Disclaimer: Yu Yu Hakusho não me pertence, e por sinal, nem essa história ; eu só traduzo
J.J-A idéia para essa história veio depois que eu li um romance de 1.700s. Realmente não tem nada a ver com essa fic. Engraçado de onde surge a inspiração, né?
Bem, pra começar, eu estou muito interessada nesta história, então atualizações deverão ocorrer regularmente. Mas nós todos sabemos que muitos autores falam isso...
De qualquer forma, por favor, aproveite.
Mel - Tive vontade de traduzir essa história porque H/B não é um par muito comum por aqui, e se eu decidi traduzir quer dizer que eu não irei abandonar a fic, pelo contrário vou começar a passar outras para o português.
Curiosidade: No começo, a história se chamava 'As Lovers Go' (Como Amantes Vão), porém no sexto capítulo a autora mudou para 'Disease' (Doença), nome de uma música do Matchbox Twenty. Essa mudança ocorreu porque ela achou que a letra da música combinava com a situação de Hiei e Botan. Ah! Eu não traduzi o título por causa disso!
Tradução: Quem pegar a história original e comparar com esta perceberá pequenas mudanças, feitas para evitar repetições e deixar o texto mais claro. Eu tentei colocar algumas expressões locais de uma forma que melhor se encaixassem com as nossas, mas não se preocupem, elas estarão devidamente enumeradas e sua forma inicial estará no fim da página, então se alguém souber o significado de uma delas me avise para que eu saiba que acertei ou corrija meu erro. Desculpas antecipadas pelas palavras cujo significado eu na achei (juro que pesquisei) e se algum trecho ficou confuso ou repetitivo. Em ambos os casos, peço novamente que me avisem e agradeceria muito se, quem souber, me desse a tradução das palavras que eu não consegui passar para o português. Tá, eu já falei demais, vamos ao que interessa.
Disease
By: J.J. Banks
You
left a stain
On every one of my good days
But I am stronger
than you know
I have to let you go
No
one's ever turned you over
No one's tried
To ever let you
down,
Beautiful girl
Bless your heart
I got a disease
Deep inside me
Makes
me feel uneasy baby
I can't live without you
Tell me what I am
supposed to do about it
Keep your distance from it
Don't pay no
attention to me
I got a disease
Feels
like you're making a mess
You're hell on wheels in a black
dress
You drove me to the fire
And left me there to burn
I got a disease
Deep inside me
Makes
me feel uneasy
I can't live without you
Tell me what I am
supposed to do about it
Keep your distance from it
Don't pay no
attention to me
I got a disease
I think that I'm sick
But leave me be while
my world is coming down on me
You taste like honey, honey
Tell
me can I be your honey
Be, be strong
Keep telling myself it
that won't take long till
I'm free of my disease
Yeah
well free of my disease
Free of my disease
"O meu De – Isso é uma teia de aranha?"
Hiei levantou o olhar do livro. Ele virou-se entediado para onde Kurama estava estendido com uma expressão de horror no rosto.
Kurama girou e encarou-o. "Isso é completamente nojento, Hiei. Todo o último andar parece que não tem sido limpo há semanas."
Hiei estreitou seus olhos, franzindo defensivamente. "Você sabe que eu não tenho tempo para limpeza. Essa estúpida companhia toma todo o meu tempo disponível."
"Então deixe as empregadas subirem aqui de vez em quando!" o ruivo gritou em exasperação.
"Não."
A resposta era tranqüila, mas inquestionável.
O último andar era seu santuário. Onde ele podia viver e escapar, sem ter que olhar constantemente sobre seu ombro e observar cada passo dado. Se ninguém tinha permissão de subir até ali, logo não havia motivo para temer o que alguém poderia ver.
"E se for só uma pessoa?" A voz de Kurama interrompeu seu devaneio.
"O que?"
"Sim..." Kurama começou a andar de lá para cá e Hiei era quase capaz de ver as engrenagens girando em sua mente. Ele falou como se Hiei nem estivesse lá. "Só uma pessoa. Seu trabalho seria fácil, só precisaria limpar o último andar. Alguém sem nenhuma ligação com o mundo dos negócios ou demoníaco. Alguém levemente ingênuo..."
"Kurama..." Hiei começou em tom de aviso.
"Os riscos são praticamente não-existente." Kurama encarou-o. Vendo a expressão desagradável no rosto do outro ele sorriu com afetação. " Ou você aceita, ou irei força-lo a passar uma hora limpando todos os dias."
