Aviso: Este capítulo não foi betado, afinal, até os beta readers precisam de férias (eu não seria louca de incomodar alguém nesta época do ano). Portanto, perdoem os possíveis erros.
"Breath in
Breath out
Breath in
Breath out"
"Harry, Harry! Espere!"
Pof!
Hermione compreendeu que a porta do seu quarto batida a menos de dois centímetros do seu nariz era um sinal óbvio de que nada estava bem, e que seu marido não tinha a menor intenção de falar sobre o que quer tenha acontecido. Ela também não insistiria. Sabia que uma hora ou outra, Harry sairia de lá pedindo desculpas por ter entrado daquele jeito em casa sem lhe dar atenção e, fatalmente, contaria o que o angustiava. Depois de desabafar, deitaria no seu colo, pediria um beijo e talvez depois disso, ela pudesse até consolá-lo melhor...
Ainda assim, aquele Harry afogueado e perturbado de instantes atrás lembrava muito o garoto instável e infeliz dos tempos de Hogwarts, e isso a preocupava. O sentimento de impotência sempre o afetou terrivelmente, como fora nos tempos em que ele aguardava, como um animal que espera pelo seu abate, o desfecho da profecia. A sua condição de total impotência, de estar à mercê do que o destino o reservava, quase o enlouqueceu. Hermione estivera muito satisfeita que, desde que começaram a viver juntos, Harry houvera se esforçado ao máximo para deixar aquele outro Harry para trás, o garoto frágil, extremamente angustiado, mas que nunca deixava transparecer sua simples condição humana, a fraqueza. Antes, ele nunca chorava. Agora ele se deixava revelar, pelo menos a ela.
O apito da chaleira na cozinha interrompeu seus pensamentos, avisando-a de que ela tinha uma casa para cuidar, e que, a não ser que Molly Weasley os visitasse, o jantar não surgiria magicamente sobre a mesa. 'Droga!' - pensou, punindo-se por ainda não ter se familiarizado com a árdua tarefa de não morrer de fome. Não fosse a gentileza que seu parido transpirava, dizendo A comida está ótima, querida, ela já teria mandado o FALE às favas e pedido auxílio a algum elfo doméstico.
Sentou-se na pequena mesa do canto, tomando prudentemente o chá fumegante que acabara de se servir. E foi quando aquele pensamento que ela se esforçava para manter nas masmorras da sua mente veio à tona, e o nome pulou de seus lábios:
"Malfoy...". Ela tinha certeza que o comportamento de Harry tinha a ver com o cretino do Draco. Hemione, por um momento, desejou que ele tivesse explodido naquela guerra infame. Mas este era apenas um pensamento, nada mais. Porque dela se esperava força, para suportar tudo por Harry. Ela deveria ser a compreensiva, a paciente, o porto-seguro do homem-que-sobreviveu. E ia ter que agüentar aquela doninha loira por tempo indeterminado em sua própria casa. 'Por acaso eu quebrei a varinha de Merlin?', inconformava-se. (ah, vamos, não me xinguem, é apenas uma alusão àquela nossa expressão "Joguei pedra na cruz")
A maldita profecia dizia que um só viveria enquanto o outro vivesse. Sim, este era um motivo mais do que forte para entocar um inimigo de toda uma vida dentro do seu lar. E Malfoy não tinha mais nada a perder. Não havia fortuna, nem família, tampouco prestígio. Dar um fim à própria existência era questão de oportunidade. Além do mais, Harry sempre soube que havia conspirações para que Draco fosse morto em Azkaban. O que poucos sabem é que isso significaria não só a morte do filho do maior partidário de Voldemort, mas também o desaparecimento de Harry, o herói da guerra. Os dois precisavam se proteger mutuamente. Hermione só não havia conseguido calcular o preço que isso tudo ia custar às suas vidas.
Apesar de todo aquele assunto estar saturado em sua mente há tanto tempo, Hermione ainda conseguia conter um sorriso irônico quando lembrava que Harry era o tal herói de que todos falavam justamente por causa de Malfoy, que o salvou no momento mais crucial da luta. Coisa que jamais alguém conseguiu explicar de maneira racional, mas que foi decisiva para a confirmação da profecia, selando o destino dos dois. Logo ele tinha que salvá-lo? Logo ele? Que mais provações ainda teriam que passar para finalmente viverem em paz?
O barulho intermitente do relógio no alto da parede mostrava a ela que já estava há tempo demais ali pensando. Depois de organizar a cozinha, caminhou até seu quarto, abrindo a porta muito lentamente. Estava muito escuro e Harry estava dormindo.
