NOSSA! Ainda estou em completo estado de choque. Acabei de conseguir meu recorde em REVIEWS: 10! Sabem o que é isso? Se não sabem, só precisam estar cientes de que fizeram uma pessoa muito feliz! YES! E por causa disso, o capítulo saiu em uma semana! (Viram como funciona?)! Os criminosos foram os seguintes: Nicolle Snape, Lis, Srta. Kinomoto, Gabi Potter-Malfoy, Beckman, a maligna, carlos bert, Anna Malfoy, Fabi - chan, Natalia-Lupin-Snape, Nakisuki-chan. Muito obrigada a todos, fiquei muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito feliz.
Algumas considerações: Bom, sei que Harry e Draco podem soar estranhos e meio nada ver de vez em quando, mas isso é só uma fic de uma doida, ok? E Draco, bem... O loiro-gostoso-irresistivel-tdb não é exatamente MAU. Como costumo dizer, o meu Draco é AMORAL e SÁDICO, MAU é o pai dele! E acho que não preciso dizer que não vai ter um final felizinho, né? (Angst/Tragedy dizem alguma coisa?). E pra galera não enlouquecer: O bebê não vai morrer né gente! Eu não sou Freddie Krueger. Mas não digo mais nadica de nada. Qto ao Draco gostar de Harry... Bem td é um processo...
No último capítulo...
Já havia uma hora que Draco não se movia. Ele só podia estar dormindo profundamente. Harry, depois de entrar e sair da barraca incontáveis vezes, perturbado sobre sua decisão, deitou-se finalmente ao lado do loiro, encaixando-se nele como o outro fizera semanas antes, enlaçando sobre ele seus braços, e dizendo, num sopro.
"Está tudo bem, Draco. Tudo vai acabar bem..."
Cap.8 I don't wanna be me
"You are lust incarnate
In the sweat of my bed
The eastern sky hints of dawning
Alone and awake but exhausted I lie
Oh how I hate the morning light"
Harry estava envolto por um mar de sangue, contendo uma forte náusea. A correnteza o queria levar, e ele se esforçava para manter seus pés junto a terra. Não havia nada além daquele mar e o céu refletia primorosamente a sua cor púrpura. Ao longe, algo boiava e vinha em sua direção, trazida pela torrente.
"Mione?" – perguntou, quando pôde identificar que o que se aproximava era um corpo de mulher.
Ela não respondeu. Foi trazida lentamente até os braços dele, que a acolheu. E a chamou, a sacudiu, mas ela nada disse. Ele beijava a sua testa e chorava desesperado. Ela estava morta, sua palidez e a sua gelidez não deixavam dúvidas.
"MIONE! ACORDA, acorda, por favor..." – soluçava, sacudindo-a ainda mais vigorosamente.
De repente, ela arregalou seus olhos e o fitou. Eles tinham o tom mais cinza que alguém jamais poderia ter...
"VOCÊ!" – gritou, aterrorizado.
Uma onda quente percorria seu corpo, somada a spasmos e uma súbita falta de fôlego. Harry levantou-se rapidamente e saiu da barraca, desejando que o ar fresco da noite preenchesse seus pulmões e o livrasse daquilo.
"Harry?" – Malfoy murmurou. "O que faz aí fora?"
"Er... Só um pesadelo, Draco. Já passou. Volte a dormir." – ofegou.
"Você está bem? Precisa de algo?" – indagou, preocupado.
"Já disse que não, Draco! Agora volte a dormir." – respondeu, levemente irritado.
O moreno ainda levaria algum tempo para se recuperar. Harry sempre tivera pesadelos, especialmente quando Voldemort invadia sua mente, mas Hermione sempre esteve ali para acalmá-lo, para dizer que não se preocupasse. Ela sabia, como ninguém, convencê-lo de que fora apenas um maldito sonho ruim e que ele NÃO ia se tornar real. Ela também poderia lhe dar uma explicação racional sobre o fato de Harry sonhar a mesma coisa duas vezes. "A sabe-tudo Granger..." - riu-se, lembrando-se com saudade da esposa. Agora, ela não estava mais perto dele confortando-o e Harry sentia cada vez mais sua falta. Precisava de alguém que lhe trouxesse alguma paz, não apenas dúvida e angústia.
