NOTA DA AUTORA: Eu sei, deveria estar escrevendo o último capítulo de Sunset Memories... Mas essa idéia não parava de me atormentar, e acabei escrevendo ela mais cedo – e mais rápido – do que imaginava. Já vou logo avisando: Este fic é AU, se passa no presente (sim, no ano que estamos) e é um pouco OOC. Mas o legal é justamente isso... Como será que eles reagiriam a situações comuns a jovens de hoje? É o que vamos ver...

Queria dedicar este fic a minha autora preferida de fics Rurouni Kenshin: Hana Himura. Hana-chan, você é a melhor, você tem o Dom... Nunca deixe de escrever, você é ótima no que faz! E tenho certeza que todo mundo que lê seus fics pensa como eu!

Disclaimer: Rurouni Kenshin não me pertence. Se os personagens fossem meus, a história seria um romance, e não uma aventura!

ROSAS VERMELHAS Cap. 1: Conheci você Kenshin Pov

- Bom dia, Tae-san.

- Oh, bom dia Himura-san... Sentimos sua falta, já faz algumas semanas que não vem aqui. Vai querer o de sempre?

Não consigo evitar o sorriso. "A dona da floricultura sentiu minha falta? E já decorou o que eu peço? Acho que está na hora de ser mais original com as garotas..."

- Estive fora da cidade, viagem de negócios. E sim, vou querer o de sempre. Uma...

- Uma dúzia de rosas vermelhas. – ela interrompeu, sorrindo – vou preparar para o senhor.

Observei enquanto ela se afastava, ia até um grande vaso marrom, bem no centro da loja, e selecionava as 12 rosas mais bonitas do vaso. " 'O de sempre'? É... Himura Kenshin... Quem diria, você se tornando cliente assíduo de uma floricultura, como se fosse um bar ou restaurante... Tae-san deve achar você um canalha conquistador..."

Uma voz feminina interrompeu meus pensamentos.

- Tae-san, telefone. É o dono da distribuidora de orquídeas...

- Ah... Finalmente. Acabe isto para mim, Kaoru-chan. – disse, pegando o telefone sem fio da mão da jovem, então, como se lembrasse de algo, falou – Ah, deixe-me apresentá-los. Himura-san, esta é Kamiya Kaoru, minha mais nova assistente. Kaoru-chan, este é Himura-san, um cliente muito especial. Ele quer um buquê de rosas vermelhas. Uma dúzia.

A garota sorriu e se inclinou suavemente num cumprimento, enquanto Tae-san ia para os fundos da floricultura. Lugar de onde provavelmente esta jovem teria saído. "Eu a teria visto se ela estivesse por aqui quando cheguei. Seria impossível não vê-la" Ela tinha cabelos negros, longos, presos num rabo de cavalo. Seus olhos eram de um azul escuro, profundo. Usava uma blusa branca, dessas que todas as adolescentes parecem ter, uma calça jeans, e por cima de tudo o avental verde com o nome da floricultura,  que quase lhe cobria os pés.

Enquanto eu a observava, ela virou-se de costas e continuou o que Tae-san estava fazendo. Escolheu algumas rosas, foi até um outro vaso, pegou alguns galhos verdes e começou a arrumá-los harmoniosamente.

"Ela deve ser bem jovem... Dezoito anos no máximo. Cuidado Himura, você pode ser preso!" Um leve sorriso escapa dos meus lábios. "Bom... Ao menos seria por uma boa causa... Ela é linda."

A jovem então vira-se, e com um sorriso, me mostra o arranjo que acabou de fazer.

- E então, Himura-san, o que acha?

Bem, eu tinha que admitir. A garota tinha talento. O buquê de flores ficou muito mais bonito do que os que Tae-san geralmente faz.

- Está muito bonito, senhorita. Parece ter sido feito por mãos de fadas...

Noto que ela fica envergonhada, um leve rubor cobre sua face. Kaoru virou-se de costas rapidamente, levando consigo o buquê até o balcão. Sem me olhar nos olhos, fingindo que ajeitava as rosas, ela me pergunta:

- O senhor gostaria de fazer um cartão?

"Não acredito... Alguém que ainda fica enrubescida com um simples elogio! Achei que as jovens hoje em dia não ficassem mais envergonhadas... Pelo menos não as que eu conheço. Que garota interessante... Instigante, para falar a verdade. Me faz ter vontade de saber mais sobre ela... Parece doce e inocente... Não, duvido que seja inocente. Jovens da idade dela não são inocentes... Mas ela tem um olhar... O que significa esse olhar? Opa, acho que ela está esperando uma resposta..."

- Sim, claro...

Ela me indica uma pequena pilha de cartõezinhos brancos em cima do balcão. Há uma caneta ao lado.

"Vejamos... 'Querida... Querida...' Droga, esqueci o nome dela... Ah, sim. 'Querida Megumi. A noite de ontem foi inesquecível. Ligo para você quando puder. Kenshin'"

Olho para o cartão satisfeito. "Perfeito. Não muito original, mas sempre funciona. Bem... Quase sempre... Ainda bem que não lhe dei meu telefone. Tomara que ela não seja como aquela maluca, que colocou um detetive atrás de mim... Não, acho que Megumi não é dessas."

Coloco o envelope entre as flores enquanto procuro o talão de cheques no bolso.

- O senhor gostaria que nós entregássemos em casa? Ou prefere entregar pessoalmente?

