dourada tornou a dar mais um rugido e saiu do pedestal, lançando seu bico na direção de Harry.
O garoto abaixou-se e rolou no chão. Quando levantou, seus olhos vislumbraram um novo ambiente. Não estava mais no mal iluminado salão oval onde a águia de ouro romana, relíquia da família de Rowena Ravenclaw ficava guardada. Estava próximo a um desfiladeiro de grama escura. Tendo atrás de si um céu tempestuoso.
O garoto esboçou alguns passos para trás, enquanto a águia tomava altura e virava-se para lançar-se contra Harry, com as garras prontas para fatiar-lhe a carne.
Mais uma vez Harry se abaixou a tempo de manter-se vivo. Respirou fundo e levantou-se num pulo, quando sentiu o chão sob seus pés ruir-se em enormes fendas.
Ele então voltou na direção do precipício e torceu para que a águia lhe desse espaço para fugir mais uma vez.
A ave de ouro retornou na sua direção. Bico aberto. Garras a postos.
Harry soltou um grito de dor quando sentiu as afiadas garras de metal penetraram em sua barriga. A águia logo o levou na direção da boca e projetou seu fino bico mirando a cicatriz.
Harry gritou e se remexeu (eu me remexo muito! MUITO!). O garoto babava muito e, ao perceber que estava em seu quarto, jogou-se para o lado da cama e caiu. Batendo com a cabeça no chão e desmaiando em seguida.
Gina acordou desesperada. Assustada. Vestiu rápido o robe e correu até a porta e gritou para que seu irmão e Hermione viessem até o quarto onde estavam.
Quando Madame Ponfrey chegou, Harry já tinha voltado a si. Estava pálido e com os olhos fundos. Já havia, desesperadamente, conferido sua barriga uma dúzia de vezes. Mas ainda não se convencia de que os ferimentos não tinham sido reais.
Você não devia ter bebido tanto vinho no jantar, menino.
Por mais que a enfermeira insistisse que era esse o motivo, Harry sabia o que na verdade acontecera. Havia estado na mente de Voldemort. Tinha testemunhado como ele conseguira a Relíquia da Ravenclaw.
Eu só não sei aonde está. disse ele desanimado aos amigos, depois que ela finalmente deixou-os entrar.
Não adianta procurar agora. São três da manhã. disse Ronald tentando não bocejar muito, dentro de seu pijama mal abotoado.
Hermione tinha sido mais cuidadosa e usara algum tempo para vestir um robe por cima de sua roupa de dormir.
Rony tem razão, Harry. Você tem que descansar um pouco agora. Quem sabe dormir não vai te fazer bem? E você tem que deixar a Gina entrar. Ela está tão assustada quanto você.
Harry fez uma careta. Deixar a namorada afastada não era uma decisão fácil de se tomar.
Não é escolha minha, Mione. Quanto menos gente souber, melhor. Você sabe disso.
Eu sei. Você sabe. Mas francamente, bem ou mal, a Gina não parece concordar muito com a idéia de ser deixada pra trás.
Mas foi idéia dela.
Ela teria dito qualquer coisa para te deixar mais tranqüilo. Mas se você acha que as visitas regulares a Hogwarts...
Mione, agora não! interferiu Rony. A garota então fechou a cara e ajeitou seu robe.
Você vai ficar bem, Harry? perguntou ela, com uma certa frieza na voz. E o garoto respondeu no mesmo tom. "Vou"
Então vou voltar pra cama. Ginny, gritou ela pode vir.
Hermione abriu a cortina do cubículo e deixou os garotos sozinhos.
O que deu nela? perguntou Harry enquanto se esticava na cama para alcançar os óculos na mesa de cabeceira.
Não sei ao certo... As vezes eu não entendo muito bem ela.
Harry! exclamou a menina ruiva se jogando nos braços do namorado. Isso é pra você aprender, quando eu disser, CHEGA, é porque realmente você vai parar.
Mas eu não bebi demais! Voc...
Eu não estava falando do vinho. sussurrou a menina, com um sorriso nos lábios. Harry ficou sem graça enquanto a ruiva ria da situação. Os dois se beijaram em seguida e nenhum dos dois percebeu Rony sair em silêncio e fechar a cortina.
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Londres foi, durante séculos, a capital do mundo civilizado. Suas ruelas estreitas e mal iluminadas eram palco de inúmeros romances e aventuras. Prato cheio para autores do início do Século XX. Porém,como toda grande cidade secular, Londres é repleta de becos escuros e sombrios. Vielas fétidas que escondem, mesmo sob o mais alto Sol, suas imundices sobre a constante penumbra e uma névoa que se recusa a se dissipar.
Os olhos fundos do homem que percorria apressado aquele tortuoso caminho, não pareciam se incomodar com a escuridão. Sua respiração estava pesada e o homem mal conseguia ver três metros a sua frente, mesmo que sua varinha estivesse levantada, apontada para frente, guiando seu caminho.
O homem andou pelas pedras de paralelepípedo, tentando manter-se em pé sobre a lama escura criada da mistura entre neve e excrementos. Parou em frente a uma pesada porta de ferro e examinou-a com a varinha.
A mão bateu apressada contra o metal, que fez um som surdo, seguido pelo ranger das fechaduras se movendo.
Está atrasado. disse o rosto magro que apareceu na abertura.
O homem que esperava do lado de fora nada falou. Guardou a varinha no bolso da veste e buscou abrigo, não contra o frio ou a chuva que caía fina naquela madrugada de inverno. Mas para escapar de qualquer olhar curioso.
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Você tem certeza que quer tentar agora? Quer dizer, você acabou de sair da Ala Hospitalar. Madame Ponfrey mandou você descansar.
