Muito obrigada pelos reviews, pessoas!
Tachel Black: Esse negócio de banho frio é complicado. Eu tb costumo ler fics no trabalho e isso quase nunca dá certo, hehehehe. Sinto que posso decepcioná-la nesse chappie, mas ele foi necessário. Bjos
zu marshal: Bem, a intenção nunca foi descrever todo "o ato", mesmo pq creio q a censura da fic nãopermita. Achei melhor deixar por conta de vcs. Eu, pelo menos, tenho uma baita imaginação!hehehehe. E muito obrigada, tá? Bjos
aNiTa JOyCe BeLiCe: Anita, sim, o Draco é foda! hehehe. Olha, a questão de ele querer tanto o Harry só para si é um pouco complicada, mas tem a ver com sentimentos que ele ainda não tinha descoberto e que vão ficar mais claros nesse capítulo. Ele tentava se enganar com toda aquela vingança, quando na verdade já gostava dele... E disfarçava isso em posse. Ops ! Falei demais! Bjo e obrigada!
Sofiah Black: Tadinho do Draco, ele não tá mau... Só um pouquinho, tá? Logo logo ele não vai ficarnada mau. Bjim e brigadinha.
carlos bert: Oi! Olha, vc ainda vai sentir muita pena da Mione. Engraçado, eu não sinto nenhuma! heheheheh. Brigada, Carlos.
Amy Lupin: Graças a Merlin alguém viu quem é realmente mau! Sim, Amy, Lucius vai provar que é quase o mal personificado. Bjim e obrigada.
Mewis Slytherin: Prometo que não demorarei tanto atualizar. Estamos na reta final, já estou escrevendo os capítulos derradeiros. Bjo e brigada!
Avisos: Capítulo curtíssimo de transição. Mas extremamente importante para os dois e últimos capítulos que estão por vir!
Love you to death
"I beg to serve
your wish is my law
now close those eyes
and let me love you to death"
Harry sentiu que precisava caminhar. Talvez não caminhar, mas ficar sozinho um pouco. Precisava pensar no que havia se tornado a sua vida desde que Draco entrara nela sem pedir licença. E sim, ele se lembrava muito bem quando Dumbledore lhe disse, enigmaticamente, que aquilo não lhe traria paz alguma.
- E se eu dissesse que estou muito mais aliviado agora que ele estará mais perto de mim, agora que eu não tenho que mandar um pergaminho por dia para o diretor de Azkaban perguntando como ele está? Sempre com medo de que ele fizesse alguma besteira ou se machucasse seriamente? Apesar de tudo, agora eu acho que minha agonia vai acabar.
Dumbledore abriu um sorriso misterioso e disse:
- Ou está apenas começando...
Naquela floresta densa, Harry perdia-se em seus pensamentos, tão obscuros quanto as folhas negras que dançavam ao seu redor. A luz saía por pequenas frestas entre as copas, o ar pesado, um aperto no peito.
- Haverá luz? Algum dia, eu terei paz? Eu poderei ser feliz?
As lembranças vivas da noite anterior em seu corpo. As marcas... Draco conseguiu marcar cada um de seus sentidos, da maneira mais torturante. Harry ainda podia sentir vivamente os lábios e aquelas coisas de que nunca havia provado... Maldição. Ele envergonhava-se. Mas, afinal, ter vergonha de quem? Quem havia visto o que se passara ali, naquele cubículo? Quem havia testemunhado o suor, e o arrepio? "Céus...". Harry havia se esquecido que a maior tortura vem de nós mesmos.
Ele lutou. E não conseguiu vencer esse inimigo que, sozinho e sem nenhum tipo de arma, o jogou no pior abismo que se lembrava de ter caído. Um poço de remorsos, assombrado por seus princípios desfeitos, pela sua colossal fraqueza, por Hermione.
Ela não merecia nada daquilo.
E agora, o que Harry iria fazer? Simplesmente aceitar depois de ter lutado tanto tempo? E será que havia maneira de ele não aceitar sua condição depois do que havia acontecido? Eles fizeram amor, e foi a coisa mais maravilhosa de que ele já provara. Ele queria aquilo para o resto da vida.
A paixão por Draco era tão grande, que, à beira do lago, os pés parcialmente submersos, Harry fantasiava sobre morarem juntos, o café da manhã romântico, e o Profeta Diário na porta... A cama macia à noite, só para os dois. Quem sabe, filhos. Eles poderiam adotar algum. "Será que Draco aceitaria?"
