N.N.: tradução no final da página, okay? bom, boa leitura!


Os demônios que me tentam

Et quand vient le soir, je te parlera...


Não havia mais sonhos. Nem tentações a me assombrar. Apenas aquele abismo onde eu caia para o infinito. E este me abraçava, e um sussurro imaginário lambia minha consciência. Dizia claramente: Esta é a solução do seu pecado. Se eu lutei? Não. Cansei de lutar no momento em que seus lábios se distanciaram dos meus. E, já no auge da insanidade, até pensei que esta realmente era a solução. A distância. A ausência.

"Sr.Lupin?", sua voz grave me fez abrir os olhos. Fitei seu rosto velho, e ouvi o barulho vindo da classe. Ergui minha cabeça, e em seguida, meu corpo. Levei as mãos ao cabelo revolto, e desviei o olhar.

"Desculpe, senhor", murmurei enquanto fechava meus livros e os depositava dentro de minha mala. Levantei-me da cadeira, e joguei a pesada mala em minhas costas. "Com sua licença...", fitei o rosto de senhor Spencer uma última vez, antes de sair da classe de aula. Caminhei pelo longo corredor com apenas um pensamento: Dane-se Poções. Eu só queria dormir.

Desci as escadas. Sozinho, novamente. Fazia duas semanas. E o gosto dele ainda predominava em minha boca. E, o rastro de suas carícias ainda latejava em meu corpo. Levei minha mão ao corrimão, e acabei deixando vários livros rolarem escada a baixo. Praguejei num tom baixo, e desci correndo os degraus. Surpreendi-me quando vi que uma aluna já se encontrava recolhendo meus livros. Quem seria...?

"Ah... muito obrigado, você não precisava", falei, ajoelhando-me no chão ao lado da garota. Ergui minha cabeça e fitei seus olhos. Olhos verdes. Muito diferente de um certo par de olhos que ando observando as escondidas nas últimas semanas.

"Não tem problema, Remus...", e sorriu. Sorriso delicado, devo admitir. Sorri em resposta, não tão animado quando a garota a minha frente. Coloquei os livros dentro de minha mala, e levantei-me. Ofereci a mão à menina, que a aceitou ainda com o sorriso nos lábios. "Jill Dawson", falou, aproveitando o momento para se apresentar. Balançou suavemente nossas mãos, e fitou meus olhos de maneira curiosa. O que me deixou um tanto constrangido.

"Muito obrigado pela ajuda, Srta.Dawson...", falei hesitante, ainda sentindo aqueles olhos em minha face. Sorri sem graça, e retirei minha mão daquele comprimento doloroso.

"Pode me chamar de Jill", novamente aquele sorriso.

"Está bem... Jill...", completei com falso entusiasmo. Dei um passo para trás e sorri para a figura à minha frente. "Bom, estou indo agora... uma boa noite pra você, Srta. Dawson", virei-me rapidamente, e prossegui pelo corredor em passos largos. Mas seu chamado me fez parar. Sempre fui muito educado. Tamanha educação que acabava me prejudicando, devo confessar.

"Remus!", alcançou-me ofegante. Apoiou as mãos nos joelhos flexionados e tomou seu tempo. E, consequentemente, o meu também. "Eu queria saber... se...", um esforço descomunal para escutá-la. Vendo que a senhorita Dawson murmurava ofegante, e num tom muito baixo. "Você tem acompanhante para o baile de hoje?", perguntou subitamente, erguendo a face e me fitando com as maçãs do rosto escarlates. Mulheres. Seres interessantes. Numa hora estão murmurando, outra estão gritando para todos os alunos que passeiam pelo corredor escutarem... Um minuto. Baile? Era hoje o baile? "Remus...?", perguntou, tirando-me dos devaneios.

"É hoje?", devo ter soado muito estúpido. E, no momento, não estava fumando.

"Sim...", respondeu rindo suavemente. "Onde você esteve nesses últimos dias?" Eu realmente gostaria de saber, senhorita Dawson.

"Mon Dieu...", murmurei, levando uma de minhas mãos aos cabelos. Talvez fosse melhor não ir ao baile. Fitei o rosto belo a minha frente, e abri meus lábios. Mas algo me fez fechá-los rapidamente. Seus olhos cinzentos.

Observei-o caminhar em passos lentos. Seus coturnos fazendo um barulho familiar. Seus cabelos, agora com o mesmo comprimento que os meus, balançando harmonicamente em torno de seu rosto perfeito. A mão direita segurando uma mala gasta, e a esquerda localizada dentro do bolso traseiro. O que obrigou meus olhos a pousarem, cobiçosos, no local referido. Naquela pequena e deliciosa elevação. E o tom preto da calça só realçava a magnífica parte que preenche meus pensamentos no momento.

E então, seu olhar. Surpreso, no inicio. Depois, constrangido. O que fez meu rosto corar. Seus olhos passearam pelo meu rosto, e foi logo desviado para algo que lhe chamou a atenção. Jill Dawson. Analisou a garota ao meu lado, e voltou a me olhar. Foi a minha vez de desviar o olhar. E ele prosseguiu pelo corredor em passos mais rápidos que o normal. Péssima tarde.

