Título: A Rainha dos Condenados
Autora: Kelen Potter
Gênero: Mistery/Romance
Status: Em Andamento
UA (Universo Alternativo)
Disclaimer: Esses personagens não me pertencem, blábláblá... Esta fic tem apenas o objetivo de divertir, blábláblá...
Capítulo VI
Kagome acordou cedo, tomando um longo banho e vestindo um vestido de alcinhas verde e curto, prendendo a Shikon no Tama no pescoço logo em seguida. Desceu as escadas com receio, pois não sabia o que podia haver naquela casa de vampiros. Teria que trabalhar mesmo sabendo que não era uma simples humana.
Parou em frente a grande janela, olhando através da vidraça o imenso jardim morto. Ali tudo era tão triste, tão deprimente que até entendia o porquê de Inuyasha ser do jeito que ele era. Os olhos sempre frios, a toda hora parecendo perdidos no espaço e principalmente o seu semblante, que era tão melancólico quanto uma noite de inverno. Mas agora Kagome parecia partilhar dos sentimentos de Inuyasha, se é que ele possuía sentimentos. Ela costumava ser tão alegre, sempre de bom humor que não conseguia se reconhecer naquele momento. Mas ela não tinha motivos para sorrir, afinal, agora sabia de sua condição real: uma meio-vampira.
- O que você tanto olha, Kagome? - ela ouviu a voz fria e sexy de Inuyasha.
Ele descia as escadas sem tirar os olhos de cima dela, encarando-a curioso. Aproximou-se lentamente, parando ao lado de Kagome e olhando na mesma direção que ela.
- E Então...? - ele começou, procurando com os olhos o que tanto poderia prender a atenção de sua hóspede. - O que tem de tão interessante nesse jardim imundo?
- Um jardim deveria conter flores, arbustos, árvores imensas e muitos pássaros. - ela olhava tristemente para o gramado amassado. - Mas esse jardim não. As flores foram sufocadas pelo mato e as árvores não conseguem criar raízes nesse solo seco. E isso, curiosamente, me lembra você - ela olhou para ele, esperando sua reação.
Inuyasha tentava entender as palavras de Kagome. Será que ele era tão feio assim para ser comparado a um jardim morto? Não, pelo menos isso ele sabia que era impossível. Sua beleza humana fora realçada pelo ar sexy que o sangue vampiro lhe proporcionava. Então o que Kagome queria dizer com aquelas simples palavras?
- Você não entendeu, não é mesmo? - ela sorriu, balançando a cabeça vagarosamente. Ele voltou os orbes confusos para ela. - Mas o dia que você entender o que eu disse, você finalmente terá se tornado uma pessoa 'normal'.
- Como assim? - agora sim ele estava confuso. Seus olhos dourados se perdiam no mar azul dos de Kagome.
- É que nesse dia você deixará seu lado obscuro morrer, para dar vazão ao seu lado mais puro, o seu lado humano que grita para sair do exílio que você opôs a ele. (1)
Kagome terminou a frase como se estivesse ditando uma profecia. Desviou os olhos de Inuyasha e caminhou em direção à porta da casa. Teria mais um dia de trabalho, e não sentia a mínima fome. Só se preocupava um pouco com Rin, que teria que ficar naquela casa sombria, na companhia de pessoas tão complexas quanto Miroku e Inuyasha.
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Desceu as escadas enquanto se espreguiçava calmamente. Mais uma noite bem dormida, o que era raro de não acontecer. Não tinha porquê ficar se martirizando por possuir sangue vampiro, como Inuyasha fazia. Ele nascera assim, e assim morreria. Se seu amigo gostava de ficar sofrendo por nada, o problema era dele. A vida está aí para ser vivida, e com certeza não seria do jeito de Inuyasha que ele viveria a sua.
- E aí, Inu-kun, beleza? - Miroku disse, sorrindo como sempre, caminhando até onde o aliado estava parado, em frente à janela.
- Pare de me chamar assim, Miroku-baka! - ele resmungou, não tirando os olhos do jardim.
- Ihh... O Inu-kun está bravinho... - Miroku riu, aproveitando a deixa para tentar "animá-lo".
- Aff... - Inuyasha voltou-lhe as costas e foi para a sala de jantar, ainda com as palavras de Kagome martelando em sua cabeça.
