Notas iniciais: Estou impressionada comigo mesma! Consegui terminar o capitulo antes de um mês! Não é incrível? Pois bem... os deixo agora com o cap.13, que está mais curto que os outros. Acho que não tenho nada a falar além disso por enquanto... ^^""
Boa leitura!
- Capítulo treze -
Sejam bem-vindos
Por Manu1
Takeru Takaishi abriu os olhos e levantou-se com o coração batendo ferozmente. Olhava ao seu redor, assustado. Não havia nenhum sinal das montanhas, da caverna escura onde estivera, nem de...
- Pégasumon! - exclamou subitamente, ao lembrar-se do cavalo alado que aparecera para ele.
Também não havia vestígio algum de seu digimon. TK sentou-se na grama e tateou em busca de sua mochila até acostumar-se com a falta de luz... Encontrou-a sem muito esforço e abriu o zíper, a fim de apanhar a pequena lanterna que trazia. Ligou-a em seguida.
Iluminou tontamente tudo ao seu redor, mas só conseguia ver folhas e arbustos.
- Pégasumon... Patamon... você não está aqui...
O rapaz levou sua mão ao lado esquerdo do peito ao sentir uma pontada incômoda. Devia ser qualquer bobagem, no entanto estava certo de que era algum pressentimento... Suspirou e tragou saliva.
TK levantou-se um pouco sem equilíbrio e deu algumas passadas hesitantes. A luz da lanterna fazia aparecer folhas verdes, grama fresca, árvores de troncos grossos... Onde estou? Parece uma floresta ou algo parecido... será que é o Digimundo?
Sentiu um tremendo frio na barriga ao lembrar-se de Joe e Kari, seus companheiros da Zona de Verão. Não os vira desde que se separaram na montanha e agora não tinha a menor idéia de onde estavam - nem de onde ele próprio estava. Recordava-se do brasão... de uma luz irradiante... e de um cavalo branco incrivelmente bonito.
- Kari! Joe! Vocês estão me ouvindo? - gritou Takeru - Estão por aqui? Respondam! Preciso saber... Ka-Kari....
Sua voz perdeu vigor aos poucos. Precisaria andar mais e encontrar alguma pista... seus amigos não poderiam se separar dele desta forma! E queria descobrir o significado de tudo o que acontecera... se possivelmente tivesse se transportado à outra zona, ou mesmo ao Mundo Digital, tinha de arranjar mesmo algum meio de encontrá-los.
Caminhou entre as plantas tomando cuidado até que conseguiu desviar-se de todas. Vendo que não sentia nenhum galho ou árvore a impedi-lo, direcionou a lanterna para o norte. O que via agora era um imenso campo gramado... a trilha de folhas acabara de vez. Mas não havia nenhum sinal de vida por ali.
- Kari! Joe Kido! Estão me ouvindo agora?
Não recebeu resposta. Acomodou a mochila nas costas e continuou apontando a lanterna em várias direções, agora sentindo um estranho calafrio lhe percorrer a espinha... Sua vista foi notavelmente atraída para algo obviamente estranho naquelas circunstâncias. Bem ao longe, em um ponto no meio do campo... havia uma espécie de casa, de onde vinha uma luz que não permitia-lhe identificar direito o local.
Takaishi não pensou duas vezes e começou a avançar.
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- Tai, pare de andar de um lado para o outro... quer nos deixar loucos?! - disse Mimi, sem muita empolgação.
- Não posso, não dá... estou nervoso. Preciso pensar!
- Precisamos é estar calmos e com a mente limpa, se quisermos raciocinar direito - murmurou Yamato Ishida com firmeza, enquanto apoiava uma Sora inquieta.
Estavam na sala, novamente. A sala, aliás, era seu ponto de encontro. Taichi andava com aflição para lá e para cá de braços cruzados, e seus cabelos em pé davam-lhe um ar engraçado. Sora, Yamato e Mimi estavam sentados no sofá, esperando Ken Ichijouji voltar com o espelho. Todos agora já sabiam da existência do espelho e do que fizera ao rapaz, mas o que ainda conseguia tirá-los do sério era a possibilidade de dois digimons terem sido apoderados pelas trevas...
