Nome do autor: Spencer
Nick do autor: Pencer / Morfino Gaunt
Título da Shortfic: A crônica da maçã do amor.
Classificação: Comédia / Romance
Sinopse: A graça está logo dentro, mas a beleza está por fora.
Avisos: Se o titulo está idiota é a intenção. Qualquer coisa que não entender, o problema é seu.


1 - O telefonema.
-HAAAAAAAAAAAAARRYYYYYY.-A voz soou pela casa inteira. As paredes pareceram tremer. Era Tio Valter.
-O que foi dessa vez?-Perguntou o garoto de cicatriz na testa, óculos e bagunçados cabelos morenos.

O garoto colocou os sapatos e abriu a porta devagar. Em passos leves, desceu a escada, abriu a porta da cozinha, e lá estava o gordo e revoltado Tio Valter.

Harry Potter, que desde seu um ano mora com os tios, pois perdera os pais em uma longa história, estaria sempre a fazer algum trabalho obrigatório à sua "família".

O primo rechonchudo Duda, sempre estava a comer alguma coisa e a mandar Harry trabalhar em algo, o que ele não podia desobedecer. A tia magricela metia medo em Harry. Tia Petúnia. Puro osso e inveja. E o gordo Tio Valter, sempre a reclamar de algo. Ou a pedir.

-Eu não fiz nada dessa vez.- Disse Harry levantando os braços na defensiva.
-Telefone para você! - Disse o Tio, meio que parecendo um pimentão.
-Telefone para ele? – Perguntou o primo, levantando em um estrondo.-Quem é?
-Hermione Jane Granger! – E ergueu a sobrancelha.

Harry abriu um sorriso. Duda olhou arrepiado. Harry correu até o telefone.

"Alô?" – Perguntou.
"Harry?" – Perguntou uma voz feminina e doce do outro lado.
"Mione?" – Perguntou Harry surpreso.
"Eu mesma!" – Respondeu ela animada.
"Me... Me ligou pra que?" – Falou em voz de surpresa.
"Bom... Você está fazendo algo importante, estou atrapalhando ou coisa do tipo?" – Perguntou ela, educadamente.
"Não. Claro que não!".
"Harry, te liguei porque simplesmente não dava para te mandar uma carta, e como me passou seu telefon...".
"Shhhhhhhh. Se ele souber arranca minha cabeça!" – Ultrapassou Harry.
"Desculpa. Mais então... Você gostaria de ir a um parque?" – Sorriu.

O garoto ficou sem respostas. Parque? Nunca fora em um parque, embora sempre ouvira falar da boca de Duda quando voltava do mesmo com os pais. Então, ele olhou pela janela. O sol, o calor, as férias, seu aniversário próximo...

"Aceito!" – Alegrou-se
"Que ótimo Harry. Bom, Ron e Gina também vão, okay?" – Acrescentou Hermione.
"Okay. Será divertido. Mas tem um problema... Meus tios não irão deixar. E agora?"
"Hum...".

Harry conhecia aquele "Hum" como ninguém. Hermione Jane Granger teria uma fascinante e maravilhosa idéia.

"Janela?".

Acertou em cheio. Só que mais um problema...

"Grade na janela!".
"Harry... Seus tios acham que você é um animal?".
"Acho que sim".
"Haha... Só você...".

"E agora?" – Interrogou ele.
"Te pego amanhã, as 11:00 da manhã. Esteja pronto, porque você irá perder sua janela!".
"Que?" – Perguntou, tentando saber se entendeu bem.
"Pi pi pi pi pi"

-Alô? – Perguntou, perdido. – Desligou.
-O que ouve? – Perguntou o tio na sua frente, segurando o jornal e fazendo pose.
-Bom... É, ééé... Bom, é que...Ela...Ela precisa...Isso, precisa de um negócio do ano passado para fazer um teste no ministério. É! Bom... Até! – Respondeu nervoso. Correu e se trancou no quarto antes de qualquer reação do Tio.

No dia seguinte, Harry acordou descansado. Mal esperava para ir ao grande parque. Esticou-se no ato de espreguiçar. Bocejou até não poder mais, e olhou o relógio.
-DEEEEEEEEEEEEEZ E QUARENTA E CINCO? – Caiu da cama. – Wow. Minha cabeça.
O garoto foi se olhar no espelho. Nada demais, nem galo cantou por ali.
-Iiir! Que cheiro. Vou tomar um banho rápido.
Harry pegou uma toalha e correu até o banheiro, tentando não fazer barulho. Abriu a porta, entrou e a trancou. Devagar, abriu o chuveiro.
A água caiu sobre seus cabelos, alisando-os, seguindo sobre seu rosto, e peitoral. Sua barriga, e assim foi até cair no chão. Ele passava a mão nos cabelos para molhá-los e bagunçá-los.
-Harry, deixa eu me juntar a você? – Perguntou D...Opa. Isso é de outra fic. Desculpa. Voltando...
O banho foi relaxante, mais rápido. Fechou o chuveiro, enrolou a toalha na cintura e correu até o quarto.
-Bosta. Cinco pras on...

