Cap 11 - Bendito Pomo

Belíssima quinta-feira, sol, flores, ar fresco. Faltavam dois dias para o tal baile e eu já estava usando a gargantilha a quase uma semana. Estava começando a achar que o feitiço da pedra não era de localização e sim de repelimento ou algo do tipo, já que desde que ganhei esse negócio não consegui falar a sós com Draco.
Nos víamos muito mal nas trocas de aulas, ou nas refeições, na última vez que conversamos ele disse querer falar algo comigo, mas não devia ser muito importante, já que não me procurou, ou mandou uma coruja. Até porque quando ele quer, ele me acha, então só podia significar que ele não queria me ver.
Estava andando pelos corredores enquanto matava uma esplendorosa aula de História da magia (definitivamente é impossível assistir essa aula, a matéria é até interessante, mas se o professor estivesse pelo menos vivo seria mais agradável), é claro que se alguém me pegasse era uma detenção certa, mas eu realmente não estava me preocupando com isso. Andava sem rumo e pensava sobre o que andava me acontecendo, acho que a piada perdeu a graça e eu me encontrava triste pensando em quem não deveria.
Ele não queria mais nada comigo, estava tão óbvio. E não era para eu estar triste com isso, e sim aliviada. Tudo o que eu queria já havia sido feito, Colin e Manu vão ao baile, é o primeiro passo para se acertarem, nem precisei me esforçar muito para que isso acontecesse. Consertei um erro, mas me enfiei em outro muito pior. Ontem me peguei chorando após mais um sonho. Eu não gosto de chorar, é por isso que sorrio tanto, para tentar esconder qualquer tristeza em meu coração.
E o novo motivo de minhas lágrimas era o medo do desconhecido, meu sonho me perturbava a cada dia. Merlin por que eu não posso ter sonhos normais?
Minha mente vagava completamente alheia ao mundo e por isso esbarrei sem querer em alguém. Já ia pedir desculpas, quando reparei que uns certos olhos prateados me olhavam atentamente.
"- Distraída, ruiva?"
"- É. Pensando."
"- Em mim? – Pois é..."
"- Não. – tratei de negar rapidamente. - Na vida."
"- Você sumiu – quem sumiu foi você! – Preciso falar contigo, vem aqui."
Ele segurou minha mão e começou a caminhar comigo acho que em busca de alguma sala vazia, ou qualquer lugar reservado. Eu ia com ele, como se estivesse sendo levada pelas ondas do mar. Relutava para não pensar em nada e estava conseguindo; ele abriu uma porta e me puxou para dentro, vi uma coisa que me fez ficar absolutamente vermelha.
Conseguia ver um rapaz de costas, era um negro alto, forte parecia um príncipe de ébano (ui ui ui!) e estava se agarrando sem nenhum rastro de pudor com uma menina loira de cabelos compridos, ambos sonserinos. Coloquei as mãos no rosto para esconder a visão enquanto Draco ria abertamente. Mas mesmo com a risada alta, o rapaz não parecia disposto a parar o que estava fazendo, enquanto a menina tentava se desvencilhar dele para tentar disfarçar algo, como se fosse possível.
"- Blaise, contenha-se – disse Draco ainda rindo."
"- Draco, - ele se virou, pude perceber que os traços do seu rosto eram lindos, mesmo que fosse possível notar algumas olheiras, que deviam ser de noites mal dormidas, mas pelo visto bem aproveitadas. Então ele disse num tom divertido – por que você simplesmente não me deixa em paz aqui! Não esta vendo que estou ocupado!"
"- Você devia levar a Ny para o seu quarto, aposto que ficariam mais a vontade."
"- Eu disse isso para ele – a garota não parecia lá muito desconfortável com a situação, creio que as interrupções de Draco deviam ser até normais para os dois."
"- Você sabe muito bem que não posso leva-la para o meu quarto. E você, veio ter com a ruivinha aqui? Leve-a você para o seu quarto, e me deixe em paz. – Draco fechou a cara."
