Olá, gente, espero que gostem dessa minha fic! Já escrevi algumas fics, mas só publiquei uma, e não foi aqui na então sou mais ou menos iniciante.

Avisos: Essa fic é Slash HPSS, tentei avisar no resumo, mas ele tava com letras demais, então não saiu.

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Voltando a Hogwarts

Capítulo 1

Tão cansado. Tão cansado. E ainda tinha mais uma tarefa a cumprir. A maldição do cargo de professor de Defesa contra as Artes das Trevas. Só esperava que não aparecesse outro vestígio de Voldemort, e mais outro, e mais outro, e mais outro...como sempre acontecia quando se tratava dele.

Fazer o quê...Ia bater naqueles portões quando eles se abriram. E um homem com quase o dobro da sua altura, e muito barbudo, apareceu.

- Hagrid! Hum... Você devia parecer mais baixo! – o meio gigante abriu um largo sorriso, meio escondido pela barba emaranhada.

- Mais baixo?

- É claro! Eu cresci sabia? – com um gesto da mão indicou a altura que tinha da ultima vez que o vira.

Não houve tanta conversa quanto gostaria, ele ficaria conversando com Hagrid durante todo o percurso, se isso fosse possível... Mas não era. Hagrid mostrou-lhe onde era seu quarto e saiu, tinha de estar preparado para os alunos que chegariam em breve. Como o resto do Castelo ele conhecia, não precisou de ajuda para chegar ao Salão Principal. Chegou, cumprimentou os professores, xingou alguns mentalmente (como Severo Snape que continua a tentar amedrontar todo professor novo de DCAT, sinceramente...) e sentou num dos dois lugares vazios. Em pouco tempo os veteranos de Hogwarts preencheram as mesas, chegando todos pela mesma porta lateral. Os sonserinos continuavam com uma pose meio esnobe, os corvinais concentrados, e os lufa-lufas e grifinórios risonhos. Na mesa dos professores, Snape encarando-o, dois lugares a sua direita, o que chamava a atenção era Mcgonagal no lugar do diretor. Então Dumbledore ainda não tinha se recuperado? O velhote devia ainda estar no hospital. "Que papelão, hein, senhor diretor. Início de aulas e você nem estar na sua escolinha querida...", pensou sarcástico.

Definitivamente, Harry se deu conta, as lembranças estavam lhe fazendo mal, não costuma ser tão ácido assim. Enfim, não pensou muito mais, as portas da frente se abriram e ele pode ver Hagrid entrar com duas fileiras de alunos jovens e assustados. Sorriu...Ah, a juventude...

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Terça-feira. Hoje era o primeiro dia de aula de Harry. E pra quem tinha enfrentado muita coisa na vida, ele estava estranhamente nervoso demais. Mas era uma sala, uma mesa, um quadro negro e apenas um professor para atender cerca de 30 alunos adolescentes de hormônios em alta. A matemática não parecia ser o forte de Hogwarts. 30 adolescentes com hormônios em alta...E com varinhas, diga-se de passagem!

À porta da sua sala de aula, o burburinho dos alunos quase o fez dar meia volta, então se lembrou das palavras de Snape de manhã: "Não sabia que estava tão desesperada, Minerva, a ponto de contratar alguém que não tem nem o mínimo das credenciais necessárias". A voz arrastada de Snape na lembrança só lhe dando mais raiva, entrou, afinal, Lufa-lufa e Corvinal não podiam ser tão ruins.

- Boa tarde...

O barulho se reduziu a cochichos, e Harry se sentiu sobre os holofotes quando passou pelo caminho que levava da porta até a sua mesa, do lado oposto da sala. Colocou a sua bolsa que estava a tira colo em cima da mesa, tirou alguns papéis dela e voltou-se para turma.

- Oi, como vocês devem saber, eu sou o professor Potter. – ao mesmo tempo, realizou um feitiço (não verbal e sem varinha) para que no quadro-negro atrás de si, tudo o que dissesse fosse escrito, aquilo pareceu impressionar a classe. – Bom, pra iniciar as aulas eu gostaria de apresentar-lhes o cronograma da 6ª série de ano. Eu acho que vai ser um pouco diferente do que vocês estão esperando... Podem fazer qualquer pergunta, e eu posso aceitar sugestões...Acho bom copiarem...

Depois da dica a turma finalmente pegou pergaminhos e penas, olhavam o novo professor com expectativa e...um pouco de riso? Ah, sim, as roupas e pose descontraídas de Harry deviam chamar um pouco de atenção, assim como o cabelo totalmente rebelde, e o fato de ainda ser tão novo, muito mais novo do que seus colegas de profissão no Castelo. Fingiu não notar e continuou falando, consultando o papel sempre, mais por insegurança do que por necessidade, tinha decorado o cronograma de todas as turmas. O feitiço no quadro negro ainda atuando durante seu discurso.

- Como eu ia dizendo...O ultimo professor de vocês iniciou a 6ª do ano passado com feitiços verbais, o que acho ridículo, uma vez que ninguém sabe fechar a mente...Eu vou ter de ensinar isso à 7ª também, mas eu vou mais devagar com vocês. Então nós vamos começar com feitiços hipnotizantes, vamos trabalhar isso no contesto de vampiros...Sim, senhorita...

- Overhill. Nós já estudamos vampiros...

