CAP 7 O bonitão do 200

Severo acordou se sentindo muito leve se trocou e desceu para tomar café quando na sala de jantar se deparou com um rapaz sentado ao lado de Amelie que o olhava vidrada - O rapaz era mais velho provavelmente estava nas casa dos vinte ele tinha um belo semblante era loiro, tinha os cabelos bem alinhados, olhos azuis e roupas descontraídas porém elegantes ele conversava animadamente com o pai de Amelie.

Então senhor! Acho que as obras da ponte Crooktown não são necessárias agora, afinal essa ponte tem o que?Uns 15 anos?. – Ernest respondeu.

Mas os materiais sempre entram em desgaste... – Ernest interrompeu a conversa quando viu Severo parado perto da mesa e falou. – Severo não se acanhe!Venha e tome seu café! Este aqui é nosso vizinho de frente do 200. – O rapaz se levantou e lhe estendeu a mão falando.

Muito Prazer! Henry Dylon!. – Severo o cumprimentou formalmente e sentou Henry segurou um riso pois achou a aparência de Severo bizarra. – Severo olhou de relance para Amelie e viu que ela continuava ali babando por Henry. – A conversa continuou entre Henry e Ernest enquanto isso as irmãs Katrina e Katarina perguntavam a Severo.

Quer brincar de xadrez bruxo depois do café?. – Severo respondeu sem jeito.

Tá! A gente brinca sim!. – As duas deram risinhos quando Henry fala.

Então Amelie...tenho ótimos livros sobre história da arte se quiser ir em casa um dia desses?. – Severo ao ouvir aquilo foi tomado de uma fúria crescente e fez o copo com suco de laranja de Henry se quebrar – Amelie soltou um pequeno grito de susto e Henry falou.

Deve ter sido golpe de ar...veja a janela esta aberta!. – Henry se levantou e falou. - Bem tenho que ir muito obrigado pelo café...- Neste momento chega Carmem com o bebe no colo e fala.

Ohhh! Desculpe Henry, não lhe dei atenção...mas tive que dar banho no David. – Henry lhe sorriu e falou.

Tudo bem senhora!. – O belo rapaz saiu e Amelie soltou um leve suspiro, Severo se levantou Katarina se levantou em seguida e falou.

Vou pegar o jogo tá? Me espera na sala!. – Severo respondeu emburrado.

Tá! Vai! Vai!. – Severo sentiu-se ferido por dentro como se Amelie tivesse lhe dado uma punhalada "Mas também que chances eu teria com ela? Claro que ela vai preferir o tal de Henry". – Os pensamentos de Severo foram interrompidos por Katrina que falou.

Vem que a Katarina já montou o jogo!. – Amelie foi para perto das irmãs na sala sentou-se próxima de Severo e perguntou.

E aí tá ganhando?. – Severo respondeu emburrado.

Isto é apenas um jogo idiota! Não notou?. – Amelie olhou espantada e falou.

O que deu em você? Eu te trago pra cá e você me trata assim?. – Severo deu de ombros se levantou e Katrina falou.

O jogo! Você ainda não acabou!. – Severo falou emburrado.

Cansei de jogar com pirralhas!. – Amelie começa a ficar nervosa e fala.

O que é isso? Agredindo minhas irmãs? Eu pensei que conhecia você!. – Severo subiu, Amelie subiu atrás e ele falou.

Vou arrumar minhas coisas!. – Amelie sentiu um frio lhe invadir, tinha medo dele ir e não voltar mais e Amelie por mais que não quisesse admitir estava apaixonada por ele - Ela alcançou Severo o pegou pelo braço e falou.

Eu não vou deixar! Você...você é meu amigo! E sei como você sofre lá em Spinner's End...eu não sei o que pode ter dado em você mas bem...todo mundo tem seu rompante de raiva não é?. – Severo respondeu ainda raivoso.

Sim!. – Amelie o abraçou e falou.

Eu gosto muito mas muito de você!. – Amelie o soltou e falou novamente. – Eu gostaria que você fosse pedir desculpas pras minhas irmãs. – Os dois desceram,Severo pediu desculpas as irmãs de Amelie e então ele lhe falou. – Eu queria ir pra Spinner's End...- Amelie olhou receosa e completou. -Vamos?. – Severo concordou, Amelie avisou aos pais então os dois partiram rumo ao velho bairro operário, chegaram lá depois de meia hora num ônibus e começaram a andar pelos lugares tão freqüentados por eles na infância chegaram na rua onde Severo morava e Amelie perguntou apontando para a sua antiga casa.

Quem veio morar aí depois que eu mudei?. – Severo começou a chutar umas pedrinhas e respondeu.

Uma família irlandesa de Belfast...o cara é bêbado, bate na esposa e vive em lá casa tomando umas com meu pai, eles tem filhos mas ficaram em Belfast com os avós...bem isso foi o que eu ouvi a moça falando pra minha mãe. – Amelie sorriu amarelo, eles voltaram a caminhar e chegaram próximos do córrego sujo onde brincavam,Amelie fez cara de nojo e falou.

Como é que a gente brincava nisso? É tão...tão imundo meu Deus!. – Severo olhou para Amelie e não disse nada apenas segurou a mão dela. – Depois do breve silêncio Amelie perguntou. – A sua mãe está em casa? Sabe acho bom passar lá e dar uma satisfação. - Severo a conduziu até sua casa, abriu a porta colocou Amelie pra dentro e ela reparou que a casa não tinha mudado em nada, os mesmos livros com capa de couro surrada continuavam lá numa prateleira velha o sofá empoeirado e uma mesa bamba ao fundo – Severo começou a andar pela casa e a chamar pela mãe ela não estava no andar de baixo,ele a procurou no quintal e nada os dois subiram e entraram no quarto dela e se depararam com a seguinte cena.