Koushiro saiu de uma portinhola de madeira - supostamente o banheiro - aparentando estar incrivelmente melhor. Sua expressão contorcida de dor agora tomava o ar natural de sempre.
- Está tudo bem, Izzy? - perguntou a namorada, já certa da resposta.
O rapazinho assentiu, sorrindo com certa timidez.
Passos lentos foram ouvidos descendo a escadaria. Matt colocou seu pé um pouco mais para frente, fazendo o amigo da Coragem tropeçar e quase cair.
- Agora já chega, Tai.
Ken chegou à sala trazendo o espelho sem mais dificuldades. Deixou-o de pé, não exatamente virado para os amigos... Era a primeira vez que os outros o viam, e não foi surpresa lançarem olhares de admiração e encantamento ao objeto. Ele continuava refletindo o corredor do segundo andar - com a escova no meio do tapete.
- Puxa... então... foi nele que viu tudo isso, Ken? - gaguejou ligeiramente Tai.
- Sim.. E é melhor não se encantarem com ele, por enquanto. - disse Ichijouji, com rigidez. Agora parecia ter restaurado sua postura normal; não havia mais tremedeiras e não estava mais nervoso ao falar, como momentos depois que tivera as visões.
- Oh... Piyomon, Piyomon... por quê? - murmurava Sora, com a voz entrecortada.
- Fique calma, Sora... não quer dizer que tenha acontecido justamente com ela. - consolou a amiga, apertando seu ombro carinhosamente - Talvez a ordem dos desaparecimento esteja errada.
- E talvez nem tenha uma ordem! - completou Kamiya.
- É... - bufou Izzy Izumi, sentando-se na poltrona - Mas, de qualquer forma, dois digimons já foram absorvidos. Se esta informação estiver correta, de acordo com a medalha que Ken viu.
- OK, pessoal, vamos por partes - começou o investigador - Em primeiro lugar, eu sei que vi o que vi. No momento cheguei a pensar que não passava de alucinação... mas estava no espelho o Imperador Digimon. Ou seja, eu...
- Mas que não é você mais - disse Tai, ao notar o tom de tristeza do amigo ao dizer aquilo.
- Sim, eu sei... mas eu ouvi vozes na minha cabeça, passaram imagens do meu passado obscuro... E também senti uma pontada forte, como quando a semente das trevas estava em mim. Depois veio a medalha. Eu a vi nitidamente sendo refletida no corredor de cima, mas quando tentei me levantar, uma força estranha me impediu...!
- Taí, pode ser que o espelho esteja nos impedindo nessa zona - disse Matt.
- É possível... mas por que ele mostrou a medalha para Ken e não deixou-o que verificasse no corredor? Talvez essa parte tenha sido mesmo uma espécie de miragem.
- Não, Taichi... a visão da medalha pode ter sido um aviso também. - continuou Ken - Afinal, apareceram as duas pedrinhas negras! Pude enxergar claramente. O que poderiam querer com isso? Nos avisar que os digimons estão correndo mais perigo...
- De acordo, então devemos seguir segundo as visões de Ken e as imagens do espelho, é toda a pista que temos - falou Izzy - Mas por que será que você viu o Kaiser? O que esse espelho quis dizer?
Ichijouji suspirou brandamente antes de pensar um pouco e responder:
- Não sei... fui o único daqui a ter um passado envolvido com as trevas. Talvez quisesse me atormentar. E conseguiu. Ouvi a voz de Wormmon...
Os outros não disseram nada. As suposições pareciam verdadeiras demais para tentarem contestar.
- Hai... não temos certeza ainda.- murmurou Taichi. - Mas essa medalha de bronze só pode aparecer de verdade se a juntarmos com a de ouro. E isso só acontecerá quando o grupo inteiro estiver unido e o enigma final ser decifrado. O que há agora é que dois dos digimons estão contaminados. É provável que sejam Piyomon e Patamon - disse, agora olhando para a melhor amiga - Mas o que importa é que precisamos salvá-los.
