Título: A Rainha dos Condenados
Autora: Kelen Potter
Gênero: Mistery/Romance
Status: Em Andamento
UA (Universo Alternativo)
Disclaimer: Esses personagens não me pertencem, blábláblá... Esta fic tem apenas o objetivo de divertir, blábláblá...
Capítulo II
2005 - Tempo Presente
Inuyasha sentou na cama, sonolento. Aquele terrível pesadelo vinha assolando-o constantemente. Era rara a noite que a imagem de Kikyou não invadia sua mente. Era só fechar os olhos que ela aparecia, assustadoramente linda.
Ele passou as mãos pelos cabelos desgrenhados, numa inútil tentativa de expulsar aquelas lembranças dolorosas de sua cabeça. Toda vez que sonhava com ela seu coração comprimia-se de dor. Mesmo inconsciente, ele podia sentir a presença de Kikyou. Verdade que sentira algo realmente forte por ela, mas não a perdoava por transformá-lo no que ele agora havia se tornado: um monstro perigoso para a sociedade, que a qualquer minuto poderia fraquejar e macular o sangue de algum inocente.
Olhou para a janela coberta pelas pesadas cortinas de veludo. Levantou-se e andou até elas, realizando um hábito que não conseguira deixar de lado, mesmo após ter virado um vampiro. Abriu as cortinas e sua vista foi ofuscada pela forte claridade da manhã. Ah! Como sentia saudades de caminhar pela praia logo no amanhecer. Já nem se lembrava a última vez que o fizera. Fazia tanto tempo que vivia nas sombras, que acabara se esquecendo das vantagens de ser um humano. Certo que vampiros não viravam "pó" - literalmente - ao entrarem em contato com a luz do sol, mas eram sensíveis a ele. E por precaução, evitavam sair a luz do dia, temendo que uma exposição mais demorada ocasionasse em um ferimento mortal.
Inuyasha tomou um longo banho e vestiu-se. Após o término do que ele chamava de "Guerra da Tríade", começou a trabalhar como vigilante em várias boates japonesas. Era um emprego muito cômodo, pois não tinha que se preocupar em passar tempo demais exposto a luz do sol. Tudo bem que desde a Guerra havia trocado de local de trabalho no mínimo umas vinte vezes, mas só de saber que não estava estragando o futuro de mais ninguém já recompensava o esforço.
Desceu calmamente as escadas da sua humilde casa. Era muito mais aconchegante do que o velho casarão da Rainha. O alto patamar era decorado em variados tons escuros, num estilo melancolicamente moderno. Os objetos decorativos - ornamentados com simplicidade - eram pouquíssimos comparados aos da antiga moradia. E foi assim, admirando a humildade de sua própria morada, que chegou na sala de jantar, encontrando seu mordomo pronto para servi-lo.
- Bom dia, Sr. - ele cumprimentou-o, sem esperar resposta. Já havia se acostumado com o modo silencioso de viver de seu senhor, ignorando, muitas vezes, as tentativas dos empregados de manterem uma conversa decente.
Inuyasha sentou-se, servindo-se. Não pronunciou uma só palavra. Tinha o pesadelo que o assombrara na noite anterior em sua mente. Porém, lembrou-se de seu objetivo traçado para este dia, e não iria de forma alguma negligenciar com seus propósitos.
- Toru, você tem alguma notícia da base?
- Não, mas o Sr. Miroku Houshi ligou e avisou que vem aqui mais tarde.
- Aff... Aquele depravado... - Inuyasha resmungou, balançando a cabeça negativamente. - Aposto que vai me apresentar mais alguma das garotas "especiais" dele.
- Desculpe, mas ele disse que tem notícias sobre algo que o senhor procura há muito tempo.