"Hmm...", escutei Dawson suspirar. Fitei seu rosto, e encontrei infelicidade. "Já vi que você não quer... ok... a gente se vê lá então, tchau!", observei seu corpo se virar num movimento rápido, e levei minha mão ao seu braço. Não me pergunte o porquê. Foi automático.

"Não... eu...", hesitei por um momento. "Eu gostaria de ir com você... Jill", fitei seu sorriso animado, e tentei inutilmente, imitá-lo. Senti seus braços me envolverem, e aspirei seu perfume. Algo doce como jasmim.

"Ah, obrigado, Remus!", beijou minha face. Lábios finos e delicados. "Nos vemos em duas horas, então!", observei-a andar pelo corredor até desaparecer nas escadas. Pisquei duas vezes, e virei-me na direção oposta. Ótimo. Em cinco minutos, decidi que vou ao baile. E, aceitei o convite de uma garota.

Prossegui caminhando até encontrar o quadro que dava acesso ao Salão. Murmurei distante a senha e adentrei a passagem recém criada. Desviei de um tecido disforme, e corri meus olhos pelo cômodo. Desordem. Os sofás haviam sido arrastados, e no centro do Salão, vários caldeirões borbulhavam coloridos. Garotas e mais garotas enchiam vários potes transparentes, e levavam a mistura aos cabelos. Fitei desconfiado a mistura homogênea e tentei chegar a escada. Nunca tinha visto o local mais bagunçado. O que a vaidade feminina não era capaz de fazer. Subi os degraus e agradeci quando ar fresco limpou meus pulmões. Caminhei até a porta de meu quarto, e abri-a distraidamente.

"Moony! Estava precisando de você, rapaz!", ouvi a voz de James saudar-me animada. Voltei a Terra, e fitei meu amigo. "Verde garrafa ou azul escuro?", perguntou, apontando para dois trajes esticados em sua cama. Ergui meu rosto e encarei-o. "Que foi?"

"Lily aceitou o convite?", perguntei divertido.

"Que você tem a ver com isso, lobo cretino?", revidou, juntando as sobrancelhas irritado.

"Vá de azul. Bem provável que ela esteja usando verde", respondi enquanto sentava em minha cama, ignorando seu falso mau humor.

"Certo... tem razão, Moony", murmurou, retirando a toalha do corpo e vestindo os trajes azuis.

Deitei em minha cama, e fitei o teto do quarto. Não tinha a mínima vontade de deixar aquele quarto. Principalmente para ter meus tímpanos estourados por algum tipo de música alta e barulhenta. Punk rock, ou qualquer coisa semelhante. Escutei a porta se abrir, e não precisei virar meu rosto para ter certeza que era Sirius que acabara de entrar no cômodo. Ouvi o barulho de suas botas no assoalho, o que já foi suficiente. Sistema auditivo treinado, sim.

"Padfoot, o que acha?", perguntou James, virando-se em sua direção. Nada saiu dos lábios de Sirius. "Padfoot...?", ouvi a porta do banheiro ser fechada com força. James se virou para mim, e piscou confuso. "Vou chamar o Wormtail, e você...", apontou para mim quando disse a última palavra com convicção. "Veja o que houve com Padfoot". Como se eu, servo submisso, não faria isso, cedo ou tarde. Ingênuo amigo. Observei-o deixar o quarto e fechar com cuidado a porta que dava passagem ao corredor.

Sentei-me lentamente e ouvi o barulho do chuveiro. Levantei-me, e caminhei até a porta. Levei minha mão ao encontro da madeira três pausadas vezes. Esperei por uma resposta. Nada. Curiosidade e preocupação me obrigaram a abrir aquela porta. Dei um passo, adentrando o banheiro, e senti o vapor pesado lamber meu rosto. Fechei a porta atrás de mim, e caminhei até o box.

"Sirius...?", murmurei, ajoelhando-me sobre o piso frio e úmido. Não houve resposta, novamente. Corri a porta num movimento lento, e encontrei-o lá. Tinha as costas apoiadas na parede fria, e abraçava os joelhos enquanto a água caia sobre seu corpo ainda vestido. Senti alguns respingos de água fria bater em meu rosto, e levei minha mão ao registro, fechando-o rapidamente. "Essa água fria não faz bem...", critiquei-o, levando-me e buscando uma toalha dentro dos armários.

"Me deixa... sai daqui", ouvi-o resmungar. Escolhi uma toalha felpuda e voltei-me para ele. Ajoelhei-me novamente, e levei a toalha até seus ombros. Senti sua surpresa quando o tecido quente tocou seu corpo gélido. Observei-o erguer a cabeça, antes apoiada nos joelhos, e fitar meus olhos em fúria. Depois, tudo transcorreu rápido demais para minha mente entorpecida. Senti suas mãos se fecharem em meus pulsos finos de maneira dolorosa. "Pedi pra me deixar em paz", falou num tom de voz diferente que o anterior.

"Sirius... você ta me machucando...", falei, enquanto tentava livrar-me de suas mãos. Fui obrigado a levantar quando ele se levantou, puxando meus pulsos, agora vermelhos e machucados. "Ta me machucando", falei, quase histérico.

