Título: A Rainha dos Condenados

Autora: Kelen Potter

Gênero: Mistery/Romance

Status: Em Andamento

UA (Universo Alternativo)

Disclaimer: Esses personagens não me pertencem, blábláblá... Esta fic tem apenas o objetivo de divertir, blábláblá...

Capítulo IV

O vampiro de cabelos platinados levou a garra direita ao alto e num rápido movimento a enterrou no peito de Kouga. Ele contraiu o rosto de dor, mas logo revidou, chutando Sesshoumaru e fazendo-o ir de encontro com a parede.

- Ora, ora... - Kagura tinha um sorrisinho de desdém estampado no rosto. Andou lentamente até Rin e levantou o rosto dela de modo que Sesshoumaru a pudesse ver. - Veja! Ela não durará muito, é frágil a pobrezinha. Tsk tsk... Em pouco tempo seu corpo virará pó...

Apesar da garota ter a cabeça suspensa pela vampira, seu corpo continuava a contorcer-se freneticamente. A cor de sua pele estava oscilando entre o azul e o roxo. Sesshoumaru ao ver aquela cena, lembrou-se do momento em que Naraku matara sua mãe, mas de uma forma muito mais brutal, já que a força dele nem se comparava com a de Kagura. Sua mãe morrera em seus braços após horas de agonia, do mesmo jeito que acontecia com a garota estirada no chão. Realmente, se ninguém a ajudasse agora, em questão de segundos estaria morta. Era preciso agir.

- Argth! - Kagura gritou de dor ao sentir as garras de Sesshoumaru perfurarem seu pescoço. - Me solte, seu bastardo!

Ele havia agido tão rápido que a vampira não havia tido tempo para se defender. A raiva engolia os poucos sentimentos que ainda restavam nele. Sua mãe não fora o que se podia chamar de "doce", "carinhosa", mas era sua mãe; e ver uma garota que tinha os traços semelhantes aos dela sofrer igualmente, o fez querer ajudá-la. Sim, mais uma vez demonstrava fraqueza, mas não conseguia impedir esse impulso.

- Vamos, Kouga! - Kagura gritou, após ser solta por Sesshoumaru. - Essa não é uma hora favorável para nós...

Os dois correram para a janela aos tropeços. Kouga soltou-a agilmente, mas Kagura ainda permaneceu um tempo em pé no peitoral. Levou uma mão até o ferimento profundo no pescoço, sentindo-o arder cada vez mais.

- Sesshoumaru - murmurou com raiva. - Nós ainda não acabamos! Logo, logo o sangue que estará em minhas mãos não será o meu... - mostrou a mão vermelha. - e sim o seu...

Ela pulou da janela, no mesmo momento que uma brisa balançou as cortinas. Sem perder tempo, Sesshoumaru correu até Rin, e ajoelhou-se ao lado dela, segurando a cabeça da menina no seu colo.

- P-por...por favor... - ela sussurrou, intercalando as palavras com gemidos de dor. - Me a-ajude!

Ele a olhou com seu olhar frio de sempre. Não mostrava emoção alguma quando cortou o próprio pulso,com suas unhas afiadas, e o levou até a boca de Rin. Ela sentiu o sangue entrar em contato com o seu organismo; era uma sensação calmadora, lhe dava um prazer indescritível. Sesshoumaru levantou-se logo em seguida e limpou o sangue que escorria por seu pulso. Ela continuou a contorcer-se, mas foi parando de movimentar-se gradativamente. A pele voltava rapidamente a coloração normal, revelando a Sesshoumaru uma beleza que ele nunca havia visto. A pele branca contrastava lindamente com os olhos amendoados que agora o fitavam, cansados.

- O-obrigada - ela disse, após um esforço tremendo. - Quem... quem é você? Meu anjo... anjo-da-guarda?

- Humpf! - levantou-se abruptadamente. - Pense o que quiser.

Sesshoumaru se encaminhou para a janela, fitando a lua que brilhava incandescente. Aquele astro era a única coisa na "natureza" que ele admirava. Nada mais na pútrida terra merecia tanto reconhecimento quanto aquela "bola brilhante".

- Você ainda não me respondeu... - Rin ajoelhou-se no chão, ajeitando as vestes que mostravam muito mais de seu corpo do que deveria. A voz saía calma, límpida, um som que inexplicavelmente fez bem aos ouvidos do vampiro. - Quem é você? Meu anjo?

Ele pulou a janela, não antes de olhar uma última vez para aquele pequeno corpo que permanecia no quarto. Mas, nesse rápido movimento, pensou ter avistado um ínfimo brilho rosado aos pés da garota.