Inuyasha olhou rapidamente para o mordomo, como se não tivesse acreditado nas palavras dele. "Será possível?..." Havia se passado tanto tempo desde aquela terrível noite, que pensara nunca mais poder encontrá-la outra vez. Suas esperanças de solucionar o mistério por trás da morte do caça-vampiros Higurashi haviam se esvaído. Durante muito tempo procurou por aquele fruto da traição de Kikyou, mas jamais tivera qualquer notícia que lhe inspirasse alguma esperança. Depois de anos desperdiçados atrás de pistas que o levassem à "criança maldita", acabou conformando-se que nunca a acharia, e resignou-se a viver solitariamente, a não ser pela companhia - deveras incomoda - de Miroku.
Este ser curioso, denominado por Inuyasha de "hentai", era um vampiro de autoporte. Tinha sangue-puro, ao contrário de Inuyasha, e isto o tornava muito poderoso. Seus conhecimentos sobre as trevas eram de uma importância inestimável para seu "amigo", e muitas vezes ajudou-o, acalmando o seu singular gênio forte. Ambos moravam na mesma residência, comprada por Inuyasha antes de conhecerem-se.
Miroku viajara, há dois meses, para os Estados Unidos, em busca de informações sobre a criança. Após isso, não fizera mais contato com seu amigo, o que minava mais ainda as esperanças deste. Sua volta estava prevista para dali duas semanas, quando ou apresentaria as pistas do paradeiro do ser procurado ou acabaria - definitivamente - com qualquer esperança de encontrá-lo.
Repentinamente, tomado de uma angústia que o dilacerava por dentro, Inuyasha levantou-se da cabeceira da mesa e se dirigiu à imensa janela no lado oeste da casa. Toru, acostumado com as excentricidades de seu amo, recolheu-se à cozinha, deixando-o a sós com seus pensamentos.
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O extenso jardim, ao redor da humilde casa, havia sido castigado pelo inverno rigoroso. A grama estava alta, sufocando as poucas flores anteriormente existentes ali. Na janela, admirando aquele crime da natureza, Inuyasha perdia-se em lembranças sombrias de sua trágica existência.
Amaldiçoava a noite que se deixara ser pego por Kikyou. Se ao menos tivesse lutado quando percebera as intenções dela, talvez pudesse ter gozado de uma vida calma e tranqüila, tudo o que ele pedira a Deus. Mas não, não lutara e pagara por isto, vivendo nas trevas e corroendo-se (eternamente) de ódio e rancor. Deus? Quem é este ser celeste? Ele é real? Se for, porquê deixara-o transformar-se neste monstro? Onde Ele estava quando Kikyou assinara seu destino naquela turbulenta noite? Estas dúvidas martelavam na mente do meio-vampiro. Repudiava aqueles reles humanos que se sacrificavam em prol da religião. Ir a igreja todos os dias para cultuar um ser mítico? Ha! Que besteira... A única coisa que ele não entendia, era o porquê disso. Por que os homens faziam isto?(1) Por que...
Dúvidas e mais dúvidas, aí estava resumida a vida do fabuloso meio-vampiro. Sua curta vida como um simples homem não fora direcionada a nenhuma religião. Talvez por isto, agora vivia nesta infindável tortura.
Inuyasha fechou as cortinas da janela com raiva. Não queria mais ter estes sentimentos dignos somente de humanos fracos. Pra que se perguntar sobre algo que não lhe interessava? Pra quê? Sua mão direita crispou-se e brandiu o punho levando-o ao alto de sua cabeça.
- Isto foi praga sua, Kikyou! - sua face contraiu-se de ira. - Sua maldita! Mesmo depois de morta ainda consegue me perturbar!
De repente, sentiu um cheiro muito familiar. Um aroma que lhe fazia sentir calafrios, que lhe lembrava seu odiado passado. Então percebeu que estava sendo observado, por ninguém mais, ninguém menos que seu "querido" meio-irmão.
- Que estado lamentável, Inuyasha... - o vampiro de longos cabelos prateados desdenhou, balançando a cabeça negativamente, enquanto aproximava-se da janela que se encontrava seu parente.