Gina, a Madame Ponfrey manda qualquer um descansar. Na verdade, acho que ela se sente muito solitária na enfermaria. Prende qualquer um lá na primeira oportunidade.
Não seja bobo, Harry.
O som animado da conversa inundava os corredores gelados de Hogwarts. Seguidos de perto por Rony e Hermione (que preferiam não se meter no assunto, reservando-se há muitas risadas apenas), Harry e Gina debatiam a extrema vontade do garoto de encontrar o Espelho de Ojesed.
O Rony pode comprovar que eu estou certo. Lembra da vez em que ela nos prendeu aqui só porque tínhamos deixado derramar Sangue de Gafanhoto Verde da Libéria na mesa? Ela disse que podia ser contagioso. Nos prendeu aqui por dois dias!
O! A Enfermaria estava vazia. A mulher só faltava se oferecer para nos levar ao banheiro.
Graças a Deus ela não pensou nisso.
Tem certeza, Potter? falou Hermione com um tom quase sombrio na voz. Desbancando para a gargalhada no instante seguinte.
Os quatro seguiram até o corredor onde o Espelho ficava guaradado. Não era protegido por nenhum sistema complexo de segurança. Na verdade, não era protegido por coisa alguma.
O grupo ainda ria e conversava alegremente quando chegou ao local. E a imagem da armadura que ladeava a porta fez com que o murmurinho se extinguisse. Harry lançou um sorriso sem graça para os companheiros e girou a maçaneta. Hermione entrou logo atrás e fechou a porta.
Espere, Harry.
O garoto se virou. Sem fingir muita surpresa por estar sendo abordado pela amiga. Na verdade, já imaginava o assunto.
Ela não pode continuar sem saber. falou Hermione com uma cara zangada. Harry primeiro pensou como responder. Depois imaginou se Hermione pararia se não respondesse. Mas logo se deu conta que aquela não era uma opção válida.
Ela não pode ficar pra traz sabendo de tudo.
Então não a deixemos pra trás.
Não podemos leva-la. Você sabe disso.
Não podemos ou você não quer? É confortável ter Gina só nos fins de semana. Passar os dias em aventuras e vim ver a namorada quando não tem nada pra fazer.
Harry fez uma careta ao ouvir isso. Como ela podia sequer supor que ele tinha deixado Gina em Hogwarts porque era mais confortável pra ele? Ou ela simplesmente pensava que ele gostava de vê-la junto de Rony enquanto ele, Harry, estava sozinho.
Não passamos os dias em aventuras. Pessoas morrem fazendo isso.
Eu sei. Mas francamente, Harry, você acha que isso faz diferença pra ela? Você acha que ela é menos preparada do que eu ou Rony para essa missão? Por Merlin, Harry, ela pode ser até mesmo melhor que você.
Não delira, Mione.
Claro. Ninguém é melhor do que Harry Potter.
Não foi isso que eu disse.
Não... claro... Nos deixou vir por quê? Pena?
Eu preciso de vocês. Você sabe disso.
Somos convenientes. É isso. Gina não?
Gina... olha Mione, agradeceria se você me deixasse encarar o Espelho em paz. Tenho certeza de que sei qual é um dos Horcrux.
E pra que o espelho então? Você não pode simplesmente desenhar e nós começamos a procurar?
Eu preciso da confirmação.
Você é uma pessoa difícil, sabia?
Você também não é das mais fáceis. disse o garoto entre o rosto fechado e uma risada.
Deixa ela ir?
Deixa EU ir?
Hermione fechou a cara, cruzou os braços e encarou o amigo. Harry respirou fundo e revirou os olhos.
Eu vou pensar! Eu prometo! Harry deixou os ombros caírem e Hermione abriu um sorriso vitorioso. A garota fechou a porta e Harry pode escuta-la passando a conversa que haviam tido para os Weasleys.
Potter deixou de lado os pensamentos na namorada, nos amigos e em tudo mais que havia fora daquela sala e concentrou-se apenas no sonho. No sonho em que estava no corpo de Voldemort. No sonho em que segurava um dos Horcruxes na mão.
Harry concentrou-se. Tentando lembrar de cada detalhe do sonho. Forçando os olhos e a cabeça até não agüentar mais. Então abriu.
Piscou os olhos duas vezes para limpar a vista e deu de cara com a imagem muito similar a de seu sonho. Era um objeto robusto, pesado, maciço. Uma águia de metal, esculpida em ouro branco.
Perfeito, tal qual o objeto que lhe fora entregue pelo descendente de Ravenclaw, a águia aparecia linda. Reluzente. Num pedestal. Porém, nada além disso era mostrado.
Harry sorriu feliz. Estava vendo um dos Horcrux. Mesmo que não soubesse aonde ele estava, agora tinha certeza do que era.
O garoto afastou-se do Espelho, lutando para desgrudar os olhos do objeto. Abriu a porta e sorriu para os três que esperavam por ele no corredor.
É ela! falou ele, convencido.
Sei lá, pareceu mt fácil...
A não ser q o espelho tenha dado uma pista falsa...
Sei lá, a fic é sua! Sua cabeça seu guia! rs
Mas se ficar óbvio/fácil demais no prox cap eu reclamo contigo heim!
Beijos, Ri, e "posta mais logo!" (soca leitores q mandam reviews assim ah! Mais action! huahuaha)
1 - não dava pra perceber q era o snape naquela cena não... à princípio eu tinha pensado ser o rabicho indo pro esconderijo do voldinho, já ele tinha dito q queria voltar a Londres...
2 - cuidado pra não tratar a gina como criança, vc não está fazendo isso, mas está a um passo.
3 – o sonho do harry foi bem legal, ele vomitando tanto não. Isso eu li ontem, então não sei ao certo
