Disclaimer: Os personagens da série Harry Potter pertencem a J. K. Rowling...


Capítulo 9: Confie em mim, Draco!

Levantei atrasada. Ainda bem que não tinha aula ainda, tinha o domingo inteiro antes do inicio oficial do ano letivo. Levantei e me vesti com calma. Coloquei, como de costume, uma calça preta, blusa colada e cavada preta e como estava um vento frio, coloquei um casaco de moletom preto que deixei com o zíper aberto. Não tinha mais ninguém no quarto, Kat com certeza tinha ido ao Salão Principal tomar café. Resolvi fazer o mesmo.

Chegando no Salão reparei que estava cheio. Alunos de todas as casas estavam tomando o primeiro café da manhã em Hogwarts em suas respectivas mesas. Localizei Kat na mesa e sentei ao seu lado, sorrindo. Kat percebeu que algo diferente estava acontecendo. Reparei que Pansy estava sentada a umas três cadeiras de distância de mim.

Kat olhava para meu rosto feliz.

- Dá pra dividir a Poção da Felicidade?

Eu ri.

- Infelizmente, essa não dá não amiga.

- O que aconteceu? Que horas você foi dormir? Eu fui era tarde e você ainda não estava na cama...

Nesse momento Draco entrou no Salão. Se minha cara era de felicidade, ele parecia uma criança que ficou sabendo que o Natal foi adiantado. Sorria de ponta a ponta, e até deixou de implicar com os alunos do primeiro ano da Grifinória que passaram por ele. Ele olhou para mim e eu sorri.

Veio em minha direção, eu me levantei e ele chegou em mim. Me abraçou pela cintura e me deu um beijo.

- Bom dia – ele sorria de ponta a ponta.

- Ótimo dia Draco. – sorri.

As reações foram diferentes. Pansy saiu correndo do Salão, Kat teve um acesso de riso abafado, Harry Potter – sim o famoso Harry Potter – corou furiosamente na mesa da Grifinória, Weasley e Granger olharam com cara de nojo e Anne e Mary cochichavam furiosamente.

Draco sentou do meu lado e tomamos café. Após algum tempo, o salão já bem mais vazio, ele se levantou.

- Tenho treino de quadribol. Você vai assistir?

- Pode ser. Vem comigo Kat? – olhei para ela que não esperava a pergunta.

- Uhn... Ok, claro.

- Certo, então eu vou indo para o estádio e encontro com vocês lá. – ele sorriu, me deu mais um beijo e saiu em direção ao campo.

Kat olhou para mim. Eu sabia o que vinha a seguir.

- Pode contar tudo Srta. Damon.

- Ai por Merlim! Posso pelo menos acabar meu café?

Nós duas rimos.

Contei tudo para Kat em direção ao estádio. Ela ficou pasma e só falou quando nos sentamos na arquibancada.

- Eu realmente não esperava isso de Draco Malfoy. – ela me olhava, ainda pasma.

- Na verdade nem eu.

- Não achei que ele fosse capaz de... Amar.

- Eu também estou pasma Kat. Mas ele parece dizer a verdade. Pelo menos nunca vi Draco olhar para ninguém daquele jeito. Dava pra ver que ele não estava mentindo.

- É... – ela sorriu. O time entrara no campo.

Draco vez um ótimo treino. Não perdeu o pomo nenhuma vez, e saiu do treino exausto, mas feliz. Fomos para as masmorras e eu me sentei com Kat no sofá da lareira. Draco tinha ido tomar banho. O Salão Comunal estava calmo como sempre, todos conversando baixo e sussurrando. Era sempre assim na masmorra da Sonserina. Poucas luzes vindas de tochas que ficavam no alto e da lareira. Poltronas espalhadas por todos os lados, umas mesas nos cantos e um sofá e duas poltronas em frente à lareira. Draco chegou e deitou em meu colo. Ficamos ali, eu, ele e Kat conversando até altas horas da noite.