- No terceiro ano, eu sei. Mas aquilo que vocês viram de vampiros é ridículo! – por um instante Harry pareceu um adolescente indignado com o próprio professor e os alunos não conseguiram esconder a surpresa – Quero dizer, vocês sequer sabiam que vampiros são capazes de lançar feitiços hipnotizantes fortíssimos? Aquela mulher só se referiu a Suckers! Sim...?

- O que são Suckers ?

- Tá vendo! – falou apontando pro aluno e olhando pra senhorita Overhill com um sorriso triunfal – Isso vocês vão aprender esse ano, é só prestar atenção. Continuando...nós acabamos esse assunto no final de outubro. Novembro nós começamos feitiços não verbais ao mesmo tempo em que re-estudamos lobisomens, e estudamos fantasmas podres, caiporas, animais de fogo, e o restante do conteúdo do livro didático de vocês. O segundo que aparece na lista de materiais didáticos. Sobre o primeiro livro: "Sobrevivência em uma Floresta Tropical com uma Varinha", eu quero que vocês me entreguem um trabalho sobre ele em Fevereiro, dia primeiro. Para esse trabalho eu quero que vocês imaginem que foram deixados numa floresta tropical com uma varinha, óbvio. Vocês têm de passar um mês por lá. Descrevam passo a passo o que fariam. E sobre o nosso terceiro livro...

E Harry continuou a descrição detalhada do que havia planejado pro ano, e quando e como usaria os três livros didáticos que tinha requisitado. A turma era bem excitada, e conversou bastante. Pelo menos até o momento em que Harry perdeu a compostura e lançou um feitiço que fez (literalmente) a boca de um grupinho de 5 alunos no fundão da sala desaparecer. A aula definitivamente não tinha sido nada mal, ele conseguira responder a todas as perguntas dos CDFs satisfatoriamente, e até pegara umas sugestões desses, fato que devia ser inédito no lugar, concluiu depois de ver algumas caras espantadas. Mais à tarde tivera uma segunda aula, 3ª série, dupla de novo, dessa vez Lufa-lufa e Sonserina, essa tinha sido mais trabalhosa. Os sonserinos criticando suas atitudes, mas tudo ficou às mil maravilhas depois de alguns feitiços e os risos da outra casa quando Harry imitou um dos sonserinos dizendo que ia contar ao pai o que ele fizera de maneira...engraçada, pra dizer o mínimo. "Isso foi tão Draco Malfoy!" Alguns alunos sabiam quem era o tal, e por isso riram ainda mais.

Mas até Minerva se impressionou quando durante o jantar uma aluna foi até a mesa dos professores, pra falar com Harry, dizendo que gostara muito da aula, mesmo que ainda não tivesse ensinado nada ("Senhorita Beell!", ralhara McGonagall), e perguntando se ele daria aulas práticas sobre amuletos. A aluna saíra muito feliz com sua promessa de que ele daria um jeito de ensina-la, ou talvez fosse só o fato dele ter-lhe mostrado os três amuletos que levava no pescoço e dito que dava muito valor a estes.

Os dias seguintes iam cada vez melhor. Nos corredores já havia alunas que suspiravam pelo novo professor e isso só contribuía pra aumentar o mal-humor de Severus Snape, que não se conformava em perder o cargo que queria pela milionésima vez. Harry não parecia perceber esse detalhe, o penúltimo detalhe, porque a carranca de Snape ele podia ver bem até demais, o Morcegão fazia questão de deixar a desavença entre eles explícita. Não que Harry desse tanta importância, sua cabeça estava longe, sua cabeça estava em Dumbledore que ainda estava no hospital, e no fato dele ainda não ter tido sucesso algum em detectar uma maneira de se ver livre da maldição que pairava o seu cargo de professor de DCAT. Toda noite ele tentava novas maneiras de se cansar e ganhar novas queimaduras em toda espécie de ritual. Devido ao cunho mágico das queimaduras, não podia esconde-las com feitiços. Acabou por concordar em ajudar Hagrid com seus explosins, era a maneira mais fácil de arranjar desculpas para as marcas em seu corpo. Estava difícil demais, principalmente quando as situações lhe traziam lembranças ruins, lembranças do que abandonara. Tinha sido numa viagem a Hogsmeade, em que se encontra com seu melhor amigo, ou ex –melhor amigo, no bar da Rosmerta.

- Nós costumávamos ser grandes amigos...Você sabe...Antes.

- É...A gente sempre se metia em confusão! Principalmente com Malfoy!

- Hum...Nem me fale – respondeu dando um gole na cerveja – No final ele nem era tão mal assim. – Harry arqueou uma sobrancelha.

- Um Weasley falando bem de um Malfoy – Ron fez uma careta

- É, mas ele se tornou um bom aliado. Ele virou pro lado certo muito antes de Você – Sabe – Quem fraquejar, você sabia disso, não?

- Mais ou menos. Ouvi algo a respeito...Bom, tá na minha hora – disse, engolindo de uma vez o resto de sua bebida. – Tenho de voltar para os pestinhas. A gente se vê!

Tão ruim quanto à sensação de desespero em si, era perceber que esta lhe trazia uma sensação de Dèja vu, e que não estaria livre enquanto não terminasse essa sua última missão. Tão ruim quanto...Ou ainda mais.

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