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O cheiro de Sesshoumaru estava ficando mais forte. Inuyasha podia sentir que ele deveria estar na casa que se encontrava a sua frente. Crispou os punhos que estavam marcados pelo sangue de Tatsuya, na tentativa de fazê-lo revelar o paradeiro de Sesshoumaru. Ele apenas disse que Sesshoumaru fora atrás de Kagura e Kikyou, que haviam ido ao encontro da criança perdida. Agora Inuyasha se encontrava em frente à morada dela, prestes a encontrar-se novamente com o fruto da traição de Kikyou. Um fruto que estava destinado a liderar o exército de vampiros das trevas na guerra contra os caça-vampiros. Era preciso achá-lo e conferir se ele havia se aliado com Naraku ou se estava sem um lado específico.

- Vamos, Miroku! - resmungou ansioso, sabendo que o futuro poderia ser traçado somente com este possível encontro.

Correram na mesma velocidade do vento, parecendo voar na fria madrugada. Entraram na casa, aproveitando que a porta estava espatifada no chão. Inuyasha seguiu o cheiro de seu meio-irmão, subiram as escadas e andaram pelo corredor do segundo andar. O cheiro vinha dum aposento que tinha as luzes acesas. Seguiram até o quarto e o adentraram, deparando-se com uma menina que chorava abraçada ao corpo de uma velha senhora.

- Eu não acredito! - Inuyasha murmurou, numa expressão surpresa e consternada. - Ela... Ela é a lendária caça-vampiros!

Miroku estava boquiaberto. Achava que ela já estava à sete palmos embaixo da terra, mas estava enganado. Terrivelmente enganado.

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Kagome não suportava mais a terrível dor de cabeça que tomava conta de si. Passar o dia inteiro enfurnada numa biblioteca, examinando centenas de livros, era extremamente cansativo. Pensava nisso enquanto descia do ônibus na esquina da rua em que morava.

Tinha as mãos nas têmporas, e as comprimia numa inútil tentativa de parar a dor. As escadas pareciam não ter fim; subia lentamente, vez ou outra apertando o sobretudo em volta do próprio corpo. O frio que fazia não era característico daquela estação.

- O que foi aquilo? - um arrepio subiu pela sua espinha. Teve a nítida impressão de ter visto dois vultos negros passarem "voando" pelo alto da escadaria. - Oh meu Deus! Tanto trabalho deve estar me deixando louca - balançou a cabeça, afastando tais pensamentos.

Finalmente, havia chegado na porta de sua casa. A porta não mais existia, estava atirada no chão. Estremeceu, prevendo que algo deveria estar acontecendo. Entrou na casa. Tudo estava na mais absoluta escuridão, pois já eram altas horas da madrugada. Subiu as escadas com cuidado, tentando não fazer barulho para não acordar Rin e sua avó Kaede. Passou pela porta do quarto da avó, mas estranhou ao que a porta estava aberta, ainda mais com sombras se movimentando no chão. Há esta hora ela já deveria estar dormindo.

- Mas, o que...? - Kagome só teve tempo de exclamar assustada ao ver uma pessoa vestida inteiramente de preto, enquanto que um... um... ela não sabia o que exatamente ele era, mas constatou que, por sua beleza, ou ele era um anjo, ou então um demônio.

- KIKYOU! - Inuyasha exclamou ao vê-la entrar no aposento.

- Cala a boca, baka! - Miroku bufou, andando até a recém chegada. - Não vê que esta é a filha da Rainha?

Inuyasha arregalou ainda mais os olhos já esbugalhados. Não podia crer que aquela humana era descendente de Kikyou. Sua beleza era até maior que a da mãe, mas a bondade e a ternura que ela emanava eram totalmente diferentes do que sua antecessora. Todos que se aproximavam da Rainha sentiam o enorme poder ofensivo e a frieza que vivia dentro dela. Os olhos azuis da jovem eram tão hipnotizantes quanto os da mãe, mas algo de misterioso parecia dormir ali dentro. Parou ao lado de Miroku, admirando a beleza singular da jovem. Sentiu-se tão encantado quanto na vez que conhecera Kikyou.

- Quem... Quem são vocês? - Kagome perguntou com a voz tremida.

Não sabia quem eram aqueles dois que estavam a sua frente, mas ao olhar para o que possuía orbes incrivelmente dourados, sentiu um aperto no coração. Parecia que já o conhecia, perdeu-se na imensidão daqueles olhos. Ele produzia um efeito hipnotizante nela, Kagome tentava se lembrar de algo, mas não lembrava de nada que remetesse aquele lindo ser a sua frente. Isso era estranho, muito estranho.