Hiei fez carranca. Ele passou vários minutos tentando, infrutiferamente, pensar em uma maneira de escapar dessa. Não sendo capaz de criar nada, ele rosnou em resposta, "Eu quero a melhor."
"Claro," Kurama replicou com um sorriso.
Hiei deu um longo, amargo suspiro antes de resmungar, "Tudo bem."
Assim que seu assistente ruivo virou-se e saiu, Hiei teve o profundo pressentimento de que havia concordado com muito mais problema do que uma hora de trabalho valia.
Capítulo Um
Seja Bem Vinda À Mansão Jaganshi
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Faça um bom contato visual, sorria, aja respeitosamente, chame-o de senhor, não fique nervosa, porque senão você vai começar a torcer suas mãos...
Botan correu todos os típicos critérios de empregada em sua mente. Esse era seu maior trabalho, e ela certamente não queria estragar tudo por uma estúpida escorregada da sua língua. Sr. Jaganshi a havia contratado através do seu referencial, então ela teria que corresponder às expectativas, que não incluíam uma nervosa e trinante garota.
Mas ela estava nervosa. Seus dedos estavam vermelhos e inchados porque não havia parado de torcê-los desde que entrara na limusine. Bem, talvez antes de entrar na limusine, porque ela ficou tão chocada pelo fato de que estaria andando em uma que começou a torcê-los antes.
Havia sido uma agradável surpresa. Todos os seus chefes anteriores não haviam se incomodado em mandar uma carona a ela, muito menos uma limusine. De fato, a maioria deles não havia sido rico o bastante para alugar uma em primeiro lugar. Espera... Isso era alugado?
"Licença?" Ela se inclinou na direção da janela aberta onde poderia ver o chofer. "Essa limusine é alugada?"
O jovem ergueu a cabeça para traz um pouco antes de soltar uma risada alta. Ele estava rindo dela. "Alugada? Você esta brincando senhorita?" Ele deu um sorriso largo. "Fora as doze limusines do Sr.Jaganshi, das quais ele é dono, essa aqui é normalmente usada para pegar seus novos empregados e outras pessoas de negócios com as quais ele trabalha."
O queixo de Botan caiu. Ele era dono de doze limusines? Minha Nossa, e ela ficaria impressionada com meramente uma. Ela olhou para o chique interior de couro ao seu redor. Ele havia pelo menos estado nessa, se era somente para pegar outras pessoas?
O chofer viu sua expressão de surpresa e riu de novo. "Não está acostumada a trabalhar para a outra metade, é?"
Ela silenciosamente balançou a cabeça, subitamente adotando todo um novo significado para a palavra 'nervosa'.
"Ah, não se preocupe. Nós todos estivemos lá uma vez." Ele roubou uma imagem dela pelo retrovisor. "A propósito, meu nome é Yusuke."
"Botan," ela disse com um pequeno sorriso. "Sou uma empregada."
Suas sobrancelhas se arquearam em uma surpresa interessada. "Você é a nova empregada? Aquela para o último andar?"
"Ùltimo andar?" ela perguntou preocupada. "Isso é ruim?"
"Oh, não, não é ruim. O último andar é onde estão os quartos onde o Sr. Jaganshi mora, seu escritório, quarto, esse tipo de coisa. Normalmente ele não deixa ninguém subir até lá, mas ele está ficando muito ocupado, seu assistente finalmente o convenceu a contratar alguém para manter as coisas limpas e habitáveis por ali."
"Oh..." ela murmurou, pensando em quão fácil seu trabalho seria se ela só tivesse que limpar um andar.
"Hei, olha," Yusuke disse, olhando para fora em sua janela. "Chegamos."
Botan apressou-se para a janela a sua esquerda, se sentindo uma criança de cinco anos de idade com suas palmas pressionadas contra o vidro, abaixando-se e inclinando sua cabeça para cima, em uma tentativa de ver o topo da casa.
Bom, não. Casa era um eufemismo. Sua garganta ficou seca e, se ela não estivesse sentada, seus joelhos a trairiam. Era mais como se estivesse tentando ver o topo da maior, mais exuberante mansão que já vira em vida.
De repente, 'um andar' pareceu uma tarefa muito incomoda para dar conta sozinha.
"Uau," ela manejou a dizer sem ar.
Enquanto eles diminuíam a velocidade para parar em frente ao enorme portão de aço, yusuke disse, "Seja bem vinda à mansão Jaganshi."
