Cap 20 Senhora Bowen
Severo recebeu a coruja de volta logo de manhã leu a carta de Amelie e fez como ela havia recomendado ele foi até uma central telefônica e pegou uma lista de assinantes achou treze pessoas com o nome Bowen no distrito de Hammersmith nenhuma delas era Margot Bowen. – Severo resolveu caminhar um pouco e coincidentemente passou na porta do tal Blue Note Jazz Club o lugar estava muito diferente do que havia visto na foto, a fachada do local estava caindo aos pedaços. - Severo ficou parado ali olhando quando viu um senhor gordo e careca sair de lá se limpando para tirar a poeira. – Severo chegou perto do homem gordo que falou.
O que foi garoto? Aqui não tem nada pra você, estou falido. – Severo respondeu meio emburrado.
Não estou pedindo doações!. – Severo fez uma pausa e perguntou. – É você que é dono desse lugar?. – O velho soltou um pigarro olhou para Severo como se já o conhecesse de algum lugar em seguida tossiu e falou.
Eu era! Os tempos mudaram! Ninguém quis saber mais de Jazz...o movimento foi enfraquecendo e o resultado é esse acabei de vender o lugar...mas se você não veio atrás de doações veio atrás do que então?. – Severo respondeu.
O senhor conheceu Eileen Prince?. – O velho terminou de espanar os últimos grãos de poeira que lhe sobraram e falou.
Conheci pouco! Sei que ela se casou com Tobias Snape um dos músicos que tocava aqui...Coitada! deve ter comido o pão que o diabo amassou...Tobias era um bom músico,mas era brigão,mulherengo, beberrão e ainda por cima jogador de pôquer inveterado. – Severo ficou ainda mais revoltado com o pai e perguntou.
O senhor conheceu Margot Smitherson?. – O velho coçou a cabeça e respondeu.
Bem não lembro de todos os freqüentadores desse clube, muitas pessoas vinham aqui, mas você é parente dessas pessoas?. – Severo ofegou e respondeu.
Eileen e Tobias são meus pais!. – O velho se espantou e falou.
OHHH! Bem que eu te achei familiar mas lamento não podê-lo ajudar...Bem preciso ir agora sim?. – Severo voltou para casa novamente e continuava sem respostas quando ele estava próximo de onde ficava St Mungos havia uma outra central telefônica e ele resolveu tentar a sorte, olhou na lista e viu sete pessoas com o sobrenome Bowen na última ligação ele já sem esperanças falou.
Alô! É eu gostaria de falar com Margot Bowen?. – Uma mulher senhora falou do outro lado.
Sou eu...quem gostaria?. – Severo tomou fôlego e falou.
Aqui é Severo Prince...filho de Eileen Prince. – A mulher do outro lado respondeu.
OHH! Minha nossa! E como ela está?. – Severo falou.
Será que eu poderia vê-la amanhã?. – A mulher do outro lado falou.
Vou sair mas volto cedo às 15:00 está bem?. – Severo respondeu aliviado.
Sim! Poderia me passar o endereço?. – A mulher passou o endereço Severo anotou num pequeno pedaço de pergaminho e foi pra casa,agora as coisas ficariam mais claras para ele dali a poucas horas saberia muito mais sobre a sua mãe.
Severo foi até o Beco Diagonal e de lá mandou uma coruja para Amelie avisando que tinha achado uma amiga de sua mãe e que no dia seguinte ia conversar com ela.
Severo no dia seguinte foi até um bairro de casas elegantes que ficavam próximas de Ascott um elegante distrito muito conhecido pelas corridas de cavalo. – Severo se aproximou da elegante mansão e bateu palmas um senhor chinês veio atende-lo e falou.
Quem é você?. – Severo ajeitou os cabelos e falou.
A senhora Bowen está me esperando eu sou Severo Prince!. – O velho abriu o portão o fez entrar e o conduziu até a cozinha da casa e sumiu minutos depois o velho surgiu novamente e conduziu Severo até uma saleta onde uma mulher magra de cabelos loiros estava sentada e fumando um cigarro ela olhou para o rapaz e falou.
É...você puxou muito o seu pai! Mas e Eileen como vai?. – Severo sentou-se e falou triste.
Está morta...ela se matou!. – Margot olhou-o espantada e falou.
Meu Deus! Pobrezinha! E seu pai está vivo?.
Sim mas não moro com ele...a senhora conheceu bem o meu pai?. – Margot estava na janela terminando seu cigarro e falou.