BOFIPUFABENIUFABETINIBOF!

A janela voou pelos ares. Então Harry ouviu barulhinhos vindo da janela. Pareciam barulhos de força e gemido, mas claro que sem malícias.

-Quem é? – Perguntou Harry se aproximando da janela.
-Oi Har... – Hermione acenou, mais parou de falar no mesmo instante que vira o amigo.
-Hermione?
Ela estava paralisada.
-Er...Oi. Ehehe...Toalhinha bonita! – Disse virando os olhos.
-É...Hehe. – Envergonhou-se. – Desculpa.
-Não. Tudo bem...Até que tá legal!
-Legal?
-Você precisa se trocar. Te espero lá em baixo.

Hermione sumiu. Harry se trocou rápido. Calça jeans, blusa preta, óculos e cabelos bagunçados.

Então apareceu na janela, e fez movimento de dúvida para Hermione, que estava sentada na grama. Então, ela apontou para a parede.

Harry subiu em cima da escrivaninha, e foi até o parapeito da janela. Sentiu a brisa. Hermione chamou baixinho, e Harry foi descendo devagar. Segurava nas plantas grudadas sobre a parede. Era pé ante pé, mão ante mão. Hermione fazia caras assustadas, com medo de que Harry caísse ou algo do tipo.

-Ui, calma... – Dizia o garoto para si mesmo.

Harry foi segurar na planta e sua mão simplesmente escorregou. Seu peso fez com que a outra mão se soltasse, então foi caindo devagar arranhando as plantas da parede, para tentar se segurar, até que chegou à janela do andar de baixo. Em um salto, Harry tentou pular no buraco da janela, só que simplesmente jogou a cabeça contra ela e o vidro estourou sobre a sala, fazendo o tio, concentrado no jornal, a tia no almoço e Duda da televisão, olharem para o grande buraco na janela. Harry se jogou para trás, e simplesmente bateu o coquis.

-AAAAAAAAAAAAAAAAI MEU COOOOOOOOQUIS! – Gritou tentando levantar.

-Moleque, onde pensa que vai? – Gritou o Tio enfiando a cabeça para fora da janela.

-Vem, Harry! – Disse Hermione, pegando o garoto pela mão e fazendo-o se levantar.
-Volta aqui, seu safado. – Gritou o tio, correndo até a porta.

Hermione jogou Harry dentro do carro. O tal Valter abriu a porta da casa e correu até o carro, Hermione fechou a porta e mandou o homem seguir. Abriu a janela e mostrou a língua, enquanto tio Valter fazia uma cara estranha de "Quem ela acha que é?".

-Quase! – Disse Hermione se abafando.
-Obrigado!
-Por que? – Perguntou, revirando os olhos para o garoto.
-Não tava a fim de levar bronca do meu tio. – Respondeu limpando os olhos com o dedo indicador.
-De nada.
-Pra onde estamos indo? – Perguntou.
-Estação.
-Anh?
-É. Temos que pegar Ron e Gina.
-Ah, sim. É apenas a gente?
-Não. Neville, Dino, Simas, Colin e Denis, as Patil, a Lilá...E acho que é isso. Ah, e a bendita Lovegood.
-Okay. Mais você falou das roupas decentes e tal? – Perguntou com medo que seus amigos não trouxas venham em trajes bruxos.
-A Gina mandou carta para aqueles que não tinham telefone, está tudo avisado.
-Que bom.
-Srta. Granger. Chegamos! – Respondeu o chofer.
-Obrigado, Jony. – Agradeceu abrindo a porta. – Nos espere aqui, tá?
-Sim Srta.

Harry e Hermione saíram do carro. Hermione acenou para o homem e eles seguiram até a estação. Entraram pela grande porta e foram andando, com os olhos em ação, caso os vissem.

-Chauffeur? Que chique, hein, Srta. Granger! – Brincou Harry.
-Pára, não diga isso. Não sou tão rica.
-Estou brincando. Calma. – Disse ele dando tapinhas nos ombros da garota.
-Meu deus. Onde será que estão? – Perguntou Hermione, levantando-se na ponta do pé para tentar achá-los.

Hermione revirava o pescoço, quando um homem, que corria apressado, a empurrou sem querer. Harry segurou Hermione, que por pouco não caíra.