Os olhos de Botan se arregalaram quando o grande portão se abriu com um rangido, permitindo a passagem da lustrosa limusine. Eles rodaram através da extensa entrada da garagem, com Botan olhando boquiaberta para a paisagem e as numerosas estátuas e fontes. Eles chegaram ao que Botan supôs ser à entrada da frente; duas enormes portas de carvalho no topo de um lance de escada de pedras, guardada em cada lado por dois leões alados.
"Essa é a sua parada." Ela ouviu Yusuke dizer, cortando seu estado de assombro.
"Obrigada." ela olhou inquisitivamente para ele. "Eu simplesmente... vou entrando?"
"È. Deve haver alguém esperando por você"
"Certo."
Ela sorriu agradecida para ele antes de descer da limusine, erguendo de novo sua cabeça para cima para ver o topo da enorme mansão. Ela nem ao menos notou Yusuke ultrapassa-la com sua bagagem em mãos. Quando ele chegou ao final da escada, virou-se e olhou para Botan. "Hei, você vem ou não?"
"O que? Ah, sim!" Ela corou de vergonha e subiu os degraus atrás dele. Yusuke abriu a porta e ela entrou logo em seguida. Assim que Botan observou os arredores, quase que topa em Yusuke, que havia parado para colocar sua mala no chão. Botan tropeçou um pouquinho antes de recuperar seu balanço.
Eles estavam parados em uma ampla sala com uma grande escadaria no centro. O teto era altíssimo e feito de cristais azul claros. Pinturas gigantes revestiam as paredes, e haviam numerosas estátuas e vasos. Várias portas conduziam a outros aposentos e no topo da escadaria existiam dois corredores. O lugar mais parecia um hotel cinco estrelas do que a casa de alguém. Era a invenção estilista no limite – tudo era elegante, tudo era perfeito, tudo era metal, mármore ou vidro.
"È tão... grande."
"Mansões geralmente são."
Ela se virou na direção da calma voz. Era um homem jovem, provavelmente beirando uns trinta anos, com um sedoso cabelo vermelho que era preso para trás em um solto rabo-de-cavalo. Ele estava vestindo um terno verde escuro, que realçavam seus olhos verdes. Ele sorriu suavemente e ofereceu a mão para cumprimentá-la.
"Sou Kurama, assistente do Sr. Jaganshi."
Ela pegou sua mão nervosamente. "Oi, eu sou Botan. Eu sou a nova-"
"Empregada, sim eu sei. Estou aqui para te mostrar o lugar." Ele se virou para Yusuke, movendo a cabeça um pouco. "Obrigado, Yusuke."
O chofer deu um grande sorriso e saudou. "Sem problema." Ele piscou para Botan. "Boa Sorte."
"Brigado," ela disse fracamente enquanto ele saia pela porta.
"Agora" Kurama disse. "Alguém vai tomar conta das suas coisas, não se preocupe quanto a isso. Deixe-me mostrá-la o quarto onde você vai ficar e o local onde você vai trabalhar."
Ela o seguiu escada acima obedientemente. Quando alcançaram o topo, ele apontou para a direita. "Esse corredor é o alojamento dos serviçais, onde se encontram a maioria dos empregados."
Botan fez um aceno com a cabeça, pensando que seria ali que ele lhe mostraria seu quarto, mas para sua surpresa ele virou para a esquerda. "A maioria dos compartimentos principais ficam no andar de baixo. A cozinha, a sala de jantar, o salão de baile, a sala de entretenimento, e assim por diante. Aqui em cima é onde a maioria dos quartos disponíveis estão, o quarto de costura" ele apontava para os respectivos cômodos à medida que os dois iam andando, "a sala de conferência, a biblioteca, vários banheiros..."
Botan sentiu sua cabeça ficar tonta enquanto tentava lembrar onde tudo se encontrava. Não importava o quanto que ela se esforçasse, ela sabia que ia esquecer. Kurama virou um canto e eles chegaram a um amplo aposento sem nenhum vão, mas com muitas entradas para outros corredores. "Essa é a que nós chamamos de sala principal."
Havia vários sofás, estantes de livros, e um fogo crepitando em uma grande lareira de pedra na parede norte. Mas a coisa na qual Botan estava mais interessada era uma escadaria em espiral elaboradamente decorada, que ficava em um canto distante.
Ela tinha que levar para o último andar. Suas suspeitas só foram confirmadas quando Kurama começou a andar em direção a escadaria. Em seu final havia uma porta, que Kurama empurrou cuidadosamente, com Botan seguindo-o timidamente atrás.
Existia somente um corredor, porém este era comprido e Botan mal conseguia ver seu fim.
"Este é o último andar," Kurama disse. "Você vai ser a encarregada pela manutenção e limpeza de tudo isso aqui." Ele lhe lançou um olhar de mal-estar. "Está bem?"