O nome de toda essa ansiedade, como não poderia deixar de ser, era Draco Malfoy. O homem que estivera tomando o pensamento de Harry nos últimos tempos mais que qualquer coisa, o homem que o fazia punir-se internamente, como um monge em penitência. Ninguém pode esquecer o ódio de toda uma vida como num passe de mágica! Mas o loiro estava fazendo com que ele passasse uma borracha em tudo que acontecera, em todas as brigas, insultos, o ódio da guerra, e transformando-o em um... amigo? Não, Malfoy nunca seria seu verdadeiro amigo. Nunca estaria ali para as horas difíceis, como Ron estaria, nunca o confortaria como Mione. Estaria sempre ali para confundir, enlouquecer.
Era isso que Harry estivera tentando se convencer hora após hora, dia após dia. Malfoy era a pedra no seu sapato, o seu grande e único problema. O-homem-que-sobreviveu estava cada vez mais convencido de que Draco, sendo seu inimigo declarado ou não, havia nascido para trazer-lhe desequilíbrio. Especialmente seu cheiro, seu corpo, seus cabelos, o seu jeito de olhar... Como alguém podia ser tão magnético, tão sedutor? O jovem Malfoy transpirava sensualidade e Harry sabia que não estava imune a ele. De fato, ninguém que ficasse sozinho com ele por mais de um dia estaria. Ele estava sendo forte, e orgulhava-se disso.
"Mas que besteira... Draco é um homem, eu sou um homem! E sou casado, amo minha mulher. Isso é loucura!" – murmurou. Era difícil admitir para si mesmo que tinha algum interesse no outro. Ele certamente guardaria esse segredo com sua vida.
"Oh, céus..."
Sim, aquele lugar o estava enlouquecendo. Tinha que acabar logo, ou sairia dali direto para a ala psiquiátrica do St. Mungus.
"Não dormiu?" – perguntou Draco, espreguiçando-se ao sair da barraca, observando Harry encostado numa árvore.
"Não consegui..." – respondeu num fio de voz, as olheiras o delatando.
"Quer falar sobre isso?" – perguntou gentilmente, apoiando a mão no ombro de Harry, que desviou o olhar.
"Não, não se incomode. Foi apenas um pesadelo, depois não consegui mais pregar os olhos... E estou com saudades de casa."
Draco engoliu em seco.
"Ah... Bem, vai acabar logo, você vai ver." – disse, dando um tapinha nas costas do outro e saindo.
"Quando é que você vai aceitar que não há como fugir, Harry? Você ainda resiste em ser meu?"
Pela primeira vez, o loiro admitiu a si mesmo que havia a possibilidade de perder essa batalha. Harry mostrava-se mais forte do que ele esperava. Lutava, como o guerreiro que sempre foi, contra o seu desejo. Draco sabia que era cobiçado, sentiu isso quando o outro o abraçou durante a noite. E fora tão bom... Mas toda vez que havia um progresso, o recuo parecia ser ainda maior. Harry parecia-se com uma criança amedrontada, que quer o doce mas respeita o aviso dos pais de que não se pode aceitar nada de estranhos.
E se Draco investisse mais forte, e se ele o tomasse em seus braços? Não, talvez isso o afastaria para sempre. Se ao menos ele soubesse que Harry não tinha dúvidas sobre seus sentimentos... Não era o caso. Talvez ele devesse torturá-lo, então. Mostrar que não se importava com ele, que não sentia nada, talvez voltar a ser o verdadeiro Malfoy, aquele que odeia Harry Potter com todas as forças. Certamente, ele estranharia o súbito desinteresse e passaria a instigar o motivo. E talvez, o jogo mudasse.