- Qual é o seu nome? - Inuyasha perguntou. Seu tom era impassível. Queria matar aquela mulher que lhe fazia lembrar da infidelidade de Kikyou, mas ao mesmo tempo queria tomá-la nos braços, como tantas vezes fez com a mãe dela.

- É... Kagome Higurashi - ela disse, tremendo perante aqueles penetrantes olhos.

Mas quando tentou desviar o olhar, avistou no canto do quarto Rin. Ela chorava, soluçava desesperada abraçada ao corpo de uma mulher. "Pera aí... Aquela é... Aquela é a minha vó!"

Ela correu, se esquecendo completamente dos estranhos, e se ajoelhando ao lado da irmã de criação. A velha senhora estava inerte nos braços de Rin. Havia muito sangue em torno dela, e parecia ter visto um fantasma na hora da morte, pois sua expressão era assustadora.

Sentia que a angústia que estava crescendo dentro de si iria explodir a qualquer segundo, tamanha a revolta que lhe corroia. Sua única família estava ali. A avó estava morta a sua frente, e a "irmã" estava prestes a ir pelo mesmo caminho, já que aqueles que se encontravam ali deveriam ser os assassinos de Kaede.

- Seus desgraçados! - gritou com raiva, levantando-se e correndo na direção deles. - Vocês mataram minha avó!

Inuyasha a segurou pelos pulsos, a parando a centímetros de seu rosto. Ela soluçava, lágrimas e mais lágrimas escorriam de seus orbes azuis. Era linda até mesmo chorando.

- Não fomos nós - Miroku disse, tentando acalmá-la. - Foi Sesshoumaru...

- NÃO! - gritou Rin, assustando Kagome. - Não foi o meu anjo... Foram aqueles malditos...

- Aqueles? - Miroku começou a entender. - Você está falando da Kagura e do Kouga?

- Eu acho que... snif... Esses eram os nomes deles - Rin fungou alto, limpando o rosto molhado.

- De quem vocês estão falando? - Kagome perguntou, confusa.

Inuyasha já a tinha soltado. Ele não acreditava que aquele bebê que havia visto Kaede levar embora, fosse a mulher que se encontrava ali, a poucos centímetros de suas mãos. Era tão parecida com a mãe, mas ao mesmo tempo tão diferente...

- Dos vampiros que devem ter matado sua avó enquanto procuravam pela Shikon no Tama.

- Shikon no Tama? - Kagome indagou. Tinha certeza de já ter ouvido aquele nome. - Uma esfera rosa que brilha muito quando nós a tocamos?

- Errado. - Miroku balançou a cabeça, andando em círculos. - Ela só brilha quando o seu dono por natureza a toca.

- Bom, ela é minha... - Kagome olhou para o vampiro de olhos lilases, o achando um completo retardado. - Ei... Você disse "vampiros"? Você bebeu por acaso?

- Er, não - Miroku sorriu. Era muito difícil para as pessoas acreditarem na existência deles. - Eu sou um vampiro, e este aí, de cabelos prateados, é um meio-vampiro.

Kagome o olhou como se ele fosse um extraterrestre. Logo em seguida gargalhou, achando que ele havia contado uma piada.

- Você ri do que exatamente? - Inuyasha perguntou, a olhando bravo. - Acha graça de sermos vampiros ou o quê?

- K-chan... - Rin chamou, indo até ela. - O que eles disseram é verdade. Eu vi com os meus próprios olhos.

- Mas... Mas...vampiros não existem! Vocês estão loucos!

Inuyasha mostrou os caninos avantajados para ela, a fazendo recuar alguns passos.

- E agora? Ainda não acredita? - Miroku perguntou, rindo internamente do susto da garota.

Ela ficou quieta. Era muita coisa para a sua cabeça. Mas, isso era a única explicação para os estranhos acontecimentos que vinham ocorrendo. Além do que, o que mais poderia explicar os cabelos prateados e os olhos dourados do jovem desconhecido? Isso mesmo, nada.

- Bom, mas agora o mais importante é recuperarmos a jóia que está com ela. - Miroku andou até ela e passou a mão por toda a extensão do corpo de Kagome.

POW!

- O que é isso, seu tarado! - ela deu um soco nele.

- Calma! Eu só estava verificando se a jóia não está com você. - ele levou as mãos na marca vermelha provocada por ela.

- Houshi - Inuyasha apontou para o chão, próximo aos pés de Rin. - A jóia não está com ela.

Todos olharam para a direção que ele apontava. A Shikon no Tama estava a centímetros de Rin. Miroku iria pegá-la se Kagome não se metesse na sua frente.

