Cap. 05 – Concertando burradas e fazendo mais algumas

Mal o dia havia começado e a primeira parte do meu plano já estava concluída: eu e Colin não estávamos namorando mais.

Dei a desculpa de que não sou muito boa para relacionamentos, e que ele precisa de alguém que goste dele. O que não deixa de ser verdade.

O problema foi que ele disse gostar de mim e tal... É meio complexo isso de terminar com um amigo, ainda mais se ele diz gostar de você; a gente nunca quer magoar, mas acaba fazendo-o.

Mas é aí que entra a segunda parte do meu plano: fazer o Colin feliz. E para isso nada melhor que um novo amor, e esse amor, se depender de mim, vai se chamar Manuella. Só que para completar meu plano, eu preciso que o Colin não pensei em mim em hipótese alguma. E para isso eu preciso fazer com que ele se decepcione de alguma maneira com a minha pessoa. Só que sem perder o amigo, é claro.

Eu sei que pode parecer loucura, mas ele só vai me esquecer se perder totalmente as esperanças... Nossa! Quem diria hein? Eu, Gina Weasley, querendo que alguém se desapaixone por mim!

Pensei a noite inteira em como fazer o Colin perder as esperanças (a noite inteira também não... sabe como é, né? Às vezes bate um soninho gostoso... e eu não sou de desperdiçar meu tempinho de sono, pensando no que posso pensar pela manhã). E, refletindo, cheguei a conclusão que preciso de um namorado novo, ou um caso, pelo menos. Alguém que de certa forma faça o Colin se sentir ameaçado só com sua presença. O problema é que esse alguém tem que estar disposto a me ajudar e, principalmente, em hipótese alguma pode rolar qualquer tipo de sentimento amoroso entre ambas as partes.

A primeira pessoa que veio a minha cabeça foi o Harry. Pensei nele por dois fatores: 1º- eu já superei faz tempo qualquer paixonite que possa ter tido por ele, e 2º- o Colin não chega nem perto do Harry, consequentemente quase não chegaria perto de mim, não chegando perto de mim fica mais fácil fazê-lo perceber a Manu (com essa história toda até parece que eu sou pretensiosa!)

Seria perfeito. Se não houvesse um pequeno probleminha. O Harry é ocupado demais para que eu o faça perder o tempo dele com os problemas amorosos dos meus amigos. Se ele fosse um adolescente normal tudo bem, só que o Harry passa quase todo o tempo dele pensando naquele-idiota-que-não-se-deve-nomear.

E agora? Qualquer outro garoto da Grifinória não seria intimidante o bastante. Foi aí que uma luz acendeu na minha cabeça! Tem uma certa pessoa me perseguindo... Uma pessoa que é intimidante o bastante. Uma pessoa que com certeza o Colin ia querer passar a pelo menos dez metros de distância. Óbvio, meu novo namorado seria Draco Malfoy.

Seria perfeito, se não houvesse um pequeno probleminha. Eu estava falando de Draco Malfoy, que é extremamente irritante, babaca, insuportável, e todas as outras coisas ruins reunidas em um só ser humano. Ele nunca iria me ajudar! Muito menos se soubesse que se tratava de um tipo diferente agência matrimonial.

Droga!

Mas se não fosse ele, ninguém seria bom o bastante (eca! Eu falando isso do Malfoy!), afinal, ele era bom porque era mau. Só que como é que euzinha ia fazer para conseguir que Draco Malfoy aceitasse ser meu namorado de mentirinha? É, porque não havia possibilidade de eu tentar ser namorada de verdade do Malfoy. Se para que o plano desse certo dependesse disso, Colin e Manu iriam ter que me desculpar, mas iam continuar solteiros.

Foi então que, novamente, uma luz acendeu na minha cabeça. Mas primeiro eu precisava encontrar Draco Malfoy.

E para a minha sorte (ou azar!) não demorou muito para que eu o encontra-se. Descobri, com uma pequena ajuda da Sissy, que assim que terminava a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas a turma dele tinha um período vago antes do almoço todas as quintas-feiras. E adivinha? Era uma quinta-feira. O que eu teria que fazer era apenas esperar que o sétimo ano da Sonserina acabasse a aula, e ficar no corredor andando displicentemente como se o mundo não importasse.

Alguém tem dúvida de que o Malfoy iria me perturbar!

Não deu outra. O sinal bateu e várias cabeças saíram correndo da sala de aula como se fugissem de um bicho asqueroso (o que talvez fosse uma realidade). Fiquei ali escondida, assim que o corredor "desentupiu", comecei a caminhar aérea a tudo (diga-se de passagem, eu sou uma ótima atriz!).

