Obs: As partes desse capítulo que estão em itálico são lembranças de Palas e Aurion

Lágrimas Derramadas

Capítulo 5

A Deusa e o Cavaleiro

Palas estava novamente entregue aos braços de Aurion, os dois se beijavam saudosos e a mente de ambos vagava por lembranças felizes. E ela havia decidido que nunca mais se deixaria afastar dele, o amava muito. Tinha a plena certeza de que o que fazia era errado, ia contra todas as leis, contra todas as regras...

Afastaram-se e o olhar de Aurion voltou a ser tomado pela tristeza.

Palas, você não devia estar aqui... Já tínhamos esclarecido tudo... – ele se afastou ainda mais dela.

Não, nós decidimos pelas regras e não por nós mesmos. E se estou aqui é porque eu quero e posso. – ela o abraçou novamente. – Do que me valeria então ser quem sou? Se tivesse de viver presa a regras tolas que em algum momento de loucura criamos? – ele retribuiu o abraço.

Palas, você é uma deusa... Lembre-se você é Palas Athena. – ele disse a voz triste. - Foi proibido desde tempos mitológicos o amor entre humanos e deuses. – abraçou-se a ela com mais força. – Foi o que você me disse naquele dia, e mesmo que esteja doendo até hoje, essa é a dura verdade; a verdade que temos de carregar.

Não, não quero carregar essa verdade mais. – ela escondeu o rosto na curva do pescoço do cavaleiro. – Nunca mais Aurion, eu não vou deixar de amar só porque regras bestas dizem que eu não tenho esse direito... – ela olha de maneira profunda nos olhos do cavaleiro. – Escutou o que disse cavaleiro? Não vou me impedir de te amar, de estar ao seu lado... Aurion nem a você eu permito isso mais, ouviu? – ela disse séria.

Ele olhou para ela, os olhos ardendo de desejo... A amava demais e passara muito tempo a esconder o que sentia, escondendo aquele amor forte e puro. Puxou-a para si e a beijou... E os dois por fim, esqueceram-se dos problemas, do mundo confuso que os rodeava e entregaram-se novamente.

As lembranças correram...

Palas acabara de sair de uma reunião com Atlas e Shion, não eram as mesmas reuniões de sempre, porque depois das batalhas contra Poseidon tudo ficara mais confuso.

Estava irritada por Atlas insistir em manter Shion sempre a par das coisas, e ela não gostava disso achava Shion jovem demais, está certo ela também era jovem, mas a um Grande Mestre as responsabilidades pesavam de maneira cruel. Só que o Mestre insistia de que quanto mais cedo, melhor.

E ela acabava cedendo, não por fraqueza, Atlas era muito sábio e na certa sabia o que estava fazendo... Mas, ver seus guerreiros ainda tão jovens sendo sacrificados daquela maneira deixavam-na com sentimento de culpa. Ela não era uma deusa? Se era, por que não a deixavam cuidar de tudo sozinha?

Sentou-se exausta em uma das cadeiras do refeitório, deitando o rosto em cima dos braços cruzados em seguida... Ainda lembrava-se de Dohko trazendo Shion para reunião, o ariano apoiando-se no amigo, ambos ainda com marcas da luta, cortes nos braços, rosto, Shion com uma tala em um dos braços e grande dificuldade para respirar. E era tudo culpa sua...

- Athena, está tudo bem? – uma voz familiar se fez ouvir.

- Está sim... – ela levantou os olhos para olhar a pessoa que lhe falava. – ...Aurion. – ela sorriu.

O sorriso dela o deixou tonto, há muito tempo gostava dela, não era sentimento de proteção, de cuidado... Tinha isso, é claro, mas tinha algo ainda mais forte.

- É que você me parece tão triste, minha deusa... – ele disse sentando-se ao seu lado.

- Não me chame assim. – ela disse em tom de chateação. – Somos iguais, lutamos juntos para proteger a humanidade. – ela passou os dedos de forma delicada sobre o corte no rosto do cavaleiro. – Me chame de Palas. – ela tornou a sorrir, triste.

- Você não tem culpa de nada Palas, lutamos por que queremos lutar. – ele disse do nada, Palas se assustou, como ele sabia o que ela estava sentindo?

- Não Aurion, a culpa é minha, eu deveria lutar sozinha... – ela respondeu, tornando a esconder o rosto.

- Sozinha? Eu sei que é forte e seu cosmos tem um poder incrível... – ele jogou a cabeça para trás e continuou. – Só que a responsabilidade não é só sua, é de todos nós... É nosso mundo.