- Gostaria que vocês entregassem – "Se fosse Tae-san nem me faria essa pergunta, iria logo me pedir o endereço. Acho que vou esticar um pouco esta conversa..." – Gostaria de ir pessoalmente, mas tenho muito serviço hoje. Acabo de chegar de uma viagem de negócios. E preciso ter certeza que meu sócio não levou nossa agência a falência nesses últimos dias em que estive fora...

Kaoru ri, e parece um pouco menos tensa. Ao menos já não está mais vermelha.

- Que tipo de agência o senhor possui?

- Agência de publicidade. Não somos internacionalmente conhecidos, mas um dia seremos!

Fiz ela sorrir mais uma vez. "Ela fica ainda mais bonita quando sorri... Himura, pára com isso..." Anoto num pedaço de papel o endereço de Megumi, preencho o cheque rapidamente e lhe entrego. "Preciso sair logo daqui... Como pode uma jovenzinha como ela mexer assim comigo? Instinto paterno? Não... Não há nada de infantil naqueles olhos, naquele corpo..."

- Obrigado Himura-san, volte sempre.

- Sim, eu voltarei... – Não consigo evitar o sorriso, nem consigo evitar os olhos dela... Foi por uma fração de segundos, talvez menos que isso, mas no momento que nossos olhos se encontraram eu senti algo que nunca havia sentido antes... Algo que nunca nem mesmo quis sentir por mulher alguma...

Vontade de ver ela de novo...

Desvio os olhos rápido, saio da loja sem olhar para trás, e quase corro até onde deixei o caro estacionado. "Kami-sama... O que foi aquilo?"

Kaoru PoV

"Kami-sama... O que foi aquilo?" Fiquei parada observando aquele homem estranho sair da loja, apressado. E mesmo depois que ele já tinha saído, continuei olhando para o nada, tentando acalmar meu coração, que batia depressa...

"Como pode um simples desconhecido fazer meu coração disparar desse jeito... E ele me fez ficar envergonhada! Nunca nenhum homem me deixou constrangida com elogios... O que está acontecendo comigo?"

Estava tão absorta em meus pensamentos que levei um susto ao ouvir passos atrás de mim.

- Ora, desculpe Kaoru-chan. Assustei você?

- Não foi nada, Tae-san... Estava apenas distraída...

- Himura-san já foi embora?

- Sim... Deixou este endereço para que entregássemos as flores

Tae-san riu, e pegou o papel de minha mão.

- Deixe me ver... Ah... Como suspeitava... Mais um nome, mais um endereço... Acho que nunca vi Himura-san repetir uma única vez o mesmo nome, a mesma mulher...

- Como assim, Tae-san?

- Simples... Himura Kenshin é um de nossos clientes mais assíduos. Toda segunda feira, domingo ou sábado pela manhã, ele vem aqui, pede uma dúzia de rosas vermelhas, e manda entregar na casa de uma garota. Sempre uma garota diferente... E pelo jeito ele nunca mais as vê, pois algumas já vieram aqui na loja, mais de uma vez, tentando saber informações sobre ele... Seu telefone, endereço... Claro que eu jamais forneci tais dados, prezamos muito a privacidade de nossos clientes... Ele deve ser mesmo muito atencioso – Tae-san segurava o riso, e tinha um olhar extremamente malicioso...

- Ele é um conquistador, isso sim... – respondi, um pouco zangada. Não sei porque, mas aquilo me feriu... Então Kenshin tinha uma garota diferente a cada fim de semana? "E o que eu tenho a ver com isso?" Era o que eu tentava pensar... Mas não conseguia...

- Sim, um conquistador... Mesmo não tendo o tipo físico de um... Como pode um homem fracote, baixinho e com aquele cabelo ruivo comprido, chamar tanto a atenção das mulheres? O que será que ele tem de tão especial?

- O olhar... – respondi baixinho. "O que ele tem de diferente é aquele olhar... Que parece querer desvendar cada pedacinho de sua mente... Eu sentia ele me observar, mesmo estando de costas... Sentia ele analisar meu corpo, e aquilo me fazia ficar tímida! Nunca nenhum homem me deixou tímida só pelo fato de me observar... Mas ele... E quando nossos olhos se encontraram... Eu senti uma descarga elétrica, meu coração disparou! Tudo com um simples olhar... Será que ele tem esse poder com as outras mulheres também? Ou será que..."

- Kaoru-chan, você disse alguma coisa?

- Não, não... Não disse nada. – Falei, tentando disfarçar – Gostaria que eu fizesse esta entrega hoje, Tae-san? Yahiko ainda está resfriado, só volta a trabalhar amanhã.

- Obrigado Kaoru-chan. Preciso ficar aqui na loja agora a tarde, aquelas orquídeas que encomendamos semana passada vão chegar hoje, e preciso estar aqui para receber o carregamento.

- Finalmente, estava achando que não iriam chegar nunca... – respondi distraidamente. Iria poder conhecer a tal senhorita Takani logo mais. "A garota do fim de semana passado... Será que ela é bonita?" Mais tarde eu saberia.

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E então? O que acharam??? Quem diria, Kenshin, um Don Juan! Por trás daquela carinha de "oro"... Mas pretendo fazer ele sofrer um pouco... Sabe como é, aprender a dar valor às mulheres...

Vocês acham que eu devo continuar? Por favor, eu quero a opinião sincera de vocês. Se estiver muito ruim, me digam!!!!! Se estiver bom, digam também!!! (se ajoelhando na frente do pc) Por favooooor.....