Capítulo três: "Poesias, respostas e promessas"
Sempre soube que Draco havia mudado para o nosso lado, pois meu irmão tinha me contado, mas nunca soube direito o que o havia motivado para tomar esta atitude, só sei que ele nem chegou a ser comensal, logo que terminou a escola entrou para a Ordem da Fênix e treinou para ser auror juntamente com Rony, Harry e Hermione.
Eles nunca se entenderam bem, mas acho que depois da escola eles começaram a ter uma espécie estranha de amizade, porque lembro que eles o convidaram para passar o natal conosco, n'A Toca, ele já não tem mais família, mas mesmo assim não aceitou o convite, alegando ter uma missão para cumprir.
Depois de ter escrito a carta e mandado pela Aurélia (nome da minha coruja), pensei que não teria sentido eu ficar esperando resposta, achei que demoraria um pouco. Quando eram onze horas, mais ou menos, eu fui dormir também. Acho que não preciso dizer a espécie de sonhos que tive. Afinal, todos incluíam um certo loiro MUITO lindo.
Quando acordei na manhã seguinte, por volta das sete horas, imagine qual foi a minha surpresa ao ver uma linda fênix negra e prateada em cima da escrivaninha que tinha no quarto. Notei que havia um pergaminho amarrado em sua perna, quando estava me aproximando da fênix para desamarrar o recado fui surpreendida por Malfoy me chamando:
- Hey, Virginia, pode me explicar por que estava indo desamarrar um recado que é para mim?
- Como sabe que é para você? - Perguntei confusa.
- Duh! A fênix é minha!
- Oh! Desculpe-me, eu não sabia. Mas estou curiosa, por que tem uma fênix ao invés de uma coruja?
Ele, ao invés de me responder recitou um verso que eu ainda não conhecia:
- "Quantas criaturas sobre a Terra
Tiveram sua primeira existência sob outra forma?
No entanto, existe uma que é como sempre foi,
Renascida sempre, como se não tivesse idade, no decorrer dos anos.
É o pássaro assíria ao qual chamam de fênix.
Ele não come as sementes comuns, nem folhas,
Mas bebe o suco das ervas mais raras, com sua ardência adocicada.
Quando completa quinhentos anos de existência,
Carrega seu ninho para o alto de uma palmeira ondulante
E, com delicadeza e capricho, suas garras preparam o leito
Com casacas de árvores e especiarias, mirra e canela,
E morre enquanto a fumaça do incenso carrega sua alma para o alto.
Então, do seu peito – assim conta a lenda -,
Uma pequena fênix se ergue
Para viver, assim dizem, outros quinhentos anos." (2)
Quando ele terminou, lembro de ter ficado muito emocionada, era um poema muito bonito e não imaginava de onde ele pudesse tê-lo aprendido. Por isso perguntei:
- É realmente um dos poemas mais lindos que já ouvi. De onde você o conhece?
- Ele veio escrito em um pergaminho quando recebi esta fênix.- Respondeu ele contente pelo meu deslumbre.
- E de quem recebeu? - Perguntei curiosa.
- Não sei, só sei que um dia estava no meu apartamento pronto para sair para uma missão da Ordem, quando ela entrou pela minha janela. - Dizendo isso a fênix voou até o dono e deu umas bicadas carinhosas em sua orelha.
Ele a acariciou e tirou o pergaminho de sua pata. Ele parecia bem contente com o conteúdo da mensagem, e admito que estava morrendo de curiosidade. Após terminar de ler, ele se virou para mim e disse:
- A propósito, bom dia Virginia! E, não, não vou deixar você saber o que está escrito aqui.
- É a vida... - disse suspirando - bom dia para você também, agora se me der licença tenho mais coisas a fazer, daqui a pouco vai vir alguém lhe dar o seu café da manhã.
O que ele disse depois que eu terminei, foi a coisa mais surpreendente que eu ouvi-o falar durante aqueles dois dias:
- Ah, Virginia, será que você não pode me trazer o café?
Eu olhei para ele desconfiada achando que havia algo por trás disso, mas tudo que consegui ver em seus olhos foi a mais pura sinceridade. Eu suspirei novamente e respondi:
- Está bem, mas primeiro eu preciso dar uma olhada em meus pacientes e dentro de meia hora eu volto.
Ele apenas confirmou com a cabeça e abaixou os olhos para o pergaminho que segurava. Eu saí do quarto e fiz o que havia dito que iria fazer. Depois da meia hora prometida, lá estava eu entrando no quarto de Draco segurando uma bandeja com o café da manhã dele.
- Voltei, aqui está o seu café. Sente-se e coma.
Ele obedeceu, sentou-se e começou a comer, eu me sentei na beirada da cama e fiquei observando, era engraçado vê-lo se sujando com a geléia de morango, tão engraçado era, que não pude evitar de rir, disfarçando com a mão sobre a boca. Ele me olhou raivoso e pediu que lhe passasse um lenço, e eu ainda rindo lhe passei.
Quando ele já havia se limpado, me perguntou:
- E então Virgínia, já que chegou a resposta do seu pai?