- Ei, Inuyasha! - O amigo chamou, sentando-se ao seu lado na enorme mesa. Encarava-o curioso. - O que aconteceu para você estar com essa cara?
- É a única que eu tenho.
- Oh dããã... - Miroku virou os olhos. - Desde quando você fica assim? Com essa cara de quem está pensando? huahuahua
- Muito engraçado, Houshi! - olhou-o irritado. - Pena que eu esqueci de rir.
Miroku deu um sorriso amarelo, engolindo um pedaço de pão.
- Bom, hoje eu vou procurar pistas do que Kagura e Kouga pretendem com a Shikon no Tama - ele disse, servindo-se do café. - Você não quer vir comigo?
- Não... Hoje tenho algo mais importante pra fazer.
Inuyasha levantou-se da mesa, deixando um hentai muito confuso.
"Preciso achar Naraku o quanto antes... Se eu demorar, é capaz do Sesshoumaru achá-lo primeiro e acabar matando-o..."
Saiu da casa, pronto para mais um dia de procura.
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- Ohayou, K-chan! - Sango a cumprimentou, acenando da recepção. - Chegou cedo, minina.
- É... - ela forçou um sorriso, mas estranhou ao notar que sua chefe não tirava os olhos de sua Shikon no Tama. - O que foi, Sango-chan? Gostou da minha jóia?
- Ahn... Er... Sim, é muito bonita... - Sango olhava vidrada para a pequena esfera que reluzia. Curiosamente, a voz havia saído fria.
- Foi um presente de... - Kagome pensou um pouco. - De meu pai!
Sango parecia encantada com a jóia. Kagome até pensou que ela a qualquer momento fosse pular em seu pescoço e tirá-la de si. Levou a mão rapidamente até a Shikon no tama e segurou-a, assistindo Sango desviar os olhos. Sentiu o mesmo que uma mãe que tem o filho tirado de si.
- Bem, estou pronta para mais uma maratona de trabalho - Kagome disse, tentando sorrir e ignorar as perguntas que estavam surgindo em sua cabeça.
- Ah, que bom, Kagome! - a chefe acompanhou-a com os olhos, vendo-a sumir por entre as dezenas de estantes de livros.
Os olhos agora estavam frios. Franziu o cenho e cerrou os punhos, sentindo a cólera invadir-lhe.
"Desgraçada! Exibe a Shikon no Tama assim, sem mais nem menos, correndo o risco de lhe roubarem! Mas tudo bem, assim será muito mais fácil para eu realizar minha missão..."
Sango sorriu maldosamente, voltando a digitar algo no computador.
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O seu dia estava sendo um completo tédio. Ficar numa casa que mal conhecia na companhia de um mordomo-vampiro e ainda por cima sem poder fazer nada de interessante estava estressando-a. Agora estava sentada no sofá negro, na sala de estar. Os braços mantinham-se cruzados, a expressão emburrada parecia não querer deixar-lhe tão cedo.
"Oh, desgraça! Será que não tem nada de bom pra se fazer aqui? Será que Inuyasha e Miroku não possuem alguns livros que eu possa ler...? Pera ae... Vampiros lêem?"
Rin sacudiu a cabeça espantando aquela idéia absurda. Realmente, era uma negação se tratando de vampiros. Chegava a ter calafrios quando pensava no que eles se alimentavam.
- Toru! - chamou, vendo-o passar pela porta da sala. A sua salvação parecia ter chegado.
- Sim? Deseja algo, menina? - a voz arrastada dele soou, demonstrando sua repugnância por humanos.
- Er... Bem... Eu gostaria de saber se não existe nenhum lugar interessante por aqui que eu possa ir... Sei lá!
- Hum... - ele olhou pensativo para o chão, logo levantando a cabeça, esboçando um largo sorriso. - Existe sim! Tem um "bosque" atrás da colina! Lá é muito bonito, menina... Mas o Inuyasha-sama proibiu-a de sair...
- Ah, Toru! - Rin pediu, fazendo cara de choro. - Me deixa ir, vai! Eu prometo que o Inuyasha não vai saber. Deixaaaaaa!
- Hunf! Tudo bem! Mas vai logo antes que eu mude de idéia!
Toru assistiu uma alegre Rin sair saltitando pela porta de saída. Ela parecia muito feliz, realmente.