"Sério? Dane-se!", gritou, enquanto puxava-me para dentro do box, e empurrava-me ao encontro da parede molhada. Senti minhas costas arderem com o frio e com o impacto. Então, ele soltou meus pulsos e apenas fitou-me com raiva. "Você é um cretino mentiroso, sabia?", falou estúpido. Desviei o olhar, e senti sua mão em meu queixo. Num movimento brusco, obrigou-me a fitá-lo. "Olha pra mim quando falo com você!", gritou e soltou meu queixo.

"Sirius, eu...", gaguejei, puxando as vogais.

"Por que me evitou nas duas últimas semanas?", perguntou num tom de voz falsamente calmo. "Eu te beijei... e, já pedi desculpas!", transferiu um soco na parede, e por alguns centímetros, errou meu rosto. "Merda, Remus...", disse fraco.

"Eu aceitei seu pedido de desculpas... e, eu não estava te evitando...", falei baixo. Sou eximo mentiroso, não mencionei?

"Para de mentir, Remus!", disse, num tom irritado e saiu do box.

Respirei ofegante, ainda com as costas apoiadas na parede, antes de conseguir a coragem necessária e sair do maldito box também. Dei um passo vacilante no piso encharcado, e fitei-o. Tinha seus olhos nos botões da camisa molhada, e agora a tirava com raiva. Depois da camisa, veio a calça. Observei seu corpo úmido, e quando senti seus olhos em meu rosto, desviei o olhar.

"Se você tivesse me perdoado, não estaria me evitando", falou, enquanto levava a toalha à cintura. "E, pode ter certeza, isso me irritou", ergueu seus olhos, antes concentrados no tecido que o cobria, e fitou meus olhos. "Me tirou do sério, Remus", falou, e levou as mãos aos cabelos, retirando a água em movimentos rápidos. Foi aí que eu cansei. Cansei de tentar agradá-lo, mesmo tendo que mentir para tal façanha.

"Bom, se você estava tão bravo, por que não veio conversar comigo nesses 14 dias?", perguntei furioso. "Pra você é fácil, não é? Beijar uma pessoa, e depois, se arrepender", as palavras simplesmente escaparam de meus lábios. E não conseguia as reprimir dentro de mim. Como fiz nesses longos quatros anos. "Você acha que um simples pedido de desculpas vai me fazer esquecer, Sirius?", gritei a última frase, me esforçando ao máximo para tornar meu inglês entendível.

Respirei ofegante, e fitei seu rosto surpreso. Ele tinha as mãos pousadas na cintura, e respirava fundo, não desviando o olhar de meu rosto. Observei-o abrir e fechar os belos lábios várias vezes, até que levou uma das mãos à maçaneta atrás de seu corpo, e falou em tom baixo e desconhecido para mim:

"Volte pra sua vadiazinha, e me deixa em paz", e então, fechou a porta. Pisquei duas vezes, tentando filtrar a informação daquela última frase. Vadiazinha? Será que ele estava se referindo à... Jill Dawson? Não é possível. Estava ficando louco. Sirius estava ficando louco.

Caminhei para fora do banheiro, e fechei a porta com força. Fitei seus olhos, e comecei:

"Retire o que disse, Sirius"

"Ou, então, o que?", falou, parando de abotoar a nova camisa que vestia. Desta vez, preta. Mantemos o olhar por um minuto silencioso, então, ele o quebrou. "Fala, Remus, o que você vai fazer?", fechei meus punhos, e avancei sobre ele. Nem preciso dizer que foi uma atitude ridícula, e quando lembro disso, sinto meu rosto arder.

Em um único movimento, Sirius fechou suas mãos em meus pulsos. Não me dando por vencido, forcei minhas mãos em movimentos bruscos que alcançavam seu peito exposto. Sentia tanta raiva que me esqueci que Sirius era, no mínimo, dez centímetros a mais que eu. Ele havia me beijado. Roubara minha consciência, quebrara todos meus conceitos, e depois, pedira desculpas. Achava que um simples pedido de desculpas iria reverter tudo aquilo? Iria apagar de minha memória o gosto de seus lábios? E o seu perfume, Senhor. O seu cheiro de canela que ainda impregnava minhas roupas. E, agora, adentrava minhas narinas sem minha permissão. Camuflava-se em meu ar, e tomava meus pulmões sem meu consentimento.

E então, me cansei. Toda minha energia, vinda diretamente do ódio, havia sido drenada. Abri meus olhos, que havia fechado no auge da raiva, e mantive meu rosto abaixado. Respirava com dificuldade, e ele também. Seu peito subia e descia rapidamente, e ainda tinha suas mãos envoltas em meus pulsos. Senti minha cabeça pesada, e apoiei minha testa em seu peito. Fitei o chão sob nossos pés, e soltei minhas mãos pesadamente, sentindo seu toque se tornar mais suave a cada instante. Senti seu queixo se apoiar no alto de minha cabeça, e continuei parado. Não havia o que falar, nem o que fazer. E, talvez, se continuássemos assim, eu poderia me iludir, e pensar que ele gostou daquele beijo. Que ele até apreciou o gosto de meus lábios, assim como eu era dependente do dele.

