Reino Sombrio

Capítulo Sete

Inimigo Oculto

Uma chuva fina caía em Londres e seu povo se encolhia sob cobertores enquanto esperavam preguiçosamente a chegada do fim de mais um dia antes do fim de ano, ainda embriagados com as comemorações natalinas. Bonecos de neve ainda eram vistos nos jardins de casas do subúrbio enquanto uma massa cinza-amarelado tomava as ruas dos bairros centrais.

Pouquíssimas pessoas ousavam se aventurar pelas calçadas escorregadias e derrapantes, porém, nem todos tinham essa escolha.

Theodore Sigman não tinha a sorte de ter um cobertor quente para se abrigar. Na verdade, tinha escolhido o pouco conforto que encontrava em um pequeno abrigo na Russel Square.

O velho homem não tinha conseguido achar vaga em um dos abrigos da região, abarrotados de gente na época de natal, por isso se encolhia entre jornais velhos, um cobertor rasgado, procurando esconder-se do frio dentro de sua caixa de papelão.

Pelos cálculos do homem, era tarde o suficiente para que mais ninguém estivesse na rua. No frio que estava, mal se via policias fazendo ronda.

Mas, para sua surpresa, o homem esguio, bastante encasacado não foi o primeiro a passar com um pequeno pedaço de madeira na mão.


A entrada para o Museu Real Britânico fica próximo a da rua Russel (?) Montague. Normalmente, a guarda só no pátio externo é feita por quase vinte guardas (substituir o último guardas por sinônimo. Sugiro "soldados".Pensei em "homens", mas isso fica machista demais, excluindo a possibilidade de haver mulheres na guarda), além de toda a série de equipamentos tecnológicos. Naquela fria noite, a guarda não estava desatenta. Cada um dos homens mantivera o posto, e todos os aparelhos funcionavam normalmente. Mesmo isso, não impediu que uma figura alta, ligeiramente curvada se esgueirasse pelas sombras sem maiores dificuldades.
- Então é isso! Você decide fica bêbado e decide o que vamos procurar? E se eu achar que o Horcrux é uma estátua de uma Centopéia africana? Teríamos que procurar imagens dela nos arquivos da biblioteca?

O trio tinha chegado a biblioteca logo depois do café. Por um motivo que a Madame Pince não entendia, a diretora tinha dado ordens para abrir todo o arquivo de Hogwarts para os três, e que eles deviam examinar tudo sem que mais ninguém estivesse presente. Deixar sua preciosa biblioteca vazia não era o que a velha mulher mais gostava, mas não tendo opção, foi com um olhar carrancudo que ela saiu de lá pela manhã e lhes entregou a chave – não sem antes conferir os livros de controle, para saber ao certo o que estava deixando para trás.

Desde então, ela não acompanhou o estudo dos três. Tão pouco pode ouvir que Rony estava falando alto. Na verdade, depois que tinha se recusado a sentar e ajudar na busca, alto era o tom mais baixo em que ele falava.

- Ron, senta, vai. Discutir isso realmente não vai ajudar.

Harry tentava se manter fora da conversa. Mesmo que o amigo gesticulasse e gritasse em sua direção, esperava que Hermione fosse capaz de controlar o namorado, pois seus ataques histéricos já estavam passando do limite da irritação.

- Porque não, Mione? Não quer mesmo que eu acredite que esse "sonho" dele seja verdadeiro? Foi por causa de um deles que Si...

Antes que o ruivo pudesse terminar de falar Harry levantou-se da cadeira e num só movimento dirigiu um forte soco ao rosto do amigo.

Rony cambalheou para trás chocando-se contra uma outra mesa de leitura, enquanto Hermione saltava em sua direção aos berros. Harry ficou parado, olhando enquanto o amigo apertava a mão contra o nariz para se certificar de não tinha quebrado nada, e colocou a mão na varinha quando o ruivo ameaçou fazer o mesmo.

- Não faça isso...

- Você ficou maluco? Você.. você me bateu!

Hermione ainda tinha os olhos arregalados, estava ao lado do namorado, mas não sabia exatamente o que fazer.