"-Se eu quisesse encontrar a minha cabeça de fósforo preferida não conseguiria. - Eu sabia que ia dar certo!"

"-Se eu quisesse encontrar o meu loiro de farmácia mais detestado não conseguiria."

"' -Ai, ai, Weasley. Para começar, eu não sou " seu " de maneira nenhuma."

"Nem eu sou " sua "! Não me encha a paciência, Malfoy!"

Já ouviu falar em psicologia reversa? Isso funciona perfeitamente com os homens, preste a atenção:

"- Ruivinha, você deveria ter um pouco mais de educação. Você tem o privilégio da minha companhia e me menospreza."

"-Ohhh! Você esta ofendido, "loirinho"? – dei a ênfase necessária para ele se sentir ridículo – Perdoe-me, sim?"

"-Você é muito engraçada, garota. Acha que sabe das coisas, mas apenas acredita no que os outros te falam. Não é capaz de tirar suas próprias conclusões."

"-Do que você está falando? – tive a impressão de que ele queria usar o meu "joguinho" contra mim."

"-Duvido que alguma vez você parou para pensar sobre algum sonserino, sem o estigma de "mau"."

"-Você quer dizer que é bom? - até parece"

"-Não foi isso que eu disse! Preste a atenção, Weasley: eu quero saber se você já pensou em algum sonserino como uma pessoa normal."

"-Já! Claro que já! Eu conheço uma sonserina muito legal. Você é que cria, como você disse? Ah! Estigmas sobre as pessoas. Só que eu tenho um sexto sentido para pessoas más, as percebo de longe."

"-Sei, sei."

Sem que eu percebesse, caminhamos até o lago. Dá para acreditar? Saí do colégio e andei até o lago com Draco Malfoy! Se me contassem eu não acreditaria.

"-Pois e você, Malfoy? – falei enquanto me sentava na grama fofa."

"-Eu o quê?"

"-Você já pensou em algum grifinório como uma pessoa normal? Sem ser sempre "os bonzinhos"...?"

"-Eu não preciso pensar em grifinórios em nenhuma hipótese."

"-Ah! Deixe de besteiras! Você pensa em grifinórios o tempo todo."

"-Não penso.- Draco Malfoy fazendo cara de birra! Eu tinha que ter uma câmera para registrar aquele momento."

"-Pensa sim! Pensa quando ganhamos de você no quadribol, pensa quando quer ser melhor que a Mione nas aulas..."

"-Ah, cale a boca!"

"-Não! Você pensa quando a Grifinória ganha a Taça das Casas, pensa toda a vez que o Harry sai vivo de algum combate com seu "chefinho", pensa quando..."

Nesse momento aconteceu uma coisa estranha. O Malfoy se aproximou de mim com tal cara de fúria que eu pensei que ele fosse me bater. Mas aconteceu algo muito esquisito...ele... segurou meus ombros e me... beijou.

Meu Merlin o que estava acontecendo?

Eu dizia para mim mesma que era sonho, ou melhor, pesadelo. Não era possível! Draco Malfoy me beijando, e pior, eu estava correspondendo e gostando disso!

Que me desculpem toda a minha família, todos os grifinórios e todas as outras pessoas que não suportam o Malfoy, ele pode ser um estúpido, um idiota, mas ele é lindo. E eu estava acabando de descobrir que ele beijava terrivelmente bem.

O estranho era que ele agia de uma maneira diferente, não sei... pode parecer loucura, mas era como se eu pudesse quebrar. Era um beijo arrebatador porém... gentil. Eu realmente não pensava que Draco Malfoy beijasse assim. Mas eu também nunca pensei em como Draco Malfoy agia enquanto beijava!

Ele sabia exatamente o que fazer e como fazer. Não era à toa que a maioria das garotas caíam aos pés dele.

Mas foi quando eu senti uma certa mão descer mais do que deveria, que me toquei da besteira que estava fazendo. Dei um impulso para trás e fiquei de pé; demorou alguns segundos para o Malfoy perceber que eu não estava mais ao lado dele. Quando ele abriu os olhos deparei-me com a mesma confusão que se instalava dentro de mim.

Só que nele não durou muito tempo.

"-Finalmente consegui calar você, pensei que fosse falar por toda a eternidade."

"-Pois eu poderia, se quisesse, - eu também me recupero rápido das coisas - enumerar cerca de cem vezes nas quais você pensa em grifinórios, porém... – fui interrompida."

