CAP 5 Já vai tarde

- Espere seu pai chegar da fábrica!. – Severo deu de ombros e falou.

Pra que? Ele não liga! Por ele eu já estava fora daqui a muito tempo! Eu preciso ir...Quero parar de bancar o seu pai! Não agüento mais essa vida!. – Eileen saiu atrás do filho e falou.

Você acha que eu agüento? Eu fico aqui por não ter pra onde ir! Meus pais não vão querer me receber em casa e eu...eu já sou velha de mais pro time de Bexigas...eu não tenho alternativa! O que me resta é morrer nesse lugar imundo...- Severo interrompeu a mãe e falou alto.

Não mudou por que não quis!. – Severo tomou fôlego e falou. – Estou indo...não voltarei mais pra casa!.

Severo saiu dali disposto a nunca mais voltar para aquele lugar, arrastando o seu malão com as economias que juntou pegou um táxi e foi até a casa de Amelie,bateu palma e o mesmo senhor Taggart veio recebe-lo e indagou.

Eu não lhe paguei tudo rapaz?. - Severo falou meio impaciente.

Sim pagou! Mas eu quero mesmo é falar com Amelie. – O senhor Taggart coçou a careca e falou para Severo.

Eles sairam! Só voltam de noite. – Severo ficou chateado e falou.

Ela disse que eu podia ficar aqui durante o verão...ela me convidou. – O velho Taggart estava relutante em deixar ele entrar mas como gostou muito do serviço que Severo fez nas janelas resolveu deixa-lo entrar.

Venha comigo jovem! Você fica comigo nos fundos até eles chegarem. – O velho abriu o portão e Severo entrou carregando seu malão,o senhor Taggart se ofereceu para ajuda-lo mas Severo recusou educadamente. – Ele o velho seguiam pelo jardim por um caminho que levava para os fundos da casa, o mesmo caminho da garagem o velho dobrou para a direita perto de um enorme roseiral e Severo pode ver a pequena casa do Sr.Taggart,era feita de pedra,tinha um pequeno jardim na frente, janelas de cor verde e porta da mesma cor, o velho abriu a casa que por dentro era aconchegante na sala havia uma velha lareira um sofá e uma poltrona marrom ao fundo e uma porta entreaberta que dava para a cozinha o velho sentou e perguntou. – Bem daqui a pouco nós vamos jantar. – O velho foi para a cozinha e sumiu por lá, foi quando Severo pegou a moeda que Amelie havia lhe dado e ficou pensando que ele poderia ter desfrutado dessa vida junto com a família que o amava, mas agora ele estava decidido a ficar mesmo por lá seus pensamentos foram cortados pelo barulho do automóvel estacionando na garagem, Severo num impulso deixou a casa e foi correndo até a garagem e se deparou com a família Stevens entrando em casa então ele gritou.

Amelie! Amelie!. – Toda a família se virou para ele Ernest o encarou chegou próximo dele e lhe falou.

Hoho! Severo? Está um homem! Venha me de um abraço?. – Severo foi até Ernest que lhe deu abraço de quebrar costelas. – Só pensei que você não viria tão cedo. Amelie falou de você o jantar inteiro!. – Em seguida Carmem foi até ele e o abraçou de modo terno.

Querido!Como vai? Já jantou?. – Severo respondeu negativamente quando um par de risadinhas lhe chamou a atenção, eram as gêmeas irmãs de Amelie enquanto isso Amelie ajeitava o pequeno David em seu colo. – Amelie olhou sorriu para ele e falou.

Vamos entrar?.

Antes preciso pegar o meu malão na casa do Sr Taggart!.– Severo foi correndo quase caiu na porta do caseiro, pegou o seu malão o velho nem percebeu ele pegar e entrou junto com os Stevens na casa maior.

Severo até então só tinha ido até a cozinha da casa quando ele entrou na sala se admirou com o tamanho da mesma, a sala dos Stevens era decorada por cortinas verdes e brancas e sofá de cor verde a parede branca e a escada que levava para o andar de cima era também de cor branca. – Amelie se aproximou dele e o levou para os aposentos acima e falou.

Tem um quarto de hóspedes no fundo do corredor você pode colocar o seu malão lá!. – Os dois chegaram até o quarto, Amelie acendeu as luzes e Severo ficou maravilhado com o tamanho era muito mas muito maior que o seu quarto de Spinner's End.

Pode colocar suas coisas aqui no guarda roupa!. – Severo virou-se para Amelie e a abraçou agradecido.

Obrigado! Eu...não tenho palavras!. – Amelie sorriu para ele e falou.

Amigo é pra essas coisas...Deixa o malão aí, se quiser tomar um banho antes de jantar... Nesse quarto tem banheiro junto...fica a vontade mi casa su casa!. – Severo não tinha entendido a última frase mas nem se importou, agora ele estava ali com pessoas que realmente gostavam dele, Severo abriu o malão retirou uma de suas roupas gastas e do nada a imagem de Amelie se formou em sua mente "Ela ficou muito jeitosinha" pensou ele.

Severo desceu para jantar todo arrumado a seu modo, todos olharam e então as gêmeas soltaram risadinhas,Carmem lhes chamou a atenção.

Katarina! Katrina! É feio rir dos outros!. – As duas fizeram beiço e uma delas falou.

Mas ele tá engraçado com essa roupa, mãe!. – Carmem olhou desconcertada para Severo e falou.

Desculpe as niñas querido sabe como são las niñas. – Severo não se importou sentou-se ao lado de Amelie quando Ernest perguntou.

As coisas não devem estar bem pra você não é?.

Não! Senhor Stevens eu...na verdade...eu fui embora de casa...- Ernest perguntou preocupado.

O que o seu pai lhe fez?.

As mesmas coisas de sempre senhor Stevens...parece que pioraram depois que eu entrei pra Hogwarts,ele passou a bater mais na minha mãe se refere a mim como aberração...Eu odeio ele!. – Ernest olhava desolado e falou.

Olha! Enquanto estiver aqui estará seguro...ahhh! Como eu e Carmem queríamos tê-lo adotado! Sempre achei você um garoto brilhante! Não entendemos nada dessas coisas de bruxos mas sempre soube que você tinha potencial...mas falando nisso como vão os estudos?. – Severo respondeu com orgulho.

Sempre tiro notas máximas! Passei com ótimo em todas as matérias do NOM...E neste ano vou prestar os NIEM'S. – Ernest ficou admirado e foi a vez de Carmem falar.

É até bom que você fique aqui assim incentiva Amelie a estudar mais...não que ela não seja inteligente mas é um pouco preguiçosa ela passou raspando nos NOM'S? É assim que se diz?. – Amelie olha desconcertada enquanto pega uma porção de couve de Bruxelas.