- Ai... como isso tudo é complicado! Não basta decifrar os enigmas e abrir o portal; ainda há o resgate dos digimons e esse maluco que libertou a profecia - queixou-se Mimi Tachikawa, preocupada e ansiosa.
Os demais não disseram ou fizeram nada a não ser suspirar. Realmente... e sequer sabiam a verdadeira forma do inimigo. Talvez fosse a pior parte conhecê-lo.
Sora levantou-se do sofá e parou em frente ao espelho. Não parecia sentir algum receio ou estar assustada. Ficou a olhar a imagem do corredor por quase um minuto, mas sua expressão continuava a mesma.
- Sora... - chamou Yamato, desconfiado.
- Não acontece nada...
- Somente Ken pode ver o que o espelho quer mostrar, acho - disse Izumi - Como ele mesmo disse, seu passado influencia nas visões e estas são capazes de atormentá-lo.
- É melhor cobri-lo - disse Taichi, encaminhando-se até a mesa de jantar e arrancando a toalha, com um certo ar sonso, para depois esconder o espelho.
Koushiro desviou seu olhar para as peças do laptop que estavam no chão e seu semblante subitamente voltou-se tristonho. Que visão horrível era aquela... não sentia rancor por Mimi, no entanto seu coração se apertava ao perceber que seu velho amigo era um inútil naquelas horas. E isso Izzy não podia admitir...!
- Não posso agüentar mais! - bradou, levantando-se da poltrona tão súbito que fez Mimi pular de susto.
Agachou-se para recolher o teclado, a tela e outras peças que haviam se soltado. Parou por um pequeno instante e resolveu sentar-se no chão mesmo para tentar restaurar o pineapple.
- Quer ajuda? - perguntou Ken.
- Hum... não, obrigado - respondeu o ruivo, sem antes hesitar - Por enquanto vou tentar resolver isso sozinho.
Mimi o olhou e sentiu um peso de culpa. Sabia que aquele fora um momento de raiva e que, se estivesse com os nervos calmos, não teria atirado o pobre laptop no chão...
- É pura ansiedade... - dizia Izzy, observando uma pequenina peça para ver onde se encaixava - tenho esperanças de que meu computador possa nos trazer alguma novidade satisfatória. Preciso fazer alguma coisa, é impossível continuar olhando para ele desse jeito, destroçado...
- Qualquer ajuda pode nos pedir, Kou-kun, mesmo que não saibamos tanto de computador como você ^^" - agregou Mimi, acanhada.
- Está certo... - murmurou o eterno garoto gênio, olhando-a de relance e sorrindo com um toque de malícia.
Com aquela relativa calmaria na casa, um estrondo vindo da porta principal da sala fez com que todos se voltassem até a mesma. Parecia que alguém tivesse se jogado na porta... Com o coração a mil, eles fizeram silêncio absoluto.
- O que foi isso...? - sussurrou Tai, franzindo a testa.
Não houve respostas. Ouviram mais alguns ruídos que não souberam identificar providos do lado de fora, quando a imensa porta foi aberta lentamente. Foi o suficiente para deixar os habitantes mais grudados ainda aonde estavam.
Um rapazinho de cabelos loiros parecendo muito hesitante colocou metade do corpo para dentro da casa, até que seus enormes olhos azuis se encontraram com os dos seis amigos, perplexos.
- TK! - Yamato foi o primeiro a exclamar e a levantar-se do sofá.
- Não estou acreditando nisso.... - murmurou o jovem jornalista, sorrindo - irmão!
Os dois não perderam tempo e correram para se abraçar fortemente.
Os demais que estavam sentados também levantaram-se, não conseguindo esconder a enorme surpresa e alegria que se apoderava dali.
- É mesmo o Takeru! Incrível! - exclamou Mimi, espalhafatosa.
- Fiquei muito preocupado com você... aonde esteve?! Com quem? - perguntava Yamato, num misto de ansiedade, alívio e assombro.
- Eu mal sei aonde estou!
- Venha, comece contando como veio parar aqui e o que houve - disse o primogênito, puxando-o para mais perto dos outros, que vieram para saudá-lo.