Botan saiu subitamente de seu assombrado devaneio. "O que? Sim, claro. Com nada para fazer o dia todo senão limpar tenho certeza que vou ter tempo suficiente para todos os... er, quantos quartos houverem aqui."
"Doze. Seis em cada lado."
"Certo. Doze."
Kurama suspirou. "Provavelmente nem doze. Venha deixe-me te mostrar o lugar." Ele começou com a primeira porta a direita. "Esta é a biblioteca particular do Hiei."
Botan ergueu uma sobrancelha. "Hiei?"
Kurama estremeceu pelo seu próprio erro, rosnando levemente. "Quero dizer Sr. Jaganshi. Como seu assistente sou permitido a chamá-lo pelo seu primeiro nome." Ele lhe lançou um olhar cuidadoso. "Você provavelmente deveria continuar se referindo a ele como Sr. Jaganshi."
"Claro," ela disse rapidamente "eu não estava pensando em chamá-lo de outro modo."
"Bom. Agora de volta a biblioteca. Esse vai ser um dos quartos que você deverá limpar todos os dias." Ele segurou a porta, mantendo-a aberta para que a menina entrasse. Era menor, mas isso já era esperado já que era para uma pessoa somente. Várias poltronas de couro estavam posicionadas em volta de uma lareira, e uma bonita mesa de centro estava no meio da sala, com um grande globo que girava em cima.
Ela acenou com a cabeça demonstrando que havia entendido e ele fechou a porta. "A sua esquerda fica o escritório. Outro lugar que necessita ser limpo todos os dias." Ele abriu aquela porta, revelando um espaçoso quarto com uma grande e bagunçada escrivaninha. "È melhor deixar a escrivaninha dele em paz, mas você ainda precisa tirar o pó, passar o aspirador, o que quer que seja; em tudo."
"Claro."
Ele se moveu para a próxima fileira de aposentos. "A sua direita está a sala de conferência." Era um quarto que possuía uma longa e estreita mesa, com chiques cadeiras giratórias ao seu redor. "Não é usada muito regularmente e não está tão desarrumada, então limpe-a duas ou três vezes por semana. A sala a esquerda é tipo uma sala de estar. Também não é muito utilizada, mas às vezes tem comida e companhia, então certifique-se de limpá-la ou checa-la quatro ou cinco vezes por semana."
Botan notou que havia uma enorme televisão com tela de plasma em uma parede distante. Kurama a pegou encarando e riu consigo mesmo. "Ele nem ao menos usa isso, mas dá uma aparência maneira, e como ele pode se dar ao luxo, então aqui está."
Botan deu risadinhas. Talvez ela tivesse que assistir de vez em quando.
Eles deixaram o quarto e foram para os próximos dois. "Esses são os quartos de hóspedes. Um deles é para qualquer companhia que ele tiver para passar a noite. Às vezes a irmã dele, às vezes eu, de qualquer forma... O outro quarto de hóspedes é aqui, onde você vai ficar."
O queixo de Botan caiu. "E - Eu? Meu quarto é aqui em cima?"
"Nós achamos que fosse lógico," Kurama disse um pouquinho divertido. "Já que é aqui que você vai passar a maior do seu tempo."
"Cl – Claro..." ela gaguejou, tentando esconder sua surpresa, e especialmente a nova onda de nervosismo. Ela não havia pensado que moraria no mesmo andar que o mestre da casa, muito menos no mesmo corredor.
"Os próximos cômodos são dois banheiros. Um é para os hóspedes, para você em outras palavras, e o outro é do Sr. Jaganshi."
Botan parou, "Eu tenho . . . ."
"Sim," Kurama deu um sorriso de desculpa. "Você vai limpar o banheiro dele. Ele nunca o limpa por si."
"Diariamente."
"Correto."
Botan suspirou. Ela sabia que era parte do trabalho, mas mesmo assim sentia-se incomodada tendo que passar pelo banheiro privado de um homem. Ela nunca havia sido uma empregada particular antes. Muito menos a empregada particular de um solteiro milionário. Não que a parte do solteiro fosse importante. Lógico que não era importante.
Kurama apontou para a próxima porta que ficava logo após o banheiro do Sr. Jaganshi. "Esse é o quarto do Sr. Jaganshi. Outro lugar que você precisa limpar." Nesse momento ele lhe lançou um olhar severo. "Eu espero que saiba que você não deve tocar em nenhuma das coisas dele. Você só será permitida a isso se ele autorizar, e se qualquer coisa acabar desaparecendo, aliás, se qualquer coisa acabar sendo roubada, você será mandada para a prisão assim como-"
Nesse ponto, Botan sentiu a necessidade de se defender. "Com todo o respeito, Kurama, esse não é o meu primeiro serviço. Eu conheço as regra. Eu não sou estúpida." Ela lhe deu um olhar frio para rivalizar com o dele.