Era a primeira partida da Sonserina. Eu e Kat descemos para o Estádio no horário do jogo e sentamos no mar verde e prata que era a torcida da Sonserina. Os jogadores subiram com suas vassouras, mas para meu espanto não havia nenhum loiro de olhos cinzentos entre eles.

- Cadê o Draco? – perguntei para Kat que parecia procurar o mesmo que eu.

- É exatamente o que estou procurando.

Olhai por mais um tempo. Era claro que Draco não estava jogando. Levantei sem nem ao menos olhar para Kat e desci as arquibancadas em direção ao castelo. Fui até as masmorras e entrei no Salão Comunal. Era claro que Draco não estava lá. Subi as escadas sem saber para onde ia. Fui subindo até que cheguei no sétimo andar. Virei um corredor e trombei com alguém. Olhei o monte de cabelos loiros. Era Draco, acompanhado por duas garotinhas do primeiro ano.

Ele ficou branco, se é que é possível ele ficar mais branco do que é.

- Você devia estar jogando, não é? – eu olhei com os olhos estreitos nos olhos dele.

- É devia... Mas... Essas garotas estavam agindo fora do regulamento e eu resolvi leva-las até Snape.

Ergui uma sombrancelha. Draco não era o tipo de garoto que perdia um jogo de quadribol. Ainda mais contra Grifinória. Mas conhecia Draco o suficiente para saber que não adiantava interrogar.

- A, certo. Bom então podemos ir para o Salão Comunal, suponho?

- Claro, só espere por mim lá para eu levar essas garotas até Severo. - ele parecia aliviado.

Fui para o Salão e ele me encontrou lá logo depois. Mas isso só foi o primeiro acontecimento estranho.

Eu estava no corredor do banheiro da Murta-que-Geme. Certo, nenhuma menina de Hogwarts gosta daquele corredor. Eu estava andando (leia-se praticamente correndo) quando algo de estranho me congelou. Havia uma fresta aberta da porta do banheiro masculino, e Draco estava sentado no chão conversando com alguém. Chorando.

- Eu não vou conseguir, é impossível o que ele quer.- ele chorava desesperadamente.

- Acalme-se. Você vai dar um jeito, eu sei que vai. – agora sim isso me assustou. Era a Murta.

- Mas você não vê! Ele não conseguiu e quer que eu, com dezesseis anos consiga!

- Mas você é melhor que ele seja quem for ele. – sua voz era de consolo. – Ou então, desista se acha que não conseguirá, fale com "ele".

- Ai ele mata minha família. Ou pior, a pessoa que amo. Ele já sabe quem é, já me ameaçou com isso...

- Oh... Então fuja!

Nesse momento Draco levantou e viu que eu estava olhando diretamente para ele.

- Agente precisa conversar. – minha voz era fria e eu olhava diretamente nos olhos dele.

Ele somente concordou com a cabeça.

Fomos até os gramados. A escola inteira parecia estar comemorando a vitória da Grifinória, e os sonserinos estavam em seu Salão Comunal. Só estávamos nós dois nos gramados. Parei em baixo de uma árvore e olhei para ele.

- E então? Me explique a cena que acabei de ver no banheiro.

- Não era pra você ter visto aquilo.

- Pois é, mas eu vi. O que você não vai conseguir fazer Draco.

- Coisa minha. Por favor, não se meta Sarah.

- Se for coisa sua, é coisa minha Draco.

- Não não não, isso não é. – ele olhava para qualquer coisa, menos nos meus olhos.

- Draco deixa de ser orgulhoso. Pode me contar, eu vou te ajudar.

- Você não pode me ajudar. Eu não quero você metida nisso, nunca.

- Draco, por favor. Eu nunca quero te ver assim, eu te amo.

- Não Sarah.

- Confie em mim, Draco!

- Não posso. Não isso.

Draco estava chorando. De novo. Eu não sabia o que fazer, nunca tinha o visto assim, e a ultima pessoa que eu esperava ver chorando era Draco. Fiz a única coisa que me pareceu certa, abracei-o.