- É, mas essa felicidade toda vai se esvair num segundo quando ela perceber que entrou na Floresta De Sesshoumaru - o mordomo murmurou, subindo as escadas com uma expressão satisfeita.
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Pulava entre os telhados velozmente, tentando sentir qualquer odor que remetesse a Naraku. Facilmente o sentia, pois o cheiro que ele emanava era tão pútrido e forte que Naraku poderia estar a quilômetros de distância que Inuyasha saberia.
Procurava-o fazia horas. O sol brilhava baixo no céu, e mesmo depois de tanto tempo não produzia nenhum efeito nele, pois o sangue humano predominava em seu corpo, anulando o ponto fraco que existia em todo e qualquer vampiro. De certa forma, isso era uma vantagem, mas mesmo assim muitos deles haviam conseguido ferir-lhe, afinal, não era de ferro.
Uma vez Kouga havia conseguido a façanha de transpassar uma espada no corpo de Inuyasha. Mas fora uma única vez, e ele nunca se perdoara por ter deixado-se ferir gravemente por um vampiro como Kouga, um imbecil que não merecia sequer ser chamado de vampiro. E isso bastou para formar-se uma rivalidade enorme entre eles, os fazendo jurarem morte um ao outro. Ah! É claro, não podemos esquecer de Sesshoumaru, que vira e mexe provoca algum ferimento nele. Mas são ferimentos leves comparados ao que Kouga lhe fez.
- Merda! - Inuyasha vociferou, tentando inutilmente sentir a presença de Naraku. - Vamos, maldito! Apareça...!
Ele não sabia o porquê, mas seu faro antes tão apurado estava deixando-o na mão justo agora, que precisava... Não! Necessitava achar Naraku. Mas... Por que logo agora? Seria por não ter se alimentado direito? Por fazer semanas que não bebia de sangue humano...? Ou seria por causa de uma reles meio-vampira que havia falado mais do que devia?
"- Kagome... Essa garota... Ela me intriga muito. Falou de coisas sem sentido para mim, mas que para ela pareciam ser a coisa mais óbvia do mundo. Eu realmente não a entendo... Raios! Seu idiota, pare de pensar nessa menina e se concentre!"
Apurou o nariz e de repente sentiu aquele odor que tanto repugnava. O cheiro fétido vinha do lado leste da cidade. O lado que fazia caça-vampiros tremerem só de pensarem em entrar lá. O subúrbio era o território onde mais se concentravam vampiros, o point deles. Até mesmo Inuyasha receava pisar naquela terra cheia de maldade e tantas vezes manchada de sangue.
- É inútil! - franziu o cenho, não sabendo se voltaria inteiro de lá. - Eu tenho que ir até aquele maldito lugar... - Inuyasha apressou-se, pulando nos prédios mais altos.
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Passava os olhos desinteressada pelas páginas amareladas do livro antigo que se encontrava em suas mãos. Na verdade, não estava sequer olhando para ele. Os olhos vazios escondiam o que sua mente tanto martelava desde que havia colocado os pés ali.
"- Hoje Sango agiu tão estranhamente... Parecia que estava hipnotizada pela Shikon no Tama, até senti uma dor no peito quando a vi me olhar daquele jeito..."
Kagome não sabia donde vinha aquele sentimento de perda que havia lhe tomado no momento que ali entrara. Era como se a jóia fizesse parte de si, como se temesse perdê-la do mesmo jeito que um braço ou uma perna. Muito estranho, realmente.
"- Bom, já que eu sou uma meio-vampira, eu preciso descobrir o lado bom dessa minha condição, não é?" - fixou os olhos nas estantes espalhadas pelo esplendoroso salão. "- Algum dentre esses tantos livros deve me ajudar com isso..."
Levantou-se, e calmamente começou a percorrer o salão, parando vez ou outra e retirando um livro de uma estante. Folheava-o por alguns minutos, depois o colocava no seu devido lugar e novamente percorria o salão, passando os olhos pelos títulos dos livros.
Repetiu esse ritual por mais ou menos uma hora, mas logo foi interrompida pela chegada de um visitante deveras estranho.
- Olá jovem! - ele cumprimentou, olhando maliciosamente para as pernas despidas dela.
- Eu posso lhe ajudar, senhor? - Kagome perguntou, erguendo uma sobrancelha ao vê-lo beijar-lhe a mão.