- Sesshoumaru... - grunhiu, recompondo-se, ajeitando suas vestes negras.
- Estava pensando em Kikyou outra vez, irmão? - frisou esta última palavra. Sesshoumaru nunca gostara dele, e odiou-o mais ainda ao descobrir que havia se transformado em um meio-vampiro, uma espécie ínfima que não merecia pisar na face da terra. Antes fosse um humano, ingênuo e burro, que certamente não se intrometeria na sua vida e nos negócios vampirescos.
- O que faz aqui...? Quem lhe deu permissão para entrar em minha morada? - Inuyasha controlava-se para não partir para cima do meio-irmão. Descobriu que Sesshoumaru era um vampiro puro (pois era filho de vampiros, enquanto que Inuyasha era filho de uma humana, e teve seu sangue de vampiro instigado quando a Rainha o mordeu) quando foi morar na mansão de Kikyou. Ele, Kouga, e Kagura eram uma espécie de guarda-costas dela; a seguiam por onde quer que fosse. Tinham a obrigação de protegê-la, mas Sesshoumaru nunca a obedecera realmente. Odiava receber ordens, por isso não tomou parte na briga que envolveu os protetores da Rainha e Inuyasha, num passado distante.
- Eu não preciso de permissão para entrar aqui... Eu vou aonde quero e ninguém, nem mesmo você, pode me impedir - ele andou ao redor da sala, admirando, com indiferença, a singeleza da decoração.
- Idiota! Como você descobriu aonde eu moro? - ninguém sabia a localização da casa, a não ser Inuyasha, Miroku e Toru. Ela tinha uma espécie de proteção, não permitindo que o cheiro deles fosse sentido além daquela colina. Houshi fizera o favor de aplicá-la e a fortificava sempre que podia. Todos sabiam da perseguição que sofria Inuyasha, pois Kouga e Kagura queriam vingança pela morte de Kikyou, e espalharam vampiros por todo Japão, ordenando que encontrassem-no e o trouxessem para os dois.
- Foi fácil... - Sesshoumaru sorriu convencidamente. Voltou seus olhos âmbares para seu meio-irmão e olhou-o de alto a baixo, como se ele fosse uma formiga, em que pudesse pisar sem dó nem piedade. - Nenhum feitiço de meia tigela pode me deter, eu já lhe avisei, Inuyasha. Fale para aquele seu amiguinho Houshi que ele precisa melhorar suas ínfimas técnicas.
- Filho da mãe! - ele avançou com o punho fechado pronto para quebrar todos os ossos daquele pretensioso que ousava ridicularizá-lo.
- Ainda insiste em me afrontar? - Sesshoumaru segurou o pulso de Inuyasha a centímetros de seu rosto. Riu da expressão surpresa de seu oponente. Com certeza pensava ser mais forte, mas acabara frustando-se com a dura realidade. - Você, um imprestável contaminado pelo sangue humano, deseja me afrontar? Hahuahuahua...
- Ora, seu... - com a mão que estava livre, Inuyasha socou o estômago dele, fazendo-o soltar seu pulso. Mas, num rápido movimento, Sesshoumaru cravou as garras em seu peito, puxando-o para mais perto.
- Escute-me bem, seu idiota... - ele murmurou, enterrando as garras na carne de Inuyasha. O viscoso sangue escorreu por seu braço, pingando no chão anteriormente limpo. Sua expressão mudou repentinamente, tornando-se fria em vez da indiferença mostrada há pouco. - Kagura está perto de encontrar o paradeiro do que você tanto quer.
Inuyasha arregalou os orbes que neste momento estavam dourados de fúria. Não ligava para o sangue que seu meio-irmão lhe tirava, apenas queria saber mais sobre o que ele estava lhe falando e o porquê disso.