"- Zabini – em dois segundo Draco estava com a gola do amigo nas mão – cale a boca, sim? E meta-se com a sua vida."
"- Ok, agora me solta."
Saímos de lá rapidamente, e os dois pareciam ter voltado às atividades normais. Andamos em silêncio até o lago, e nos sentamos na beirada, mas longe o suficiente para não nos molharmos. Draco ficou um bom tempo olhando para mim; estava ficando constrangida, então resolvi quebrar o silêncio.
"- Eu não sabia que o Zabini namorava a Ny, para mim ele estava com aquela menina que tem o cabelo meio avermelhado, como é mesmo o nome dela?"
"- Camy? – ele disse não dando muita atenção."
"- Isso, pensei que eles namorassem."
"- E namoram. – ai, que cara cachorro!"
"- Nossa, e ele tava lá com aquela outra. Tadinha da Camy."
"- Não se preocupe, elas meio que dividem o Blaise."
"- Nossa! Como assim?"
"- Mas a outra é a oficial, então é por isso que ele não leva a Ny pro quarto. As duas sabem, mas fingem não saber. Mas sabe o que eu acho? – eu fiz que não com a cabeça – As duas só estão usando ele. Enquanto Blaise pensa que é o tal, elas se divertem, daqui a pouco cansam."
"- Muito estranho isso."
"- Nem tanto, você namorava o cara que a sua amiga gostava."
"- Mas eu não sabia, e já resolvi esse problema."
"- É eu sei. E sei também que você me usou para isso. - Ai Merlin! E agora? O que eu falo? Fiquei completamente sem graça com esse comentário. - Mas não liga não. É interessante servir de homem objeto."
Eu desatei a rir. Draco Malfoy se achava realmente muito gostoso e irresistível. Mas a final, ele realmente é muito gostoso e irresistível, tenho que admitir. Mas mesmo admitindo, eu nunca ia dar o gostinho à ele de concordar.
"- Até parece!"
"- Ei, Gina. Tenho uma proposta para te fazer."
"- Qual?"
"- Sábado de manhã, tem jogo de quadribol."
"- Eu sei, Sonserina X Corvinal."
"- Então, se eu pegar o pomo, vou te levar ao baile."
"- Quê? Não nada disso! Se a Corvinal ganhar o jogo, a taça é da Grifinória, você sabe disso!"
"- É, eu sei. Exatamente por isso, se eu pego o pomo a Sonserina leva a taça e eu te levo no baile para comemorar."
"- E junto no pacote vai levar uns bons tabefes do meu irmão."
"- Aí que você se engana. Você estará lá para evitar que eu tenha que partir para negociações violentas."
"- Não posso fazer esse trato com você... eu sou do time e... – ele me interrompeu."
"- Mas já está decidido. Vou te levar ao baile porque vou pegar o pomo."
Ele me deu um beijo rápido, se levantou e foi embora. Agora só me restava torcer para que ele não pegasse o bendito pomo. Até porque eu não podia torcer para Grifinória perder a taça.
Olhei para o relógio e já estava na hora do almoço. Saí correndo para o salão principal, me sentei sozinha no meio da mesa; nenhuma das minhas amigas havia aparecido. Fiquei distraída olhando meu prato vazio.
"- Oi. Posso me sentar? – era o Harry"
"- Vai, senta – ele apoiou a mão na mesa, olhei instintivamente procurando pela pulseira, mas não encontrei."
"- Está no meu bolso – ele havia percebido meu olhar – não se preocupe Gina, não vou usar se não for preciso."
"- Não estou preocupada – o que era uma verdade – só não me sinto confortável, parece que vocês não confiam no meu julgamento."
"- Ow, Ginny, não é isso – ele passou o braço ao redor do meu ombro e me abraçou, olhei rapidamente para a mesa da Sonserina e vi um certo Malfoy me olhando de cara fechada – nós nos preocupamos com você, e..."