- Sim, mas por favor, não me chame de senhor - levantou os olhos para ela, sem soltar-lhe a mão. - Me chame apenas de Kouma (ignorem o nome ¬¬').
Kagome sentiu o ar faltar em seus pulmões ao fitar os penetrantes orbes verdes dele. Era como se alguma força invisível a empurrasse na sua direção. Andou inconscientemente até o homem - muito bonito por sinal, tinha longos cabelos negros que caiam por seus ombros - , e quando se deu conta, tinha o rosto a centímetros dele, e podia jurar que havia visto os seus orbes verdes brilharem por um instante.
Os braços de Kouma a envolveram rapidamente, enquanto a encarava sem mesmo piscar os olhos. Mas Kagome permanecia imóvel, com os braços caídos ao lado do corpo. Até podia sentir o calor dos lábios dele sem ainda ter tocado-o. Mais um movimento e eles se beijariam.
"- Só mais um pouquinho..." - ela pensava, sem controle de seu próprio corpo. "- Só mais um pouquinho..."
Quando suas bocas se tocaram, num segundo que pareceu um século para a meio-vampira, os dois ouviram passos, e logo se separaram.
- Ka... Kagome? - Sango chamou, olhando surpresa para os dois.
O rosto de Kouma expressava uma naturalidade que pareceu irreal aos olhos de Kagome. Era como se não houvesse acontecido nada. Ela, por sua vez, estava consternada com o fato de desejar um beijo de um completo estranho.
"- Tsk tsk... Então já partiu pro ataque, Kouga?"
Sango os olhava maliciosamente. Tinha consciência que logo todos os vampiros estariam no encalço da herdeira, só não esperava que fosse tão rápido e muito menos que Kouga fosse o primeiro.
"- Mas é bom você não contar vitória, meu querido, pois a Shikon no Tama já me pertence, e Naraku adorará recebê-la por minhas mãos..."
Riu internamente, sabendo que faltava muito pouco para ter de volta seus pais e seu irmão, assassinados brutalmente.
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A lua escondia-se entre as nuvens. O cheiro de carnificina invadiu suas narinas mais rápido do que pensava. Contraiu o rosto numa careta de nojo. As luzes das ruas estavam apagadas, acentuando a atmosfera de medo que já existia ali. Os prédios estavam em péssimo estado, depredados e pichados por vândalos. Não havia automóveis circulando, e as pessoas que andavam na longa avenida pareciam todas estarem escondendo-se a cada beco que ele passava.
- Vermes! Estão com medinho, não? - Inuyasha murmurou, puxando o capuz mais para frente. - Mas, onde vocês me levarão dessa vez, hein? Será naquela boate nojenta ou no covil do Bankotsu?
O sorriso maldoso se alargou ao avistar quem ele queria. O mirrado homem estacou na sua frente, arregalando os olhos surpresos, logo abrindo um sorriso que parecia o de um psicopata que acaba de encontrar sua vítima.
- Inu-kun... - ele falou numa voz arrastada, levantando o capuz negro que lhe cobria o rosto. - Veio me visitar?
- Hunf! - Inuyasha ergueu uma sobrancelha. Não estava tão acostumado assim com o jeito afeminado de Jakotsu como pensava. - Se eu viesse visitar alguém... Você que não seria, verme.
- Ai, que grosso! - ele piscou e sorriu maliciosamente. - Mas meu mestre não gostará nem um pouquinho de vê-lo no território dele. Você se lembra muito bem do que aconteceu na sua outra "visitinha", não?
- Eu só fiz picadinho dos comparsas do Bankotsu e matei mais um monte de caça-vampiros, só.
- Ui, como ele é mau... - Jakotsu riu, tampando o rosto novamente. - Mas não quero problemas para o meu lado, Inu, então é bom você voltar pro seu mundinho humano, querido...
Inuyasha não o deixou terminar a frase. Levantou-o do chão com uma só mão, fazendo o homem com traços femininos gemer de dor.
- Eu quero ver seu chefe... E é agora, Jakotsu!
- T-tá bem! - gaguejou. Alisou o local que Inuyasha havia apertado quando este lhe soltou.