Foi só neste momento que eu tinha me lembrado da carta, e sem dizer mais nada eu saí correndo para o meu escritório para ver se a Aurélia havia voltado. Felizmente estava lá, me esperando. Eu a acariciei e desamarrei o pergaminho, com ele em mão voltei ao quarto de Draco, logo que entrei, ele perguntou:
- O que diz aí?
- Não sei... Ainda não li.
- O que está esperando? Leia em voz alta, por favor?
Eu suspirei e abri o pergaminho, não havia como recusar a um pedido feito assim, com cara de cachorro abandonado.
"Minha querida filha,
Como está passando aí no hospital? Faz tempo que não em nos visitar. Estamos com saudades da nossa pequenininha. - Nesta hora eu lembro de ter corado, pois não gostava que meus pais falassem assim de mim, como um bebê.
Mas respondendo a sua pergunta, eu também não me lembro qual foi a cura, mas me lembro do nome do curandeiro que me tratou, o Senhor Smethwyck, se ele continua trabalhando no hospital, quem sabe você pode perguntar a ele.
Com carinho
Papai ".
Quando terminei de ler, Draco rolou os olhos demonstrando o quanto havia achado inútil a carta. Mas não foi essa a minha opinião, o Curandeiro Smethwyck continuava sim a trabalhar no hospital! Eu, é claro, achei que isso iria ajudar. Oh, como estava enganada.
Fui procurar o tal Curandeiro, se imagine tendo uma conversa assim, e veja se não é para ficar louco:
- Senhor Smethwyck? Senhor Smethwyck? SENHOR SETHWYCK!
- Sim, sim minha jovem... Estou te ouvindo! Não precisa falar tão alto! Não sou surdo sabe?
Olhei para ele com a minha famosa cara de incredulidade, eu tive que gritar três vezes o seu nome e não, claro que não era surdo. O senhor Smethwyck deveria ter por volta de oitenta anos, ou algo parecido.
- Desculpe Curandeiro. Mas na verdade estou aqui para te perguntar uma coisa.
- Claro, perguntar? Sim, eu adoro perguntas!
- Bom, eu imagino - murmurei encabulada pela insanidade mental do velho - Mas, a minha pergunta é se o senhor lembra o que fez para curar o meu pai, Arthur Weasley.
- Curar... Arthur Weasley, sim, acho que me lembro. Era aquele garotinho que tomou o suco de fadas mordentes certo?
- Não senhor Smethwyck, era um adulto que sofria de hemorragia por causa de uma mordida de cobra...
- Hum... Desculpe senhorita. Perguntou algo? - Ele me respondeu voltando de sua viagem à lua.
- Não senhor, não perguntei absolutamente nada. - Respondi cabisbaixa, sabia que não conseguiria extrair nada daquela mente inútil.
Depois da tal conversa, voltei quase que me arrastando para o quarto de Draco. Mas na hora que ia entrar, eu me alegrei repentinamente. Agora veja se o meu pensamento não está correto:
Se eu não havia conseguido a cura ainda, isso significava que eu teria mais tempo para ver aquele Deus grego! E assim, eu fiquei feliz.
Mas algo me trouxe de volta a realidade. Logo que entrei com a minha cara de felicidade Draco foi logo me perguntando:
- Achou a cura? - Com uma cara tão ansiosa que me deu tanta pena em pensar que eu estava feliz por ele não ter que ir embora ainda, pois visivelmente, o motivo dele estar aqui no hospital, com certeza não era eu. Eu não era uma Deusa grega...
- Ahn... Não, aquele velho era mais gagá que o Fudge... Não conseguia se lembrar nem prestar atenção em nada... Desculpe-me... Mas eu prometo que vou encontrar a cura! Confie em mim!
(2) Esse poema foi retirado do livro "O mundo mágico de Harry Potter" de David Colbert.
N/A: Oi gente! Aí está o capítulo três! Espero que tenham se divertido. Ah! E novamente queria agradecer a minha beta querida, que está sendo o máximo!
Agora, os agradecimentos:
Lou Malfoy: Oba! Que bom que está gostando, espero que goste de capítulo. Muito obrigada pelos comentários, espero que continue sempre comentando, pois é isso que me motiva. Vlw! E um feliz 2006 pra vc.
Amy Lupin: Hehehehe, brigadão! E realmente, a Ginny não consegue se controlar, mas também com um deus daquele de tirar o folego eu tb não conseguiria, hauhauahua. E sabe a história do nome, ela vai ser melhor explicada depois, tem sim uma certa razão para isso, mas também, acho que o Draco queria mesmo que ela chamasse ele pelo nome. Huauhahauhauha. Esse capítulo estava um pouco maior né, espero que vc goste! Beijos, e tudo de bom para você!
Helo: Hehehe, muito obrigada, acho que tentar manter de três em três dias. Beijos, e feliz 2006 para você!
marina: Ah! Vlw mesmo, isso me motiva a escrever cada vez mais. Muito obrigada mesmo! Beijos e feliz 2006 pra vc !
Re...: Rezinha do meu coração! Que bom que gostou! Espero que continue lendo! Beijos! E to louca pra vc vir aqui amanhã!
Beijos para todos e lhes desejo um ótimo 2006, repleto de felicidades!