Ela ficou espantada com a determinação com a qual ele falava.

- E esses ferimentos, são troféus, a marca, a prova de que passamos por tudo e obtivemos o sucesso. – ele olhou para ela. – E já estamos melhores, não aconteceu nada grave e o melhor de tudo, vencemos a batalha e você conseguiu lacrar Poseidon.

- E quando as coisas não saírem como desejamos? – ela perguntou séria.

- Somos guerreiros... E a esperança tem de andar ao nosso lado, não podemos ser pessimistas nunca. – ele ficou sério. – Esqueça esses problemas minha deusa.

- Não é fácil.

- É sim, se você tentar. – ele se levantou. – O pessoal está chegando! – disse ao avistar Aurus e Allas entrando no refeitório. – Precisamos conversar mais... – ele disse. - Não fica muito só estando sempre no templo? – ele perguntou sorrindo.

- Muito.

- Amanhã me espere aqui então, vou te levar para dar um passeio. – ele sorriu e acenou para os amigos. – Com sua licença. – disse isso e se retirou sorridente para os amigos, Aurus olhou sério para Palas e fez um aceno com a cabeça, ao qual ela respondeu e se retirou para o templo.

No dia seguinte, Aurion a esperou no mesmo lugar, andaram pelo templo, sem descer as doze casas... Conversaram muito... E o amor entre ambos começou a crescer... Palas ansiava pelos dias em que ele se dirigia ao refeitório para conversar com ela e o mesmo se passava com ele.

A paixão tomava conta de ambos e eles já não mais escondiam o que sentiam, revelaram um para o outro... Os encontros passaram a ser então cada vez mais secretos; Aurion e Palas disfarçavam ao máximo, para que ninguém desconfiasse de nada.

E aquele dia em especial, nascera dando mostras de que traria muitas surpresas para ambos...

- Palas... – ele chegou de repente, a assustando.

- Aurion, que susto! – ela disse a voz entre a alegria e a surpresa.

- Desculpe. – ele sorriu e lhe beijou de leve. – Vamos sair do Santuário hoje?

- Sair daqui? Como assim? – ela perguntou.

- Saindo. – ele lhe mostrou as roupas de criada que trouxera para ela. – Claro se você não achar ruim se passar por uma das criadas. – seu sorriso irradiava felicidade.

- E desde quando você acha que me preocupo com essas coisas Aurion? – ela lhe deu um soco de brincadeira. – Eu não sou fresca.

- Eu sei, então, concorda com meu plano?

- Concordo. – ela enlaçou os braços em volta do pescoço do rapaz. – Me espera trocar de roupa?

- Não demore.

- Está bem.

Poucos minutos depois, Palas já voltava do interior do templo, a deusa havia sumido e em sua frente Aurion via a mais graciosa criada. As vestimentas gregas grossas que lhe caiam até os pés, os cabelos ondulados presos em um rabo alto e escondidos por um capuz que acompanhava a roupa. Só os olhos azuis e o sorriso único mostravam quem na verdade era ela.

- Vamos? – ela perguntou.

- Claro.

Ambos saíram do salão do Grande Mestre, arrastando junto consigo os mais diversos pares de olhos curiosos... O que não estariam a pensar? Na certa que o cavaleiro de Sagitário ia buscar diversão com servas... Podiam apostar que era isso, as pessoas possuíam muita malícia em suas mentes.

Ao descerem as doze casas, sempre que atravessavam as mesmas, ou os olhavam de forma estranha ou faziam brincadeiras. Allas apenas sorrira, Aurus já lhes lançara um olhar de quem sabia de tudo, na casa de Sagitário Aurion lhe mostrou todas as instalações, rapidamente para continuarem seu caminho. Em capricórnio estavam três cavaleiros reunidos: Osirus, Darius e Lidius.

- Aurion... Quem te viu e quem te vê não? – Osirus começou.

- E nem conta pra gente que está de namorada. – Darius disse, fingindo chateação na voz.

- Na certa ele sabe que se nos apresentar a bela dama, ela irá preferir a nós e não a ele. – disse Lidius rindo e se aproximando de Palas. – Se ele te fizer algum mal, Lidius de Escorpião está a suas ordens. – pegou-lhe a mão e a beijou. - Poderia nos dizer qual é o nome da senhorita que o acompanha? – perguntou para Aurion.

- Parem com isso, vão assustá-la. – ele disse nervoso.

Palas sorriu e disfarçando a voz respondeu a pergunta de Lidius.

- Sou Helena.

Aurion a olhou, assustado, para falar em seguida.