Jakotsu foi à frente, adentrando por muitas vielas daquele bairro imundo. Todos fugiam ao notar os cabelos prateados do ser atrás dele. Conheciam apenas duas pessoas que possuíam essa coloração: Sesshoumaru e Inuyasha, e sempre que um dos dois vinha ali, com certeza não era com 'boas' intenções.
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Já havia anoitecido e ela ainda não conseguira achar a saída da floresta. Afastou alguns galhos de árvores que estavam no seu caminho, logo chegando no seu ponto de partida.
"- Há, beleza! Aqui estou eu de novo... Será que esta floresta não tem fim? Eu andei em círculos a tarde inteira..."
Rin estava cansada. Suas pernas pareciam não terem mais força para sequer mais um passo. Olhou em volta e viu apenas árvores e mais árvores. Tudo ali era igual... Como conseguiria sair se não parava de andar no mesmo lugar?
"- Ai meu Deus! O que foi isso?"
Sentiu um calafrio ao ouvir um barulho vindo de trás de si. Olhou para os arbustos que tinham as folhas em movimento.
"- Ai sua boba! Deve ter sido apenas o vento."
Mas seu medo foi intensificado com mais um som que ouviu: um grito estridente. E humano.
- Ai, mariamãedejesus...! - Rin gritou, sentindo todos os pêlos de seu corpo se eriçarem.
Abraçou a si mesma, sabendo que logo daria de cara com um "monstro" ou outro bicho qualquer. Era medrosa, tinha que admitir, mas estar numa floresta sozinha, à noite, e ainda por cima ouvir um grito assustador era pra se ter medo, não?
Mais um farfalhar de folhas e teve certeza que o que quer que seja estava atrás de si. Teve medo de olhar. Só de pensar que poderia ser um vampiro ela tremia de medo (muito curioso, pois ela era uma meio-vampira ¬¬). O seu instinto de sobrevivência falou mais alto, e quando se deu conta estava correndo desembestada pela floresta sombria. Podia sentir que 'alguma coisa' estava seguindo-a, quase a alcançando. Correu o mais que pôde, chegando numa enorme clareira, coberta de folhas secas.
- Tô ferrada...! - murmurou, não avistando um esconderijo seguro.
Mas seus pensamentos foram interrompidos pelo som de passos. Eram muito fracos, mas mesmo assim podia ouvi-los, pois seus sentidos foram aguçados pelo sangue vampiro que corria em suas veias.
O ser parou as suas costas, sem fazer qualquer movimento. Rin já prevendo sua morte (¬¬') virou-se para ele, ou melhor, para ela, pois o que viu foi uma mulher muito estranha, de intensos olhos vermelhos.
- Olá, menina! - a voz fria soou no silêncio da noite, fazendo Rin estremecer. - Lembra-se de mim?
Rin olhou-a demoradamente, vasculhando a memória em busca de qualquer coisa que remetesse ao ser a sua frente; mas nada achou. Definiu as vestimentas dela como "panos negros sobrepostos", o que era verdade. Curiosamente, sua pele alva parecia emanar um cheiro incomum, que lhe provocava certo asco.
"- Tô parecendo um cachorro..." - uma gota enorme desceu por sua cabeça, esquecendo-se completamente da mulher que a encarava.
- Então, garota, se lembra de mim ou não?
- P-pra falar a verdade não - a voz saiu falhada. Aproveitou a distração para dar alguns passos para trás, numa tentativa inútil de se afastar da estranha, pois ela caminhava lentamente na sua direção.
- Que pena que você não se lembra de mim... - A mulher franziu o cenho, fechando o punho com força.
- Ei, você é... - Rin apontou o dedo trêmulo na direção dela, lembrando-se de onde já tinha visto aqueles orbes cor de sangue. - ... Você é a vampira que estava com o assassino de minha mãe!
- Oh, finalmente se lembrou! - a vampira levantou o punho, abrindo a mão, exibindo as garras afiadas. - Meu nome é Kagura, prazer.
- Maldita!
A dor invadia-lhe por dentro. Os olhos marejaram só de lembrar da horrível cena da morte de Kaede. Sentia tanta raiva dentro de si, que poderia jurar que a qualquer momento explodiria. E seria melhor ainda se fosse com Kagura.
- Você me paga, desgraçada! - sem ter controle de si, correu na direção de Kagura com o punho cerrado, enquanto seus olhos tomavam uma cor avermelhada.