- Eu acordei aqui nesse meio do mato... eu estava com Joe e Kari, mas tentei procurá-los e não vi sinal algum.
- Kari?! Você estava com a minha irmã? - Taichi exaltou-se no momento, preocupado por ela.
- Sim... nós três estávamos em um outro lugar, completamente diferente desse. Nos separamos lá, para tentar encontrar o enigma. Coisas fantásticas aconteceram! Precisam saber! Mas tenho medo de que eles não tenham conseguido escapar como eu...
O jovem Kamiya engoliu em seco. A idéia de sua irmã caçula ter ficado presa em outra zona o desesperava. Pensava que deveria ter cuidado de Hikari melhor...
Um a um, foram sentando-se, preparados para contar e ouvir mais histórias, pondo tudo a limpo. Além de tudo, estavam curiosíssimos para saber o que Takaishi tinha a dizer, além do enigma. Izzy voltou a sentar-se no chão; ouviria tudo muito atentamente, e assim continuaria a ajeitar o computador.
A primeira coisa que chamou a atenção de TK foi o fato de o irmão estar com um curativo no peito. Começaram contando o que aconteceu com Tai e Matt na Zona do Outono, emendando com a forma deles terem chegado até a casa. Falaram sobre as suposições, sobre a Zona da Primavera e sobre o espelho, deixando o garoto atordoado com todas as informações... estava perplexo. Era tudo mais complicado do que imaginara... Olhou para o espelho coberto, sentindo um calafrio, e começou a explicar o ocorrido na Zona do Verão. Achara a parte da aparição do lobo muito interessante...
Todos - até Koushiro - não conseguiram tirar os olhos de Takeru. Ele começou sobre as montanhas que eram capazes de criar ilusões, de como entraram pelo "túnel" até chegar na caverna com a mensagem gravada e... Pégasusmon.
Yamato não pode conter um sorriso. Agora tinha a certeza mais absoluta de que o lobo era Gabumon, e que seus digimons queriam se comunicar. Mais feliz ainda ficou Takeru, que soubera então dessas suposições e acreditava na teoria. Aliás, todos acreditavam... sua linha de pensamento estava no caminho mais certo por enquanto, pensavam.
- As informações se completam... - disse Sora, menos aflita - estão fazendo mais sentido ainda. TK e os outros também foram impedidos, e Patamon apareceu...
- Mas o que me deixa curioso é essa mensagem na parede com o brasão da Esperança. Se TK disse que o brasão queimou como brasa, pode ter sido a confirmação de que o enigma fora decifrado! - falou Izzy Izumi - Reforça ainda mais que esses enigmas estejam fortemente ligados aos nossos brasões. E, se tinha mesmo uma mensagem concreta, ainda não sabemos o seu significado...
- E Patamon apareceu para me ajudar - afirmou Takaishi, depois olhando para Matt, que assentiu.
Mimi desviou um pouco sua atenção da conversa e pôs-se a observar uma mochila azul marinho ao seu lado no sofá.
- De quem é essa mochila? É sua, não é, Matt? - perguntou, erguendo-a.
- Sim... por quê?
Enquanto os presentes a olhavam sem entender direito, a moça abriu-a e tirou o walk-talk que o rapaz levava. Pediu para que todos fizessem silêncio, levando o dedo indicador aos lábios, e então alguns ruídos puderam ser ouvidos.
- Alguém...! Alguém está querendo nos comunicar pelo walk-talk - disse Tai, empolgado.
Matt levantou-se e tomou o aparelho. Aproximou-o do ouvido para tentar entender algo, mas não resultou muito bem.
- Alô! Ei... quem está do outro lado? Há alguém aí? Responda!
Continuava-se escutando chiados e alguns ruídos estranhos.
- Eu havia tentado me comunicar antes, mas não deu certo... - comentou Ishida, aumentando o volume ao máximo.
O pessoal fez silêncio mais uma vez para ver se ajudava e, então, puderam distinguir alguma coisa. Uma voz masculina e amedrontada falava meio ao longe:
- Ka-Kari... não, acho que é por aqui... tome cuidado... não consigo escutar nada...
