Severo nunca esperara tanto a chegada do Domingo enquanto brincava com Amelie num terreno baldio perto da fábrica falava.
Não vejo a hora de ir pra tal Austrália! É bonito lá?. – Amelie deu de ombros e falou.
Deve ser! Meu pai tem uma foto da vovó num lugar cheio de ovelhas... Deve ser grande lá e tomara que seja limpinho!. – Amelie tossiu muito forte e continuou. – Lá deve ser melhor com certeza não é poluído que nem aqui né?. – Severo de repente ficou triste e falou.
Qualquer lugar longe daquele brutamontes do meu pai é um paraíso!. – Os dois brincavam quando ao longe Amélie vê seu pai entrando na casa de Severo ela levanta e grita.
Olha lá! Meu pai! Vamo lá! – Os dois saíram correndo na direção da casa de Severo chegaram ofegantes e pegaram Tobias Snape falando a pleno pulmão na sala velha e cheia de livros de couro descascado.
O moleque só sai daqui se você me der grana...e grana alta tá entendendo?. – Ernest fala furioso.
O seu filho não é mercadoria! Pra você pegar e vender!. – Tobias olha com desdém e fala cínico.
O filho não é meu? Eu faço o que quiser!. – Tobias de repente olha para o filho e para Amelie e fala – A duplinha dinâmica chegou! Sobe moleque! – Severo e Amelie subiram para o quarto dele, o garoto bate a porta do quarto senta na cama e começa a esmurrar o travesseiro velho e fala.
Eu odeio ele! Odeio ele! – Amelie se abraça ao amigo e fala.
Calma! Meu pai vai dar um jeito você vai ver! -De repente Tobias surge na porta do quarto de Severo pega Amelie pelos braços e fala.
Sai daqui sua pestilenta! – Severo vai atrás da amiga e Tobias fala. – Fica aí dentro seu imprestável!. – Tobias arrasta a menina escada a baixo e a deixa junto com Ernest que fala.
Eu queria dar uma vida boa pro seu filho Tobias! Mas era de se esperar a sua reação...A sua ganância vai te tornar mais miserável ainda...Venha filha vamos embora!. – Amelie saiu chorando dali e perguntou ao pai.
Então o Severo não vai com a gente? – Ernest olhou triste para a filha e falou.
Não!Os pais dele não deixaram. – Amelie começou a chorar e entre soluços dizia.
Mas ele é meu amigo! Eu não quero deixar ele sozinho! O que vai acontecer com ele? A gente pode levar ele escondido pai?. – Ernest não sabia o que fazer.
Nos dias que se seguiram Amelie e Severo tentavam disfarçar a tristeza, no último dia dela em Spinner's End eles brincaram até anoitecer e no quintal da casa dela fizeram um juramento.
Eu Amelie Contreras Stevens prometo lealdade ao meu amigo Severo Prince Snape...diante...diante do que? – Severo riu e falou.
Do retrato da rainha Elizabeth! – Amelie riu e repetiu.
Diante do retrato da rainha Elizabeth! – Terminado o juramento Amelie entregou a Severo uma moeda velha e falou. – Pra você lembrar sempre de mim! – Severo pegou a moeda colocou no bolso de sua calça novinha em folha e entregou para Amelie um livro de Herbologia que pertencera a sua mãe. – Sevvie! Eu juro que vou escrever sempre pra você! E você vai escrever pra mim não vai?. – Severo a abraçou e falou.
Claro que sim!.
No dia seguinte de manhã Severo acordou no automático tomou café e desceu direto para chamar Amelie mas ela não estava mais lá, seus dias tornaram-se mais sombrios do que já eram, com o tempo ele quase não saia de casa saia apenas a pedido da mãe para comprar coisas para ela - Logo na primeira semana sem Amelie juntou uns trocados que tinha e mandou uma carta para ela que respondeu e dizia morrer de saudades dele mas estava feliz pois agora ela tinha uma vida boa e confortável. – O tempo foi passando as cartas foram ficando mais escassas, Severo entrou para Hogwarts e ia fazer de tudo para provar a mãe que ele ia ser o melhor.
Um rapaz de mais ou menos dezesseis anos de aparência pálida esta em seu pequeno quarto escuro lendo um livro intitulado – Estudos avançados de poções . – Severo estava passando mais um verão em casa e de repente num deslumbre pensou em Amelie e em como ela estaria agora, Severo se levantou olhou para o relógio e falou para si mesmo.É está na hora!. – Desde os doze anos durante o verão Severo fazia sempre pequenos serviços como entregar jornais, limpar jardins e trocava o dinheiro trouxa por alguns galeões.