Milhões de informações iam e vinham.
Esposa.
Casa.
Escândalo.
Dor.
Talvez nunca juntos.
"Por que diabos tinha que ter sido tão bom?", Draco perguntava-se. Podia ter sido mais uma de suas transas, como aquelas que ele costumava ter em Hogwarts. Mas essa foi diferente. O loiro pôde sentir a magia os envolvendo, celebrando aquela noite, deixando tudo na mais absoluta perfeição. Era agonizante se lembrar do rosto dele, sua boca levemente aberta, os olhos fechados, tão inocente! O pior foi acordar e não vê-lo ao seu lado. E Draco não se lembrava de ter sentido falta disso antes.
O mundo podia esquecê-los ali. Nada de guerra, ou de mulher, ou filho, ou pai... Infelizmente, esse era um conto de fadas que os dois não viveriam. Provavelmente Harry não o perdoaria por ter omitido a existência da gestação de Hermione, e se descobrisse que se encontrava com Lucius, concluiria que ele ainda estava do lado dos Comensais, para se vingar.
Certamente, depois daquela noite, Draco não conhecia mais o significado de vingança. Arriscava-se a dizer que estava apaixonado. Pegava-se rindo lembrando daqueles olhos o fitando com tanta expectativa, os cabelos negros ainda mais bagunçados, da inexperiência, do jeito como ele respondia ao seu toque. Será que Harry ainda desconfiaria dele depois de tudo? E ele, contaria a seu pai que havia se apaixonado e suportaria a sua ira?
Lucius. Esse seria um grande problema.
- Harry?
Ele não se virou ao chamado do outro. Continuou sentado, a cabeça entre os joelhos, os pés imersos. Draco sentou-se ao seu lado.
- Harry? Você está chorando?
O loiro levantou o queixo do outro suavemente, observando seus olhos vermelhos, inchados de choro.
- O que aconteceu? Não foi bom? Se arrependeu?
Harry apenas o abraçou fortemente. O nó na sua garganta não permitiria que ele falasse, ele podia apenas soluçar entre suas lágrimas.
- Ah, Harry... Não fique assim, vai dar tudo certo! – Malfoy nunca havia consolado alguém, motivo pelo qual se sentia pouco a vontade com a tarefa.
Por algum tempo, permaneceram abraçados, até que Harry controlasse seus soluços. Draco afastou-se e olhou-o. Havia apenas angústia ali, e isso partiu seu coração.
- Harry...
O moreno pousou seu indicador nos lábios do outro para que não falasse e balbuciou:
- Eu te amo...
Draco não esperava aquilo dele, pelo menos não tão cedo. Sua única reação foi abraçá-lo.
- Eu sei que você não me ama... Ainda... – disse Harry, aos soluços. Mas acho que a gente pode ser feliz... Eu... Sabe, gostaria que desse certo...
- Calma, Harry. Não chore mais. Talvez seja um pouco cedo para eu dizer, não sei... Mas eu gosto muito de você. Além do mais, tem algumas coisas que eu preciso te contar... E não sei se você ainda vai me amar depois de tudo que contar.
- Sobre o passado? Não quero saber. Não me interessa mais. Eu não quero saber de nada, Draco.
- Mas você tem q...
- Nada! – interrompeu, incisivo.
Harry estava buscando no outro as forças que lhe faltavam. Ele tinha que ter certeza de que estaria enfrentando o inferno dali para frente, mas queria que ele tivesse ao seu lado, compartilhando seu sentimento. Talvez tivesse que lhe dar algum tempo para resolver melhor tudo em sua mente, assim como Harry certamente precisava de algum tempo para organizar seus pensamentos. A única certeza que o Homem-que-sobreviveu tinha é que amava aquele homem mais que qualquer coisa, que morreria por ele, se fosse preciso.
- Ok, Harry... Vamos viver o agora.
Suavemente, Draco encostou seu rosto no dele, massageando-o, e aproveitando para ajuda-lo a despir-se. Pode ver quando as pupilas de Harry se dilataram ao beijar seu peito e deita-lo lentamente. A respiração gradualmente mais rápida, a cabeça levemente inclinada para trás. E Draco, sem suas roupas, novamente o levaria ao paraíso.