Vestiu-se com uma camisola clara de seda e deitou-se ao lado dele, ordenando com sua varinha que algumas velas encantadas fossem acesas. Assim, ela poderia ver o rosto daquele homem e se certificar, mais uma vez, que apesar de todo sofrimento que passou, sua beleza aumentava diariamente. Harry desmontava qualquer uma só de olhar, era naturalmente sensual e de uma ingenuidade adorável. E ainda a fazia, quase todas as noite, querer que a manhã não chegasse. Porque ele era realmente bom no que fazia. Como era.
Inquietação, calor, arrepio.
- Harry...
Uma noite de prazer deveria significar sorrisos e carinho para o dia seguinte. Mas ambos haviam notado que a realidade de um casamento podia ser completamente diferente. Muitos casais eram capazes de se deitar na cama brigados, ter um noite magnífica, e acordarem sem a menos se falar. Dura realidade.
Não havia sido exatamente o caso de Harry e Hermione, porque, de fato, não houve discussão alguma. Contudo, eles acordaram sem trocar qualquer palavra, ainda que ela tentasse algum contato pelo olhar. Ele a ignorava categoricamente e ela, então, resolveu fazer o mesmo. Como não podiam passar todo o café da manhã fingindo que o outro não existia, ela rompeu o silêncio.
"Precisamos conversar."
Ele não se deu ao trabalho nem de levantar o rosto. Fez apenas uma pequena pausa no movimento de levar o copo à boca e continuou, como se não tivesse escutado.
"Estou falando com você, Harry! A não ser que você esteja vendo mais alguém aqui pra me responder!"
O moreno suspirou.
"Não tenho nada para falar" – disse, laconicamente.
"Ótimo!" – alterou a voz, fazendo a colher tilintar bruscamente no prato.
"Um inferno, Hermione. Vamos enfrentar um inferno daqui pra frente! Como é que você quer que eu me sinta? Eu só quero um pouco de paz agora!" – exaltou-se, largando o copo violentamente sobre a mesa.
"E por acaso você vai enfrentar tudo sozinho? E eu? O que eu significo pra você?"
Harry abaixou a cabeça pensativo, esfregando nervosamente os dedos na testa. Por fim, arrastou a sua mão até a dela e a apertou fortemente.
"Me desculpe, Mione. Me sinto culpado por te envolver neste problema todo... Me perdoe..." – desabafou.
"Harry, estivemos juntos em todas os obstáculos desde crianças! Por que seria diferente agora? Eu sei que vai ser um inferno, mas desse inferno Draco Malfoy depende a sua vida. E mesmo que todo o passado o condene, eu consigo ser bastante grata a ele por ter te salvado. E se para agradecê-lo eu tiver que suporta-lo aqui em nossa casa, que seja!" – disse, determinada.
"Estou com..." – hesitou.
"Medo? Como qualquer outra pessoa normal? Você não precisa ser forte o tempo todo, Harry!"
"Tenho receio de dar tudo errado. Sinto que ele vai arruinar a nossa vida..." – desanimou-se.
Hermione levantou-se da cadeira e o abraçou apaixonadamente.
"Tudo vai depender de nós. Da nossa força, do nosso amor."
Harry apoiou sua cabeça nos ombros dela e suspirou, fechando os olhos fortemente. E o que aconteceria se ele não estivesse certo desse amor?
"Está na hora, meu filho. Vamos terminar logo com isso." – aconselhou Dumbledore.
"Sim, vamos terminar logo com isso" – concordou Harry, repetindo maquinalmente.
"Traga-o aqui, senhor Fiennes!" – ordenou Grant, que aguardava apenas a ordem dos dois homens que estavam em seu escritório.
"Muito obrigado, senhor Grant. Eu realmente apreciaria se, quando o jovem chegasse, o senhor nos deixasse a sós em seu escritório, prometo que não levará muito tempo." – pediu o velho diretor de Hogwarts.
O homem mostrou-se levemente resistente à idéia, mas concordou, no final.
A espera era tensa. Harry esforçava-se para parecer natural, embora houvesse alguém naquela sala que o conhecia muito bem e sabia que nada daquilo era real. Felizmente, não demorou muito para que a porta atrás dos dois se abrisse e o carcereiro deixasse que Draco entrasse, acabando com a agonia da espera.
"Aqui está ele, senhor" – apontou para o loiro.
"Obrigado, Fiennes. Agora, por favor, retire as algemas do rapaz e pode sair." – o diretor não escondia a repulsa que sentia por Malfoy.
"Sim, senhor". Fiennes rapidamente retirou as algemas invisíves dos braços magros de Draco com um feitiço e se retirou do local.