Os olhos de Kurama se arregalaram em surpresa e ele corou um pouco. Ele piscou antes de soltar uma risada nervosa. "Eu peço desculpas. Você está certa. Nós fomos muito seletivos em relação a quem contrataríamos para esse trabalho, e se referiram a você como uma das melhores, mais confiáveis e honestas."
O olhar gelado desapareceu e ela corou bonito. "Obrigada."
Não querendo criar um silêncio constrangedor, Botan tossiu um pouco por um momento e movimentou sua cabeça na direção das três últimas portas. "E essas três?"
O rosto de Kurama ficou sério. "Essas estão fora do limite. Elas estarão trancadas o tempo todo. Somente se Hiei, er... Sr. Jaganshi conceder você poderá limpá-las."
Botan concordou movendo levemente a cabeça. Ela só teria que limpar nove quartos. Alguns não precisavam ser limpos diariamente e dois deles eram seus próprios quarto e banheiro. Seu trabalho realmente ia ser fácil.
"Agora, a última parte do seu serviço..."
Talvez ela tenha falado cedo demais.
"È um pouco difícil de explicar. Sr. Jaganshi nunca deixou nenhum empregado trabalhar aqui, mas agora que ele liberou, praticamente tudo cai sobre você."
Botan arqueou uma sobrancelha. "Não estou compreendendo."
"Bem, você vai ser uma empregada, mas em todo o sentido da palavra. Tipo assim, se o Sr. Jaganshi te pede um favor, você precisara atendê-lo imediatamente. Tipo um..."
"Um mordomo?"
"Isso." Kurama sorriu. "Mas só se ele pedir para ser servido. Geralmente ele prefere ser deixado em paz."
Sim. Definitivamente ela era uma empregada particular. Ela manejou um sorriso fraco. "Tudo bem."
"Bom." Kurama colocou a mão no seu ombro e a guiou de volta para o quarto de hóspedes que ficava na parte direita do corredor – agora seu quarto. "Por que você não se adapta? O café da manhã é sempre as sete no andar de baixo, na cozinha. Se amanhã você tiver qualquer dúvida, tente me achar e eu irei ajudá-la."
"Brigada, Kurama."
"Por nada." Ele sorriu pela última vez e deu um apertou seu ombro antes de virar e sair andando.
Botan o observou até que ele desaparecesse através da porta do final do corredor. Ela abriu a porta do seu quarto, deu um passo para dentro cautelosamente, não sabendo exatamente o que esperar. "Oh . . .meu . . ."
Os olhos dela se arregalaram a medida que adentrava no quarto, boca aberta em admiração. Era enorme! Existia uma boa chance de que ela conseguisse colocar seu velho apartamento nesse quarto. Havia uma cama de casalno meio,quatro postes altos seguravam uma cortina branca e translúcida que vestia o alto de sua cama elegantemente. O edredom era branco e um intricado de pérolas tinha sido costurado em toda sua parte superior.
Sua aparência era tão bela, que ela poderia pensar que havia entrado no quarto do Sr. Jaghanshi por acidente, exceto que tudo ali era muito feminino para ser o quarto de um homem. O carpete sob seus pés era luxuoso, e ela hesitou por um momento antes de tirar seus sapatos e meias para senti-lo abaixo de seus pés descalços.
Ela não pode refrear o grito feminino que escapou dos seus lábios quando correu pelo seu quarto e saltou em direção a sua cama. Botan soltou uma risada no momento em que quicou para cima, efetivamente arruinando o capricho com o qual a cama fora arrumada quando os cobertores levantaram e aterrissaram em cima dela. Um pouco ofegante Botan se apoiou em seus cotovelos. "Wow... que colchão mole."
Mas quão mole?
Ela se pôs de pé com dificuldade e pulou o mais alto que podia. A garota caiu sentada, não muito graciosamente, antes de subir novamente uns bons quatro pés. Ela guinchou com prazer enquanto os saltos gradualmente cessavam e terminou sentada em uma pilha de lençóis, almofadas e cobertores.