Bem o suficiente pra saber da fama dele... – Severo interrompeu-a e falou.
O dono daquele lugar o Blue Note ele me falou de meu pai. – Margot voltou a sentar e falou.
Eu e Claire alertamos a sua mãe mas...mas ela achava que podia muda-lo...ela fez tudo errado entende? Quero dizer...ele logo notou que sua mãe era rica e caiu em cima dela que nem raposa na galinha e a sua mãe, trocava dinheiro bruxo? É assim que se diz?. – Severo a corrigiu.
Sim temos nosso sistema monetário!. – Margot olhou sem jeito e continuou.
Então ela trocava por altas notas de Libras, livrava Tobias das dívidas mas logo ele caia em outra e sua mãe pagava até que depois dele quase morrer na mão de uns bandidos pra quem ele devia parou de jogar mas não parou de pagar bebida pros amigos e sair com mulheres, enganava sua mãe com flores, juras de amor eterno...ele não se importava com o fato dela ser bruxa...ela era rica e pro seu pai sua mãe era a garantia de uma boa vida. – Severo exclamou.
Vagabundo! Ordinário!. – Margot concordou e falou.
Nós alertamos os pais dela,mas eles nos puseram porta a fora...acharam que foi por nossa causa que ela estava com ele mas claro que não era...puxa nós apenas fomos lá pra nos divertirmos, mas sua mãe...se encantou por ele e ela foi sempre tão sozinha se achava muito feia – A mulher acendeu outro cigarro e continuou. – Quando ela terminou a escola arrumou um emprego e queria porque queria alugar um apartamento pra ela e Tobias morarem junto mas os pais dela deram um jeito de segura-la ameaçaram de cancelar o dote ao qual ela tinha direito, Eileen não acreditou que eles fariam isso mas fizeram e o pai dela ainda por cima deu um jeito de a despedirem do Ministério...em resumo seus avós deixaram a sua mãe na sarjeta e só devolveriam o tal dote caso ela se casasse com um rapaz que era primo dela de segundo grau...mas Eileen não quis saber, ela tinha paixão cega por Tobias e ele tinha certeza de que ela conseguiria o dinheiro, então ele largou o emprego de músico. – Severo havia ficado mais aliviado ao ver que a mulher não tinha pego outro cigarro pra fumar e perguntou.
A senhora chegou a visitá-la em Spinner's End?. – Margot estralou os dedos e respondeu.
Eu fui...naquele lugar horrível quando eles tinham acabado de se mudar pra lá, eu até levei dinheiro pra ela e Tobias já tinha mostrado as garras pra ela a agredia verbalmente xingava ela mas depois a perdoava afinal ele achava que a qualquer hora ela podia ter a grana de volta foi aí que a sua mãe teve a idéia de engravidar ela achou que tendo um filho os pais iam amolecer e dar o dote a ela mas isso nunca deve ter acontecido não é?. – Severo tirou os cabelos do rosto e falou.
Sempre passamos dificuldades minha mãe fazia pequenos serviços lavando roupa, ela fazia serviços trouxas e aquele traste de meu pai trabalha na fábrica de tecidos. – Margot respirou fundo tossiu e falou.
Eu e Claire queríamos ter ajudado mais Eileen mas sabíamos que ela ia dar tudo na mão daquele cafajeste. – Severo falou com dureza.
Minha mãe sempre foi submissa a ele, ela vivia machucada...as vezes sobrava pra mim...eu tenho nojo dele!. – Margot deu um riso amarelo e falou.
Certas escolhas são sem volta rapaz...a sua mãe fez a escolha dela. – Severo se levantou nem notou que já estava escurecendo lá fora e falou.
Senhora Bowen obrigada pela conversa...foi bastante esclarecedora. – Severo voltou depressa para o Caldeirão Furado entrou na lareira e voltou para a casa dos avós ao olhar os dois em volta da lareira ele sentiu uma vontade imensa de estar com Amelie. – Plutarco coçou a cabeça e perguntou.
Comprou o que precisava no Beco Diagonal?. – Severo afirmou com a cabeça e falou.
Estou muito cansado vou subir e dormir um pouco. – Severo deitou-se fechou os olhos e pensou em Amelie os dois juntos felizes mas os pensamentos alegres foram tomados pela raiva dele por seu pai pelos anos de maltrato que ele causou a Severo e a mãe e pensou "Eu não posso ficar sem fazer nada ele tem que pagar o que fez!". – Severo acabou adormecendo e só acordou no dia seguinte.