"Também já estou de saída, Dumbledore. Por favor, fiquem à vontade!" – pediu, educadamente, deixando o recinto em seguida.
Draco permanecia imóvel, os longos e agora limpos cabelos cobriam todo o seu rosto, visto que ele permanecia com a cabeça abaixada desde o momento em que chegara ali. Harry ainda não tinha tido disposição (ou seria coragem?) para se virar e vê-lo. Talvez nem houvesse o que temer, Dumbledore estava ali e não permitiria que nada lhe acontecesse, mas, ainda sim, algo o angustiava como se houvesse alguém apertando seu coração com as próprias mãos. Observando a tensão que se instalou, o velho bruxo convidou:
"Por que não se senta, senhor Malfoy?"
Draco levantou de leve o rosto e encarou o diretor de Hogwarts com certa selvageria, demonstrando resistência a obedecer.
"Creio que seja melhor que o senhor se sente, precisamos conversar um pouco."
"Eu não acredito que possamos ter algum assunto em comum depois de tudo, Dumbledore" – sibilou contidamente, finalmente manifestando-se.
"Não é muito inteligente agir dessa forma na sua condição, senhor Malfoy."
"Não me importo, não pedi para ficar aqui com vocês, muito menos pedi para que fosse solto. Saudades não é uma palavra que eu consiga associar a vocês dois. E estava muito bem aqui antes de me importunarem." – disse, friamente.
Neste momento, Harry o encarou, sentindo uma fisgada no estômago. 'Céus, isso será mais difícil do que eu estava imaginando'.
"Sente-se, Malfoy" – pediu o velho, mas ríspido que o de costume.
"E se eu disser que não quero? Por que vocês não voltam de onde vieram e me deixam em paz?" – exaltou-se, fechando os pulsos.
Harry, refreado até então, levantou-se bruscamente da cadeira e gritou com o outro:
"Quer fazer o favor de sentar, idiota!"
Draco engoliu em seco, levantou o nariz em sinal de desprezo, acompanhado por uma grande cara de nojo, e sentou-se na cadeira mais próxima, acuado. Harry puxou o colarinho da própria camisa, como se estivesse precisando de ar e se sentou também, arfando de raiva, mas controlando-se gradativamente.
"Assim está melhor, senhor Malfoy. Acredito que assim poderemos conversar." – disse Dumbledore, receptivo. Draco continuava cultivando uma cara de quem pisa em cocô de cachorro.
"Não sei que assunto poderíamos ter em comum, mas já que estou aqui, desembuchem." – disse o loiro, com desdém.
"Temos mais assuntos em comum do que o senhor imagina, senhor Malfoy. E eu tenho certeza que o senhor está, sim, se perguntando por que afinal nós viemos libertá-lo, já que lutamos de lados diferentes na guerra".
"É... Digamos que isso tenha passado pela minha cabeça..." – disse, dando de ombros.
Harry mal podia controlar a irritação que tinha só de olhar pra aquela criatura ordinária.
"Vou ser bem direto, senhor Malfoy. No episódio em que o senhor salvou o senhor Potter do ataque do seu pai no meio da batalha – Draco colocou as mãos no rosto lamentando-se -, o senhor selou o seu destino e o de Harry."
"Claro que sim, seu velho! Ganhei o ódio do meu pai e de todos os amigos e deixei o caminho livre pra esse daí acabar com o nosso mestre!"
"Cala a boca, seu estúpido!" – Harry realmente não estava se dando muito bem na tarefa de se controlar.
Dumbledore pousou sua mão de leve sobre a mão do moreno, que agarrava o braço da cadeira com fervor.
"Controle-se, Potter. Ou você é quem não sairá livre dessa prisão!" – disse o loiro, rindo sarcasticamente.
"Contenha-se, senhor Malfoy, contenha-se." – pediu Dumbledore. "Como dizia, o senhor selou o destino dos dois com aquele ato. O senhor, por acaso, nunca se perguntou por que não sabe explicar o real motivo de ter feito aquilo?"
"Não sei aonde você quer chegar com toda essa baboseira, Dumbledore – disse arrastado, como se soletrasse as letras do nome do homem -, mas eu sei sim muito bem porque eu fiz aquilo. Só lamento que não tenha surtido o efeito que eu planejava" - respondeu, decidido.
Até Harry impertigou-se para saber o que Draco tinha a dizer.
"Pois nos conte, senhor Malfoy, estamos realmente curiosos para saber qual foi o seu real motivo" – instigou Dumbledore, como se adivinhasse o que Harry desejava dizer.