- É Jyou Kido! - exclamou Koushiro.
- Sim, é ele mesmo! E está com a Kari! - agregou TK.
- Shhh, esperem! - calou-os então Yamato - Joe! Joe, responda! Alô, sou eu, o Matt.
Mas o jovem médico não pareceu escutar; ao menos não respondeu. Os mesmos chiados recomeçaram...
- Ah, droga.
- O que importa é que Joe e Hikari chegaram à zona também - disse Ken Ichijouji, sereno - Não se preocupe mais, Takeru. Eles estão por aqui, em algum lugar.
- Preciso ir atrás deles! - disse o rapazinho, já se virando em direção à porta. Foi detido pela mão do irmão, que segurava seu ombro com firmeza.
- É melhor não. Está escuro lá fora, tudo pode acontecer, fique aqui dentro. Além do mais, cedo ou tarde eles acharão a casa.
TK refletiu por um breve instante e concordou.
- Está certo, então... ao menos estou livre de um peso.
- O importante é que estamos nos reunindo aos poucos... - disse Sora Takenouchi, pondo-se de pé sem aparente razão - Agora só faltam Yolei, Cody e Daisuke. Eles estão na última zona.. ou talvez podem ter escapado.
- Hum, acho que não. Senão já teríamos uma pista se estivessem aqui. - discordou Tai.
- Confirmando...aqui é nosso ponto de encontro. Devemos esperar todos chegarem. - disse Ken - Sei que estão todos ansiosos para decifrarem o enigma final e abrir o portal, mas...
- Mas não agüento mais ficar sem fazer...nada! - queixou-se Mimi.
- Ora, isso não é verdade... nós...
- Consegui! - gritou Koushiro, em um tom bastante animado, interrompendo a jovem Takenouchi.
Todos viraram-se até o ruivo, quem mantinha um sorriso irradiante no rosto. Abriu a tela do computador lentamente, como se estivesse esperando para aprontar uma mágica, e então ela começou a passar de negra para branca...
- Uau, você concertou o laptop?! - perguntou Kamiya, boquiaberto.
- Estou realmente impressionado com a sua rapidez - admitiu Ichijouji, aproximando-se - Por que não fez isso antes? Ia deixar todo o trabalho pra mim...
- Não ia, não... - disse o gênio, teclando alguma coisa - Eu não tinha condições de mexer nele antes, como já sabem. Mas o que importa é que consegui restaurá-lo.
Ele juntou aos mãos como se agradecesse aos céus. Mimi sentiu um certo peso na consciência ir embora e sorriu aliviada. Depois de presenciar a felicidade do namorado, prometera a si mesma que tentaria até gostar do pineapple...
- Nem a ira de Mimi conseguiu quebrá-lo de vez - brincou Yamato.
- Ah, como eu queria ter visto essa cena - riu TK, deixando as bochechas da moça rosadas.
- Parem com isso, tá? Admito que errei... mas, bem... espero que o laptop tenha coisas boas para nos contar.
Os amigos ficaram quietos para escutar o ruído dos dedos de Izumi batendo rapidamente nas teclas do computador. Alguns se ajeitaram por trás da tela a fim de ver melhor o que o rapaz fazia, entretidos. Uma pequena figura de um Sr. Gennai se mexendo alegremente surgiu.
- Hummm... um ícone de Gennai - murmurou Izzy, clicando-o - Um arquivo e um e-mail. Qual eu devo abrir primeiro?
- Você é quem sabe! - disse Taichi, atrás dele - Talvez o e-mail?
Koushiro não respondeu e foi logo clicando na mensagem. Os demais se tornavam aflitos a cada toque no teclado. Agora que descobriram que havia mesmo mensagens do velho Gennai à sua espera... podiam ser de infinita ajuda, ou até uma má notícia, mas que precisavam saber, sem dúvida. Agora era Mimi quem se maldizia mais por ter feito uma loucura daquelas, enquanto itens importantes estavam sendo omitidos.