- Meninos...

- Escuta, Ron. Se você não quer procurar. Se você acha que é uma besteira. ÓTIMO! Vai embora e me deixa fazer meu trabalho. Mas se quer ficar, fica quieto e não atrapalha. Você não está fazendo nenhum dos dois.

Rony ameaçou ir na direção dele, mas foi contido por Hermione. Em seguida o garoto ajeitou a camisa e deixou os dois para trás. Hermione correu na direção do namorado, e assim Harry ficou sozinho na biblioteca enquanto o Sol ainda caía lá fora.


Já faziam dez dias desde que Magorian tinha tomado a decisão de se isolar. Trotando pela floresta e afastando-se o máximo que podia, até que assim, seu espírito conseguisse calma o suficiente para interpretar as estrelas.

Seus cascos chocaram-se contra a pedra lisa de um rochedo, próximo a borda de um pequeno desfiladeiro. Magorina, respirou fundo e olhou para o céu. A Lua mal tinha ganhado altitude, mas ele já podia ver as estrelas e ter certeza que a mensagem que tinha lido noites atrás continuava a mesma.

Sentiu então um aperto no coração e fechou os punhos, enquanto girava de volta para sua tribo e seus conterrâneos. Era preciso fazer algo.


Foram necessárias horas e mais horas de estudo até que Harry encontrasse algo que pudesse sugerir pelo menos a existência de um objeto como a águia de ouro, no mundo bruxo.

Em uma edição velha do Profeta Diário, havia uma pequena nota sobre um furto realizado há quase quarenta anos atrás. Pelo tamanho da nota, e a entonação sarcástica do jornalista, não era de se esperar que os Aurores não tivessem dado muita importância ao caso. Na verdade aparecia a foto de um respeitável homem de bigodes fartos, com as pontas viradas para cima e um estranho monóculos no olho esquerdo. Ele não parava de acenar com as mãos e mostrar bastante desespero. Em seguida, desenhos – dignos de primário – apareciam ilustrando ao leitor o objeto desaparecido.

Harry agora sabia que ele existia. Que tinha sido roubado quando Voldemort ainda era jovem. E que podia estar escondido em qualquer parte da Inglaterra. Pelo menos ainda não eram nem sete horas da noite.


Quando chegou a hora do jantar, Gina tentou ir até a biblioteca tirar o namorado dos livros. A história de que ele tinha socado o irmão – e o enorme hematoma que tinha surgido no rosto do ruivo – a tinha deixado furiosa. Gostava menos ainda da idéia de não saber o motivo daquilo tudo. Estar às escuras era deprimente.

Gina bateu na porta uma série de vezes antes que o primeiro ruído fosse escutado. Um grito de Harry perguntando quem estava lá.

Ela revirou os olhos e pensou em quem mais se preocuparia com o jantar daquele garoto. Soltou a respiração num ruidoso suspiro, e se identificou. Disse que estava ali para leva-lo para o jantar. Então fez-se silêncio, e Harry disse que jantaria depois.

Parada ao lado de fora de uma grande porta, com o namorado sozinho envolto a mistérios, era uma metáfora óbvia demais para sua vida. Pensou em chutar a porta mas se contentou em sair dali xingando baixinho. Aquilo ia mudar.


Hermione estava bastante furiosa. Parte dela queria volta à biblioteca e azarar Harry por algumas gerações. A outra queria fazer o mesmo com Rony. Ele não devia ter falado do Sirius. Mesmo que estivesse certo, devia ter sido mais cuidadoso. E agora, se existia uma pequena parte do amigo que ainda podia ser convencida de que estavam indo pela trilha errada, essa parte tinha ficado soterrada sob camadas e mais camadas de orgulho ferido. Homens...

Ela recostou-se na arquibancada dura do estádio. Do alto da torre em que estava, podia ver o namorado voar a toda velocidade entre os aros. Os cabelos ruivos esvoaçantes sobre a luz fraca do poente, rasgando o ar entre o vento frio do inverno. O céu começava a se encher de nuvens e ela tinha certeza de que seria mais uma noite congelante.