Draco estava cada dia mais estranho. Parecia sempre nervoso, sua pele estava num tom cinza, doentio e sempre havia olheiras em seus olhos. Eu estava preocupada, mas por mais que eu perguntasse ele não respondia. Ele passou uns dias na Ala Hospitalar sem poder receber visitas. Snape disse q tinha sido um acidente na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Os dias se passaram. Os meses passaram.

Eu estava no Salão Comunal, como de costume no sofá perto da lareira. Draco entrou no Salão e jogou-se na poltrona ali perto. Fui até ele, ele parecia extremamente preocupado e ansioso.

- Você realmente não quer me dizer?

- Não Sarah. Você não vai se meter nisso, é coisa minha.

Eu dei as costas para ele e fui andando em direção ao dormitório. O Salão Comunal estava completamente vazio. Senti uma mão segurando meu braço.

- Me solta Draco.

- Não... Diz que me perdoa.

- Por que?

- Só diz que me perdoa. Eu preciso sair, diz Sarah.

- Aonde você vai?

- Não importa. Diz que me perdoa Sarah.

- Não posso te perdoar por algo que eu não sei o que é.

- Por favor – lágrimas brotaram de seus olhos.

Eu abaixei meus olhos. Era estranho ver Draco chorando. Eu odiava aquilo. Ele era forte, sempre foi, desde sempre, Draco Malfoy, o garoto metido da Sonserina, o que se achava superior. Chorando.

- Certo Draco. Eu te perdôo.

Ele encostou sua testa na minha. Lágrimas escorreram por seu rosto e caíram em minhas vestes. Abracei ele com força. Enquanto ele me beijava minha mão subiu por suas vestes, no seu braço. Algo queimou a ponta de meus dedos e eu levantei sua manga até o final.

Quando olhei eu congelei.

- Sarah. Sarah não, por favor!

Mas eu já tinha saído correndo para fora da masmorra.

Era tarde, eu sentia frio. Estava na margem do lago olhando as estrelas. Então era isso. Draco Malfoy era um Comensal da Morte. Na época, só a idéia de um Comensal me assustava. Só de pensar em Comensais e Marcas Negras um flash vinha em minha mente e eu lembrava de um grito. O grito forte do meu pai que eu nunca esqueci, por mais que todos gostariam que eu esquecesse.

Estava realmente frio naquele dia, porém não nevava. De repente, as nuvens cobriram todas as estrelas e a lua. Me levantei e virei em direção ao castelo, precisava me esquentar. Então me assustei mais do que em qualquer outro momento em minha vida. A Marca Negra pairava sobre a Torre de Astronomia. Era Draco, eu tinha certeza. Meu primeiro pensamento foi fugir dali. Mas então eu vi que não poderia fazer aquilo, eu tinha que impedir Draco de qualquer coisa que ele fosse fazer, e tinha que ser rápido.

Corri pelo castelo com a varinha na mão. Subi correndo as escadarias em direção ao corredor da Torre de Astronomia. Quando cheguei no corredor, vi o que parecia uma festa de fogos de artifício. Vários feitiços e azarações batiam nas paredes.

Varias pessoas vestidas de preto e mascaradas lutavam contra um pequeno numero de alunos e algumas outras pessoas que eu não conhecia.

Eram Comensais da Morte lutando contra um pequeno grupo da "AD" e alguns Aurors pelo que me pareceu. Bom, fiz o que achei certo. Entrei correndo no corredor e estuporei dois Comensais que estavam de costas para mim. Então senti uma dor que superava qualquer outra coisa na cabeça.

Meu corpo doía todo. Cada centímetro quadrado. Mas onde eu estava? Porque estava tão dolorida?

Então tudo veio com rapidez na minha cabeça. O beijo de Draco, a tatuagem em seu braço, a Marca Negra sobre Hogwarts.

Para.