- Não precisa ficar dando o seu nome para esses chatos.

- Prazer Helena. – Darius a cumprimentou. – E não repare nos modos do Lidius.

- Ahhh Leão, você fala como se fosse um santo...

- Vão começar a brigar de novo... – Osirus colocou as mãos sobre a testa de forma dramática.

- E eu sou. – Darius disse avançando pra cima do Escorpião. – Ou pelo menos não fico galanteando a namorada dos amigos.

- O QUÊ? – Lidius se alterou também partindo para cima de Darius.

Osirus segurou Aurion e Palas pelo braço e os levou até a saída da casa de Capricórnio, rindo com gosto.

- É a chance para vocês fugirem. – ele disse. – Aproveitem, por que se o mestre Atlas pega os dois. Ihhhh ai vocês estão fritos. – terminou de dizer e foi para dentro aos gritos. – PAREM DE BRIGAR FEITO IDIOTAS! ESTAMOS EM UM SANTUÁRIO! – os três riram juntos e Palas ainda pode ouvir Lidius dizer engasgado com o riso.

- Deixa o Shion ouvir você imitando ele. Hahahahahahha Ele te mandaria para um dos pólos pra morrer congelado.

Aurion olhou para Palas e disse sereno.

- Esse ai é o trio da bagunça...

- Eu notei! Estão tão felizes. – Palas disse com um sorriso carinhoso nos lábios.

- Agora se o Shion ficar sabendo... O Osirus está frito mesmo. – Aurion disse rindo.

- Shion é assim tão bravo?- ela perguntou séria.

- Não. – ele ficou sério. – Mas quando ele resolve ser, sai de baixo. – ele deu um riso sem graça. – As brigas só chegam até ele quando o Dohko não resolve.

- Dohko parece ser sempre procurado para essas coisas... – Palas disse pensativa.

- E ele é mesmo, o Dohko apesar de desastrado... – Aurion sorriu de um jeito gostoso. - ... É muito justo.

Continuaram descendo até a casa de libra, Dohko estava lá e Yoros também dando um de seus sermões no libriano.

- Mas Yoros me escuta, não fui eu que joguei essa meia na varanda da sua casa... – ele dizia, inconformado.

- Não? E esses símbolos de balança nelas? – ela dizia furiosa apontando as meias em direção a Dohko.

Palas olhou a cena assustada.

- Oi Dohko, oi Yoros! – Aurion disse.

- Aurion... Quanto tempo meu amigo. – Dohko foi para o lado dele. – Ohh, está acompanhado! – ele estendeu as mãos para Palas. – Prazer senhorita, eu sou Dohko e aquela chata ali... – apontou para Yoros. – É a Yoros.

- Quem é a chata Dohko? – ela disse cumprimentando Palas também. – Não ligue para o que esse libriano fala, ele é um estúpido.

- Nossa Aurion, nem precisava ter vindo falar... – Dohko disse sério. – Eu sei que o Shion quer falar comigo, vou descer com você então, nossa ele deve estar chateado com o meu atraso, tanto que até te mandou vir me buscar.

- Como? – Aurion disse sem entender nada.

Yoros olhou furiosa para Dohko e desceu para sua casa, sem se despedir de ninguém... Mas não sem antes dizer...

- Eu volto mais tarde! – e saiu, Dohko pareceu aliviado.

- E eu também já vou descendo... – disse Aurion, Palas estava tão surpresa com a briga dos dois que não fez um comentário sequer até saírem da casa.

- Puxa, não imaginava que o Dohko e a Yoros brigavam dessa forma. – ela disse tentando não rir.

- Isso não foi nada, eu já vi discussões piores... – ele riu. – Yoros já tentou jogar um ferro de brasa na cabeça dele, sabe desses que as criadas usam? – Palas o olhou assustada.

- E conseguiu?

- Não, por sorte a telecinese do Shion salvou o Dohko e quem estava perto dele... – ele deu uma gargalhada. – Pois não voou só o ferro, as brasas foram para todos os lados.

Continuaram sua descida, Yoros chegara em casa primeiro que eles e estava distraída colocando as coisas em ordem. E a casa de leão estava vazia.

Na de casa de Câncer, Lunion tocava piano junto com seu irmão Arios... Eles tinham um grande interesse pela música, e por isso, Atlas intercalava os treinamentos de ambos com a aprendizagem de técnicas musicais. Passaram sem interromper os dois irmãos russos, que tocavam a melodia com toda a maestria que podiam, enchendo a casa de Câncer de notas musicais.