Sim, tática perfeita.
"Harry,
Por que não me responde nenhuma carta? Estou com tantas saudades! Achei que ia ficar feliz com a notícia do bebê, mas não mandou nenhum bilhete... Eu sei que não deve estar sendo fácil, mas Dumbledore me garantiu que você está bem, porque não responde?
Estou passando a maior parte do tempo com a Sra. Weasley. Você sabe que ela jamais virá aqui em casa, por causa de Draco... Mas ainda me recebe muito bem na Toca, e estou me sentindo tão sozinha! Pelo menos não tenho que cuidar de tudo.
Já estou com os malditos enjôos, mas é tudo normal. O bebê está bem, fui ao St. Mungus na última semana. Já consegue pensar em um nome? Se tiver uma sugestão, me mande pelo menos um bilhete, tá? Andei pensando em vários, acho que deveríamos escolher alguns e esperar para ver o rostinho dela! Vai ser linda, peço a Merlin todo dia que tenha os seus olhos!
Te amo muito, amor. Estou louca de saudades.
Sua Mione"
"MALDIÇÃO!" – praguejou Draco. "Mais uma carta dessas, e eu fico louco!"
Draco estava transtornado. Ainda não havia pensado numa boa explicação a Harry pelo sumiço das cartas quando tudo acabasse. Não conseguia nem imaginar o choque dele ao saber que sua esposa estava esperando um filho, que tanto desejaram, e Malfoy o privou dessa alegria. E ele simplesmente não podia entregar aquela, pois era uma prova de que ele havia dado sumiço nas outras.
Pensaria nisso depois, havia algo mais que o preocupava. Quando Nas suas visitas regulares ao QG, ouviu dos bruxos que vários ataques estavam acontecendo e muitos haviam morrido nas batalhas. Os soldados estavam esgotados e temerosos.
O ex-sonserino temeu a ira de Lucius como nunca. O que garantia que ele não faria nada com ele, que não o mataria se precisasse? Ele tinha sido capaz de torturá-lo com Cruciatus, poderia aniquilá-lo sem pensar duas vezes. Será que deveria cooperar com o pai? Aquela era a sua vingança, nunca esteve nos seus planos a intervenção de outra pessoa, muito menos de Lucius, que sempre levara as coisas a sério demais.
Distraído, Draco não notou que alguém se aproximava dele pelas costas.
"Draco!" – berrou.
"Aaai! Garret! No que está pensando?"
Joseph Garret, um ex-sonserino extremamente atraente, riu.
"Acalme-se! Desculpe-me pelo susto, foi uma brincadeira. Eu só queria saber se não quer ficar aqui até mais tarde. Sabe, de vez em quando fazemos algumas festinhas aqui, se é que me entende..." – disse malicioso.
Draco deu um meio sorriso.
"Não seria má idéia, Garret. Hoje, vou ficar."
Já era tarde. Draco estivera agindo daquela maneira há quase duas semanas, desde que fora buscar os mantimentos no QG. Saía durante o dia e voltava quando Harry já estava dormindo. Ou tentando dormir. O ex-grifinório não podia deixar de pensar no que o loiro estava fazendo, por que estivera tão distante dele nesses últimos dias. Sua preocupação se redobrou quando Draco comentou a situação delicada em que se encontravam na guerra. Mas e mais ataques, dezenas de mortos. Os Comensais tinham conseguido muitos aliados e, por mais que isso parecesse uma insanidade, estavam com certa vantagem. Harry temia por Draco, sozinho naquelas terras, àquela hora da noite(1).
O moreno estava estranhando muito o comportamento do outro. Nunca mais Draco havia dito uma de suas gracinhas, nem tentado embaraçá-lo. Será que tinha se cansado dele? Será que tinha desistido dele?