"Mo-ny...", sussurrou, naquele tom que tanto senti falta nos últimos dias. Senti sua mão pousar em meu queixo, e levantá-lo lentamente. "Mo-ny...", fechei meus olhos, esperando pacientemente meu sonho se concretizar. E, então, ouvimos o barulho da porta, seguido por vozes familiares.

"PADFOOT!", gritou James, e no minuto seguinte, Sirius estava a metros de distância. "Lily aceitou o convite! Ela aceitou, acredita?", continuou naquele tom alto, tolamente feliz. "Que você acha, hein?", perguntou, apontando para seus trajes azul escuro.

"Maravilha, James", respondeu, ainda com um tom rouco. "Quero ser o padrinho do menino", falou da mesma maneira animada. Fitou meus olhos mais uma vez, e virei meu rosto. "Bom, to descendo... me encontrem lá embaixo, ok?", e observei-o deixar o quarto em passos rápidos.

"Moony... você não vai assim pro baile, vai?", a pergunta fez-me voltar dos devaneios.

Fitei minhas roupas úmidas, e notei que todas estavam coladas em meu corpo. Levei minhas mãos à camisa, e a tirei do corpo rapidamente. Caminhei até o banheiro, e fechei a porta em um baque surdo. Voltei-me para o box, e virei o registro de água morna. Observei-a cair suavemente, e despi minha calça úmida. Adentrei o box em um passada larga, e deixei a água cair em meu corpo quente. Levei minhas mãos à parede molhada, e abaixei minha cabeça, deixando a pressão suave do chuveiro cair em minha nuca. Ouvi as batidas da porta, e depois a voz de James:

"Moony, estou descendo também. Lily detesta esperar, sabe como é...", e depois, a porta foi fechada. Lembrei-me de Jill, e com isso, fechei o registro.

Sai do banho, e sequei-me rapidamente. Com passadas largas, sai do banheiro e caminhei até meu baú. Separei um traje qualquer. Optei pelo preto. Vesti-o, e meus olhos pousaram no espelho do quarto. Olhos âmbar me encaravam com uma infelicidade incrível. Tive pena do garoto com face delicada refletido no espelho. Fechei meu baú, e assim, sai do quarto.

Desci as escadas e vi que eu era o único atrasado para o maldito baile. Deixei o Salão Comunal com pressa notável, até que uma mão aveludada tocou na minha. Virei-me surpreso, e a encontrei lá. Vestida em tom prateado, e com os cabelos loiros presos em um coque elegante.

"Oi, atrasado", falou animada.

"Desculpe pelo atraso, Stra.Dawson", disse tudo isso em um tom baixo. Senti sua mão avançar pelos meus cabelos, e ergui meu rosto surpreso.

"Não acha melhor secá-los?", sugeriu, tocando em sua varinha. "Seu cabelo é tão bonito seco, Remus...", e sem ouvir minha resposta, secou meus cabelos com um simples feitiço.

"Obrigado...", falei simplesmente despertando seu sorriso mais doce. "Vamos...?", e ofereci meu braço, que foi tomado sem hesitação alguma.

Caminhamos pelos longos corredores silenciosamente. Não sentia vontade de falar. E, pude notar que o contrário acontecia no corpo feminino ao meu lado. Uma certa inquietação. Seus olhos encontravam os meus diversas vezes, mas logo o contato visual era cortado. Por mim.

"Obrigado por ter aceitado o meu convite", ouvi seu tom de voz, com uma felicidade contida. "Eu ia te chamar mais cedo... mas não consegui", e assim, riu da última frase, o que me fez olhar para ela. Uma face muito bonita, devo confessar. Olhos verdes, cobertos por cílios espessos, o que tornava seu olhar profundo. Cabelos loiros, mais claros que os meus. Pobre menina. Sorri repleto de compaixão, e dei um passo em sua direção. Levei minha mão ao seu ombro, e encostei meus lábios em sua testa. Senti aquele corpo ficar rígido, e voltei a me afastar. Peguei em sua mão, e continuamos pelos corredores, até que a luz forte do Salão se fez presente. "Nossa...", ouvi-a exclamar enquanto corria os olhos pela decoração. Fixei meus olhos nas luzes fracas que pareciam cair do teto. Estrelas. Exatamente como estrelas. "Remus, é o seu amigo?", perguntou, apontando para Peter, que no momento, balançava as duas mãos em cima de uma cadeira, uma tentativa ridícula de sinalizar onde estavam.

Manejei um suave sim com a cabeça, e cruzamos o Salão em direção a eles. Em apenas um minuto passeando pela pista improvisada, minhas têmporas já latejavam. Cerrei meus olhos quando uma luz forte se fixou diretamente neles. Peguei novamente a mão delicada de Jill, e prossegui com passadas largas, sendo acompanhado pela pobre menina com dificuldade. E, então, chegamos à mesa certa. Corri meus olhos pelos presentes, e sorri.