"Não sei que dificuldade há de adivinhar por que eu salvei o Santo Potter" – dirigiu um olhar de desprezo para o moreno. "Estávamos no meio da guerra... Era mais que óbvio que o lado de vocês tinha tido muitas perdas, mas a pior desvantagem realmente estava no nosso exército, que já havia começado em menor número. Ficávamos o tempo todo planejando em como vencê-los sendo tão poucos, e ainda capturá-lo – apontou para Harry com desprezo. Nosso mestre sempre nos deixou claro que Potter era dele, nada nem ninguém poderia fazer qualquer coisa com o sujeito antes que ele mesmo pusesse suas mãos e lhe desse o que ele merecia, mas precisávamos apanha-lo" – Draco riu, seguido de um olhar de desaprovação do velho bruxo. Em seguida, se recompôs. "O fato é que, no calor da disputa, meu pai apontou a varinha para o Potter. Não tinha dúvidas de que ele o mataria ali mesmo naquele dia, e o senhor deve imaginar o que isso significaria para Lucius Malfoy, não é? Eu lhe asseguro que uma morte dolorosa e lenta seria o mínimo. Minha primeira reação foi jogá-lo para longe dali, impedi-lo de fazer aquela besteira. Foi quando eu o estuporei no meio da batalha, e os senhores sabem o resto. Esse meu pequeno ato foi o suficiente para atrair a atenção de vários discípulos de Voldemort, que achavam que eu era um traidor. Até meu pai me chamou de desleal, me abandonou no meio dos inimigos, enquanto muitos dos nossos morriam. Logo depois, Potter venceu o Lorde e aqui estou eu. Satisfeitos?" – perguntou, levantando uma sobrancelha cinicamente.
"Bela história, senhor Malfoy. É incrível com que naturalidade o senhor nos conta de fatos que deveriam ficar restritos aos seus aliados, e com que frieza o senhor nos conta dos planos de Voldemort... Isso tudo foi apenas uma comprovação de que o senhor não perdeu nada da sua capacidade criativa, infelizmente usada apenas para mentiras" – até Harry assustou-se com a frase do velho bruxo, pois havia achado a história de Draco bem convincente.
O loiro deu gargalhadas.
"E o senhor continua se achando tão esperto quanto antes!" – zombou.
"Não se trata de esperteza, trata-se de conhecer os fatos." – disse calmamente.
"Bem... Digamos que o senhor nunca vai saber se é mentira ou não, então é melhor aceitar essa versão, que é a única que o senhor tem."
"Pois bem, senhor Malfoy. Acho que está na hora de o senhor conhecer o que diz a profecia..."
"Ha ha ha ha ha ha" – ria descontrolodamente. "Então o senhor está querendo dizer que, enquanto eu viver, esse daí vive? Ótimo, vou pendurar meu pescoço na primeira corda que encontrar! Puxa, Dumbledore, não sabia que o senhor tinha tão bom senso de humor!"
"Se isso fosse algum tipo de brincadeira, Malfoy – Harry repetiu a cara de desprezo de Draco ao dizer o seu nome – eu não estaria aqui perdendo o meu precioso tempo tentando te explicar porque me esforcei pra te tirar daqui quando minha vontade é que você apodrecesse!"
"Ora, ora. Mas não é o garoto de ouro se revelando? Por que será que você não me parece nada convincente, Harry Potter? Agora que você precisa de mim, as coisas mudam um pouco, não é?" – sibilou Draco, aproximando-se perigosamente do rosto do moreno, deixando-o profundamente constrangido. Draco gostou do que viu. Sentiu seu coração pulsar forte quando percebeu o modo com que abalava o outro, e abriu de leve um sorriso, afastando-se. "Mas não precisa se preocupar, Potter. Ainda tenho umas coisas a fazer antes de morrer."
"Temo que não possamos nos prolongar mais na conversa, senhor Malfoy. Em outra ocasião, conversaremos mais. Espero que o senhor se comporte, ou não teremos o menor receio em mandá-lo de volta para cá." – enfatizou Dumbledore.
Draco deu de ombros.
"Por mim tudo bem, nada que eu já não tenha me acostumado."
"Quando o senhor provar a liberdade novamente, estou certo que não vai querer voltar."
Dumbledore ia se levantando da sua cadeira e indo em direção à porta, quando disse aos dois homens:
"Vamos, não podemos mais incomodar o senhor Grant. É hora de irmos embora."
Pela primeira vez, Draco pareceu um pouco receoso.
"Afinal, pra onde eu vou? Vocês sabem, eu não tenho mais onde morar."
"Para a minha casa..." – Harry revelou, sem dirigir-lhe o olhar.