Enquanto trotava de volta, Magorian pensava nas decisões que iria ter que tomar. Por gerações os Centauros haviam preferido ser vistos como animais a seres mágicos. Abdicando de qualquer direito no governo do mundo bruxo. Assumiram, sem nenhum ressentimento, a função de observadores. Sempre analisando e avaliando a história, sem jamais interferir. Mas um dia isso teria de mudar. E Magorian sabia que aquela difícil decisão cabia a ele, e ninguém mais.

Aceitava que seu povo não concordasse. Aceitava que os humanos tivessem medo. Mas ele tinha visto as estrelas. Falado com elas. Ele sabia o que estava por vir. E sabia que devia impedir todas aquelas mortes.

O centauro já se aproximava de sua tribo, quando o som de uma flecha cortando o ar, invadiu a noite. Na escuridão da floresta, ninguém viu ele gritar. Sem ninguém por perto a quem recorrer, o velho centauro não pôde fazer nada além de ofegar enquanto sentia o mundo ficar escuro a sua volta.

Escuro como uma noite sem estrelas. Escuro como os anos que estavam por vir. E ele não podia mais fazer nada.


O relógio pendurado no alto da parede, próximo à lareira da Grifinória marcava uma hora da manhã. As velas dos corredores já haviam se apagado e a Mulher Gorda reclamou bastante quando teve que girar para o lado para dar passagem ao garoto.

Ele não tinha certeza se devia acordar os outros. Na verdade, esperava que Rony tivesse ido dormir no quarto de Hermione, como fazia com freqüência, e deixasse o garoto pegar suas coisas rapidamente.


Fenrir Greyback não escondeu o sorriso quando viu a enorme quantidade de homens diante seus olhos. Uma centúria de homens haviam se esgueirado pelos becos e passagens mais sombrias de Londres para se encontrar com ele sob a luz fraca de uma única varinha. Apenas pares de olhos amarelados eram vistos naquela escuridão. E Finrir (com "e" ou com "i"?) contava pares o suficiente para causar um estrago como jamais havia sido visto antes.

- Muito bem, senhores. A hora se aproxima, e vocês finalmente vão poder se divertir.

Ele então deu um pequeno riso, seguido a um uivo de empolgação. Acompanhado primeiro por alguns poucos, mas que logo ecoou maligno pelas ruelas de Londres. O terror estava chegando.


Era a segunda vez naquela noite que o som forte de estalido contrapunha o som da chuva fina caindo e chamava a atenção de Theodore. Da primeira vez, o homem tinha decidido que era sua imaginação reagindo às altas doses de conhaque que tinha tomado. Mas dessa vez tinha certeza de que era alguma coisa e decidiu averiguar.

O velho colocou a cabeça para fora da caixa de papelão e viu um homem alto, com cabelos despenteados e uns óculos redondo, devidamente encasacado vestir uma capa de brilho estranho. Para sua surpresa, ao vestir a capa, o garoto desapareceu.

Theodore esfregou os olhos para ter certeza do que via. E recuou de volta ao pouco aconchego que seu abrigo lhe dava. Definitivamente, tinha que parar de beber.


Harry ainda se parabenizava por ter descoberto sozinho o esconderijo dessa peça. Não tinha sido fácil, admitia. Provavelmente Hermione já teria solucionado o caso antes. Mas não contava com a ajuda da amiga naquela noite.

Depois de encontrar um artigo no jornal sobre o roubo da peça, levou uma eternidade até pensar em onde ela poderia estar. Foi preciso que Pirraça entrasse na biblioteca e começasse a jogar os mais diversos livros das estantes sobre Harry; no que, segundo ele, servia apenas para ajudar o garoto a pegar os que estavam mais ao alto; para que o garoto encontrasse uma pequena pilha de correspondências com anúncios de exposições. A Madame Pince era realmente uma viciada em arte e literatura. A ponto de receber encomendas do mundo trouxa apenas para ver as peças em exposição nos museus britânicos.