Na casa de Touro, Ardol analisava um mapa... Prestava tanta atenção que nem dirigiu a atenção para eles. E em Áries, Shion descansava na grande sala. O semblante sério, apenas os cumprimentou.

Andaram mais um pouco em silêncio, saindo do Santuário logo depois... Aurion levou Palas para ver a bela praia da Ilha, onde o mar do mediterrâneo se mostrava majestoso. Ela tirou a pesada capa que usava e se dirigiu até a água.

- É lindo, Aurion! – ela disse feliz.

- Sabia que ia gostar. – disse abraçando-a com carinho.

- Aqui é tudo deserto?

- É, ninguém vem até aqui... Antes eu chamava esse lugar de meu paraíso, só que agora ele é o nosso paraíso. – ele sorriu para ela.

- Nosso? Quer dizer que só você conhece o lugar? – ela perguntou.

- Bem agora não só eu, você também o conhece.

Beijaram-se, o sol se estendia como um rei sobre o mar... Correram para as águas, brincando, jogando água um no outro, mergulhando... Aproveitando cada momento naquela natureza maravilhosa. O dia já caia quando decidiram sair da água, iam rindo felizes.

Palas fitou séria o cavaleiro por longos minutos, acariciando-lhe o rosto de maneira suave.

- Eu te amo! – ela disse por fim.

- Eu também, te amo, te amo muito! – disse pegando-a nos braços e rodando com ela.

Os dois pararam arfantes e se beijaram cheios de desejo. Aurion a deitou delicadamente sobre a areia e tirou-lhe a túnica que usava. Enquanto ela também o livrava das roupas de treinamento.

Amaram-se ali mesmo, nas areias da praia, com as águas calmas do mar a molharem seus corpos com a maré que subia. Existiam só eles naquele momento, em todo o vasto universo... Eram os dois e a natureza que os coroava com o belo crepúsculo.

Quando voltaram ao santuário já era noite... E para espanto de Palas, Atlas os esperava... Podia notar que estava tenso...

- Aurion, volte para sua casa. – disse severo. – Tenho de ter uma longa conversa com Palas agora e depois eu a terei também com você.

Naquela noite, Atlas perdera toda a sua paciência pela primeira vez... Jogou todas as leis e regras em cima de Palas, dizendo que sim, sabia o que era amar... Mas isso não era permitido entre deuses e humanos, nem ao menos entre mestres e discípulos. Contara toda a sua história para a deusa, mostrando a recompensa que seus erros lhe deixaram.

Athena chorava como uma criança, ela também sabia das leis... Ela sabia de tudo, mas não conteve o que sentia... E teria de fazer isso agora, justo quando ambos já não mais poderiam viver sem a presença do outro.

- Você entendeu Athena? – Atlas dizia. – Não podem. – ele tirou a máscara. – Minha criança eu sei que deveria ter percebido antes, mas não imaginava em qual ponto essa amizade de vocês iria chegar.

- Eu não quero ficar sem ele Atlas. – ela dizia em prantos.

- É para o bem de ambos. – ele disse sério. – E quero que você não tarde a lhe contar sobre essa conversa e sobre as decisões certas.

Atlas saiu da enorme quarto do templo, deixando uma garota desolada para trás... Não, não era uma deusa que estava ali... Era uma garota humana que era privada da coisa mais importante na vida de qualquer pessoa, o direito de amar.

Na semana seguinte ela procurou por Aurion e lhe disse todas as palavras do mestre e a sua decisão. Fez tudo isso de maneira séria, não deixando que ele a tocasse novamente. Deixou claro que o fato de ser uma deusa a impedia de poder amar um humano e que eles tinham ido longe demais.

Um ano depois, ela estava ali... Na cama de Aurion, descansando em seu peito, enquanto ele acariciava os seus cabelos. Para ela, aquela é que tinha sido a decisão perfeita... Estar junto dele, para sempre...

O que vamos fazer agora? – Aurion disse, a aninhando ainda mais.

Nada. – ela disse serena. - Apenas deixar que todos saibam que pertencemos um ao outro.

Ele sorriu e a beijou.

Tem certeza de que é isso que quer? – perguntou.

Tenho. Não vou mais te afastar de mim... Já basta todo esse tempo que ficamos longe um do outro.

Essa ordem é bem melhor do que a outra. – ele disse sorrindo. – Apenas não deixar de te amar...

Os dois sorriram e ela se escondeu embaixo dos lençóis... Ele também se cobriu como ela...

Só que agora eu tenho que voltar ao templo. – ela disse tímida.

Fique aqui! – ele disse beijando-a de leve.