Peter usava um traje vinho escuro. Não sabia que ele possuía trajes para baile. E, não havia opção das vestes serem emprestadas, veja bem. Pois o corpo de Wormtail era singelamente grande comparado ao nosso. James usava as trajes azuis escuro, e ao seu lado, Lily Evans. Com seu melhor sorriso nos lábios rosados. E trajando verde. E, então, vi-o. Sentado no canto próximo à parede, e com os olhos pousados em mim. Estava vestido de preto. Os cabelos roçavam na face bronzeada com tímida harmonia, e os lábios pareciam ainda mais vermelhos. E desejáveis.

"Jill, estes são James, Peter, Lilly e... Sirius", apresentei-a a todos. Sentindo minha voz vacilar ao pronunciar o último nome. "Jill Dawson, amigos", falei, e puxei a cadeira num ato de cavalheirismo. Sentei-me também, e uni minhas mãos em cima da mesa.

"Jill Dawson? Corvinal, não é?", Lily perguntou, quebrando o silêncio.

"Sim, exatamente", ouvi a resposta, com os olhos fixos nas luzes que caiam em cima de nossas cabeças, e desapareciam antes de fazer contato.

Senti seus olhos em mim, e fitei seu rosto. Sorri timidamente, tentando parecer natural na frente de todos. Sirius apenas desviou o olhar para a figura feminina que sentava ao meu lado, que naquele instante conversava animada com a outra mulher presente. Suspirei fundo, e encostei-me na cadeira confortável. Subitamente, uma música conhecida. Fitei os olhos de James, e não me surpreendi quando o vi pegando na mão de Lily e a convidando para dançar. Segui-os com os olhos, até perdê-los no meio da multidão.

Continue calado, não disposto a quebrar o silêncio incômodo que se fazia presente. Ouvi a voz de Peter quebrar o silêncio anunciando que iria beber alguma coisa. Manejei minha cabeça em consentimento, e assim, somente nos três permanecemos na mesa. Tímida impressão que a mesa havia dobrado de tamanho, e meu corpo estava muito distante do de Sirius. Ergui meus olhos, e novamente, nos fitamos.

"Remus, vamos passear no jardim? Esta fazendo uma noite linda!", falou, enquanto levantava-se e pousava a mão enluvada em meu ombro. Sem desviar os olhos de Sirius, concordei com a cabeça. Levantei-me e a guiei para fora do Salão lotado.

Não havia se enganado. Uma noite linda e fresca lá fora. Caminhamos pela grama seca, apenas escutando o barulho dela se quebrando ao sentir nossos pés em sua frágil estrutura. Permaneci com a cabeça abaixada, e a levantei para fitar o céu escuro repleto de estrelas. Não encontrei a lua, e inspirei forte. Achei a árvore que sempre descasávamos nos dias de sol, e guiei Jill até ela. Apoiei-me em seu tronco, e sentei-me, sendo acompanhado pela bela garota.

"Lindas, não são?", suspirou, quando notou que eu observava as estrelas.

"Magníficas", falei simplesmente, apoiando ainda mais minha cabeça erguida na madeira. Subitamente, senti sua mão enluvada apertar a minha. Virei minha face, e fitei seus olhos. "Jill...?"

A doce dama se jogou em meus braços, e uniu seus lábios aos meus. Permaneci com os olhos arregalados de surpresa, enquanto sentia aqueles finos lábios se movimentarem submissos. Gosto suave, morno. Sem palpitações aceleradas. Ainda com o chão em meus pés. Nada comparado a outros lábios que ardiam em minha pele a cada roçar. Levei minhas mãos aos seus ombros delicados, e empurrei-a gentilmente. Percebi quando seus olhos evitaram os meus, e toquei em seu queixo suavemente. Quando tinha sua atenção, sorri carinhosamente, e roçando meus dedos em sua face, admiti ao mundo:

"Amo outra pessoa, Jill...", e, então estava feito. Meu pecado se tornou real naquelas simples palavras. Estava destinado ao inferno, e tinha plena consciência disso. "Sinto muito...", falei, e levantei-me lentamente. Fitando seus olhos uma última vez, caminhei para dentro do castelo.

Assim que adentrei o enorme salão, senti uma mão se fechar em meu pulso. Virei-me espantado, e fitei os olhos verdes de Lily.

"Remus, por que não me disse nada sobre o discurso?", falou, extremamente irritada. Seu rosto corado num tom rubro.

"Discurso, Lily?", repliquei perdido. Corri meus olhos pelo Salão e notei que a música havia parado, e que todos os presentes agora estavam sentados, conversando animadamente sobre alguma futilidade qualquer. Voltei a fitar os olhos irritados à minha frente, e com um certo temor em minha voz, continuei: "Qual discurso, Lily?"

"O discurso que os monitores-chefes da Grifinória foram encarregados de fazer", falou entre dentes. Arregalei meus olhos, e tive medo de perdê-los no ato de surpresa. Levei minha mão livre aos cabelos, e balbuciei em tom baixo:

"Não me falaram nada sobre isso, Lily", vi-a piscar confusa, e logo, a raiva que se fazia presente em sua bela face, desapareceu com completo.

"O que faremos então, Remus?", não gostava de improvisar. Para mim, tudo tem que ser programado, e ensaiado com dias de antecedência. O que novamente, me fez lembrar do amor indesejado. Da paixão avassaladora e não bem vinda. "Remus... ?"