- Ela enviou Kouga e seus subordinados para acharem a "criança" o mais rápido possível... - continuou Sesshoumaru, ignorando o olhar surpreso de Inuyasha. - Se por acaso a acharem, o mundo estará em grave perigo, e não sei o que Kagura será capaz de fazer com a Shikon no Tama, se porventura esta cair em suas mãos.
"Impossível...", pensava ele, "... Se nem mesmo eu consegui achar a jóia e a menina, nessa minha busca infindável, como Kagura e Kouga, que não sabem da metade do que presenciei, poderão achá-las?"
- Você esqueceu de algo muito importante, Sesshoumaru - ele falou, contorcendo o rosto numa careta de dor, pois só agora começara a sentir o ferimento em seu peito arder. - Nenhum deles viu o que eu vi. Não sabem o sexo da criança e nem mesmo quem ficou com ela depois do ataque.
- Huahuahua... Mas você é um ignorante mesmo! - Sesshoumaru soltou-o e o empurrou contra a parede, levantando-o do chão com uma só mão logo em seguida. - Depois da morte de Kikyou, eles assumiram o posto mais alto da hierarquia. É fácil para eles conseguirem qualquer coisa, agora que têm o comando de centenas de vampiros nas mãos. Se eles não conseguirem, você muito menos, pois o que poderá fazer sendo somente um contra centenas?
- Você está errado, irmão(2) - Miroku acabava de entrar na sala, presenciando aquela cena bizarra. Largou a mala que trazia na mão, e aproximou-se da dupla. - Inuyasha tem a mim.
- Hahaha, faz-me rir, Houshi - Sesshoumaru largou seu meio-irmão no chão, virou as costas e afastou-se dele, caminhando na direção da saída da casa. - O que dois imprestáveis como vocês podem fazer contra Kouga, Kagura e seus subordinados?
Falando isso, ele abriu as duas bandas da porta e saiu, na sua pose imponente de sempre.
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Em seu peito estava marcado o ódio de seu meio-irmão. O sangue havia sido estancado pelo curativo feito por Miroku. Mas, sua carne parecia sentir, ainda, as garras afiadas de Sesshoumaru ali enterradas. Crispou as mãos indignado consigo mesmo; não fora capaz de enfrentá-lo e acabara no chão, humilhado. Além disso, sentia a angústia crescer dentro de si.
"Se por acaso a acharem, o mundo estará em grave perigo, e não sei o que Kagura será capaz de fazer com a Shikon no Tama, se porventura esta cair em suas mãos."
Estas palavras martelavam em sua cabeça. O paradeiro da menina era desconhecido por todos. Nenhum vampiro em todo Japão soubera lhe informar qualquer coisa a seu respeito. Mas, depois de anos de ausência do mundo sombrio, será que algum maldito vampiro conseguira descobrir o que para ele pareceu impossível?
- Merda! - grunhiu.
- Eita! - Miroku exclamou, divertido, vendo seu amigo mexer-se desconfortável no divã do seu quarto. - Desta vez o Sesshoumaru pegou pesado...
- Ah! Cala a boca, Houshi! - gemeu, sentindo a gaze grudar no sangue coagulado. - Que porcaria de curativo você fez, hein?
- Mal agradecido! - riu, sabendo que Inuyasha nunca agradeceria um favor a ele. - Fiz do único jeito que eu sei, oras!
- Ou seja, péssimo! - um sorriso pareceu brincar por um breve instante em seus lábios, mas logo foi substituído por uma expressão nervosa. Levantou-se e se aproximou da janela de seu quarto. Pôde ver o movimento na rua ao pé da colina. Pessoas e carros transitavam apressados. Já devia passar do meio-dia.
- Você não vai ao menos me dar boas-vindas? - Miroku largou-se na ampla cama, cruzando os braços atrás da cabeça e olhando sem interesse para as paredes do aposento.
- Feh! - Inuyasha virou-se para ele, encostando-se na ombreira da janela. - Toru me disse que você tinha notícias de algo que eu procuro há muito tempo...