Os livros que Hermione lhe dera jamais tiveram tanta serventia. Pelo menos, Harry se distraía um pouco, e parava de pensar no outro e na falta que ele fazia. Os livros, mesmo que temporariamente, escondiam no mais fundo de seus pensamentos a culpa em sentir falta dele, de desejar que ele ficasse o tempo todo ao seu lado. De desejá-lo, enfim.
"Isso não está certo... Merlin, me ajude a não pensar mais nele. Eu não sou infiel, não sou um traidor. Não posso estar... interessado em um homem!"
Harry não podia evitar a aflição que o corroía. A vontade imensa de ter e não se permitir. E o fato de Draco o estar ignorando categoricamente.
"Não vou deixar que ele faça isso comigo. Não vou deixar que brinque com o que sinto. Vou procurá-lo e vamos conversar, tirar tudo a limpo!"
Num impulso, levantou-se e, com sua capa de invisibilidade, correu em direção ao QG. Ele só podia estar lá. Iria acabar com tudo agora, ou tudo se solucionaria de vez.
Gemidos.
Harry pedia aos céus que não comprovasse o que aqueles ruídos lhe pareciam ser, enquanto se aproximava do lugar, esgueirando-se pelas imensas árvores que rodeavam o clarão. A guerra tornava-se algo perfeitamente suportável quando se ouvia aquilo, mais parecia um som vindo do inferno. O cheiro era podre, devastador.
Então era isso que eles estavam fazendo naquelas noites vazias? Não havia mais sanidade alguma naquela guerra. Os bruxos se viravam como podiam, tentando esquecer o horror que haviam vivido horas antes, arriscando de alguma forma libertar algo que estava preso no corpo deles. Harry só não concebia a idéia de libertação daquela forma, luxúria o enojava.
Pé ante pé, moreno aproximou-se da grande tenda, esticando o pescoço sobre uma pequena abertura, semi-coberta por um tecido denso.
Choque.
Havia uma cadência de corpos, como se ali houvesse uma música ditando o ritmo de como todos deveriam se movimentar. Não havia um rosto que não transparecesse a devassidão que o momento obrigava. Algumas das bruxas não mostravam prazer em seu rosto, qualquer um que observasse atentamente poderia dizer que estavam sentindo dor. Mas o prazer deveria sobrepujar a agonia, já que elas não faziam esforço nenhum em se livrarem daqueles homens que as tomavam brutalmente.
Algo definitivamente chocaria mais o ingênuo Harry do que aquela visão; ver Draco ali seria perto do insuportável. Queria muito não assisti-lo contorcendo-se de prazer naquela orgia. "Malfoy, não esteja aqui." Mesmo com a sua capa de invisibilidade, ele se sentia absolutamente nu, como se todos olhassem pra ele, convidando para participar daquela cena surreal. Tremia.
E ele finalmente o localizou.
E seus ouvidos não puderam captar mais nenhum som.
Sua boca secou e seu coração disparou como um tiro. Sua primeira reação foi pôr uma das mãos sobre a boca, como que tentando evitar que sua última refeição voltasse. "Por que eu estou ficando assim? Por quê? Por quê?". Harry teve a nítida impressão de que Draco podia vê-lo através de sua capa naquele momento. O loiro virou lentamente o pescoço, os olhos levemente apertados e de repente, seu olhar estava inacreditavelmente preso ao do moreno, desconcertando-o. O que mais o intrigou foi o riso irônico que veio depois, levando Harry a sair correndo dali. Mais rápido do que podia. Queria ir pra longe e esquecer o que tinha visto.
"Eu não vou conseguir dormir. Nem mesmo vou conseguir fingir que estou dormindo. Talvez essa seja a hora de eu ler algum livro que a Mione me mandou, pra passar o tempo. Meu Merlin, não me deixe enlouquecer. Eu estou ficando um demente."
Harry não conseguia encadear um pensamento que fizesse sentido. O atordoamento também afetava seu corpo, que teimava em não obedecer suas ordens de não tremer mais, ou não contorcer-se, como se estivesse em profunda dor.