Rin sentiu que sua boca agora parecia pequena para abrigar seus dentes, mas não ligou, apenas queria vingar sua mãe. Seu punho foi de encontro com o rosto da vampira, fazendo-a dar um passo para trás. Rin parou no mesmo lugar, ofegante, tentando assimilar o que acabara de fazer.
- Como... Como você...? - Kagura não entendia como uma simples meio-vampira havia conseguido fazer-lhe sair do lugar. Seria porquê ela continha o sangue puro e forte de Sesshoumaru?
A tensão entre elas era quase palpável. Mantinham-se paradas, apenas encarando-se com raiva. Nem perceberam quando duas pequenas esferas douradas surgiram na escuridão da floresta, observando-as com atenção.
Continua...
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(1 "É que nesse dia você deixará seu lado obscuro morrer, para dar vazão ao seu lado mais puro, o seu lado humano que grita para sair do exílio que você opôs a ele." Kagome sabia que Inuyasha não entendia o que acontecia dentro dele. Ele parecia muito confuso quando estava perto dela, e isso parecia ser uma característica vampira. Kagome falou isso para ele porque pensava que somente quando ele compreendesse e expressasse os sentimentos que havia dentro dele, ele se tornaria um verdadeiro meio-vampiro, pois seu lado humano estava muito bem escondido. E assim teria uma vida menos amargurada, já que teria mais prazer em viver e quem sabe amar.
Olá pessoas /o/
Nhaaaa... Mais um capítulo postado! Desculpem a demora, mas eu comecei outra fic (de Naruto /o/) e não tinha inspiração para continuar esta aqui -.- Mas, depois que voltei da praia continuei este capítulo que estava jogado as traças... Dizem que o trabalho vem antes da diversão, mas para mim escrever fics é também uma diversão, então, onegai, não me matem u.u
Ahh! Sei que a Sango é toda boazinha no mangá/anime, mas aqui eu a fiz um "pouco" diferente... Mas vocês verão que o que ela tem não é maldade; e conseguintemente, o romance dela com o Miroku não começará tão cedo. Próximo chapter terá Rin&Sesshy e Inu&Kag, e também conheceremos o local de trabalho do Inu-kun n.n
Pessoalmente, eu odieiii esse capítulo ù.ú Tô até com vergonha de pedir reviews -.- Bom, mas quem achá-lo digno de uma review me manda, ok? Desde já agradeço a quem leu mas não comentou!
Agradecimentos (ah! começarei a agradecer as reviews pelo sistema do site, o 'reply', e quem comentar mas não estiver logado eu respondo aqui, ok? n.n):
Natsumi Takashi: Respondida n.n
Carol: Oi moça! Pois eh... O Inu tah assim porque ele não sabe o que realmente sente pela Kagome... Ele acha que está confundindo o que sentia pela Kikyou, pois são mãe e filha, neh? A cena do Kouga foi uma viagem, não? huahuhauhau Ficou tão besta, tadinho... O.o Adorei saber que você gostou do capítulo! Tomara que eu não a tenha decepcionado com este aki -.- Muito obrigada pelo comentário... Bjokas!
nathbella: Olá pessoa! huahuahuaha Pelo visto a cena da bebedeira do Kouga repercutiu, hein? Poxa, não fala assim dele!' Ele ficou uma anta, um animal, uma besta,eu sei... Mas não precisa chamá-lo de retardadohuahuhauha O.o Er... Bem. a Sango está ficando muito misteriosa, não? Eu sei o que ela é, mas não vou contar lálálálálá ¬¬" Que bom que você está gostando da fic! Vamos ver se você vai continuar gostando depois desse capítulo -.- Obrigada por comentar, viu? Bjinhus...
paty: Oi minina! Que isso! Adoro suas reviews, pode mandar quantas quiser n.n Sim, a Kikyou eh uma empata-love de primeira, ateh no além ela perturba o Inu... Por enquanto não sei, mas o mais óbvio seria que ele se apaixonasse por ela sim... Vou ver no que essa minha mente lesada vai pensar daqui pra frente O.o Ai, que bom que gostou do capítulo! Amei saber! Se você aguentar ler este aki, comenta pra eu saber, ok? Obrigada pela review, bjokinhas...
Palas Lis: Respondida n.n
Kisus...
Ja ne!
Kelen Potter