"- Tudo bem Harry, não vamos entrar nisso de novo. Não vai levar a lugar nenhum."
Preocupei-me em comer meu almoço sem falar mais nada com Harry. Uma vez terminada a refeição, subi para o meu dormitório, pois tinha o resto do dia livre, e resolvi não estudar.
Resto de semana normal, percebi que Draco tinha ficado muito mordido com o abraço que o Harry me deu, pois quando passou por mim na sexta de manhã me lançou um olhar bastante esquisito. Era só o que me faltava! Mas confesso que fiquei toda "me sentindo", com esses ciúmes do Draco.
Acordei no sábado de manhã nervosa; a partida de quadribol estava chegando. Desci para o café da manhã e logo ganhei umas bandeirinhas da Corvinal que a Luna providenciou. Quando saí do salão dei de cara com um loiro muito gato me olhando fixamente.
"- Preparado para o jogo?"
"- Eu estou sempre preparado. Vejo que você já escolheu de que lado torcer. – ele disse olhando com desprezo para a bandeira azul na minha mão"
"- Creio que eu não tinha muita escolha, jamais torceria pela Sonserina, assim como você nunca torceria pela Grifinória"
"- É, você tem razão. Mas não se esqueça, você vai comemorar a vitória da minha casa hoje a noite comigo"
"- Primeiro a sua casa tem que ganhar o jogo."
"- Você tem alguma dúvida, Weasley? - lá vem ele todo convencido"
"- Quadribol é uma caixinha de surpresas, Malfoy."
Virei as costas e sai de lá bem rápido em direção ao campo, nervosa com a final do campeonato. Eu até queria poder ir ao baile com o Draco, mas não sei... Ainda tinha os meninos pegando no pé... Os sonhos... Ah! Varri rapidamente esses pensamentos da cabeça e me sentei perto de Chris e Manu nas arquibancadas.
Não demorou muito para que eu pudesse ver os jogadores saindo dos vestiários com as vassouras nas mãos. Os capitães cumprimentaram-se brevemente, e em poucos segundos soou o apito de início da partida.
Nos primeiros dez minuto de jogo eu já não tinha mais nenhum pedacinho de unha para contar a história. A partida estava equilibrada, e toda vez que eu via algo reluzente ficava apavorada pensando ser o pomo.
Olhei ao redor na arquibancada e não encontrei nem meu irmão, nem o Harry. Achei estranho, a Grifinória dependia desse jogo para botar as mãos na taça, não era normal que os meninos não estivessem lá. Passei a mão instintivamente no pescoço quando a Sonserina marcou mais gol, e percebi que meu colar não estava lá. A Hermione ia me matar se eu aparecesse sem esse colar no salão comunal. Por isso, me abaixei e comecei a tatear em busca do colar.
Eu percebia a movimentação do jogo de acordo com os gritos das meninas, a Chris sempre dizia que ela tinha que prestar a atenção no jogo e mandar energias positivas pois sempre que ela fazia isso o time que ela estava torcendo ganhava. Segundo ela, a Grifinória perdeu a primeira partida porque na hora que o Harry viu o pomo, ela viu uma figurinha muito rara de sapos de chocolate no chão, quando ela se abaixou para pegar, o Harry levou um balaço do estômago. Até onde isso é real, eu não sei.
Vi o colar no chão a dois lugares de onde eu estava, ainda abaixada fui até a correntinha dourada. Quando ia colocar as mão nela, vi que um outra mão a pegava, olhei para cima e dei de cara com meu irmão.
"- É assim que você cuida das coisas?"
"- Ah! Caiu. – disse não dando muita importância, levantei-me e percebi que Harry estava com ele – Venham, sentem-se aqui com a gente."