Severo se levantou cedo tomou o café junto com os avós e falou.
Vô! Vó! Eu vou pra casa dos Stevens...Amelie minha namorada me convidou pra ficar lá. – Os dois olharam meio ressabiados e Magda falou.
Achei que você fosse ficar aqui no Ano Novo?. – Severo terminado sua torrada respondeu.
Ela me convidou antes de sairmos de férias...fica chato se eu não for. – Plutarco pigarreou e perguntou.
Que hora você vai?.
Vou depois do café...bem vou subir e arrumar meu malão com licença. – Severo saiu da mesa e foi andando lentamente para o quarto de repente sua avó começa a falar.
Não gosto dessa família... como se chamam? Stevens? O que eles podem ensinar de bom pro Severo? Plutarco falou.
Concordo Magda! Imagina Severo merece uma moça de linhagem tradicional que saiba dos valores bruxos, ele é como a mãe pelo jeito...inteligente mas desajuizado. – Severo subiu pisando forte a escada arrumou suas coisas e não via a hora de sair dali, ele desceu se despediu friamente dos avós e sumiu pela lareira e quando chegou na casa dos Stevens foi recebido com um enorme entusiasmo e Ernest falou.
Severo! Pena que não passou Natal aqui...perdeu minha tia Polly cantando no karaokê. – Carmem que estava do lado de Ernest perguntou.
Mas e aí? Como foi com seus avós?. – Severo riu e falou.
Caramba! Eles são muito chatos!. – Carmem e Ernest riram e falaram.
Amelie está brincando com os irmãos no quarto dela. – Severo subiu e encontrou David no chão rabiscando papel e as gêmeas faziam montinho em cima de Amelie, Severo falou.
Amelie? Cheguei!. – Ela respondeu.
Me tira daqui! Essas minhas irmãs são doidas. – Katarina e Katrina tornaram a fazer cócegas na irmã mais velha e Amelie ria alto. – Meninas para! Eu quero falar com o Severo e pra isso vocês duas t em que sair de cima de mim. – As duas saíram do quarto e uma delas levava David no colo e Amelie falou. – Toma cuidado com ele! O David não é que nem boneca. – Katarina falou.
A gente toma...a gente não é mais criancinha!. – Amelie se ajeitou e falou.
E aí quero saber tudo?. – Severo contou a ela toda a conversa que teve com Margot.
No último dia do ano houve uma grande festa na casa dos Stevens era uma animação só, muito diferente da casa dos avós de Severo. – Ele e Amelie acompanharam o pedido de noivado de Henry e Severo conheceu outros integrantes da família Stevens. – De madrugada algumas pessoas ainda conversavam na sala em volta da lareira – Amelie e Severo estavam no escritório próximo a sala de jantar conversando.
Dezessete anos daqui a alguns dias hein?. – Severo sorriu e falou.
Sim! Não vejo a hora de ir pra Devonshire ter você junto comigo. -Severo fez uma pausa olhou meio encabulado para Amelie, ela percebeu e perguntou.
O que foi?. – Severo falou meio ressabiado.
Meus avós...antes de vir pra cá peguei eles falando mal de você. – Amelie riu e falou.
Ahhh! Deixa pra lá eu nem ligo o que importa é você não eles. – Amelie sorriu o beijou em seguida Severo olhou para ela de modo mais lascivo e perguntou.
A porta está trancada?. – Amelie sorriu e falou.
Sim! Ahhh! Sevvie seu safadinho...Hahaha! E se alguém bater na porta?. – Severo riu a agarrou e falou enquanto começava a se esfregar nela.
Ahhh! Não vai não...a gente não vai demorar você é muito preocupada precisa... – Severo encostou perto dela e falou um sussurro. – Relaxar mais!. – Amelie riu e falou.
Você é definitivamente maluquinho...Hahahaha!. – Severo falou nos ouvidos dela.
Eu adoro viver perigosamente vem cá!. – Severo a puxou contra a parede e começou a investir em Amelie tirou uma parte da roupa dela e da sua começou a penetra-la e a beijava no pescoço, Amelie delirava com a maneira que Severo a possuía e deixou soltar um gemido alto quando atingiu o limite de seu prazer. – Mas Severo ainda não estava satisfeito continuava a estocando e Amelie sentiu que ia gozar de novo quando ela mais uma vez geme e Severo também. – Por fim Severo a deixa e encerra a madrugada de amor com um beijo repleto de ternura e falou.
Feliz Ano Novo!. – Amelie o abraçou e falou.
Eu te amo!.