A partir daí, um encarte com uma imensa águia dourada já tinha feito o círculo se fechar. Harry já sabia aonde ir. E nem reclamou quando um pote de tinta verde caiu sobre sua camisa. Passando a jogar livros na direção dele enquanto corria rumo a saída.

Um barulho próximo a Harry o fez acordar de seus devaneios. Pensou em quantos guardas poderia haver no museu e como seria difícil tirar uma das principais peças da exposição sobre Roma.

O museu fora construído nos moldes arquitetônicos daquela civilização. Oito grandes pilares de pedra erguiam-se diante da entrada principal, sustentando um teto repleto de molduras.

Os quinze degraus que separavam as enormes portas de bronze da praça do Museu Real aumentavam a solenidade do local. E foi com surpresa que Harry achou um dos guardas caído no chão.

O garoto pensou em recuar. Se esconder e até mesmo chamar a polícia. Foi só então que reparou que o guarda estava morto, mas não tinha marca de ferimento. Não havia sangue. Não havia bala. Não havia ladrões e sim um bruxo. Alguém tinha chegado ao Horcrux.

Harry tirou a varinha do bolso e foi caminhando o mais rápido que sua capa de invisibilidade permitia.

O numero de guardas caídos ao chão aumentava à medida que ele se aproximava do centro da exposição.

Cruzou o corredor, parando duas vezes ao assustar-se com soldados de cera, antes de chegar à sala principal da exposição.

A águia de ouro havia sido colocada no canto da sala. Próximo a um mostruário de moedas antigas. Relegada ao canto diante peças de armadura e espadas de combate. Não era o item mais bonito da exposição, mas o único deles que estava recebendo visitas naquela noite.

Quando Harry entrou na sala viu um homem vestido de preto, próximo ao objeto. Ele não ousava tocar na águia, mas tinha feito o vidro desaparecer por completo.

Os cabelos oleosos. A postura curvada. Harry reconheceria aquele homem em qualquer lugar. Por isso deixou a capa cair e apontou a varinha.

- Eu nunca imaginei que teria a chance de matar você e recuperar um Horcrux na mesma noite.

A voz de Harry tinha ódio. Mais ódio do que ele podia imaginar. Se há dois anos atrás não tinha conseguido disparar um Crucios em Belatrix, agora tinha certeza que seria capaz de torturar alguém até a morte.

Snape não virou para trás ao ouvir a voz do garoto. Encarava o objeto a sua frente com uma certa dose de admiração. Harry deu um passo à frente e, vendo a paralisia de seu inimigo, atacou.

- Cru..

- Estupefaça!

O feitiço do mestre de poções jogou Potter longe, na direção de um amontoado de armaduras no canto oposto da sala.

- Não devia ter me interrompido, Potter.

Harry tentou se levantar, enquanto capacetes e ombreiras faziam uma enorme dose de barulho sob seu corpo. Ele encarava o ex-professor com raiva. Varinha em punho, apontada na direção do coração do oponente, como tinha aprendido em duras lições durante sua vida.

- Por que está aqui?

Snape fingiu não se importar com a pergunta. Na verdade o homem não se importava nem mesmo com o fato de Harry estar ali.

- Faça um favor para nós dois, Potter, fique quieto, sim!

Como de costume, o garoto desobedeceu. Levantou-se de onde estava e tentou mais uma vez erguer a varinha contra Snape.

- Me diga o que está fazendo aqui! gritou ele, juntando todo o tom de autoridade que conseguia, depois de ter ido ao chão tão rápido.

- O que acha que estou fazendo aqui, seu idiota! Fazendo uma visita noturna a sua admirável cultura trouxa? É claro que vim tentar desfazer o feitiço! Agora cale-se!

Novamente Harry deu alguns passos à frente. O homem que tinha matado Dumbledore a mando de Voldemort não poderia estar em um museu trouxa, durante a madrugada para desfazer um dos feitiços de Horcrux. Não o Snape.

- Você...

