CAP 9 A morte faz parte da vida De noite Amelie tentou levar um pouco de sopa para Severo tomar, ele não conseguia ele apenas estava sentado na cama olhando para o nada quando falou entre lágrimas. Eu discuti com ela ontem! Falei que não agüentava mais bancar o pai dela e hoje ela... – Amelie deixou o prato de sopa em cima do criado mudo e abraçou-se em Severo falando. Não foi sua culpa! A sua mãe não conseguia ver uma escapatória então optou por fugir pelo caminho mais doloroso...olha tenta comer vai? Só um pouquinho. – Severo pegou o prato e deu a primeira colherada a sopa passava sufocando em sua garganta, mesmo assim ele comeu com esforço. – Amelie pegou o prato colocou de volta no criado mudo e perguntou. Seus avós estão vivos?. – Severo respondeu de modo vago. Acho que sim! Porque?. – Amelie afastou os cabelos de Severo do rosto e falou. Bem acho que só eles vão conseguir liberar o corpo acredito que seu pai não esteja ligando muito... Você sabe onde eles vivem?. – Severo cabisbaixo respondeu. Em Londres,Hammersmith não lembro bem fui lá quando tinha 4 anos. – Amelie se levantou pegou o prato vazio e falou. Eu já volto tá? Vou dormir aqui!. Amelie voltou para o quarto vestida num pijama, deitou-se ao lado de Severo e ele foi invadido novamente por aquele calor mas seu cérebro estava muito pilhado para pensar nas sensações que Amelie lhe causavam naquele instante. – Severo olhava o teto do quarto e a silhueta da sombra das árvores sibilavam pelo quarto, Amelie continuava a fazer cafunés no amigo quando ele falou. Aquele homem! Eu vou fazer da vida dele um inferno! Maldito!. – Amelie segurou as mãos de Severo com força e falou. Você não vai fazer nada! Vingança não resolve as coisas Sevvie! Só vai fazer mal pra você! A vingança leva a gente pra escuridão e viver na escuridão não é bom!. – Severo virou-se para Amelie mas apenas via seu vulto quando falou. Minha vida sempre foi uma escuridão!. – Amelie se abraçou nele e falou. Por favor! Prometa a mim que não vai fazer nada? Por favor!. – Severo se abraçou a Amelie com mais força e falou.

Prometo por você!. – Os dois dormiram abraçados, Severo gostou daquilo queria ficar assim abraçado a Amelie pro resto da vida.

No dia seguinte Severo usou a coruja de Amelie para tentar localizar seus avós, avisando-os da morte de sua mãe, dois dias depois receberam resposta.

Caro Neto

Lamentamos muito a morte de Eileen, apesar de termos nos distanciado ela sempre esteve presente em nossos corações assim como você. Nós iremos ao lugar onde esta o corpo dela e assinar o que for preciso.

Nossos sinceros pêsames

Sr e Sra Prince

Os avós de Severo chegaram a cidade se instalaram em uma pequena taverna na parte bruxa de Manchester, liberaram o corpo e no dia seguinte a família Stevens a família Prince e algumas pessoas da vizinhança de Spinners End estavam lá no cemitério.

O pai de Eileen um senhor gordo, branco,calvo com apertados olhos verdes começou a fazer um pequeno discurso.

Eileen Prince! Era uma pessoa muito inteligente é uma pena que tenha partido deste mundo de modo tão trágico...mas tenho certeza de que onde quer que ela esteja, está num bom lugar!.

Neste momento Severo nota a revoada de alguns pássaros depois disso o caixão de cor marrom avermelhada desceu e Eileen foi enterrada. – Amelie ficou ao lado de Severo o tempo todo – Terminado o enterro os pais de Eileen foram para a casa dos pais de Amelie então Ernest os chamou para uma conversa particular.

Bem...eu gostaria que Severo continuasse morando aqui! Sabe eu e minha esposa praticamente o vimos nascer ele e minha filha foram criados juntos na infância. – O velho pai de Eileen pigarreou e falou.

Bem...senhor! Nós somos a família dele somos bruxos tradicionais, acho que seria bom ele tomar mais contato com pessoas como nós...vou lhe ser sincero senhor eu nunca aprovei a união de minha filha com esse trouxa Tobias Snape...ela tinha um pretendente bruxo de família tradicional como a nossa e foi se enrabichar por esse maldito trouxa. – A senhora mãe de Eileen era uma senhora magra, cabelos loiros com fios brancos concentrados no topo da cabeça ela tinha cara quase triangular e olhos castanhos esverdeados não falava nada apenas concordava com o marido.

Olha senhor...- O velho interrompeu e falou seu nome.

Plutarco Prince! . – Ernest tomou fôlego e continuou.

Então senhor Prince...eu acredito que Severo queira ficar por aqui, ele sempre considerou a nós como a família dele e ele já esta aqui conosco como lhe falei! Mas entenderei se ele quiser ir morar com vocês – Ernest fez mais uma pausa e falou. – Eu o tenho como um filho...quando eu e Carmem tivemos Amelie, tivemos também um garoto gêmeo chamado Gustav...mas ele não resistiu muito tempo e morreu dois dias depois de nascer. – A senhora magra então abriu a boca.

É muito comovente a sua história senhor Stevens...bem eu acho que não temos mais o que discutir, vamos embora Plutarco?. – O velho concordou os dois se levantaram e se despediram de Ernest quando estavam saindo da sala se aproximaram de Severo e o velho falou.

Gostaríamos que você fosse nos visitar! Se quiser leve a sua amiguinha. – Severo concordou e seus avós aparataram.