Título: Por Um final Feliz

Autora: Rayto Tsukishiro

Casal: Tamahome x Vários, Mitsukake X Chichiri

Avisos: Yaoi/ angst/ lemon

Declaimers: Esses personagens pertencem a Yu Watase!

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Por Um Final Feliz

Capítulo 1

Tamahome andava pelo corredor do palácio sozinho. Era tarde, o sol caminhava devagar para oeste, onde repousaria até o dia seguinte. Todos estavam do lado de fora do palácio, rindo, conversando, se divertindo.

Ele estava meio confuso e tudo isso era por causa do Imperador. Hotohori às vezes o olhava de um jeito que conseguia deixa-lo encabulado e seus gestos, suas palavras, o jeito que deixava a voz quando lhe falava... um jeito cheio de sensualidade. Gostaria de saber se somente ele havia percebido isso.

Ficava o observando todos os dias e todas as horas. Não conseguia tirá-lo da mente e gostava muito de estar perto de Hotohori, sentia-se feliz de um jeito que nunca poderia imaginar que fosse possível. O imperador era também muito bonito, diziam que ele era muito narcisista, mas ele nunca demonstrava isso, pelo menos não na frente dele. Por que seria?

É claro que achava Hotohori bonito, quem não acharia? Ele tinha um rosto perfeito, um sorriso perfeito... um corpo perfeito. Gostaria de provar daquele corpo, pensou. Sim, como gostaria.

Na verdade, Hotohori comportava-se de maneira completamente diferente quando ele estava por perto, da uma maneira completamente diferente do que ouvira falar antes e dos vários comentários que ele ouvia dos servos do palácio. Ouvira dizer que o Imperador ficava tímido na presença daquele tal de Tamahome.

Ele sorriu ao lembrar-se disso. Será que o Imperador Hotohori sentia-se atraído por ele? Iria realmente começar a prestar atenção em Hotohori e agora não só em suas curvas e em sues lábios que ele imaginava serem macios, mas também em seu comportamento diante dele. Passaria a observar cada gesto, cada palavra de Hotohori e começaria agora.

Parou e sentou-se na escada, apoiou o queixo nas mãos e passou a observas os outros seis Seishis um pouco adiante dele. Mitsukake conversa Com chichiri, provavelmente lhe lançando mais indiretas que não eram percebidas e olhares que passavam também despercebidos.

Um pouco afastado dos dois, o grupo formado por Hotohori, Nuriko, Tasuki, Chiriko e Miaka sorriam alegremente, provavelmente sobre mais uma piada de Tasuki, que fazia uma cara meio revoltada, meio divertida.

Tamahome sorriu ao pensar no porque eles estavam rindo. Nuriko levantou a cabeça e o viu sentado e com um gesto de mão o chamou para se juntar ao grupo. Hotohori olhou para trás e Tamahome se levantou, ficou contrariado, não queria se juntar a eles, não agora, queria mais tempo pra observar Hotohori de longe, mesmo assim começou a caminhar em direção aos outros. Não sabia se foi impressão sua, mas desconfiou ter visto Hotohori corar quando olhou para ele.

- Do que tanto vocês riem? – ele perguntou finalmente chegando perto dos outros e se sentando no chão perto de Tasuki, ficando assim bem de frente par Hotohori. Não queria perder nada dele.

- De mim, é claro. – respondeu Tasuki cruzando os braços e olhando para o lado oposto ao dele, fazia uma cara de magoado que todos sabiam ser um mero fingimento.

- Não seja bobo Tasuki. – disse Tamahome sorrindo. – Sabe que as suas aventuras, por vezes são muito engraçadas. – Olhava de esguelha para Hotohori, confirmando sua suspeita anterior, ele estava realmente corado e desviava o olhar o máximo dele que podia. – Ainda mais para Hotohori, que não conhece muito bem a vida fora do palácio. – disse um pouco sarcástico olhando na direção dele.

Hotohori corou realmente, agora de modo perceptível por todos. Tamahome não precisava dizer aquelas coisas, fazia isso só para deixá-lo constrangido? Mas para quê? Desviou do olhar de Tamahome estando ainda bastante corado e apertou as mãos uma contra outra de forma nervosa.

Tamahome percebeu o gesto de Hotohori e ficou imaginando se fazia isso sempre ou era um gesto que denunciava seu nervosismo? Não sabia responder, nunca repara essas coisas antes.

- Eu vou tocar uma música alegre. – disse Chiriko percebendo o constrangimento e o silêncio que tomava conta do grupo. – Essa vai fazer a trilha da aventura que Tasuki acaba de nos contar.

Tasuki ainda olhava para o outro lado e Hotohori continuava a apertar nervosamente as mãos, Nuriko sentia-se um peixe fora d' água com aquilo tudo. Ao contrario de Tamahome, sabia interpretar o gesto de Hotohori e isso só confirmava suas suspeitas de que o Imperador estava mesmo apaixonado pelo outro Seishi. Isso lhe doía um pouco, gostava mesmo de Hotohori e ele apaixonado por Tamahome lhe tirava totalmente do caminho, mais ainda se Tamahome correspondesse a esse sentimento.