Uma nova janela abriu-se no laptop. Koushiro dispôs-se a ler o texto em voz alta:
- "Digiescolhidos, posso ver que sua missão está sendo cumprida aos poucos. Logo, logo e todos estarão juntos novamente... quando isso acontecer, apressem-se! Os digimons estão sendo absorvidos, não permitam que isso ocorra. E tomem cuidado: o inimigo ronda."
Ele olhou mais uma vez para a mensagem, sem encarar ninguém ainda, e minimizou a janela. Abriu o arquivo e franziu a testa. Havia um pequeno texto e, ao lado, um quadrado com um "x" vermelho marcado em um de seus cantos.
- Parece uma espécie de figura, mas não quer abrir - disse, clicando várias vezes sobre a mesma - Esse texto foi escrito na linguagem digital. Precisamos traduzir... mas parece bloqueado, como se precisasse de senha para podermos ler. O que Gennai quer dizer com isso?
- "O inimigo ronda"... estamos sendo vigiados, disso não há dúvida - disse o dono da Bondade, seriamente - Mas essa mensagem codificada... não tenho idéia do que seja. Isso sim parece um enigma.
- E ela é importante para nós! Se Gennai nos mandou... droga, como vamos saber o que está escrito?
- Espere, Takeru. - murmurou Izzy, pensativo - É necessário certo tempo para converter a linguagem digital à nossa linguagem. Algumas palavras estão bloqueadas, é impossível saber o que é ao menos que sejam reativadas. Essa figura tem que aparecer... mas não sei co...
Vários apitos começaram a disparar pela sala, fazendo os amigos se assustarem repentinamente. Olhavam para todos os lados, como se não conhecessem aquele ruído familiar...
- O que é isso, o que... - perguntava Mimi Tachikawa, desnorteada.
- Os digivices, os digivices! - exclamou Taichi, procurando pelo seu no bolso da calça.
Os digiescolhidos saíram em busca de seus aparelhos, nos bolsos das roupas e nas mochilas do piquenique, e juntaram-se com os dos outros. Apitavam sem parar, e vários quadradinhos vermelhos apareciam agrupados na pequena tela dos digivices.
- Por que estão fazendo isso, aqui? - questionou Sora.
- Acho que sei... - murmurou TK.
Batidas rudes foram ouvidas vindo da porta de entrada, novamente. Outra vez os companheiros saltaram de susto; Tai levou a mão ao coração, dizendo algum tipo de palavreado...
Ken Ichijouji tomou a dianteira e caminhou até a porta, deixando os demais apreensivos para trás. Abriu- a com cuidado, parecendo receoso, mas na verdade estava confiante demais.
Quem via à sua frente agora era uma moça alta, de cabelos lilás que usava óculos grandes e engraçados.
- Ken... - murmurou Miyako Ichijouji, antes assombrada... um sorriso aparecia em seus lábios.
O amado retribuiu o sorriso, satisfeitíssimo, abrindo os braços para acolher uma Yolei que já se jogava sobre ele. Os outros habitantes da casa puderam visualizar a nova visitante assim que Ken caía para dentro, e ficaram de queixo caído.
Izumi deu uma olhada para a tela do computador e sussurrou, vendo a imagem bloqueada aparecer lentamente:
- Bingo.
** Continua....
Notas finais da autora: Particularmente, não achei esse capítulo muito bom. Me deu a impressão de que as coisas ocorreram rápido demais. OK... não era mesmo pra ter muita ação, eu precisava desembolar uns detalhes, além de colocar os outros digiescolhidos de volta na história, é claro! Agora que os personagens estão situados, os acontecimentos irão ficar mais... digamos... emocionantes. Afinal, eles terão de partir para a ação, decifrar o enigma - que mistério heim ^^! - abrir o portal, resgatar os digimons e... descobrir o inimigo! Onde estará aquele estanho homem de preto e seu cachorro mal-humorado... bolando mais planos maquiavélicos? Hua, hua, hua... não percam o próximo episódio dessa aventura (nossa)! XD
E, por favor, não se esqueçam dos benditos reviews! São muito importantes!
Aproveito para dizer que, infelizmente e por enquanto, meu e-mail não está abrindo...
Até mais, sayonara ^-^
Manu1