"Ele me viu. Como pôde? Como sabia que eu estava ali? Com certeza ele me viu.". Não havia sentido nenhum naquilo, mas o moreno podia ter absoluta certeza de que Draco havia notado que ele o estava espionando. "Se ele perguntar, como vou poder explicar?".
Harry se sentia imundo. Parecia que ele mesmo havia participado daquela convenção de demônios. Ninguém que tenha o mínimo de sensatez conseguiria ver aquilo tudo sem ficar completamente assombrado, era como se o ar daquele lugar tivesse infectado suas roupas, sua pele. Mas não era só assustado, ele estava profundamente decepcionado.
Lentamente tirou suas roupas. Não seria uma boa idéia ir tomar banho àquela hora da noite, desprotegido e perigosamente distraído, mas ele precisava de um. Caminhou até o riacho e entrou, deixando que aquela leve correnteza levasse as impurezas que lhe haviam impregnado. Libertador.
Sentir a água gelada percorrer seu corpo, como se buscasse máculas em cada pedaço de sua pele. Harry fazia sua mão em concha, molhava seu rosto e seus cabelos. O banho que acalmava a alma. Lentamente, enxugou-se e foi para a barraca aquecer-se. Com sorte, não ficaria doente depois de tal imprudência.
Agora tinha condições de, pelo menos, fingir que estava lendo alguma coisa. Sentou no mais fundo da barraca e pegou um livro, tentando arduamente se concentrar na leitura. Como se fosse algo possível.
De repente, ouviu passos lentos pelo lado de fora. Seu coração comprimiu-se, fazendo-o apertar fortemente a varinha entre seus dedos. Sua respiração rápida como nunca. Uma silhueta abriu bruscamente a barraca e Harry se posicionou para atacar.
"Hey? Está ficando louco? Sou eu! Ou vai querer me matar também?" – perguntou, exasperado.
O moreno suspirou aliviado.
"Me desculpe, não sabia que era você."
"E quem poderia ser?" – indagou Draco, despindo-se de sua blusa.
"Não sei, Malfoy! Mas você simplesmente some! O que acha que eu poderia pensar?" – explodiu, não conseguindo desviar os olhos do corpo do outro, as lembranças terríveis voltando à sua mente em flashes.
"Você sabe onde eu estava, pra que essa cena?" – perguntou, displicente.
"Não, eu não sei, Malfoy. Ainda não sou um exímio legilimente."
"Seu idiota, todos sabem o que fazemos à noite, depois de um dia de batalha..." – sussurrou, um sorriso cínico.
"Eu não sei, e não quero nem pensar no que poderia ser!" – respondeu Harry atônito, tentando disfarçar o rubor de sua face.
"Puritano demais você, Harry. Não sabe o que está perdendo." – disse, dando de ombros.
"Não sou santo, Malfoy. Mas eu tenho uma idéia exata do que poderia perder se fosse lá me "divertir". Minha mulher não merece isso" – devolveu, honestamente.
"Estúpido. Você acha que ela não imagina que você já esteja se divertindo um pouco?"
"Tenho certeza que ela não está pensando nisso, porque confia em mim." – respondeu, resoluto.
"Grifinórios!" – exclamou, balançando a cabeça negativamente.
"Sim, grifinórios."
Draco tirou sua calça, ficando apenas com sua cueca. Sorriu sedutoramente para Harry, o fitou por uns instantes, e engatinhou até ele. O moreno não teve reação de se afastar, ou correr, apenas permitiu que o outro se aproximasse lentamente de sua boca. Draco desviou subitamente para seu ouvido, sussurrando em seu modo arrastado:
"A pele delas é tão... macia, Harry... Eu poderia voltar lá agora de ficar mais um pouco, mas elas não me agüentam por muito tempo..."
"Poupe-me dos detalhes, Malfoy..." – pediu, estremecendo. Os olhos já fechados, mal conseguindo conter o desejo.
