Bom bjuz, e não me matem pq ta ruim...
Capítulo 1: A Seleção
Olá. Meu nome é Sarah Damon. A história que lhes contarei com certeza já lhes foi contada antes, mas não com minha visão dos fatos. Tudo o que aconteceu é verídico, e aconteceu na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Mas antes, preciso introduzi-los à minha vida, portanto contarei antes um pouco sobre mim.
Sou filha de pais bruxos, o que todos chamam de sangue puro. Minha mãe era de família trouxa (que não é bruxa), aquilo que chamam de sangue-sujo, e se chamava Marie. Por ser sangue-sujo ela sofreu muitas rejeições em Hogwarts, mas isso é outra história.
Minha mãe foi criada por sua mãe, tendo muito pouco contato com seu pai. Ela era uma bastarda. Mas isso eu fui descobrir depois de muito tempo na escola. Ela tinha duas irmãs, mas isso eu narrarei depois, para não comprometer o que eu lhes contarei agora.
Meu pai, John, era de família bruxa, os Damon, família tradicional no nosso mundo. Sua família era muito rica, e ele sempre teve uma vida de príncipe. Depois que meus avós paternos morreram, meu pai herdou tudo que os pertencia, propriedades, ouro em Gringotes, e a fábrica de vassouras Nimbus.
Minha mãe morreu assim que eu nasci. O que me disseram foi que ela era doente, e morreu em meu parto.
Mas eu descobri que isso também era mentira.
Fui criada por meu pai, em Londres, morando em uma bela casa rodeada por belos jardins. Sempre tivemos uma vida solitária, mesmo que muito luxuosa. Até que em um dia, em julho, uma coruja chegou em nossa casa.
Meu pai a recebeu com espanto, pois não esperava um correio assim tão cedo, mesmo porque nós pouco recebíamos correspondências, as de papai iam diretamente para o escritório. Porém, assim que papai foi para pegar o envelope, a coruja se desviou e o deixou cair em meus pés. Quando apanhei o envelope, vi que havia um brasão com animais desenhados. Um leão, uma serpente, uma águia e um texugo. Uma inscrição que eu reconheci ser latim, pois era idêntico a alguns livros de papai dizia "Draco Dormiens Nunquam Titillandus". Olhei para meu pai, como se esperasse uma ordem para abrir a carta, e ele agora parecia entender. Olhou para mim e fez um sinal de positivo com a cabeça, assim abri o envelope.
Era a carta de Hogwarts, que todos seus alunos recebem quando completam onze anos de idade.
Meu pai ficou contente pela carta, me explicou que eu deveria começar meus estudos naquele ano, e me disse que me levaria para comprar os materiais que eram pedidos junto com a carta.
O passeio ao Beco Diagonal foi ótimo, como todos os outros eram. Compramos todos os materiais e passamos na loja de papai, de artigos para quadribol. Voltamos para casa, eu era um misto de excitação e ansiedade.
No dia primeiro de Setembro, atravessamos a barreira para a estação 9¾. Fiquei encantada pelo Expresso que estava em nossa frente, vermelho e reluzente. Fomos andando até a porta de uma cabine vazia, onde papai parou ao avistar um bruxo. Os dois sorriam, mas não dava para perceber se os sorrisos eram verdadeiros ou não. O bruxo veio em nossa direção, e foi seguido por aqueles que pareciam sua mulher e filho. O homem, alto, com um rosto pontudo, fino, pálido e longos cabelos loiros, veio e apertou a mão de meu pai.
- Bom dia John – disse o homem.
- Olá Lucius, como vai? – respondeu papai.
- Bem, e você também, suponho?
- Sim vou bem. – o tom de voz de papai era definitivo agora, como se a conversa já fosse encerrada.
- Deixe-me lhe apresentar meu filho, Draco – disse Lucius, apontando para um garoto pálido, que era a cópia jovem de seu pai, com a diferença de seus cabelos, que embora loiro era curto e penteado cuidadosamente para trás. – E essa deve ser sua filha? – completou o homem.
-
Sim, essa á Sarah – disse meu pai, agora visivelmente incomodado pela conversa.
- Olá Sarah – sorriu o homem – Draco, seja cavalheiro e ajude essa jovem dama com sua mala. – e apontou meu malão.
O garoto sorriu para mim, pegou meu malão e levou para a cabine vazia, guardando-o. Depois desceu do trem e seguiu sua mãe até um lugar mais afastado. Lucius os seguiu. Olhei para papai, ele estava visivelmente preocupado.
– Sarah – ele disse – Cuidado com esse garoto, Draco Malfoy. Se ele herdou as características de seu pai, não é nada confiável.
Eu olhava para ele, sorrindo.
– Sim papai, pode deixar.
E ele sorriu, tranqüilizado. O relógio bateu, eram onze horas.
- Agora suba - disse ele me abraçando – e não se esqueça, eu te amo. – e me deu um beijo na testa.
- Também te amo. – e subi no trem.
A viajem foi longa, levou o dia todo. Quando o trem parou, eu já havia colocado as vestes da escola e logo desci do trem. Quase desmaiei quando vi, um homem, mas não podia ser um homem, mas também era menor que um gigante. Enfim, era algo monstruoso. Ele gritava pelos alunos do primeiro ano. Fui e me reuni aos outros garotos que estavam perto dele, todos da mesma idade que eu. Olhei ao meu redor e vi o garoto loiro da estação, Draco Malfoy, vindo em minha direção.
Chegou ao meu lado, e sorrindo disse:
– Eles não nos apresentaram, mas a propósito, meu nome é Draco. – e estendeu a mão sorrindo.
Olhei com incerteza, mas retribui o gesto
– Sarah Damon, prazer – disse encarando seus olhos cinzentos.
O gigante começou a andar, e eu o segui. Perdi Malfoy de vista e só voltei a vê-lo no castelo, na seleção. Eu estava muito anciosa, até que Minerva McGonagall disse:
- Damon, Sarah.
Tremendo, fui até o banco, e o chapéu seletor foi colocado em minha cabeça.
Logo ele começou a falar, em sussurro, comigo. Eu não enxergava nada e ele dizia (nunca irei me esquecer dessas palavras):
– Interessante... uma mente interessante a sua. Vi poucos como você garota, com tantas qualidades e defeitos. Difícil, muito difícil... Mas você deve ter o mesmo destino de seus pais – e elevando a voz, disse:
- SONSERINA!