"Improvisar", murmurei, enquanto sua imagem desaparecia de minha mente. Peguei-lhe o pulso suavemente e cruzei o Salão atraindo olhares curiosos. Com os passos lentos, subimos os pequenos degraus que davam acesso ao palco. Caminhamos até o centro, onde um microfone nos aguardava.

Subitamente, senti meus músculos atrofiarem, e minha voz me deixar. Correção. Não a voz em si, apenas o conhecimento de inglês, e toda fluência que lutei durante anos para conseguir. Ausentes. Em menos de doze segundos. Ora, e por que doze, Lupin? Caro, Remus, doze pulsações por segundo. Molhei meus lábios incontáveis vezes, e fitei os olhos assustados de Lily.

"Lily...", murmurei, o simples 'i' saindo delicado demais para um conterrâneo inglês. Maldito sotaque.

"Improvisar, não é? Vamos, improvise agora, querido", ouvi sua voz deixar seus lábios com uma certa urgência. E então, ela sorriu para as centenas de alunos que agora nos fitavam. Puxou-me até o microfone, e começou com a voz mais doce que conseguira: "Boa noite a todos. Eu e Remus fomos convidados a dizer algumas palavras que sirvam de inspiração para o resto do semestre...", ouvimos um murmuro de concordância vindo da pequena platéia, e Lily sussurrou em meu ouvido: "Acontece que nenhum de nós dois temos algo de inspirador para dizer a vocês...", sorri sem graça, e corri meus olhos pela multidão. Um terrível mal estar invadiu todo meu ser, e esforçando-me para me lembrar da língua tão estranha falada por aqueles presentes, comecei:

"Em Bordeaux, os formandos trouxas que não sabem como prosseguir depois dos anos passados no colégio, têm como tradição caminhar até o rio Gironde, e desejar, com toda a fé possível, uma luz que guie seu destino", pisquei uma vez, e abaixei minha cabeça. Não sabia como continuar. Abri meus lábios lentamente, e prossegui: "Sei que muitos aqui sentem a mesma coisa... a necessidade de uma luz, não é...", e sorri timidamente. Talvez um desastre, mas não me importava mais. Levantei minha cabeça, e fitei cada rosto confuso que agora me fitava, esperando uma conclusão. Uma conclusão que nunca veio, na verdade. E quando senti que ia desmoronar, vi o seu rosto aparecer nas sombras. Minha luz. Meu guia. E assim, sem necessidade de fazer sentido, apenas recitei aqueles versos antigos repletos de angústia:

"Je ne vais plus pleurer

Je ne vais plus parler

Je me cacherai là

A te regarder

Danser et sourire

Et à t'écouter

Chanter et puis rire

Laisse-moi devenir

L'ombre de ton ombre

L'ombre de tan main

L'ombre de ton chien..".

Fechei meus lábios e com passos rápidos, deixei o palco. Escutei a voz de Lily sendo ampliada pelo microfone. Talvez um elogio aos versos. Talvez um pedido de desculpas pela minha insanidade. E então, aquelas palmas. Cruzei o Salão pela última vez naquela noite, e assim, o maldito baile havia terminado para mim.

Corri pelo longo caminho, o fôlego alterado pela velocidade sem sentido. Pensei que ao fazê-lo, iria cansar meu corpo. E um corpo exausto, não pensa. Não se arrepende. Encontrei o quadro familiar, e murmurei a senha, adentrando a passagem recém-criada. Desfiz o nó da gravata que me impedia de tomar o fôlego necessário, e então, escutei passos. Não ordinários. Passos produzidos por coturnos. Seus coturnos. Pensei em gritar, e até a praguejar, mas apenas subi os degraus com a mesma velocidade anterior. Alcancei a porta de madeira, e levei minha mão à maçaneta fria. Bati a porta com estrondo e prossegui com doze passos para trás. Doze.

Fitei a porta e rezei para que esta não se abrisse. Ao contrário, permanecesse fechada para toda eternidade. Mas era um pedido de um louco, e no final, sua superfície escura foi aberta. Fitei seus olhos cinzentos, e ergui meu queixo em desafio. Vontade louca de surrar cada milímetro daquele corpo. Estava louco. E, tinha consciência disso. Um louco consciente, veja que ironia.

"Mo-ny..."

"Não...", falei, tentando me manter calma. Sublime. "Você não vai se desculpar.", observei-o dar aqueles pesados passos em minha direção.

"Vamos conversar...?", perguntou, com aquela voz rouca.

"Pára!", gritei, levando as mãos aos meus ouvidos. "Não tem o que conversar, para com isso", continuei gritando e pressionando meus ouvidos de forma dolorosa. "Agora você sabe... e é só isso."

"Era verdade...?", perguntou quando finalmente alcançou meu corpo. Levantou meu queixo com aquela mão áspera e obrigou-me a fitar seus olhos claros. "Sim ou não?"

"Cada palavra.", murmurei, sentindo meus olhos marejados. Senti ódio de mim mesmo. Por ser tão fraco e por chorar em sua frente. Virei meu rosto, desviando o olhar. Caminhei até minha cama, e sentei-me, sentindo-me derrotado. "Não me odeie...", falei, levando minhas mãos aos lençóis de linho.