Dessa vez, os espectadores não eram apenas os pássaros, ou as árvores dali. Uma cabeleira loira escondia-se atrás de um pequeno arbusto, emanando ódio pelos poros.
- Draco...
- Pai.
Lucius arqueou uma sobrancelha e levantou levemente o queixo, o olhar altivo.
- Draco.
- Consegui pai. Conquistei o Potter. Agora é só terminar a guerra, e acabou. Minha vingança se concretizará.
- Mentira. – disse gelidamente.
- Mas pai, eu...
- Mentira.
- Eu juro que conseg..
- MENTIRA! Seu rapazinho estúpido... Querendo me enganar, Draco? Acaso eu sou um idiota?
- MAS EU GARANTO QUE CONSEGUI, PAI! – exaltou-se.
- Você conseguiu? – indagou, soltando uma risada sarcástica. O que você conseguiu, meu inútil filho, foi se apaixonar perdidamente pelo nojento do Potter. Eu lhe avisei, Draco Malfoy! Como pôde cair nessa armadilha?
Draco calou-se, apavorado. "Como ele sabe?". Com o olhar maligno, Lucius continuou.
- Eu tenho os observado, Draco... Aquilo que vocês fazem tão frequentemente no lago não tem me parecido em nada com uma vingança. Eu vejo em sua face, meu filho. Você o ama! Mas não se preocupe. Você fez a sua escolha, certamente farei a minha. Aproveite bem o Potter, que eu mesmo prosseguirei com a SUA vingança! – frisou. Agora vá atrás dele, a sua hora de me servir ainda virá. E em breve.
- Pai!
- Adeus, Draco.
Nos dias seguintes, Harry pareceu ter esquecido de todas as preocupações que acossavam a sua mente. Draco o estava fazendo esquecer de quem era, para que estavam ali. Estavam vivendo uma paixão ardente e inconsequente. O loiro, no entanto, não conseguia se desfazer das palavras do seu pai. O que seria a tal vingança? Onde o pai queria chegar? Aquilo lhe tirava o sono, o desequilibrava, e se não fosse o torpor em que Harry se encontrava, já teria notado sua preocupação.
Como se não bastasse, Hermione continuava a enviar cartas e mais cartas, e podia ler algumas antes que Joseph as destruísse. Ela estava no nono mês, em breve a menina nasceria.
"Meu amor,
Mesmo achando que você não está conseguindo ler os pergaminhos, estou mandando mais esse com notícias, quem sabe não chega a você?
Bem, eu sei que pode ser estranho para você ler isso, mas estou grávida! Sim, nosso sonho, amor. E todo dia, converso com o nosso bebê, sabe, será uma menina, e lhe digo que seu pai está longe, mais que logo voltará para ficarmos juntos novamente.
A Molly me ajudará a ter o bebê, estou planejando fazer o parto em casa mesmo. Estou muito empolgada, já comprei tantas coisas pra ela!
Te amo muito,
Hermione"
Draco estava completamente enjoado de todas aquelas cartas, toda aquela esperança ridícula. Ele não suportava mais lê-las, tinha ganas de matar alguém quando punha os olhos sobre elas. O pior era imaginar o rosto de Harry ao saber que havia tido uma filha, e Draco não o deixou saber. Doía saber que a sua felicidade duraria apenas até o momento em que ele descobrisse.
- Oh, não... Está tudo tão perfeito... Por que ela tinha que ter ficado grávida?
- Falando sozinho, Draco?
- Grant! – assustou-se.
- Sim, quem mais seria? De quem estava falando?
- Nada. Me deixe. – disse, desvencilhando-se dele, que já o tomava pela cintura.
- Não fuja, Draco. Você me deve muito, sabia? – disse, contendo a fúria.
- Dane-se, Grant. Vai pro inferno! – praguejou.
O outro riu.
- Adoro ir para inferno com você, sabia... – provocou, atacando o pescoço de Draco, beijando-o selvagemente.
- Me solta, me solta! – gritava, debatendo-se.
- Eu sou bem maior que você, Draco. Acho melhor você não resistir, vai ser bem pior.
Draco acertou um soco em cheio no rosto de Joseph e correu com todas as suas forças. Depois de ter se distanciado do QG, concluiu amargamente que havia acabado de assinar a sua sentença.
Nota: Lá em cima, trecho da maravilhosa Love you to death, Type o Negative.
