Mamãe? Sra. Mill!
Depois daquele derradeiro Domingo, Severo e Mariana não se falaram mais. A tristeza de ambos era notória. Comentava-se o caso Snape-Rodrigues em todos os corredores, dormitórios, escadarias e até mesmo durante as aulas dos próprios envolvidos no caso. Vários alunos de todas as casas já tinham perdidos vários pontos, muito mais que o normal, durante as aulas de Severo.
- Tadinha... será que ela não quer que eu a console hoje à noite- zombou um aluno do quinto ano.
- Eles brigaram porque o Morcegão descobriu que ela gosta de mim. – respondeu outro.
- Ela finalmente viu o perigo que corria ao lado dele. Hahahahahha.. ele deve ter pedido para darem o "beijo do vampiro" "posso dar uma mordidinha no seu pescoço, minha cara?" hauhauhuauaa... imagina ela correndo do Morcegão...
- H�, h�, há. Muito engraçado Srta. Weasley. 40 pontos a menos para a Grifinória e duas semanas de detenção pela falta de atenção na minha aula e pela brincadeirinha inconveniente relacionado a minha pessoa.
E assim, em meio às brincadeiras e zombarias dos alunos, os meses foram se passando, fazendo cada vez mais o casal sofrer. Dezembro chegara, e trouxera com ele muita agitação por parte dos alunos e de alguns professores. Todos estavam muito ansiosos pelas férias de fim de ano e pelo passeio à Hogsmead programado para o último final de semana antes do Natal. Mariana se perguntava se deveria passar o Natal em Hogwarts ou em casa, ao lado de mamãe. Severo tinha certeza absoluta de que iria para sua mansão passar o Natal sozinho, somente na companhia de seus elfos domésticos. Não suportaria ver Mariana no dia de Natal sem poder conversar com ela, sem poder presente�-la, sem poder beij�-la. Falaria com Alvo, explicaria seus motivos para passar o Natal longe de seu grande amigo. Nunca mais passara o Natal em casa desde que tornara-se um comensal. Sua mãe não o aceitara mais em casa depois que soube que o filho havia se tornado um seguidor de Voldemort.
A última vez que fora em casa, foi na morte de sua querida mãe. Desde aquele dia, nunca mais pisara na antiga casa.
Chegara o dia dos alunos voltarem para casa para passarem o Natal com a família. Os professores viajariam no dia seguinte. Mariana resolvera permanecer em Hogwarts. Não sabia que Severo iria para sua mansão. Achava que ele também passaria o Natal na escola. Durante o café da manhã, antes dos professores voltarem para suas casas, o diretor pediu a atenção deles.
- Meus amigos, eu tenho uma convidada especial para o nosso café da manhã. Melanie. Entre, por favor.
Mariana e Severo assustaram-se ao ver Melanie Mill
- MAMÃE!
- SRA. MILL!
- Minha filha, que saudades, como você está linda, filha. Quanto tempo não à vejo! Olá Severo, meu jovem. Como tem passado? Vejo que o tempo só o fez bem. Continua lindo como no dia – ou noite, não é mesmo- em que nos conhecemos. Dumbledore, meu caro, obrigado pelo convite.
- Será que a senhora pode me dizer porque não me avisou que estava na escola? – perguntou Mariana tentando passar um ar de autoridade, apesar do sorriso no rosto.
- Minha querida, eu queria lhe fazer uma surpresa. Será que uma boa e velha mãe não pode querer fazer uma surpresa para sua filha querida?
- Claro que pode mamãe. – respondeu Mariana abraçando a mãe. Obrigado pela surpresa. Estou muito feliz. Sente-se aqui, ao meu lado. Vamos tomar café.
Depois do café, os professores foram terminar de arrumar usas coisa, enquanto Dumbledore, sabendo que precisava falar com os três, pediu para Mariana, Severo e Melanie o acompanharem até seu escritório. Quando chegaram, Dumbledore resolveu começar a falar antes que o casal reclamasse.
- Meus caros, chamei-os até aqui por que tenho plena certeza de que vocês precisam acertar-se. Eu não consigo ver vocês sofrendo calados. Acho que o verdadeiro motivo, vocês já devem saber. Tenho a nítida impressão de que vocês já sabem de toda a verdade. Melanie, vou precisar de toda sua colaboração agora.
- Claro, Alvo, pode contar comigo. Afinal, essa situação chegou à esse ponto tão crítico por minha culpa, ou, parte dela.
- Diretor, então o senhor sabia de tudo desde o início- perguntou Severo incrédulo e começando a ficar bem nervoso, da forma que nenhum aluno gostaria de deix�-lo. – sempre soube sobre Mariana?
- Perdão, meu caro, mas, sim, eu sempre soube a respeito da tal promessa. Mas, para que você possa entender, eu vou precisar lhe contar coisas de vinte anos atrás. Por isso, peço que segure toda sua raiva que eu sei que está sentindo por mim nesse momento e me escute. Tudo começa com John tornando-se chefe do departamento de aurores. Fui professor de John aqui em Hogwarts, ele estava no sétimo ano quando você entrou, Severo. Quando ele tornou-se chefe, redobrei a atenção que tinha com ele. Afinal, ele e Melanie tinham acabado de casar. Não tinham completado nem um mês de casamento quando foi promovido. Precisava da minha proteção. Mas, o dia que você foi convocado para mat�-los, eu já sabia que isso iria acontecer. Você deve estar se perguntando como eu sabia, não é Severo?