"Mo-ny..."

"Eu vou entender se você não quiser mais minha companhia", continuei. "E, também tenho consciência que não vai querer mais minha presença ao seu lado...", senti um líquido quente escorrer pelo meu rosto. Um soluço brotou em meus lábios, e levei minhas mãos à minha face. "Mas não me odeie, por favor", e então, eu desisti. Deixei as lágrimas escorrerem, completamente derrotado. Ouvi aqueles passos, e logo senti suas mãos nas minhas, forçando-as a revelar meu rosto.

"Eu vi você com Dawson hoje, e não gostei, Mo-ny...", murmurou, beijando minhas mãos.

"Não brinque comigo... não brinque...", falei, anestesiado pela dor.

"Nunca...", levando minhas mãos a sua face, e senti-o forçá-las contra sua barba mal feita. "Eu não te odeio...", fechei meus olhos, e o choro se tornou mais intenso. Escorreguei pela superfície lisa da cama, e logo, estava ajoelhado no chão.

"Me desculpe, eu não queria...", balbuciei aquelas palavras desconexas. E, fitando seu rosto, falei: "Apenas aconteceu." E então, observei-o aproximar-se de meu rosto, e roçar suavemente seus lábios nos meus.

"Eu te amo, Remus", falou em tom audível. Sem gaguejar, nem ao menos hesitar. Arregalei meus olhos quando senti seus braços se fecharem em minha cintura e puxarem-me para um abraço doloroso. "Te amo...", sussurrou, mergulhado em meus cabelos. Cerrei meus olhos, e levei minhas mãos aos seus cabelos. Puxei-os para trás de maneira delicada, revelando aquele rosto belo. Arranhei meu rosto naquela barba áspera, e então, beijei-o. Uni meus lábios aos seus, sentindo sua ansiedade. Senti suas mãos percorrem minhas costas de maneira dolorosa quando cessamos o beijo. Lembro de ter gemido quando senti seus dentes se aprofundarem em meu ombro exposto. Empurrou-me contra o carpete, e prendeu meus dois pulsos com apenas uma mão. "Termine...", ordenou em meu ouvido. Fechei meus olhos, e num fio de voz, obedeci:

"Ne me quitte pás"

E foi exatamente assim que meu pecado teve perdão.


Vocabulário


Il faut oublier. Tout peut s'oublier. N' est ce pas? - Esqueça. Tudo pode ser esquecido. Não é mesmo?

Je creuserai la terre pour couvrir ton corps d'or et de lumière. – Eu cavarei a terra pra cobrir seu corpo do ouro e da luz.

Je t'inventerai des mots insensés que tu comprederas.- Eu inventarei palavras insensatas que você compreenderá

Moi je t'offrirai um domaine où l'amour será loi. Où tu serás roi – Eu te oferecerei um domínio onde o amor será rei. Onde você será rei.

Et quand vient le soir, je te parlera... – E quando cai a noite, eu voute falar...

Mon Dieu – Meu Deus!

Mon ange – Meu anjo.

Mon diable – Meu demônio.

Les anges nous protégeront, mon amour. – Os anjos nos protegeram, meu amor. (frase dedicada à Bel e a Kath)

Ne pleure pás – Não chore.

Je ne vais plus pleurer. Je ne vais plus parler. Je me cacherai là a te regarder. Danser et sourire. Et à e t'écounter, chanter et puis rire. Laisse-me devenir, l'ombre de ton ombre, l'ombre de tan main, l'ombre de ton chien – Não vou chorar mais, não vou falar mais. Eu me esconderei lá, e ficarei a te observar, dançando e sorrindo, cantando e depois rindo. Deixe-me me tornar, a sombra de sua sombra, a sombra de sua mão, a sombra de seu cão.

Ne me quitte pás – Não me abandone (clássica)


N.N.:bom, todas as frases que iniciam cada capítulo foram tiradas da música "Ne me quitte pás". claro que teve algumas que eu alterei um pouco, mas no geral, é da letra mesmo.

como vocês podem ter reparado, esse não é o final da fic. eu queria me desculpar à todos que pensavam que teria um final bonitinho e conclusivo, desculpem, gente, eu realmente tava com pressa porque eu tinha um prazo pra terminar essa fic.e ela realmente se tornou algo muito maior que o planejado. agradeço à todos que acompanharam Os demônios que me tentam, e vibraram com cada capítulo novo que eu postava. obrigada mesmo! até os anônimos que ajudaram a fic a cotar 1.100 hits. muito obrigada!

quanto a continuação: já estou escrevendo, certo?a fic será um projeto muito longo, e espero que consiga agradar à todos! se tudo der certo, eu irei postar daqui a duas semanas XD outra coisa, a Doom Potter também irá fazer uma continuação alternativa para Os demônios que me tentam. como assim, tia nika? bom, eu concordei com a idéia dela de usar essa fic como antecessora, mas queria deixar claro que a continuação original seria minha, hahaha. afinal, eu sou a autora, não XD? obrigada por gostar tanto da fic, Doom! boa sorte com a sua, querida!