- Ah! É mesmo! Com esta confusão toda eu havia me esquecido...
- Tá, vai direto ao assunto, sim? - Inuyasha olhou-o irritado, ansioso por saber o que seu "amigo" poderia ter descoberto na América.
- Olha, você não vai acreditar...
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Desceu a trilha da colina lentamente, pensando no que acabara de se passar na casa recém deixada para trás. Sesshoumaru avisara seu meio-irmão de um perigo iminente, o que demonstrava que ele não o odiava tanto assim. Pensar nisso só o fazia sentir-se pior, pois agora teria que agüentar Inuyasha jogando na sua cara a fraqueza que tivera. Mas isto fora necessário; ninguém mais além deles poderia enfrentar a ambição de Kouga e Kagura, pois eram os únicos seres sombrios que não estavam contra o mundo, contra o direito de viver. Bem, Sesshoumaru nem tanto assim... Ele nunca dera importância para qualquer ser além dele mesmo, nunca tivera piedade de cravar seus caninos em alguém, transformando, assim, a vida das vítimas num inferno... Nunca, realmente, sentira algo mais forte pelo próximo. Na verdade, ele não tinha sentimentos, era um vampiro contaminado pelo ódio e pela ganância de sangue. Aquele líquido rubro e viscoso, que lhe proporcionava um prazer indescritível ao entrar em contato com seu paladar.
Sesshoumaru era um ser impiedoso, não poupava ninguém de suas garras. Mas agora acabava de alertar seu meio-irmão, alguém que sequer merecia sua atenção, de uma ameaça próxima, que não pouparia qualquer ser vivo da morte.
Avistou a floresta escondida por trás da íngrime colina. Ali, seu refúgio em todas as horas, poderia refletir sobre a possibilidade de juntar-se ao seu meio-irmão para acabar com a raça de Kagura, Kouga e...
- Naraku... - murmurou, sentindo a cólera lhe invadir à simples menção daquele nome.
Embrenhou-se mata adentro, esquecendo-se completamente de sua crise existencial de poucos momentos atrás e disposto a retalhar o primeiro animal que atravessasse sua frente.
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O Templo Higurashi mantinha-se o mesmo de décadas atrás. Sua imponente escadaria estava gasta pelo tempo, mas isso não a impediu de subir os degraus, imaginando a surpresa de sua avó ao vê-la depois de anos de afastamento. Seus cabelos negros esvoaçavam na leve brisa da tarde, revelando lindos orbes azuis no rosto angelical. Seu sobretudo negro cobria a roupa de cores alegres. A bagagem em suas mãos parecia ter o peso de uma pena comparada à alegria de rever seu ente querido. Ah! Não poderia esquecer de sua mais nova parenta: Rin, a menina que sua vó adotara alguns anos após sua partida.
Chegou no alto da escadaria ofegante não só pela subida, mas também pela ansiedade. A casa onde passara sua infância estava perfeitamente do mesmo jeito que se lembrava. Andou até ela a passos lentos, temerosa pelo que pensaria sua avó que lhe recomendara não mais voltar ali. Apertou a campainha, encostando-se no batente da porta. Ouviu passos apressados vindos de dentro da residência. Endireitou-se e esperou a porta ser aberta. Logo, a sua frente encontrava-se uma bela moça, não muito mais nova que ela.
- O que deseja? - ela perguntou, observando a expressão emocionada da estranha. - A senhorita está bem?
- R-Rin! - gaguejou, abraçando a garota que não entendeu nada. - Como você está grande!
A recém-chegada soltou a moça e a olhou corada, pois havia se esquecido que ela não tinha uma foto sua, apenas a conhecia por nome e através de cartas que haviam trocado.
- Er... Me desculpe! - sorriu amarelo. - Meu nome é Kagome... Kagome Higurashi.
A garota de cabelos castanhos e olhos brilhantes a olhou surpresa. Logo lágrimas escorreram por sua face, sentindo a alegria invadir-lhe o coração.