Chiriko tocou uma música bem alto astral e logo as caras amarradas se desfizeram e todos voltaram a sorrir, embora Hotohori agisse bem timidamente em frente a Tamahome, consciente dos olhares que ele lhe lançava.

Mitsukake e Chichiri apareceram logo que Chiriko começou a tocar, não por vontade de Mitsukake, mas porque Chichiri o esticou querendo ouvir mais de perto o doce e animado som que saia da flauta de Chiriko. Mesmo estando de um quase mau-humor por mais uma vez Chichiri não entender ou fingir que não entendia as indiretas que freqüentemente lhe dava, não pode deixar de sorrir com a canção do outro, a melodia era tão alegre que poderia fazer sorrir o mais triste dos homens.

Assim os supostos sete Seishis e a Suzako-No-Miko passaram a tarde e quando o sol já não mais se encontrava no céu e a lua quase cheia tornava-se mais brilhante no céu, eles entraram com sorriso nos lábios e a mente fresca.

Tamahome sentia-se contente, estar perto de Hotohori o fazia bem ele gostava de vez ou outra dar uma provocada para ver como ele agiria, agora mais do que nunca. Caminhou um pouco atrás dele, que andava ao lado de Chichiri sorrindo timidamente. Olhou em seguida para Mitsukake e viu que ele apesar de sorrir, estava um pouco contrariado por mais uma tentativa fracassada de fazer Chichiri saber de seus sentimentos por ele. Então ele sorriu, era até engraçado ver a frustração do médico Seishi.

Hotohori olhou timidamente para trás quando partia para seu quarto. Tamahome lhe retribuiu o olhar e ele corou violentamente, ele poderia entender esse olhar como um convite. Entrou ligeiro no quarto e fechou a porta atrás de si, quase sem fôlego de tão depressa que seu coração batia.

Tamahome continuava a observar Hotohori, mas agora já não estava tão empenhado nos movimentos do Imperador. Seu corpo começava a pedir algo que não fazia há algum tempo e ele estava começando a ficar impaciente. Tinha certeza que Hotohori sentia uma atração por ele, mas ficou um pouco temeroso quando pensou que o Imperador podia sentir mais alguma coisa do que uma simples atração.

Tirara completamente de suas maliciosas intenções Chichiri e Mitsukake, o médico estava completamente apaixonado por Chichiri e este parecia não se dar contar. Tamahome ficou pensando porque Mitsukake não se declarava ou então o agarrava logo, mas talvez ele fosse educado de mais para isso, pensou olhando da janela para Mitsukake que comia sozinho sentado na lado de fora do palácio.

Seus olhos voltavam-se para Tasuki e Nuriko, esta ao queria ficar atrás do Imperador, catando os resquícios de atenção que ele lhe dispensava. Balançou a cabeça, também retirando-a de seu caminho, pelo menos por enquanto, até que achasse uma outra estratégia.

Mas com Tasuki não parecia haver problemas, ele até agora não mostrara interesse por ninguém e sabia que a Miaka também estava fora dos planos dele. Decidiu investir em Tasuki. Quando atravessava o grande corredor que levava ao quarto do bandoleiro um dos guardas do palácio tropeço nele, caindo ambos no chão. Preparando-se para xingá-lo, parou quando sentiu a ereção do soldado encostado em seu membro. Sorriu maliciosamente para ele, que enrubesceu, e o encaminhou até o seu quarto.

Os servos do palácio começavam a acender as luzes para espantar a escuridão que vinha com o por do sol e Hotohori baixou a vista, arrasado quando vira Tamahome entrar no quarto acompanhado de um de seus soldados. Nos últimos dias Tamahome mal o olhava e as conversas que tinham era de um puro teor formal, isso deixava-o triste, muito triste, queria ficar perto dele... enrubesceu e levou a mão à boca espantado com a ousadia de seus próprios pensamentos despudorados.

Depois de saciar seu apetite sexual Tamahome, resolveu relaxar um pouco e ficou deitado. Ficou a olhar para o lado de sua cama, vendo o seu fulgaz amante vestir-se, apoiando-se sem conseguir ficar em pé direito, sorriu pensando que poderia ter sido mais gentil com o pobre rapaz, que saiu logo depois, sorrindo, mas vermelho como um pimentão. De repente Hotohori lhe veio a cabeça. Ele mesmo estranhou sua própria mente, por que pensava em Hotohori logo agora?