Um choque. Foi o que Draco sentiu quando ouviu aquelas palavras Para a minha casa. Para a minha casa, PARA A MINHA CASA? Por acaso, aquilo era alguma piada? O susto foi tamanho que ele seguiu Harry por todo o caminho sem perceber que percurso realmente fizera para chegar à casa do ex-grifinório. E o pior: Não teve nem a idéia de perguntar por que Hogwarts não seria uma idéia melhor, ou entre os trouxas, ou no próprio inferno, se é que existia algum. O que ele mais se lamentava é que realmente esteve no controle da situação durante todo o tempo e o perdera como num passe de mágica. Como num passe de mágica, estranho isso. E por causa de quatro absurdas palavras.
"Hey, Potter! É nisso que você mora?"
Harry parou no meio do caminho de pedras que levava à porta da casa e se voltou para Draco com um sorriso cínico:
"Malfoy. Logo ali, umas duas quadras abaixo, há uma ponte. Se quiser se instalar embaixo dela, fique à vontade."
Draco riu.
"Com quem você andou aprendendo a ser tão cínico, Potter? Sabe... – o loiro se aproximou de Harry – Isso torna você bem mais interessante, me lembra até um sonserino."
Harry ficou ligeiramente desconfortável com essa proximidade. 'Por que diabos ficar próximo do Malfoy me deixa desse jeito?'. Antes que o outro notasse seu desconcerto, o moreno respondeu:
"Não seja ridículo, Malfoy. Quanta baboseira... E olha, é bom ficar quieto na minha casa. Se puder não abrir a boca pra nada, melhor. Nada de gracinhas com a Hermione, nada de criticar qualquer coisa que seja na frente dela. Ouviu bem, Malfoy?"
"Céus, tinha me esquecido da sangue-ruim..." – disse, lamentando-se.
"O que eu falei inclui gracinhas desse tipo. Chame-a de sangue ruim e você vai sentir o gosto ruim do seu sangue!"
"Nossa, Potter! Como você está agressivo!" – provocou.
"Nem mais uma palavra."
Harry saiu em disparada, deixando o outro para trás, pensativo.
"Potter, Potter... Pensando melhor, vir para a sua casa era o que eu realmente precisava para o meu plano se realizar... Eu vou ser o que você quer sim, mas você vai me pagar um preço muito caro por isso. Pode apostar que vai, e eu vou me divertir muito com a sua perdição..." – riu, pensando alto.
N/A: Oi, pessoal! Tudo bem, eu sei que eu demorei... Me desculpem realmente, mas final de semestre na facul não é fácil. Prometo que agora nas férias eu vou me esforçar para atualizar mais rápido.
Finalmente a estória está se encaminhando para seu curso, e eu prometo, ficará bem interessante. Eu sei que este capítulo não foi lá essas coisas, foi mais explicativo, mas eu realmente precisava dele para o que está por vir.
Meus grandes agradecimentos a:
Christine Waters: Não se preocupe com o equívoco, hehehe. Realmente não é comum alguém postar dois capítulos de uma vez, mas prevendo que apenas o Default Chapter iria causar alguma estranheza, coloquei o outro. Que bom que você gostou! Quanto à sua pergunta, acho que ela não é tão simples de ser respondida... Draco salvou Harry porque... porque... Talvez ele descubra isso depois! ;) Bjos
Gabi Malfoy: Que bom que está gostando! Bom, o romance... Sim, ele haverá, mas não vai ser doce com borboletas, se é que me entende... Mas espere pra ver. Bjos
Fernando Miaise: Bom, o cap. Demorou mas está aí! Bjos
Nostalgi Camp: Hum, que bom que o capítulo começou prendendo! Eu realmente fico muito feliz por isso! Bom, eu não sei com que freqüência vou poder atualizar, embora minha grande vontade fosse toda semana. Vou me esforçar para isso, ok? Bjos
Camila Parcker: Brigadinha, viu? Continue lendo! Bjos
FabiChan: Nossa, fiquei assustada quando vi um comentário seu em outra fic de que você não gosta de HHr. Na verdade, eu tb gosto só de DH (alguma HS tb são boas) mas achei que aqui era um bom casal para ser destruído! (ops, acho que falei de mais!). Bjos e obrigada pela review.
Saharlem: Como já tivemos a oportunidade de conversar bastante, apenas reitero meus agradecimentos e parabenizo mais uma vez pela sua ótima fic! Bjos
Fernando Mackertt: Saudades de vc, viu? Espero que vc tenha gostado deste cap. Vc se lembra como eu estava no final do semestre lá no CEFET, então sabe bem pq esse cap. demorou tanto a sair, neh? Espero que esse tb tenha te deixado curioso! Bjos