Botan deu risadinhas, recuperando seu fôlego ao mesmo tempo em que observava o quarto novamente. Ela nunca havia pensado que ficaria em um aposento como esse para morar nele e não para limpá-lo. Claro que seria necessário arrumar esse também, mas este era seu quarto. Onde ela viveria
"Caraca" (1)
Botan despencou de volta na cama, estendendo bem os braços. Ela ainda mal podia acreditar. Ninguém a tinha contado que Sr. Jaganshi era um milionário. Sua velha agência a havia chamado com uma nova oferta de trabalho, dizendo que um homem solteiro precisava de alguém para limpar os cômodos que em ele habitava, já que nunca encontrava tempo para fazê-lo.
Claro, ela havia suspeitado que ele fosse rico quando a avisaram de que ele tinha mandado alguém para lhe dar uma carona (cujo carro acabou sendo uma limusine, uma das doze que lhe pertenciam). Mas ela não havia esperado tudo isso. Não mesmo.
Botan sentou-se com uma expressão pensativa em seu rosto. Mas para quem estava trabalhando de qualquer forma? Normalmente ela fazia questão de saber, para não ter que acabar limpando a casa de algum assassino em série psicopata, mas naquele momento ela tinha acabado de perder seu apartamento e estava beirando a falência... Ela teria aceitado qualquer emprego.
Mas ela havia pegado esse trabalho. Casa e comida paga, para não mencionar qualquer imposto de renda que tivesse (que provavelmente não era nada magro). Seu rosto se iluminou a esse pensamento. Poderia começar a economizar dinheiro. E quando tivesse o suficiente, poderia comprar um novo apartamento e voltar a pintar. Sua verdadeira paixão.
Maravilhada com a idéia de não precisar mais limpar,Botan saiu da cama e passou a explorar seu quarto. Havia duas grandes janelas de loureiro, uma em cada lado da cama, ela se adiantou para a que ficava do lado esquerdo e empurrou as cortinas. Botan soltou um grito abafado.
Então esse era o quintal da mansão Jaganshi. Era três vezes maior que o espaço da fachada. De sua janela dava para ver um pequeno estábulo, quadras de tênis, uma piscina gigante (completa com três banheiras térmicas) e várias trilhas que atravessavam os jardins. Os jardins eram constituídos principalmente por rosas, mas existiam variadas plantas e árvores, assim como fontes e estátuas.
Assustada com tanta riqueza, mas já se acostumando com o sentimento, Botan retrocedeu, retornando para seu quarto. Não havia armário, então ela suspeitou que ele estivesse no banheiro. Existia uma mesa com um abajur decorativo ao lado, em cima da mesa havia algo que ela não conseguiu identificar. Curiosidade levando a melhor, a menina andou em sua direção.
Quando se aproximou, ela inspirou rapidamente, capaz de reconhecer o que o estranho objeto era. "È um laptop." Botan se inclinou para chegar mais perto. "Eu nunca nem ao menos fui dona de um computador! E aqui está um dos tipos mais caros, na minha mesa! Eu teria ficado satisfeita com uma balinha de menta no meu travesseiro..."
Ver essa incrível peça de tecnologia lhe deu uma idéia. Despencando na cadeira, ela abriu rapidamente o laptop, esperando que ele ligasse. Não foi necessário muita espera. Ele abriu em segundos com um pequeno tinido animado, 'Bem Vindo!'
Botan abriu a internet e achou a caixa de pesquisa. Era hora de descobrir um pouco mais sobre seu novo chefe. Ela velozmente digitou, 'Hiei Jaganshi', no pequeno espaço e esperou pelos resultados.
Ela clicou no primeiro intitulado, 'IMPÉRIO JAGANSHI SE EXPANDINDO'. Era um artigo de um jornal.
Hiei Jaganshi, o mais novo dono da suposta indústria de armas, outrora pertencente aos irmãos Toguro, fez outro acordo bem sucedido, ganhando pelo menos 13milhões com a sociedade anônima Russian.
Weaponry Inc. tem ficado incrivelmente lucrativa desde que Sr. Jaganshi assumiu o controle. Correm rumores de que esse jovem solteiro está à beira de construir outra arma, que logo será aberta para o mercado.
Sr. Jaganshi foi o responsável pela construção do foguete Titanium I, assim como a mini-pistola automática. Uma pistola tão poderosa quanto a original, mas capaz de caber no seu bolso.
O artigo continuava falando de mais negócios que foram fechados, e como a indústria do Sr. Jaganshi estava ganhando lucros enormes, blaaa blaaa blaaa...
Então ele era um empresário. Ela deveria ter adivinhado – a maioria dos milionários são.Ele é obviamente esperto, e bom no que fazia.
