-Eu decidi que eu vou para Kyoto, não conseguirei ficar em Tókio, não estou agüentando mais. –sei que mamãe não estava entendendo, mas fui sincera com ela.
-E isso é por causa de um garoto? –sim sempre é um garoto é como nas novelas.
-Também, mas é também por causa do meu sonho, eu quero realiz�-lo. –respondo.
-Seu sonho? –indaga-me ela.
-Sim mamãe eu quero realizar o meu sonho. –e fugir do Mamoru também, talvez quando eu voltar eu saiba lidar melhor com ele.
-Bem filha vou falar com o seu pai e preparar a transferência. –ir embora do colégio, logo agora que me ajeitei?
-Esta bem mamãe. –pelo menos não o verei.
-Usagi! Telefone. –grita Shingo da sala.
-Já vou! –grita ela descendo as escadas. –Quem é?
-É o Seya. –responde ele senti uma raiva invadir o meu corpo quando a vi sorrindo ao ouvir o nome dele.
-Alô? –ela estava bem feliz.
"Oi bombom, tudo bem?"
-Tudo que bom falar com você! –ela ta se jogando pra cima dele e depois vem me dizer que não gosta dele.
"Você não sabe como é bom ouvir isso!"
- Ai que isso Seya você é meu amigo! Isso é normal! –dizia entre risos.
"Bem, mas não foi para isso que eu liguei."
-Não? Então foi pra que? –indaga ela, um pouco mais séria, mas ainda rindo.
"Eu fiquei sabendo pela sua amiga a Rei-chan que sua família vai mudar de cidade."
-Não você entendeu errado a minha família não vai mudar de cidade... –quer dizer que ela não vai?
"Não?"
-Não –disse ela.
"Ufa, que alivio."
-Eu que vou! –ela vai então.
"Por que?"
-Porque eu quero ir atrás do meu sonho! –ela esta correndo atrás do sonho dela, não posso impedi-la de ser feliz.
"Seu sonho?"
-Sim o meu sonho! –vou apoi�-la em sua decisão, mas me dói vê-la partir e saber que não poderei lutar por seu amor.
"E qual é o seu sonho, posso saber?"
-Ah, eu possuo vários sonhos, mas um deles é ser atriz, mas eu tenho um mais importante, mas este talvez eu não realize. –um sonho que não pode realizar? Mas que sonho é esse?
"Ele está envolvido nele, não é?"
-De quem você está falando? –ela desmanchou o sorriso, parecia triste.
"Você sabe de quem, eu já percebi! Mas quero que saiba que ele não te merece, esqueça-o! Para o seu próprio bem!"
-E você acha que eu já tentei mas não consigo é difícil. –ela estava chorando. –Seya eu vou desligar.
"Mas..."
-Não Seya, chega de mas. Tchau! –ela desligou o telefone. E sentou-se na cadeira próxima a mesinha do telefone.
-Usa-chan está tudo bem? –indago embora soubesse que não mas a respeitaria.
-Não. –responde-me ela chorando.
-Não quer me contar o que se passa? –indago ajoelhando-me a sua frente.
Se o sol se esconde em teu céu,
Se tu'alma se põe cinzenta,
É só me chamar que vou logo.
D�-me essa chance, tenta!
Se nuvens pejas de chuva
Teus olhos virem nublar,
Basta enxug�-las com força,
Basta o meu nome chamar.
Se um momento de dúvida
Apertar tua garganta,
Se a tristeza impedir-te
De ser o que és,
Chama o meu nome
E no instante seguinte
Estarei aos teus pés.
-Eu já estou bem! Obrigada por se preocupar. –não precisa agradece é meu dever me preocupar com você.
-Vamos sair para tomar um sorvete? –sugiro.
-Não Mamoru-chan, você deve ter mais coisas a fazer e eu... –ela está fugindo, mas por que?
-Tudo bem, já entendi... –respondo.
-J�? –indaga ela.
-Sim, já entendi que você não gosta da minha companhia. –digo virando-me.
-Não! Espere! –Viro-me para encar�-la. –Eu só não quero dar trabalho.
-Você nunca me dará trabalho! –respondo indo até ela. –E então, vamos?