- Sectumsempra!- um jorro de luz saiu da varinha de Snape e fez com que Harry fosse mais uma vez ao chão. Mesmo com o garoto tendo projetado um feitiço de defesa, o ataque do professor tinha sido forte o suficiente para fazer um rasgo na perna.

- O próximo, e você vai ficar como os guardas.

- Eu não vou ficar aqui parado enquanto você fica ai, diantede um horcrux.

Snape então virou de lado e caminhou impaciente na direção de Harry, como se ele houvesse dito uma grande besteira em sua aula.

- Por Merlin, garoto, importar-se em não contar a todos aqui o que eu estou olhando! Imagino que todo aquele pulgueiro onde se escondeu já saiba o que o "Menino gênio" está procurando.

Harry sentiu uma pontada de culpa. Estava ali a menos de um minuto e por duas vezes já havia sitado o nome do feitiço que Dumbledore havia implorado que não contasse a ninguém.

- Você não vai destruir isso. Não vai destruir a única coisa que mantém seu mestre vivo. Dumbledore tentou e eu vi sua mão ficar doente por meses. Você não tem coragem...

Mais forte que o feitiço anterior, foi o tapa que Snape deu no rosto do garoto.

- Não me chame de covarde, garoto. Nunca mais.

Virando-se rápido, Snape voltou sua atenção para a águia. Seus olhos encaravam a estátua de ouro com interesse e deslumbre. Pegou então sua varinha e apontou para o artefato.

- Saia daqui.

- Não! Você não pode enfeitiçar isso! É forte demais. Vai...

- Potter... EU. MANDEI. SAIR. DAQUI!

Harry mais uma vez apontou a varinha na direção do ex-professor.

- Cru..

- Crucios!

O garoto se contorceu e sentiu o ferimento da perna se abrir, criando uma ligeira poça de sangue, antes que Snape o soltasse do feitiço.

- Vá embora, Potter! Esse não é um jogo para crianças, Potter (de novo, potter?)! Deixe o trabalho com profissionais!

Apesar da dor, o garoto não admitia desistir e deixar Snape sozinho com o artefato.

- Eu já derrotei Voldemort. Mais de uma vez.

- Não fale o nome dele! Ele logo vai saber que estamos aqui.

- Você tem medo dele?- perguntou o garoto com sarcasmo. E Snape não respondeu. Voltando sua atenção para a estátua.

- É a última vez que eu digo. Saia daqui!

Harry não atendeu a ordem. Pretendia gritar alguma coisa, quando Snape apontou a varinha para a águia e disparou um feitiço. O garoto não conseguiu entender exatamente o que seu antigo professor falara. Mas viu um clarão tomar forma a sua frente, e só conseguiu pensar em aparatar para o mais longe possível.


De sua caixa de papelão, na Russel Square, Theodore Sigman sentiu uma mudança no ar. A chuva não tinha parado, mas subitamente tudo a sua volta tinha ficado quente. O velho colocou a cabeça para fora da caixa e viu uma luz intensa irradiar das janelas do museu, iluminando o céu e prédios em volta.

No instante seguinte tudo aquilo foi pelos ares. Pedras, vidro e metal choveram no centro de Londres, sob o som ensurdecedor de uma imensa explosão.

O mendigo protegeu os olhos e encolheu-se para fugir da chuva de destroços. Sirenes tocaram e alarmes dispararam. Pessoas gritavam enquanto ele recolhia uma série de antigos pedaços de metal similares a ouro. Não pareciam ter forma, mas sabia que derretidos poderiam valer algum dinheiro. Guardou as peças no bolso e garantiu a fuga o mais rápido possível.


Harry aparatou na frente do Três Vassouras. Sua perna sangrava e sua cabeça doía. Parte do rosto estava inchada do tapa que levara e ele ainda não se conformava de ter fugido.

Tudo ainda estava muito confuso em sua cabeça. Snape destruindo um Horcrux. Não tinha lógica.

Harry passou a mão na face e se levantou com alguma dificuldade. Se arrastou até a moto voadora de Sirius e retornou o mais rápido que pôde para Hogwarts. Só para desmaiar sob a porta de entrada.

Continua

Rick Summers