- Ela é minha, seu ladrão! - ela apertou a jóia entre as mãos. - Minha mãe a deixou para mim.

Kagome olhou tristemente para a esfera que agora brilhava em suas mãos. Seus pais haviam morrido, e aquilo era a única lembrança que tinha deles, ainda mais que nem os havia conhecido.

- Me dê a jóia! - Miroku pediu, estendendo a mão.

- E o que te faz pensar que eu irei dá-la a você?

- Bom, somos vampiros e podemos muito bem tirar de você a força...

- Não, Houshi. - Inuyasha interviu, olhando friamente para a jovem. - Só podemos tê-la se ela nos for dada de coração. Pelo contrário, a jóia aumentará infinitamente nossos poderes, até sermos totalmente engolidos por nosso próprio poder.

Miroku afastou a mão rapidamente. Sabia que o possuidor da Shikon no Tama teria a força aumentada cem vezes, mas num limite que não o faria mal. Se o que Inuyasha falou fosse verdade, então o seu poder seria tão grande, que seu corpo não o suportaria, e acabaria explodindo, literalmente.

- Rin, vamos ter que enterrar a vovó Kaede... - Kagome disse, com os olhos já marejados.

- Isso não é necessário - Miroku falou, fazendo um gesto displicente. - Olhe!

Kagome olhou para o corpo de Kaede, e logo o viu dividindo-se em minúsculas partículas, que rapidamente sumiram no ar. Rin sufocou um grito, abraçando Kagome que estava igualmente aterrorizada.

- Já que não temos mais nada que fazer aqui - Miroku virou-se para a porta. - Vamos embora...

- Esperem! - Kagome gritou. - Vocês podem, por favor, nos explicar o que está acontecendo?

Inuyasha não suportou vê-la tão aflita, tão desprotegida. Olhar para os traços perfeitos dela era a visão de Kikyou, como se ela tivesse ressuscitado e aparecesse novamente ali, para atormentá-lo, como se a tortura que ele já passara não fosse suficiente.

- Nós explicaremos com uma condição - disse, cruzando os braços e a olhando com um sorriso de vitória.

- Que condição? - Kagome perguntou. Sabia que nada poderia ser pior que ter a avó morta, era melhor aceitar qualquer coisa que eles pedissem, afinal, os vampiros que assassinaram Kaede poderiam voltar.

- Já que nós não podemos ter a Shikon no Tama... - Inuyasha caminhou lentamente, parando atrás dela. Sussurrou no seu ouvido: - Você terá que vir morar conosco...

Ele assistiu ela baixar a cabeça, derrotada. Inuyasha havia vencido. Agora poderia admirá-la a todo o momento, quando quisesse. E, quem sabe, tê-la em seus braços, como um dia tivera Kikyou... Sua eterna Kikyou.

Continua...

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Olá pessoas!

Até que eu não demorei tanto para atualizar, neh /o/ Mas, eu só atualizei hoje por causa dos pedidos da Amanda, senão teria deixado pro fim de semana mesmo n.n Viu? Eu também atendo a pedidos, não sou tão má como vocês pensam hehe ¬¬

Well, no próximo capítulo teremos muitas explicações. Por isso, se vocês não entenderam algo, no quinto capítulo com certeza vocês entenderão XD Este ficou pequeno e, eu admito, sem graça, mas, como eu jah disse, vem muita mais emoção pela frente. E se tudo correr como eu espero, terça eu atualizo a fic... ehhhhhhhhhhhhhhh!Eu tirei uma parte deste capítulo e deixei pro próximo, ok? Por isso tah taum pequeno.

Novamente, peço a vocês que deixem reviews, eu agradeceria muito, sabia? ù.ú

Agradecimentos mui sinceros:

NathBella: Oie! Desculpa a demora! Eh, com certeza ela será algo, huahuahua (má, mto má XP). Que bom q vc gostou! Brigada pela review, bjokas...

Palas Lis: oi miga! Vc naum demorou naum. Como vc pôde ler, ele transformou ela sim em vampiro. Sim , sim, mto fofo, tudo de bom hehe Não demorei tanto, viu? Obrigada por comentar, Bjux...

Natsumi Takashi: Oie moça! Que bom que você gostou! Sim, a fic eh Inu&Kag, terá mais desse casal daqui pra frente, não se preocupe! Brigada pelo coment, Bjinhus...

Mandoca: Oie! Viu? Atualizei soh porque vc pediu (tudo bem, era terça, mas tah aki, pelo menos ¬¬) Que bom q vc gostou, dolei mesmo! Isso vc vai descobrir no próximo capítulo! Bjoks...

Kissus

Kelen Potter