Resolveu então levantar-se. Todas as luzes já tinham sido acesas e uma claridade morna tomava conta do lugar, Miaka veio em sua direção e lhe esticou chamando-o para o jantar. De uma maneira que ele não sabia explicar, o único lugar vago era a cadeira mais próxima de Hotohori, que sentava-se na ponta, olhou contrariado, mas sorriu ao sentar-se ao lado de Hotohori, que desviou o rosto discretamente corando, ele não entendeu isso e olhou para Nuriko que estava me sua frente, na cadeira perto de Hotohori do outro lado da mesa. Jantaram e Nuriko vendo o clima um tanto pesado que se instalava ao redor da mesa sugeriu que fossem respirar um ar puro do lado de fora, assim todos seguiram para o pátio.

- Está uma noite muito agradável, não é mesmo? – disse Hotohori olhando para o céu, embora estivesse ao lado de Tamahome.

- É verdade. As estrelas parecem brilhar com muita vontade. – ele disse, também olhando par ao céu e depois franziu as sombracelhas, estranhando a retirado dos outros da varanda onde estavam.

Virou-se de costas, apoiando os cotovelos no gradil suspirando com força.

- O que acha que vai acontecer agora, Hotohori? – perguntou, virando o rosto para o imperador.

Hotohori não entendeu sobre o que ele estava falando e corou quando percebeu que estavam a sós. Encolheu-se apertando as mãos, nervoso.

- Não sei, Tamahome, mas espero que tudo saia b... – parou surpreso quando Tamahome o agarrou pelos ombros e o fez olhar para ele.

- Por que não olha para mim quando fala? – disse aborrecido. – Por acaso acha que eu não mereço sua atenção por ser inferior a você?

- N-Não é isso de jeito algum, Tamahome... – gaguejou.

- Então o que? – perguntou ainda o segurando.

- E-E-Eu... – tentou falar, mas empurrou Tamahome e correu.

Tamahome o olhou confuso, nunca enfrentara situações como essa e pensou que Hotohori fosse tímido... não sabia lidar com gente tímida e não gostava de timidez com ele.

- Ele está começando a me irritar! – disse em voz baixa.

- Talvez essa irritação tenha outro nome. – disse uma voz vindo em sua direção. Tamahome virou-se para trás e deu de cara com Nuriko.

- O que você quer dizer com outro nome? – perguntou desconfiado.

- Paixão, eu quero dizer.

Tamahome ri alto, deixando Nuriko constrangida.

- Não seja bobo. Eu apaixonado? Você está vendo coisas.

- Mas ele está gostando de você. – disse de cabeça baixa. – Não sei se devia estar falando isso para você, mas é que eu gostaria tanto que ele gostasse de mim. Ms ele só tem olhos para você!

- Ham... Não fale besteiras, Nuriko. – desconversou Tamahome.

- Mas não é besteira, eu faço tudo para lhe chamar a atenção, mas ele não liga para mim.

- Você deve estar fazendo do jeito errado. – ele diz malicioso, chegando perto de Nuriko e pondo a mão na sua cintura.

Ela fica vermelha e empurra as mãos dele que já desciam para seu quadril.

- Pare com isso! – diz afastando-se dele. – O que pensa que está fazendo?

Tamahome passa a língua pelos lábios.

- Você sabe bem o que eu estou fazendo. – ele diz num tom bem sacana. – Vai dizer que não sente falta de um corpo para lhe esquentar na cama?

Nuriko fecha os olhos e os punhos aborrecida.

- Você é um depravado, Tamahome! – diz dando-lhe um soco.

Tamahome caído no chão do gramado, onde foi jogado pelo soco de Nuriko, sente que todos os seus ossos foram quebrados e que seu rosto deveria estar deformado pela pancada dela. O que deu nela? Só porque disse uma coisinha à toa? Afinal não era isso que queria com Hotohori?

Pensou no que Nuriko lhe dissera a respeito do Imperador, então ele ficava nervoso em sua frente porque estava gostando dele, hein? Isso poderia ser bem legal, por outro lado perigoso, se for verdade o que ela lhe dissera e quisesse deitar-se com Hotohori poderia estar entrando num jogo que pode terminar com um final nada feliz. Se bem que dormir com Hotohori deveria ser realmente gostoso. Ficou ali mesmo imaginando-se na cama fazendo Hotohori gemer enquanto lhe penetrava, mas tudo o que sentiu foi uma fisgada nas costas quando se levantou.

- Que cara é essa Tamahome? – perguntou Tasuki quando ele entrava no palácio fazendo cara de quem sentia dor, o que não era totalmente mentira.

- Nuriko me bateu! – queixou-se ele se aproximando de Tasuki que estava sentado. – Mas nada que um beijo não resolva. – disse malicioso.

Tasuki surpreendeu-se com a proposta de Tamahome. Ele era bem direto. Sorriu e levantou-se, aproximando de Tamahome como se fosse beijá-lo e realmente o fez, mas contras as expectativas do outro, tocou sua face com um leve beijo e sorriu, saindo em seguida.

- Droga, hoje definitivamente não é o meu dia!

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Oi! O primeiro capítulo esta começando com uma estória bem levinha para preparar os ânimos do que vem por aí. Estou preparando um estória bem angst mesmo...então aguardem...

Beijinhos!