agora, as respostas:

aninhaaaa - que bom que a fic serviu pra animar o seu animo, linda. não tenho idéia do que aconteceu com você, mas melhoras aí, viu? muito obrigada por acompanhar a fic desde o inicio!

mo de aries - ele deixou de ser lerdo! aeeeeeeeeee XD também, né? último capítulo, lógico que ele tinha que mostrar a pegada canina dele! HAHA XD muito obrigada por acompanhar a fic, viu, linda? suas reviews sempre foram divertidas!

doom potter - fico muito feliz que essa fic tenha te inspirado a ponto de fazer uma continuação, viu? me avise, porque eu quero ler XD brigada pelos incentivos e tudo mais, linda!

watashinomori - bem, a sua idéia alternativa realmente é muito boa. tentadora! HAHAH XD linda, muito obrigada pelas reviews super engraçadas, hahaha. você e a mo me divertiram! hauahauhua XD

maripottermalfoy - tá aí todas as traduções. é que eu deixei pra colocar o vocabulário no último capítulo mesmo, viu? muito obrigada por favoritar a fic e tudo mais! e lógico, muito obrigada pelas reviews, e olha que você comentou desde o primeirissímo capítulo!

eternia melody - OPA! mais uma anônima que resolveu mandar uma review (dança feliz)! brigada pelos elogios, linda. e muito obrigada por fazer o hits da fic crescer! thankão!

camis - HAHAHAH XD tem problema em falar palavrão nas reviews não, eu também falo às vezes! são detalhes! HAHA XD muito obrigada por todos os elogios, viu? que bom que a fic prendeu você! sério mesmo, fiquei muito feliz em saber disso! espero que acompanhe a continuação também!

lucca br - omg! seria um homem deixando um comentário? SEJA BEM VINDO! enfim, um pouco de testosterona que não seja dos personagens! HAHAHA XD muito obrigada pelo elogio, e pelo palavrão expressivo, hahahah XD espero que goste do último capítulo e que acompanhe a continuação.

barbara g - linda! você dinovo aqui pra me fazer feliz XD ai, sério que você achou bom? na verdade, eu tava lendo as reviews, todo mundo achou o drama moderado, só eu pensei que tava exagerado mesmo, vai saber! ahauhahua XD e desculpa mesmo a demora pra postar os capítulos, é que eu estabeleço uma meta de reviews e hits toda vez que eu posto um capítulo, e eu só atualizo quando essa meta é cumprida XD muito obrigada pela review! espero te ver na continuação também!

rebeca - oi! voltou XD é, eu reparei que você não deixou uma review, mas eu sei que você continuou lendo, viu? o bom é saber que tem gente lendo, as reviews são conscequências! gostou do drama, né XD? não tem gente que não goste de uns tapas e amassos, hauhuahuahua XD brigada pelas reviews, viu? te espero na continuação!

moi lina - BEM VINDA, EX-ANÔNIMA! primeira vez que eu vejo o seu nome aqui XD viu? eles tão juntos, atendi o seu pedido! hauahuahua XD muito obrigada pela review, e pelos elogios! e desculpe a demora pra atualizar, erro da nika XD

elisa moony - oi, elisa! concordo com você, remus francês é o que há! hahaha XD a melhor coisa inventada desde o chocolate com avelã! espero poder te agradar com a continuação também, viu?

drunkness' lady - HAHAHA XD seu nick é demais, menina! super criativo e engraçado XD imagina o remus italiano? jura? nunca li uma fic dele sendo italiano. se bem que pensando deste modo, é bem sexy. italianos são sexys. pelo menos, o que eu conheço é. hahuahuaha XD e quanto a fic que você tá escrevendo, quando você postar, ve se me avisa, viu? eu quero ler! e não importa o shipper desde que a fic seja bem escrita! muito obrigada pelas reviews, viu?

lelyinthesky - que bom que eu consegui te agradar, linda! e nem quero falar de férias no momento, porque as minhas estão terminando, e eu já to ficando louca em saber que vou ter que estudar todo santo dia, hahaha XD e o sirius angustiado é uma coisa linda de se ler, ele é sempre tão forte, quando a casca dele se raxa e a gente ve o que tem dentro é lindo demais XD brigada pelas reviews e pelos elogios, viu?

bom, gente, é isso. assim que eu termino essa fic. muito obrigada a todos que leram, muito obrigada por tudo. nem sei mais o que falar porque essa fic realmente me surpreendeu, não sabia que tanta gente ia gostar. eu amei checar todo dia minha caixa postal pra ver se tinha alguma review nova, e amei ver os 1.100 hits alcançados também! espero poder ter a mesma contagem na continuação. beijo para todos, e até mais!


Disclaimer: Harry Potter, e suas personagens pertecem somente a J.K Rowling. (entendeu essa parte? ótimo! siga para a outra)

PORÉM, essa fic me pertence. é minha em toda sua essência, excêlenciae existência, ok? plágio é crime, além de ser algo abominante e muito, muito feio. por isso, lembrem-se do que sua mamãe dizia na sua infância sobre 'não furtarás' e não roube a minha fanfic!