-Obrigada. VÊ SE OLHA POR ONDE ANDA, SEU CARECA! – Gritou Hermione, revoltada limpando as vestes.
-Hermione?
-Sim?
-É você?
-Que foi, Harry?
-Você ta meio rebelde hoje!
-Jura? – Envergonhou-se
-Sim.
-Desculpa. Deve ser a ansiedade.
-Ah, sim. – Disse Harry, fazendo cara amassada.
-ELES ESTÃO ALIIIIIIIII – Gritou uma voz esganiçada. Harry voltou sua atenção para uma mulher ruiva e gordinha que vinha correndo lá no fundo. Era Sra. Weasley. Mione contorceu o pescoço, e viu ela correndo em sua direção.

-Oi... – Tentou dizer Harry e Hermione.

O 'oi' fora em vão, pois foram sufocados pelo abraço forte e apertado da mulher.

-Saudades, meus queridos. – Disse a Sra. Weasley, chegando a sufocar os dois.
-Mãe...Pode soltá-los, por favor? – Perguntou Ron.
-Não fique com ciúmes Roniquito – Falou a mãe juntando Ron no abraço.
-Mieee... O sariu (mãe... É sério)! – Tentou pedir Ron.
-O que foi querido? – Disse a Mãe, largando todos e segurando o ruivo pelas bochechas.
-Assim está ótimo. – Respondeu tirando as mãos da mãe das suas bochechas.

Ron não estava tão mal vestido. Estava com uma calça jeans meio velha e meio rasgada, que lhe dava um look. A blusa azul escuro que não estava tão mal cuidada dava um toque mais legal.

-Ron, você se recuperou com essa roupinha – Disse Gina vindo atrás do irmão.
-GINA? – Perguntou Hermione olhando para a garota.
-Não. A Creuza! – Ironizou a ruiva, indo abraçar a amiga.

Gina usava uma saia rosada, e uma blusa branca. Ela estava grande e bonita. Os cabelos longos e lisos. Harry fez cara de surpresa para Ron, que não gostava nada da roupa da irmã.

-Melhor que você e sua roupa fútil. – Disse cruzando os braços.
-Ai, Ronald. Inveja mata.
-Queridos, parem de brigar. – Insistiu Sra. Weasley.
-Bem gente, acho melhor irmos senão nos atrasamos e deixamos o pessoal irritado.- Cortou Mione.
-É verdade querida. Beijote na mamãe vai. Gina fez cara de tédio e seguiu até a mãe para dar um beijo em sua bochecha. Ron fez o mesmo. E assim foi. "SMACK!".

-Até, Sra. Weasley – Despediu Harry que só viu as cenas entre todos.
-Até, querido.
-Até outro disse Sra. Weasley! – Acenou Hermione.

-Harry, você não disse oi para a Gina! – Falou Mione em seu ouvido.
-Eu sei. Vou dizer, calma. Porque a pressa? – Perguntou baixinho.
-Sei lá. Desculpa. – Disse ela.
-Que nada!

Harry acenou para Mione e andou alguns passos para trás, e ficou ao lado da ruiva.

-Olá. – Disse ele.
-Oi. – Disse Gina envergonhada.
-Tudo bom? – Perguntou ele, desviando o olhar da garota.
-Tudo sim. E com você? – Perguntou.
-Ótimo. Só meu coquis está dolorido sabe...Fugir não é fácil.
-Fugir? – Perguntou preocupada.
-Meu tio não iria deixar eu ir ao parque. Só sei que quando eu voltar, ele vai me matar. A Mione arrancou minha janela e eu quebrei outra.
-Ixi. Complicou, hein Harry?
-É. Mais já estou acostumado. Agora que as aulas acabaram, a guerra acabou, tudo está bem. As minhas únicas preocupações são eles e meus amigos. – Falou.
-Você é um doce, Harry!
-Como? – Corou.
-Você. Você sempre se preocupa com os outros, mesmo com problemas.
-Ah, que nada.
-Gente, entrem no carro.
-Olha, é melhor que o do meu pai! – Disse Ron entrando e pulando no banco.
-Ah Ron...
-Meu deus. Seu irmão é fissurado.
-Mais do que você conhece! – Falou ela entrando de último no carro e fechando a porta.

Ron, Harry, Hermione e Gina conversavam entre si, agitados. Ron estava louco para conhecer um parque de diversões trouxa. Harry louco para ver um, e Gina nem estava ansiosa. Para Harry e Ron, Londres não acabava mais. Era rua pra lá e pra cá, mais nada de parque.

-Hermione, eu estou ficando sem paciência! – Disse Harry, revoltado.
-Calma, Harry. Você sabe que não podemos chegar em um clique...
-É. Desculpa. Mais eu não agüento mais ficar sentando, meu coquis está doendo.
-Entendo. Se acalme! – Disse ela abraçando o moreno.
-Obrigado! – Disse Harry se envergonhando e percebendo os olhares de Ron e Gina.
-De nada.

O motorista parou. Ron bateu a cara na janela do carro com a maior força que podia. E avistou ali, o grande parque. Tinha de tudo. Harry olhou também pela janela, mas sem bater a cabeça, e ficou fascinado. Hermione e Gina sorriram.