Depois do jantar o pai de Amélie reuniu todos na pequena sala da família e falou.
Pessoal a partir de hoje...Estamos ricos...Eu ganhei na loteria!. – A mãe de Amelie deu um pulo de alegria e abraçou o marido, Amélie que estava com uma das irmãs no colo o largou no sofá e foi abraçar Severo que ao olhar para a amiga não pareceu muito alegre – De repente o homem fala. – Carmem! Amanhã mesmo peço minha demissão da fábrica! – Carmem fala cautelosa.
Ernest! Não és mejor esperar até o fim do verão?. – Ernest olhou-a de modo abismado.
Claro que não!Agora somos milionários querida! Vou poder voltar pra minha terra...Você vai poder visitar seus pais no México! Vamos poder ter uma vida de rei e rainha!. – Amélie olhou sem jeito para Severo e fez um gesto como se dissesse "Infelizmente não posso fazer nada". – A família de Amelie estava numa alegria só quando escutam uma batida forte na porta, Carmem vai atender e vê um homem muito branco de cabelos negros e curtos os olhos exatamente da cor dos cabelos e com cara de poucos amigos e vestido no uniforme da fábrica enegrecido pela fuligem olha pra trás e chama.
Severo querido! É tu padre!. – Severo vai se arrastando até a porta e o homem fala aos gritos.
Anda logo seu imbecil! Não tenho a noite inteira!. – Severo olha para trás e Amelie lhe dá um tchau,ele se vira e sente a mão pesada do pai lhe puxando para a rua, os dois entram em casa e a mãe de Severo vai até a sala segurando uma cebola e uma varinha nas mãos, quando o homem fala. – Humpf! Se essa sua merda de mágica fizesse a gente ficar rico! Você não presta pra nada Eileen! – O homem volta a olhar para o filho e fala. – Você pelo visto já encheu o bucho não é? Você é outro que puxou essa mágica que não presta pra nada!. – A mulher fala tremula para o marido.
Tobias! A janta tá quase pronta!. – Tobias olha com desprezo para a mulher e sobe. – A mulher se volta para Severo e fala. – Um dia filho...você será um bruxo muito...muito bom! Assim como eu fui!.
Severo foi direto para o seu quarto – O quarto do garoto era escuro e apertado o papel de parede estava desgastado a cortina da janela parecia roída pelas traças em uma prateleira ele tinha os livros de magia que sua mãe havia passado para ele embaixo da prateleira de livros havia uma outra com alguns brinquedos de madeira que Ernest o pai de Amelie havia feito pra ele – Severo pegou um carrinho ficou olhando triste e torcendo para que o pai de Amelie mudasse de idéia e resolvesse ficar ou que então seus pais o deixassem ir com a família de Amélie para a Austrália – Enquanto ele colocava o carrinho de volta na prateleira escutou seu pai gritar mais uma vez com sua mãe.
Já te disse que não tenho dinheiro sua lesada!.
No dia seguinte Ernest havia mesmo pedido a conta da fábrica,despediu-se dos amigos e voltou pra casa e falou.
Depois que eu acertar com o banco...vamos comprar roupas novas!. – Todos a casa sorriram menos Severo que o olhou triste e Ernest falou. – Você vai pra cidade conosco!Vai ganhar roupas novas também!. – Severo se encheu de felicidade e pensou realmente na possibilidade de que agora que Ernest estava rico ele iria adota-lo - Severo avisou a mãe sobre sua ida na cidade e chegando no centro de Manchester ele olhou tudo de maneira vislumbrada, Enest comprou roupas novinhas em folha para todos, pagou almoço e depois foram para uma sorveteria onde Amelie e Severo se esbaldaram – Na volta pra casa Ernest chegou perto de Severo e falou.
Te tenho como um filho Severo! Eu ia gostar muito de ter um filho homem na casa...sei que seu pai não entende esse seu jeito,eu também não entendo esse seu jeito e o de minha filha mas Deus quis assim não é? - Severo apenas concordou com a cabeça e Ernest continuou – Domingo depois do almoço eu vou falar com seus pais pois quero adotar você!. – De repente o rosto de Severo se encheu de alegria e o garoto falou numa voz cheia de felicidade.
JURA? Eu...eu vou morar com vocês...eu e Amelie vamos continuar amigos?. – Ernest sorriu para ele e lhe fez um carinho na cabeça. – Severo foi correndo pra casa, feliz da vida a primeira coisa que fez ao chegar foi subir para seu quarto e arrumar uma pequena mala velha com seus pertences.