Não posso. – ela retribuiu o beijo. – Tenho que fazer algo hoje, junto com Atlas. E não se preocupe esse é o primeiro de muitos momentos juntos.

Espero que assim seja.

Palas subia as escadarias feliz... Os pensamentos em seu cavaleiro o amava tanto, tanto... Se um dia, eles conquistassem finalmente a paz definitiva, gostaria de ir com ele para qualquer lugar do mundo. E assim eles construiriam uma vida e um futuro... Tudo o que eles mais sonhavam.

Passava pela casa de Aquário, quando notou Aurus vindo em sua direção.

Athena! – ele cumprimentou.

Aurus.

Tomou uma sábia decisão. – ele disse sem olhá-la. – Apesar de que eu continuo apoiando as regras, elas evitam sofrimentos.

O que quer dizer com isso?

Nada. – ele tornou a olhar para ela. – E não era sobre isso que gostaria de falar com você.

Eu já sei o que quer me falar... – ela disse em um sussurro.

Por que ainda não comentou sobre isso com ninguém?

Ainda não é o momento Aurus e eu sei que você também não dirá nada por enquanto.

Manterei segredo. – ele apoiou uma das mãos nos ombros da deusa. – Mas, Palas a energia negativa que ronda o mundo está cada vez mais intensa, mais forte.

Eu sei... – ela abaixou a cabeça. – Só que isso não é nada, ainda não... E quando for o momento certo, eu alertarei vocês...

Espero que sim... – levantou o rosto dela, fazendo com que o encarasse. – E não queira lutar sozinha.

Está bem...

Saiu da casa de Aquário atordoada, Aurus tinha razão, ela tinha de começar a tomar as providências... Algumas ela já estava tomando, outras não...

Chegou ao templo, Atlas já a esperava... Na certa sabia o que ela tinha ido fazer, mas não disse nada.

E então minha deusa, iremos fazer isso hoje? – perguntou.

Sim. – ela sorriu de leve. – Vamos começar, os esboços já estão prontos, só falta os detalhes... – o sorriso aumentou. – Depois eu deixo tudo com você e Shion.

Teremos todo o prazer. – Atlas retribuiu o sorriso.

Então vamos? – ela perguntou.

Vamos.

E foram juntos para a imensa biblioteca do templo e ali passariam toda à noite... Tinham algo a terminar, e tinham de fazer isso o mais rápido possível.

Continua...

N.A: Voltei mais cedo dessa vez... Dei um surto de inspiração e fiz esse capítulo de uma tacada só... Ele já estava pronto na minha mente a um tempão... E dessa vez eu mostrei tudo e mais um pouco do que há entre Palas e Aurion não? E algumas coisas sobre a batalha que se aproxima...

Agradeço a todos que tem me mandado rewie, obrigado mesmo, são elas que me animam a continuar escrevendo.

Comentando as rewie:

Lola Spixii – Obrigada novamente pelas sugestões... E pode ser intrometida sim, eu estou escrevendo para vocês, então podem me dar as dicas do que querem ver acontecendo na fic ok? Nesse capítulo, apesar de estar mais centrado em Palas e Aurion eu tentei mostrar mais os outros dourados, espero que tenha gostado.

Quanto ao Ardol, ele veio para irritar msm... E o Shaka bem, também já tive Ódio dele, mas aprendi a amar... (mesmo ele sendo de virgem huahauhauhauahuahau, brigamos mas, nos entendemos. E Aioria, tira esse beiço, você sabe que é único pra mim.) Ihhhhh agora o meu leão tá com ciúme... ��

Quanto ao fanart, vou ver se hoje mesmo já te mando ele por mail ok?

Mo de Áries – Que bom que esse "tempo de paz" não é problema... É pq a batalha em si vai demorar um pouco para começar. E eu tava super apreensiva por isso, pq antes de tudo quero mostrar como era o Santuário nessa época. Pincelar bem os personagens. E me animou bastante saber que isso não é problema.

Lunion de Câncer – Arios de Gêmeos e Lunion de Câncer são russos. Achei que combina bem com os dois essa nacionalidade. Espero que tenha gostado.

Juliane-chan – Esse capítulo foi todo dedicado a Palas e Aurion, espero que vc tenha gostado... E o casal Shion e Lunion me surpreendeu também, eles tem uma harmonia nos meus dedos (quando escrevo) que me surpreende... Dohko e Yoros tão precisando de um bom empurrão pra perceber que se gostam... Mas uma hora eles se tocam.

Abraços a todos

Lithos de Lion