- Sim diretor.
- Pois bem. Lembra-se que Matthew Kidman?
- Um negro alto, forte, despojado e muito simpático, foi comensal na mesma época que eu.
- Sim, meu caro, esse mesmo. Ele era meu espião. Trabalhava na Ordem da Fênix comigo.
- Mas, Matth foi morto logo depois que eu saí.
- Sim, infelizmente, Voldemort descobriu que Matth era meu espião e o matou pessoalmente. Era exatamente nesse ponto que eu gostaria de chegar. Matth sempre buscou tirar os comensais mais novos das garra de Voldemort. Foi ele que me avisou que Tom queria os Stuart Mill mortos. Matth já tinha me falado sobre você. Ele me disse que apesar de sempre calado e fechado, você era um rapaz de boa índole, e estava pensando em conversar com você naquela noite mesmo para que você desistisse da idéia de matar os Mill, mas, como naquela noite ele foi mandado para uma missão antes de você, ele não conseguiu conversar com você e mandou me avisar que você já estava a caminho da casa dos Mill. Foi o tempo de eu passar algumas instruções para Melanie e desaparatar, você aparatou na porta deles. Fui eu quem mandei Melanie dizer que poderia plantar a notícia da morte deles no Profeta Diário. Foi minha a idéia de eles fugirem para o Brasil. Conhecia muitos membros das Ordem que estavam atuando lá. Seria muito mais seguro se eles fossem morar lá. Entende o porque eu fiz tudo isso, Severo?
- Não diretor, eu não consigo compreender.
- Eu fiz tudo isso porque estava interessado que você viesse para o meu lado. Eu precisava ter você deste lado da guerra. Eu queria ver porque Voldemort preservava tanto você. Foi por isso que eu fiz tudo que fiz, Severo. E hoje, eu peço perdão por nunca ter lhe contado esse lado da história.
- Padrinho, sempre quis saber porque nunca me permitiu que me apresentasse com meu nome verdadeiro. Acho que agora consigo compreender . Se eu simplesmente aparecesse aqui, dizendo aos quatro ventos que sou parte da família Mill, talvez Severo pudesse reagir de uma forma muito diferente.
- E você está certíssima, minha querida. Eu não conseguiria reagir da mesma forma que reagi quando conheci a Juliana Rodrigues. Não saberia como reagir. – respondeu Severo ainda chocado com a confissão de Dumbledore.
- Severo, perdoe-me a minha falta de respostas às suas cartas, mas Dumbledore quem pedia para que eu não as respondesse. Sempre soube que você era um rapaz de boa índole. Tenho certeza que tudo aquilo que te falei naquela noite era a mais pura realidade, de outra forma, você não teria aceitado minha proposta, estou errada- perguntou Melanie para Severo.
- Não, Sra. Mill, agora eu posso compreender toda essa história. Meu único desejo é poder estar junto da mulher que eu amo, da mulher que eu aprendi a amar e aprendi o verdadeiro valor do sentimento de estar apaixonado. – ajoelhando-se aos pés de Mariana Severo perguntou- Juliana, ou melhor, Mariana Mill, eu gostaria de saber se você quer se casar comigo.-
- É claro que sim. Severo. Você sabe que eu te amo muito. Você é super importante para mim. Eu te amo. – respondeu Mariana beijando Severo.
- Hum- hum. Meu caro, eu sou padrinho dela, portanto, você deve pedir a mão dela para mim. Não diretamente à ela- falou Dumbledore brincando com o casal.
- E a mim também! Afinal, eu sou Mãe dela!
- Sra. Mill, foi você mesma quem me prometeu a mão dela. Não há nada que pedir à Sra.! – respondeu Severo zombando dela.
Depois dessa conversa, Severo e Mariana começaram os preparativos para o casamento, que ambos gostariam que fosse muito breve.
Passaram o Natal juntos, e o Ano- novo também. Em uma noite, antes dos alunos voltarem às aulas, Severo e Mariana estavam juntos na masmorra dele, conversando em frente à lareira, falando sobre o casamento.
- Severo, mesmo depois de tudo que passamos, você me provou o seu amor. A cada dia que passa, eu me apaixono ainda mais por você.
- Mari, você jamais terá motivos para duvidar do amor que eu sinto por você. E, eu te comprei um presentinho.
- Severo? Isso é uma sugestão- perguntou Mariana sensual abrindo o presente: uma baby doll vermelho-vivo bem curtinha.
- Hum.. pode-se dizer que sim. E o que me dizes de estrearmos essa baby doll agora?
- Oh.. sabe que é uma excelente idéia! Respondeu Mariana beijando Severo, enquanto esse, levantava do sofá com ela nos braços, indo em direção ao quarto dele. Seria a primeira vez que Mariana teria uma noite de amor. E seria a primeira noite do casal...
continua... by Regine Manzato
N/A: reviews! venhamos e convenhamos... que explicação mais idiota né! fazer o que?hahahahahahahaha!