Ela suspirou e abaixou seu queixo para a palma de sua mão. Não havia nenhuma figura. Mas quão difícil seria fotografar um homem de negócios? Lentamente uma imagem foi se criando na mente de Botan. Calvo, terno azul-marinho, um bigode cuidadosamente aparado, talvez um pouco pudgy (3), quem sabe um charuto. . . .
Ela foi subitamente interrompida de seu devaneio quando ouviu o baralho de alguém batendo em sua porta. Botam fechou o laptop com um estalo e ficou de pé. "Entra!"
Kurama abriu a porta, segurando suas duas malas. Ele sorriu encabulado. "Quando eu disse que alguém traria suas coisas até aqui, eu esqueci que ninguém tem permissão para isso."
Botan deu uma risada contida. "Além disso," ele continuou. "Eu esqueci de mencionar um último detalhe. Amanhã, o Sr. Jaganshi pensou que seria melhor conhece-la, já que você possui seu consentimento para acessar seu quarto, escritório e outras áreas particulares. Ele o teria feito hoje, mas ele está fora . . . trabalhando."
"Oh? Tudo bem então," Botan tentou dizer, mas soou mais como um guincho. Ele queria conhecê-la? E se ele não gostasse dela? E se a despedisse no ato? Seus sonhos de ser uma pintora iriam por água abaixo.
Se antes achava que estava nervosa, não era nada comparado ao que sentia agora.
"Não fique nervosa," Kurama pareceu ler sua mente. "Eu sei que ele é um dos melhores partidos no-"
"O que? Não – Eu não estava!" Botan corou furiosamente.
Ele riu. "Certo. Mas sério, você vai se sair bem. Vou tentar estar presente antes do momento de você conhecê-lo, mas se por acaso eu não estiver, lembre-se – ele pode ser muito frio, mas não é ruim por dentro. Não fique intimidada."
Botan franziu as sobrancelhas. Ficaria nervosa por ter que impressioná-lo, mas ele certamente não a intimidaria. Ela nunca tinha sido intimidada pela presença de outra pessoa.
"Não ficarei."
"Bom." Ele olhou em volta. "Gostou do quarto?"
"Se eu gostei? Eu amei!"
Ele deu um sorriso maduro, obviamente satisfeito com sua reação.
"Eu estava indo checar o banheiro quando você chegou," ela disse.
"Bem, não permita que eu interrompa a sua exploração." Ele deu um grande sorriso. "Te vejo amanhã as sete!"
Kurama andou para fora da porta e Botan parou por um momento, escutando o som de seus passos desaparecerem, antes de olhar para sua bagagem. Não levaria muito tempo para desfazer suas malas, mas já eram quase seis horas agora e ela queria tomar um banho. Um bom e relaxante banho. Depois de ver seu quarto, ela esperava um banheiro legal, completo, com boas espuminhas para a Jacuzzi. Botan abriu suas coisas e achou as calças do seu pijama de algodão e uma camiseta velha. Ela também pegou suas roupas de baixo antes de sair a passos rápidos no corredor.
Apesar de saber que o Sr. Jaganshi não estava lá, Botan não conseguia parar de pensar que ele pularia de uma das portas e a despediria por não estar usando sapatos ao algo assim. Ela mentalmente se estapeou. Não havia nem conhecido o cara ainda e já estava preocupada em se encontrar com ele. Estúpido Kurama... Dizendo-a para não ficar intimidada...
Ela chegou ao banheiro dos hóspedes e empurrou a porta devagarzinho. Não era o que Botan esperava.
Era muito mais do que ela esperava.
Se não soubesse, diria que havia entrado em um spa. A banheira, se é que você pode chamar assim, era de marfim e as torneiras eram lineadas com ouro. Era quase grande o suficiente para conseguir nadar dentro – com, oh sim, várias espumas para a jacuzzi. Havia numerosos óleos e sabonetes em volta, todos de fragrância feminina.
Quarto feminino, banheiro feminino . . . Haveriam eles preparado isso para ela? Ou todos os quartos de hóspedes eram estilizados para mulheres?
Bom, ela certamente não estava reclamando. Botan tirou seu tempo enchendo a banheira com água fumegante, enriquecendo-a com a fragrância que tinha escolhido: baunilha francesa. Tirou suas roupas devagar, apreciando o ar úmido e quente, antes de escorregar vagarosamente na água.
Sua pele formigou instantaneamente, e ela mordeu o lábio feliz. Quanto tempo havia passado desde que tinha sido capaz de tomar um banho e relaxar desse jeito? Tempo demais. Toda mulher precisa de algo assim em um espaço regular para manter-se funcionando.
