Capítulo 1 – Dia de Azar
Lily Evans rolou na cama, quando o despertador tocou alto. Como era bom dormir até as nove... Mais três meses e essa marmota acabaria... A ruiva sorriu com a idéia de poder ficar ali por mais cinco minutinhos, mas sua mãe adentrou o quarto, abrindo a janela.
- Vamos, dorminhoca... Eu não vou te chamar mais! Anda mocinha, senão ou vou tirar a mesa do café, anda. – Lily rolou de novo, preguiçosa, o sol iluminando seu rosto claro.
Lentamente ela se levantou e seguiu para a cozinha.
- Bom dia, Petúnia! – Ela cumprimentou a irmã, com graça. – Uma bela manhã, não acha? Por que não vai passear com seu futuro barril no parque?
- E por que você não para de me encher e sai logo da minha frente? – Disse a outra, sentindo a ressaca da noite anterior.
- Uau. Não sabe como aprecio seu bom humor matinal, querida...
E as duas desceram as escadas sem mais palavras.
- Bom dia. – Disse seu pai, ao que elas sentaram-se para o café da manhã.
- Lendo o jornal de novo, pai? – Lily perguntou.
- Claro... todos os dias vejo uma notícia de que mais uma família foi assassinada... Estou ficando preocupado...
- Humpf – Resmungou Petúnia.
- Lily, eu estava pensando... Quanto tempo você tem de férias? – Seu pai perguntou.
- Bem... São três meses até os exames...
- Você podia passar uns tempos na casa de sua tia Mary... Aposto que ela ia gostar de ter você por lá. – A ruiva pareceu considerar a idéia do pai.
- Sabe, não é uma má idéia. Rachel está viajando e Susan não pode vir pra cá sempre... E até lá... É, acho que vou ligar pra ela hoje.
- Faça isso querida – Disse sua mãe ao adentrar a cozinha, sorrindo.
- Err... Pai? Posso ir com o carro? – Ela perguntou. Petúnia deu um resmungo e o sr. Evans levantou uma sobrancelha. – Ela não sabe que sou bruxa...
Um silêncio pairou no ar... Até que seu pai concedeu com a cabeça.
Depois do almoço então, Lily já estava com a mala pronta, varinha em punho, e as chaves do carro na mão.
- Cuidado na estrada! E não vá se perder! – Essas eram as últimas recomendações da mãe. – E juízo!
- Tá bem, mãe. Não se preocupe. Eu vou direto pra lá.
- Muito bem, minha filha – Disse seu pai. – Mande abraços para Mary.
Minutos depois, lá estava Lily, o mapa no banco do passageiro, rádio ligado alto e vento nos cabelos rubros.
Observava as belas paisagens enquanto guiava o carro para o norte. Árvores e mais árvores passavam a sua direita e a estrada era boa...
Depois de vários quilômetros e ouvir as mesmas músicas durante muito tempo, Lily começou a estranhar o caminho.
- Isso que dá querer dormir toda vez que viajávamos pra casa da Tia Mary...
Um asfalto diferente, ruim... Será que estava no caminho errado?
Agora tinha que desviar de buracos e via espeluncas abertas do lado da rodovia, com gente mal encarada...
Estranho... Parou para olhar o mapa. Bem, pelo que via, estava no caminho certo...
Continuou seguindo, na mesma estrada. O movimento de carros diminuía cada vez que se aproximava (ou achava que sim) da casa da tia.
- Calma Lily. Já já você estará comendo batatas fritas com peixe...
Estava anoitecendo e os raios quase que rosas apareciam debaixo das nuvens que se aproximavam.
E o asfalto piorava... Não se lembrava de nada daquilo... Nem de já ter demorado tanto pra chegar na casa da tia...
- Céus... Onde vim parar?
Parou então, o carro de novo e saiu de dentro para observar o mapa. Nada...
Não havia outro jeito. Continuaria na estrada. Quando visse a primeira estrela... Voltaria e tentaria chegar por outro caminho.
Antes de entrar no carro sentiu uma gota de chuva em seu nariz. O tempo estava fechando... Como todo o dia na Inglaterra, o dia é quase imprevisível se tomar como referência as primeiras horas do dia...
Não havia andado nem três quilômetros quando deu com o final do asfalto e o começo de uma estrada de terra. A chuva apertava cada vez mais e batucava o vidro do veículo.
- Isso definitivamente não é bom.
A ruiva então, resolveu virar o carro para voltar...
E sente um solavanco. Era o impacto de um carro atolando...
Suspirou e tentou acelerar para sair... Nada.
- Droga... – Ela disse dando um soco no volante, imaginando a lama sujando o carro e abrindo a porta para dar uma olhada na situação.
O pneu estava completamente enterrado no barro...
E tudo estava deserto. Nem uma alma viva por perto e já estava sentindo as meias encharcadas.
Entrou de novo no carro pra pegar a varinha. Daria um jeito com magia mesmo... Ninguém ia ver mesmo...
Debruçou-se sobre o banco e tentou pegar a bolsa, mas ela havia enroscado. Bufou e resmungou um palavrão. Tentou então alcançar sua varinha dali mesmo, ainda que estivesse molhando todo o estofado... Seu pai a mataria...
E então a varinha caiu para debaixo do banco. Esgueirou-se ao máximo para pegá-la, mas seu braço não passava...
Saiu do carro, bateu a porta com força que conseguiu a façanha de estourar o vidro...Já era quase noite... Estava perdida.
- Por que tudo está dando errado? Mas que merda!
Deixou-se sentar na lama, sem saber o que fazer, pousando as mãos no rosto alvo.
Agora era esperar por um milagre...
E ao pensar nisso, surpreendeu-se com faróis fortes cegando-a. Levantou-se e deu de cara com um trator negro com duas pessoas dentro, observando-a com curiosidade.
- Tá precisando de ajuda, moça? – Um homem banguela perguntou a ela. Lily ponderou os fatos. Mas antes que pudesse responder, uma mulher rechonchuda ao lado dele o fez:
- Mas é claro que tá, homem! Ela tá parecendo um pinto molhado, coitadinha!
N/a: Hey pessoal! Aqui está finalmente a continuação de LR, depois de meses... Já já que vem mais um cap. de CdS e BA, aliás essa última está atrasadíssima... Marotos geral para o próximo episódio...
Agradecer imensamente ao pessoal que comentou LR, de verdade, eu amo vocês.
Reviews, por favor! Ando meio necessitada... Em CdS, tenho acho que 6 só!
Espero que tenham gostado!
Beijos para o QF, para Marauders Sisters, pra minha mãe e pra Lena.
That's all folks!
Bia Black,
24 de Novembro de 2005.