Se eu estava realmente me lembrando e não tendo um sonho ruim, eu devia estar no meio de um corredor, provavelmente enfeitiçada por algo, porque cada célula do meu corpo latejava de dor.

Gritos ao longe. É, sonhando eu não estava. Eu tinha que levantar, rápido. Abri os olhos devagar, tudo doía. O corredor estava completamente destruído. Vi duas pessoas passando por mim, correndo. Uma era Snape, e a outra, Draco. Ia me levantando quando um terceiro passou. Harry Potter.

Levantei e com todo o esforço do mundo corri atrás deles. Não sabia onde estava indo até que cheguei nas grandes portas de carvalho. Havia muitos alunos ali, e muitos deles apontavam Harry Potter correndo e eu atrás dele. Mas ele estava bem adiantado.

Quando cheguei as escadarias vi Draco aparatando fora dos terrenos da escola. Corri mais um pouco e vi Snape aparatando e Potter caído no chão. Desmaiei.

- Sarah?

Abri os olhos devagar. Meu corpo não doía, porém minha cabeça.

- Kat?

- Sim. Como você está se sentindo?

- A cabeça dói. Mas acho que estou melhor.

Minhas mãos estavam com ataduras e tinha um corte enorme nas minhas bochechas.

- Você vai ter alta para o velório.

- Velório?

- Sim, Dumbledore foi morto.

Foi como se eu levasse um choque. Só pensei uma coisa.

- Draco!

- Desapareceu. Draco desapareceu junto com Snape.

- Snape?

- Sim, Snape matou Dumbledore.

Outro choque. Por essa eu não esperava. Então não tinha sido Draco. Bom, menos mal.

- Se troca para podermos ir ao funeral. Seu pai deve vir, não?

- Sim, com certeza. Ele gostava de Dumbledore.

Mas meu pai não apareceu. Achei estranho, porém, ele poderia estar ocupado com outra coisa. Peguei o Expresso de Hogwarts e voltei para Londres com o resto dos alunos que ainda estavam em Hogwarts. Chegando na plataforma não encontrei meu pai. Fiquei por ali o esperando, mas ninguém apareceu. Vi Potter ir embora com um casal trouxa e Weasley ir com uma mulher que pareceu sua mãe. Granger foi com seus pais trouxas.

Estava escurecendo, já era tarde e ele não apareceu. Eu estava totalmente preocupada e já ia tomar uma lareira para casa quando ninguém mais ninguém menos do que Minerva McGonagall apareceu na minha frente.

Ela estava com uma cara péssima.


N/A: Oie gente! Espero que tenham gostado desse capitulo porque é um dos que eu mais gosto na fic... bom to meia sem tempo, então nem vai dar pra agradecer direito à todo mundom, resolvi postarlogo depois que li asreviews,mas brigadão mesmo à todas as reviews do ultimo capitulo, é muito bom saber que alguém lê minha fic!

Obrigada à Anita, Lele Potter, Juliane e Lilian! Continuem lendo e mandando reviews pleeeeeeaase!

Annaaaaaaaaaaaah! nha brigadão especial pra você né, que tá sempre por aqui lendo e mandando reviews... Brigada aos elogios, o que eu quero é apenas que vocês realmente gostem disso tudo... e tipo, eu tambem sou fan da Sarah xD criei ela para um jogo de RPG, coisa que eu jogo muito, e logo depois que eu criei ela a fic veio praticamente toda à minha cabeça! Eu tenho muuuuuuuuuuuuitas personagens, mas a que eu realmente amo é a Sarah! Bjooooooooooooins pra você e brigadão por tudo! Bjos!

By Mary


E no próximo capítulo:

"Eu não podia acreditar. Por alguns minutos eu achei que aquilo fosse uma brincadeira de péssimo gosto, mas me lembrei que eu estava de frente para Minerva McGonagall, a ultima pessoa no mundo (talvez ela e Snape) que faria brincadeira de mau gosto com alguém."