Ela fechou os olhos e sentou-se em um dos bancos construídos nas curvas, cantarolando de boca fechada sua própria interpretação de 'Man, I feel Like A Woman' (Cara, Eu me Sinto Como Uma Mulher). Botan deixou a água perfumada rodopiar carinhosamente em volta de sua pele, exalando suavemente. Ela flutuou, perdendo a noção do tempo.
Seu próximo pensamento consciente foi sobre a sensação gelada da água. Botan piscou surpresa. Haveria ela estado de molho por tanto tempo que o conteúdo da jacuzzi, que antes quase queimava, tinha se tornado frio? Botan trouxe suas mãos para cima e mirou seus enrugados dedos. Sim, ela havia.
Sentido-se mole e sonolenta, ela se arrastou para fora da água e agarrou uma das grandes e fofas toalhas. A garota suspirou satisfeita e escondeu sua face na superfície macia. "Mmm..."
Botan vestiu seu pijama ruidosamente e andou levemente até a porta. Ela observou os dois lados, quem sabe o por que, e correu a passos rápidos dando uma volta veloz para o seu quarto. Meteu-se na sua cama bagunçada e envolveu tudo o que podia ao seu redor, igual a um casulo. Botan sorriu para si mesma, pensando que definitivamente poderia se acostumar com isso, antes de cair no sono.
A menina foi acordada no meio da noite pelo barulho abafado de uma batida. Ela se sentou em disparada na cama, incerta de que havia ouvido corretamente. O som de outra bancada meramente audível confirmou que aquilo não era um sonho. Seu coração acelerou-se contra seu peito. Será que era um ladrão? Parecia improvável. Com alguém rico como o Sr. Jaganshi, A.K.A (3) , montes de dinheiro para gastar em segurança, invadir essa enorme mansão não seria uma tarefa fácil.
Mesmo assim... Ela engatinhou para fora da cama, atravessando o quarto silenciosamente nas pontas dos pés. Respirou fundo antes de empurrar a porta devagarzinho, metade esperando levar um tiro ou algo do gênero. Ela estava imensamente aliviada de nem ao menos ver o culpado. Na verdade, o corredor parecia misteriosamente silencioso.
Isso foi até ela escutar um gemido de dor.
Prendendo a respiração ela se virou em direção ao som. Havia uma sombreada, negra figura cambaleando pelo corredor. Ou eles estavam bêbados... Ou seriamente feridos. Botan esperava que fosse a primeira opção.
Pensamentos sobre salteadores foram deixando sua mente com rapidez, mas ela se perguntava quem eram, e o que faziam no suposto 'andar proibido'. A figura se chocou contra a parede sem a menor cerimônia para depois endireitar-se novamente. Eles andaram na direção da porta do Sr. Jaganshi, manusearam a maçaneta desajeitadamente e entraram tropeçando no quarto.
Botam mal pode impedir um gritinho abafado de escapar. Eles entraram no quarto do Sr. Jaganshi! Ela achou que deveria chamar a segurança, porém recordou-se de que seu chefe não estaria de volta até amanhã, então eles não poderiam estar indo matá-lo.
A não ser . . . Uma nova possibilidade adentrou sua mente, e sua boca formou um pequeno "O" de compreensão . . . Era o próprio dona da mansão chegando em casa. Mas . . . Não podia ser.
Podia?
Ela esperou pelo menos 5 minutos para a figura surgir novamente. Se eles fossem roubar algo certamente não iriam perder tempo. Mas ninguém nunca apareceu.
A idéia de que talvez estivesse certa era profundamente inquietante, mas Botan retirou-se e voltou para sua cama determinada a tirar isso de sua cabeça para que pudesse continuar descansando tranquilamente.
Ela tinha pessoas para impressionar amanhã.
J.J- Então começou... Talvez um pouco devagar, devo admitir, mas eu nunca fui muito boa com introduções.
-.-;;;
Mel- E assim termina o primeiro capítulo. Já comecei a traduzir o segundo, pretendo postar um por semana até que a gente chegue ao sexto, que é onde a história original está. Estou fazendo o meu melhor para que vocês gostem tanto quanto eu.
1- Na história está como holy cow, que se traduzido literalmente quer dizer vaca sagrada, o que não faz sentido algum. Achei que fosse uma daquelas expressões para demonstrar que se está impressionado com algo, por isso pus caraca.
2- Não achei nada que me mostrasse o significado de pudgy, nem meus professores souberam me responder
3- A.K.A, mesmo caso acima