"-Ainda esse assunto!"

"-Porém, – continuei como se ele não tivesse me interrompido – não vou perder o meu tempo com isso. Com licença."

"-Ei, onde você vai?"

"-Está na hora do almoço."

Saí de perto do lago e fui caminhando lentamente de volta ao castelo. Eu não estava acreditando no que tinha feito! Beijei um Malfoy! ARGH!

Um Malfoy nojento... e lindo... e ridículo... e que tem um beijo maravilhoso... mas ainda assim um Malfoy.

O pior de tudo foi que eu não consegui fazer com que ele me namorasse de mentirinha. 'Tava' começando a considerar que talvez namorar Draco Malfoy de verdade nem fosse tão ruim assim... nossa ele realmente beijava bem! 'Tava' explicado o por quê de tantas garotas suspirarem por ele.

O almoço correu relativamente bem, mas algumas vezes eu dava uma olhadinha ou outra para a mesa da Sonserina em busca de um certo loiro com um beijo maravilhoso.

Pára Gina! Toda hora eu tinha que me lembrar que não era certo pensar assim de um Malfoy.

Muito, muito complicado beijar um inimigo. Toda vez que pensava nisso, balançava a cabeça tentando expulsar os pensamentos malignos da mente. Levantei da mesa e segui normalmente para o resto das aulas do dia.

Pior que depois desse "acontecimento" entre eu e Malfoy, ficaria muito mais difícil fazê-lo ser meu namorado. Já estava perdendo as esperanças, mas eu sou uma garota persistente, iria tentar mais uma vez, ainda com a idéia de psicologia reversa.

Aulas normais, nenhum ponto perdido e nem ganho por mim. Essa é a pior prova de mediocridade, na minha opinião. Quando perco pontos, me sinto triste, mas isso ainda me faz uma aluna. Agora quando não perco nem ganho, me sinto tão... nula. Mas, enfim, quem vai entender a minha cabeça!

O finalzinho da tarde foi bem gostoso, estava tudo em paz com as minhas amigas; ficamos fofocando pelo que pareceram horas. Jantamos tranqüilamente, e no dormitório fofocamos mais. Adoro esse papos com elas, pode parecer meio fútil, mas é tão bom jogar conversa fora.

Fui deitar meio a contragosto, pois queria papear mais, porém no dia seguinte tinha aulas cedo, e no sábado ia ter passeio a Hogsmeade, isso já me fazia feliz. Demorei para pegar no sono, mas quando peguei a Chris fez o belíssimo favor de me acordar. Adivinha para que? Bateu fome na minha amiga, e ela resolveu pedir para que eu fizesse um tour pela cozinha de Hogwarts.

E eu, como uma boa amiga, fui. Ela já tinha me acordado mesmo, iria demorar muito para eu pegar no sono de novo. Tive que ir sozinha, pois quando meus irmãos gêmeos foram embora de Hogwarts me disseram onde ficava a cozinha, mas me fizeram prometer que jamais espalharia o segredo. Promessa é promessa, por isso não contei nem mesmo para as meninas.

Lá estava eu andando em busca da cozinha, após o toque de recolher, correndo sérios riscos de uma detenção. Andando por aqueles corredores escuros. Parece que eu tenho um apego especial por corredores escuros. Não. Acho que meu apego especial é encontrar Draco Malfoy em corredores escuros. E como não podia deixar de acontecer, lá estava ele, andando um pouco a frente no corredor.

Será que ele ia para a cozinha? Minha suspeita se confirmou quando ele parou em frente ao quadro das frutas e começou a fazer cócegas na pêra.

"-Ei, Malfoy. Me espere. – andei um pouco mais rápido para entrar junto com ele na cozinha."

"-Weasley? O que esta fazendo aqui? Você sabe que pode levar uma detenção não sabe?"

Eu tinha me esquecido que o Malfoy era monitor. Mas agora o mal já estava feito. Resolvi fingir que não tinha ouvido aquele comentário.

"-O que esta fazendo por aqui Malfoy?"

"-Adivinha? Estou entrando na cozinha, então acho que vou fazer um lanche não é? – quando ele fala assim me sinto uma estúpida."

"-E só porque é monitor pensa que pode desobedecer o toque de recolher?"

"-Não vem de graça não, Weasley! Você também está infringindo regras!"

"-'Tá' bom, então chega de papo e vamos entrar logo nessa cozinha antes que sejamos pegos."