"Por que briga tanto com você mesmo, Harry?" – sussurrava, passando os lábios de leve no pescoço do outro. "Isso não é pecado, sabia? Você tem que deixar de se culpar tanto por tudo. Há dias você não tem uma sessão de sexo. Você deveria experimentar. Eu jamais agüentaria tanto tempo!"
" Não se esforce, eu jamais farei isso!" – retrucou, levantando-se bruscamente.
"Veremos! Covarde... É o que você é. Como você pode ter certeza de que sairá vivo daqui, hein?" – gritou enquanto o outro já se encaminhava para a saída da barraca.
"Nenhuma, mas eu quero morrer em paz comigo mesmo."
"Conversar com você é uma perda de tempo irremediável. Vá, fuja! Fuja! - rechaçou, saindo da barraca no encalço do outro. "E eu que achava que você era corajoso! Você não passa de um mito patético!" – acusou, contorcendo o rosto em uma expressão de nojo.
"Como você ousa, Malfoy? Como ousa me acusar? Você não me conhece, não sabe o que passei..." – disse, sua voz transparecendo seu desapontamento. Draco levantou-se e chegou mais perto dele.
"Então por que você não me conta, Harry?" – pediu, compreensivo. "Estamos aqui sozinhos e apesar disso, você jamais permitiu que eu me aproximasse de você!"
"Eu acho que já me aproximei mais do que deveria." – respondeu, dando as costas para o outro.
"Você sempre foge de mim! Harry, eu sei que não sinto tudo sozinho!" – riu-se internamente das reações do outro diante de sua falsa honestidade.
"Do que está falando?" – assombrou-se, virando-se para ele.
"VOCÊ SABE! Por que luta tanto contra isso?"
"Eu não estou lutando contra nada, Draco! Como acha que pude esquecer tudo que aconteceu entre nós desde que eu tinha 11 anos de idade?"
"O que você quer? Que eu peça perdão? Perdão, Harry Potter!" – pediu, fazendo um gesto de súplica. "Eu sinto muito por tudo que aconteceu! Mas será que você também não tem metade da culpa? Foi você que me desprezou, desde o começo!" – afirmou amargo, apontando o dedo para o rosto do outro.
Harry apertou os olhos e o encarou, enfeitiçado pelo prata profundo que refletia a luz da lua.
"Não temos como voltar atrás, Draco... Eu posso te aturar, mas nunca vou conseguir te aceitar como... um amigo."
"Amigo..." – Draco riu. Depois o olhou com uma expressão de profunda tristeza que o desconcertou. "Eu nunca te pedi para ser meu amigo..." – fez uma pausa. "Então é isso. Você prefere se torturar a aceitar o óbvio!"
" EU.NÃO.ESTOU.ME.TORTURANDO!" – berrou.
"Então você vai ter que acreditar nisso primeiro que eu."
Houve um profundo silêncio depois disso. Harry cobriu o rosto com as mãos e passou-as desesperadamente pelos cabelos. Draco o observou impassível.
"Harry, pare..." – implorou, baixinho, aproximando-se ainda mais dele.
O moreno segurava o choro que queria explodir de sua garganta com todas as suas forças. E antes que pudesse reagir, já estava nos braços do outro.
Draco o apertou forte, com devoção. Acariciava suas costas como se fosse a última coisa que faria na vida. Sentir o corpo do outro estremecer ao seu toque acendia uma chama forte no seu peito.
"Harry... Por favor, não fuja mais..." – pediu, enxugando uma lágrima que escorria pelo rosto do outro, esforçando-se para não demonstrar sua imensa diversão com a situação. Seu plano estava prestes a se concretizar. "Vamos tentar, Harry... É a nossa chance."
Trecho da Música Haunted, Type o Negative.
Tudo bem, ainda não foi O capítulo... Mas ele virá, depois de REVIEWS, é claro... Bjo para todos!
Encontrou erros? Let me know... Eu sou a minha própria beta, e nunca revisamos mto bem o que fazemos...