Tinham dois lugares nas fileiras de cima bem atrás de mim e da Manu. Quando me sentei, Harry se ofereceu para colocar a gargantilha para mim, eu aceitei. Levantei meu cabelo, ele passou o colar pelo meu pescoço e estava tendo alguma dificuldade em prende-lo. De repente Chris deu um berro, eu olhei na direção que ela apontava que era muito perto de nós, e vi os dois apanhadores indo na direção de uma pequena bolinha dourada. Meus olhos pareciam dois pratos de tão arregalados. Foi quando Draco olhou na minha direção. Os olhos dele não estavam focados em mim, e sim no meu pescoço, eu pude ver aquele olhar se estreitando, e antes que pudesse tirar qualquer conclusão, o apito havia soado, fim de jogo, o apanhador da Corvinal já estava com o pomo nas mãos.
A Grifinória estava em festa. Todos pulavam e gritavam. Eu vi Draco descendo rapidamente com a vassoura, saí o mais rápido que pude do aglomerado de alunos e corri até perto do vestiário da Sonserina. Fiquei escondida esperando que todos saíssem. Um por um, eu vi os jogadores da casa da serpente deixar o vestiário, mas Draco parecia não querer sair.
Resolvi que já que todos já tinham saído, eu poderia entrar sem problemas. Quando abri a porta vi Draco Malfoy sentado, com a cabeça encostada na parede, olhando para o teto, e sem camisa. UI!
Fiquei parada perto da porta e ele abaixou lentamente a cabeça e me olhou. Achei realmente linda a visão do cabelo dele caindo sobre os olhos.
"- Tudo bem? – resolvi falar primeiro"
"- Tudo ótimo, considerando que eu simplesmente esqueci de pegar o pomo – ele disse sarcástico"
"- Sempre há uma próxima vez."
"- Não, não há – eu tinha esquecido que esse era o último ano dele."
"- Ah é."
"- Pelo menos você não terá que ir ao baile comigo – ele disse se levantando e pegando a camisa que estava em cima do banco."
"- É... – eu até ia dizer que poderia ir ao baile com ele, mas eu conheço o Draco, ele ia dizer que era por piedade"
"- Então é isso. Tchau – ele disse quando passou por mim em direção a saída."
"- Draco, eu estarei no baile. Não precisa de pares mesmo, me procure lá."
Ele não disse nada, apenas me olhou, depois virou as costas e foi embora. Eu fiquei mais um tempo sozinha no vestiário, depois fiz como Draco, saí de lá. Andei um pouco pelos campos do castelo, e um pouquinho mais tarde subi até a torre da Grifinória onde a festa da vitória me aguardava.

Continua...

N/A: Atraso na postagem, culpa do bloqueio criativo da minha cabeça. Não me culpem pelo capítulo não estar lá essas coisas. E para a Ny e a Camy, de tanto elas brigarem pelo Blaise fiz com que as duas o dividissem.
Gente queria agradecer quem fez pensamento positivo p/ mim, ou pelo menos pensou: tomara q ela tenha se dado bem na prova.
Não quis abalar vocês mas se eu tivesse me dado mal, teria que ar adeuzinho a essa fic, pois naum teria tempo p/ escrever. Mas eu tirei um Excede as expectativas (B na UERJ!). Mas eu vou tentar de novo em Outubro p/ tirar o Ótimo (A!).
Gente o q acontece é q eu só tenho mais um capítulo pronto, e naum ando com mto tempo ou inspiração para escrever, então pode ser que os próximos caps demorem um pouco. Motivos: Tenho q estudar; Não tenho inspiração; Estou aprendendo a tocar violão; e quando não estou fazendo nada disso estou de fossa pelo meu mais novo problema amoroso.
Então perdoem a Nathy se acontecer algum probleminha.
Outra coisinha, no desespero de postar o cap atrasado, não deu tempo de responder review's, mas eu agradeço muuuuiiiito a todo mundo q escreveu! Ahhh e, estamos chegando nos 100 review's! E essa marca é coisa de autora importante, ou seja, euzinha vou me sentir super gente quando chegar a essa marca! rsrs E o leitor número 100 vai ter uma homenagem especial! Bjoks

Tataya Black