Os elfos já estavam dormindo, uns por sobre os outros. O Malfoy fazia questão de fazer o maior barulho possível. Dá para acreditar que ele queria acordar os pobres elfos para servirem ele? Muito folgado mesmo! Eu o impedi, e ele ficou todo emburrado parado num canto da cozinha.

Rapidamente peguei uma cestinha e fiz um lanche razoável para a Chris, peguei um bolinho que estava com uma cara apetitosa e já ia sair da cozinha quando reparei que o Malfoy continuava parado no mesmo canto.

"-Ei, Malfoy! Não vai fazer seu lanche?"

"-Estou esperando você sair para acordar um elfo."

"-Não acredito nisso! Vai, pega uns bolinhos e pronto."

"-Não, já que vim aqui quero um lanche digno."

"-Ah Malfoy! "– fui em direção ao fogão, enchi uma chaleira com água e acendi o fogo com a minha varinha. Enquanto esperava a água ferver peguei uns pães e uns bolinhos, pus num prato e coloquei na mesa.

"-Pronto Malfoy, agora come e vê se não acorda ninguém."

"-Onde você vai? – fui de novo no fogão peguei a água fervente e coloquei em uma xícara com um saquinho de chá, caminhei calmamente de volta a mesa, mexendo o chá com uma pequena colher."

"-Vou te deixar aí, e correr para o meu salão comunal, antes que alguém me pegue fora da cama."

"-Senta aí."

"-O quê?"

"-Senta aí e me faz companhia."

Essa era ótima, Draco Malfoy me dando ordens! Pior, a ordem era para permanecer mais de cinco minutos ao lado dele! Só podia ser uma piada. E como era uma boa piada eu comecei a rir.

"-Não sei do que você tanto ri."

"-De você, Malfoy! Não sei para que quer minha companhia! Duvido que teria coragem de se deixar ver comigo. – e lá estava eu com a minha psicologia reversa, torcendo para que ela funcionasse."

"-Como assim?"

"-Duvido que deixaria que alguém te visse tendo algum tipo de conversa civilizada com uma Weasley! Duvido! – continuei a rir."

"-Isso é um desafio? – eu me segurei para não sorrir. Ele havia mordido a isca."

"-Entenda como quiser."

"-Pois quem te desafia sou eu. Te desafio a ir no passeio a Hogsmeade comigo nesse sábado!"

"-Isso parece mais um convite para sair do que um desafio."

"-Eu nunca sairia com você Weasley – eu novamente ri da cara dele."

"-Então está aceito o desafio. Sábado vamos a Hogsmeade, e sairemos juntos daqui da escola."

"-Certo."

"-Já terminou de comer? – ele fez que sim com a cabeça. – Então vamos embora que eu não quero uma detenção hoje."

Eu não disse que esse negócio de psicologia reversa funcionava? Tudo certo, sábado o Colin vai me ver com o Malfoy e vai esquecer definitivamente de mim.

Mas eu não sei não, algo dentro da minha cabeça estava me dizendo que isso foi fácil demais.

N/A: Aaaaaaaaeeeeeeeeeee! Finalmente um beijinho! E um cap com o dobro do tamanho do anterior, que eu sei que ficou mto pekeno, mas era apenas um cap intermediário!

Rafinha M. Potter - Miga, a atualização não foi "daqueles" problemas do ff, foi do meu analfabetismo em inglês mesmo! E mesmo com preguiça atualizei! Você queria ver beijo né? Pois viu. Não foi o melhor.. mas já é um começo pros dois.. daki a pouco eles se acertam! E sobre a Manu, é a minha amiga sim, e a Chris tbm, me inspirei nelas e em uma história parecida que vivemos.

Bia Black 1992 - Será que somos parentes? Ambas Black! Rsrs (poxa JK má! Matou o único grifinório q eu gostava! Fora a Gina, é claro) É triste mesmo pensar que a JK não vai fazer a Gina enxergar a luz, como nós enxergamos, e perceber que o Draco é o amor da vida dela, e que se completam por serem tão opostos! Ai ai !

Ana Maria - Primeiro review seu né? Que bom que vc ta gostando, pq eu tô adorando escrever e amando que tem gente lendo!

Carolilina Malfoy - Carol, eu vivo sentindo falta do Draco, mas infelizmente não dá p/ tê0lo em todos os cap's. se pudesse o teria em todos os momentos! UI!

Poxa.. se de graça ateh injeção na testa... o q custa comentar? é totalmente di grátis! é soh apertar o butãozinhu! heim? heim?