- KAGOME? - perguntou, pegando na mão dela para sentir se ela era mesmo real. - NÃO ACREDITO!
Kagome ouviu passos lentos dentro da casa. Olhou sobre o ombro de Rin e avistou uma velha senhora aproximar-se. Seu peito bateu forte, constatando quem era aquela pessoa.
- VOVÓ! - correu, passando pela garota e indo abraçar fortemente a velha. - Que saudade!
A senhora pareceu surpresa por um breve instante, mas logo retribuiu o abraço carinhosamente, sentindo os olhos marejados de lágrimas. Fazia anos que não via sua amada neta... Anos de tortura em que apenas pensava em protegê-la do mal que a perseguia.
- Kagome, minha querida... - murmurou, afastando-a de si. - O que faz aqui?
Ela sorriu, pegando suas bagagens e as mostrando à senhora.
- Voltei, vovó Kaede! E desta vez é para ficar!
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Kaede sabia que não poderia mais esconder a tragédia, de anos atrás, para sua neta. Enviou-a para a América numa tentativa de afastar-lhe das trevas que logo a achariam, se caso permanecesse no Japão. Lá, a menina estudou biblioteconomia, pois tinha uma paixão imensa por livros. Depois de anos voltou para sua terra natal, cansada de viver longe de sua família, aliás, avó, pois seus pais morreram logo após seu nascimento.
As três mulheres estavam agora na sala de estar, conversando sobre os anos de afastamento. Kagome contou todas as maravilhas que conheceu nos E.U.A e como foi sua estada no internato americano. Rin falou-lhe de sua curta vida, de como estavam sendo duras as responsabilidades adquiridas com sua maioridade. A velha senhora permaneceu em silêncio, apenas escutando a neta e a filha adotiva conversarem animadamente.
- Então, vovó? - Kagome perguntou, sentando-se ao lado dela no sofá. - Está surpresa por me ver?
- Sim, minha neta - ela disse, afagando os cabelos da garota. – Você não sabe o quanto...
Continua...
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Olá pessoas!
Notinhas: (1) Eu não compartilho da mesma dúvida de Inuyasha, ok? Naum quero comprar briga com ninguém ... Eu citei esta dúvida do Inuyasha apenas para ilustrar o "complexo existencial" dele ¬¬
(2) Eles eram vampiros, e chamavam-se por "irmãos", com exceção o Sesshoumaru, já que ninguém é comparável a ele - segundo sua opinião (aii, eu concordo com vc, lindooo y.y).
N/A: Me desculpem se eu demorei (eu tinha tantas idéias em mente que demorou para eu organiza-las). Eu também naum deixei este capítulo taauum sombrio como o primeiro (ficou sombrio? O.o). Acho que esta naum eh a minha praia... Coisas sombrias e tals... Quem sabe com o passar do tempo eu melhoro? Com o desenrolar da história, eu vou revelando o passado do Inu, tah (naum me mateeeem!). Sabe, eh tanta coisa que eu tenho que contar que ficaria cansativo eu escrever toooodo o passado, como se fosse um flashback (eu odeioooo isso -.-). E fica ateh mais interessante ler dessa forma, neh? (modestaaa...).Eu acho que este capítulo ficou melhor que o outro neh? Eu me estendi mais... MUITO mais (6 páginas do Word... Naum eh fácil naum ù.ú). Muitas dúvidas no ar? Eu confundi vcs? Huhuhu #risada maléfica# Pois esta era mesmo a minha intenção. Como eu jah disse, vou esclarecendo os "mistérios" a cada capítulo, mas dá muito bem para decifrar alguns "enigmas" com o que eu jah escrevi (quem leu com atenção descobriu mtaaas coisas). Ai ai... Acho que vcs jah notaram que eu nem gosto mto de escrever estas notas, neh? (ateh parece ¬¬). Agora vou agradecer as reviews que me fizeram mto, mto feliz #Kelen dando pulinhos de alegria#:
mk-chan160: Moça... Estou muito feliz que você tenha gostado da fic! Realmente, o filme naum eh grandes coisa em matéria de terror, mas eh um bom suspense (meu gênero favorito de filmes).Volte sempre, viu? rs Bjux...