-Está bem! –diz ela sorrindo.
Vamos caminhando até a sorveteria, afinal ela fica aqui perto. Só que vamos em silêncio o caminho todo ela parecia longe e preocupada.
-Bom dia eu quero um sundae de chocolate com cobertura de chocolate e chocolate quente. –diz Usako a atendente.
-E eu quero o mesmo. –digo. – Vamos nos sentar um pouco para conversar? –indago.
-Claro. –responde-me ela. –E o seus pais onde estão?
-Depois do seu aniversário eles resolveram fazer uma viagem pelo mundo, e depois quando resolverem vão voltar. –respondo.
-E por que você não foi com eles? –como ela é curiosa, mas eu vou contar a verdade a ela.
-Usa-chan quero que me escute com muita atenção, o que vou contar a você ninguém além de meus pais e eu sabem, promete que não irá contar a ninguém? –indago seriamente.
-prometo, mas o que houve? –ela parecia séria.
-O que eu quero dizer é que meus pais morreram... –eu a vi ficar assustada então continuei. –eles morreram quando eu era pequeno, morreram num acidente de carro e eu fui adotado por um primo do meu pai (na. Bem Kaleido não é?), este é o papai Kam, e sua esposa, a mamãe Noriko, eu era pequeno na época e por isso me adaptei rápido ainda mais convivendo com a minha família por que eles eram os únicos parentes que eu tinha no mundo. E eu gosto deles como se eles fossem meus verdadeiros pais e eles gostam de mim da mesma maneira entende? –ela balançou a cabeça de forma afirmativa. –Você é a única pessoa além dos meus 'pais' e eu que sabe.
-E se depender de mim serei a única. Seu segredo esta seguro comigo até você resolver contar para mais alguém, não se preocupe. –disse-me ela sorrindo.
-E é por tudo isso que eu não quero atrapalh�-los. Sem contar que tenho a escola, não posso deix�-la agora. –não posso te deixar agora.
-Mas você já está passado! –mas não alcancei o meu objetivo.
-Mas não é só por isso. –é que não quero deix�-la.
-É por uma garota? –sim, e não é qualquer garota, é por você.
-Sim. –mas acredito que ela não goste de mim.
-Ela deve ter muita sorte... –ela sussurrou algo que não entendi direito.
-O que você disse? –eu posso ter ouvido coisas, mas podia jurar que a ouvi dizer que a garota de quem gosto tem sorte.
-Não nada. –ela estava vermelha sinal de que ela tinha dito o que ouvi.
-Ah, ta. Mas e você por que vai para Kyoto? –não era óbvio?
-Não é óbvio? Para realizar o meu sonho. –dã.
-Que sonho? –indago.
-Um sonho profissional! –respondeu-me ela.
-E o sentimental? –me arrependi de ter feito tal pergunta quando a vi abaixar a cabeça e deixar a franja cobrir-lhe o rosto.
-Eu não poderei cumpri-lo. –por que? Por Rei?
-Por que? Quer me contar o que se passa- indago.
-Não, é melhor deixar quieto, por favor. –ela estava sofrendo, quem é o desgraçado que a faz sofrer de tal forma?
-Está desistindo? Pensei que fosse mais forte, que lutaria por seu ideais, mas estava enganado. Eu te admirava por isso, ninguém por mais que te magoasse fazia você desistir dos teus verdadeiros ideais. –eu sei que estou sendo muito duro com ela, mas alguém precisa fazê-la enxergar que deve lutar por seus ideais.
-Eu não estou desistindo, só não quero que outros sofram por minha causa. –eu a entendo.
-E isso não é desistir? Usa-chan entenda uma coisa às vezes para sermos felizes fazemos pessoas sofrerem, por mais que não queiramos, mas se não fizermos isso podemos estar correndo o risco de fazer duas pessoas e você sofrerem.
-Mamo-chan...eu... –ela parece tão frágil, tão indefesa.
-Vamos já está tarde seus pais devem estar preocupados. –afirmo.
-Espere eu quero te dizer uma coisa...
-
E agora a Usa-chan vai se declarar para ele ou não? O que vocês acham?