Palas Lis:Minha amiguinha... Você sabe q receber uma review sua (seja para o q for) eh uma grande honra, neh? Naum faz mal, toh esperando entaum! Ah! Colocarei Rin&Sesshy em sua homenagem (e como presente de aniversário atrasado y.y). Bjaum!
Ryeko-Dono: Oie! Q bom q vc gostou! Eu naum me estendi muito porque o que eu havia escrito foi coisa de momento. Eu nem tinha pretensão de escrever alguma fanfiction de Inuyasha, mas ao ver o filme me deu aquele "tik", sabe? Quando se forma uma idéia e você naum consegue controlar os dedos? Entaum, acabei nem revisando o capítulo -.- Sim sim, vou utilizar (e mto) o q vc chama de 'ligaçaum sedutora" rs. A barrenta tem o q eu chamo de "Dark Spirit"... Por isso coloquei-a nesse papel. Jah a Kagome eh por natureza mais gentil, bondosa... Naum teria sentido colocá-la (agora no início, pois naum sei o q ela será na verdade) de vampira. Bjux...
Jaque-chan: Minina... Eu adorei a sua "bíblia" rs rs. Ainda naum li esse livro, mas estou doida pra ler. Muitas pessoas me disseram q eh um ótimo livro. Estou vendo q você eh fascinada por vampiros mesmo, hein? Que bom q vc vai apresentar uma peça! Representar uma vampira deve ser muito emocionante! Eu comecei a ler Drácula (Bram Stoker) mas naum terminei... Tive contratempos naquela época q me impediram... Mas terminarei algum dia (se Deus quiser!). Sim, naum foi um sonho. Ele se tranformou num meio-vampiro, pois foi mordido, naum nasceu puramente (eh q ele teve um pai vampiro e uma mãe humana, mas seu sangue "impuro" estava contido no seu corpo... ateh a barrenta morder ele e fazer o vampiro existente nele vir a tona - segundo a minha teoria sem noção rs). Hahaha... Adorei o Kikynojo! Mto bom... Ninguém merece aquele barro ambulante. Essas perguntinhas vou responder com o tempo (eu sou má ù.ú) Gostei mto das suas sugestões. Com certeza as usarei (soh q de uma forma diferente huhuhu). Confesso q Rin&Sesshy naum saum meu casal de animê favorito, mas estou começando a gostar deles juntos (isso q dah ler mta fic melosa). Ainda naum sei o q a Sango vai ser, talvez humana, vampira ou caça-vampiros mesmo. Ela fará par com o Mirokinho (O.o) sim, acho os dois juntos tauuum kawaii... Hum...Quem sabe eu uso a sua idéia? Com o tempo, você poderá deduzir o q a Kagome eh na verdade (naum conto, naum conto, naum conto... lálálálá). Bjoks!
Bellynha: Oi, moça! Que bom q você gostou da fic! Eu também adoro coisas relacionadas a vampiros (na verdade, gosto de tudo q tem a ver com o"sobrenatural"). Naum me admiro q a Kikyou mandou matar os maridos dela mesmo... Mas logo logo vocêsaberá se isso eh verdade huhuhu... Bjux
N/A2: Quem será a "criança maldita"? Qual a importância dela para decidir o destino do mundo? O que tem a ver a Shikon no Tama com tudo isso? E pq Kaede enviou sua neta para a América? (Tentarei responder estas perguntas no próximo capítulo...)
Ahhh! Please: REVIEWS! Sugestões, críticas ou elogios saum bem-vindos!
KissusJa ne!
Kelen Potter