Capítulo III
Já fazia três dias que Harry beijava desesperadamente sua foto e Ginny não agüentava mais. Além de estar com muito nojo daquela fotografia (a coitada estava toda babada), não queria mais sair correndo toda vez que Harry chegava perto. Uma vez, estava levando "bronca" do Malfoy, quando Harry apareceu e começou a gritar: "Giiiiiinnnnyyyyyy! Meu amooooorrr!"
Ela teve que sair correndo, gritando "Socorro!", além de ter deixado Malfoy furioso.
Mas aquilo ia acabar assim que chegasse em casa. Escreveria uma história com Harry em que ele fosse para bem longe e assim ele a deixaria em paz.
Passou o dia inteiro olhando o relógio, até que enfim deu a hora de ir embora e Ginny partiu para casa, quase voando. Falou com a mãe e jantou bem rápido, depois subiu para o quarto e pegou o velho diário. Abriu-o em uma folha em branco e começou:
Era uma vez um casal de namorados: Ginny e Harry. Eles eram muito felizes, Ginny era uma bela garota ruiva, magra, um tanto baixinha é verdade, mas não dizem que os melhores perfumes estão nos menores frascos? Harry também era muito bonito, forte, alto e moreno!
Bem, mas o que interessa é que certo dia eles estavam passeando pelo bosque, Ginny brincava com os coelhinhos, enquanto Harry marcava o caminho de volta para casa com pedacinhos de pão. Mas bem que a bela Ginny sabia que não devia ter confiado aquela difícil tarefa ao namorado, pois, quem, no mundo, marca o caminho de volta com pedaços de pão? Alouuu? Harry? E os passarinhos?
Pois bem, quando o casal apaixonado quis voltar para casa, tiveram uma terrível surpresa:
"Oh Oh, onde estão os pedacinhos de pão?"- disse Harry olhando bestamente para o chão.
"Seu demente, os passarinhos comeram tudo!"- falou Ginny dando um tapa na cabeça do amado.
"Oh Oh Ginny, minha vida, o que faremos?"
"Vamos andando e que Merlim nos proteja!"
Então, eles andaram sem saber muito bem a direção. Ginny estava com suas lindas pernas muito cansadas, quando enfim pôde ver uma casa:
"Olha ali! Uma casa!"- disse Ginny correndo em direção ao lugar.
"Aonde?"- falou Harry procurando bestamente no lado oposto, até que olhou para frente e viu a mesma casa que Ginny vira antes.
O demente...bem...o rapaz saiu correndo logo atrás da amada, e em pouco segundos ambos estavam em frente a uma casa enorme, feita de chocolate. Ginny, que era doida pelo doce, arrancou logo um pedaço da parede da casa, enquanto Harry se conteve com um pedacinho da janela. Comeram muito até que uma mulher morena e de olhos puxados, muito parecida com uma bruxa, saiu de dentro da casa:
"Mas o que vocês fizeram, seus idiotas?"
"Ah...desculpa, dona..."- disse Harry, frouxo.
"Desculpa o quê seu besta! A culpa é sua! Quem manda ser burro? E outra coisa, quem manda fazer uma casa de chocolate? Chocolate é para comer não é para fazer casa."- disse Ginny revoltada.
"Quem você pensa que é, sua cabeça de fósforo?"- disse a bruxa revoltada.
"Eu sou Ginny Weasley e você?"
"Eu sou Cho Chang."
"E que grande m... é você! Ah, vai ver se eu estou lá no bosque!"- disse Ginny continuando a comer a casa.
A bela garota estava terminando de comer a porta quando Cho, num ato de traição, puxou os belos cabelos flamejantes da nossa heroína. Mas o que a horrível bruxa não sabia era que Ginny era lutadora de kung fu. Cho tentou atacar a bela garota com golpes baixos como mordidas ou puxões de cabelo, mas nada disso imobilizaria a destemida Ginny.
Ginny ia dar seu golpe final, quando um grito desesperado a fez parar no ar. Olhou para baixo e viu Harry:
"O que é?"
"Ginny, não faça nada a Cho!"
"E por quê?"
"Porque se você fizer algo a ela, eu termino nosso namoro!"
"Ah, isso é mais uma razão, então."- disse Ginny começando a se movimentar novamente para desferir o golpe fatal.
"NÃÃÃÃÃÃÃÃO, GINNY! EU A AMO! ELA É O AMOR DA MINHA VIDA! NÃO A MATE! POR FAVOR NÃÃÃÃÃÃÃÃO!"- disse Harry num jeito um pouco suspeito.
Ginny olhou o rapaz e desistiu não matar a infeliz:
"Tudo bem, Potter. Fique com essa idiota! VÁ PARA JUNTO DELA E NUNCA MAIS APAREÇA NA MINHA FRENTE!"- disse Ginny descendo, pegando a varinha que estava no bolso e sumindo logo em seguida.
Então, Ginny não foi morta pela bruxa e encontrou o caminho para casa, aparatando no seu quarto. Harry viveu com Cho por muitos anos e os dois foram felizes para sempre, sem incomodar mais a bela Ginny.
A garota olhou a história e imaginou de onde saía idéias tão malucas, fechou o diário e resolveu dormir, esperando que a sua história surtisse efeito no dia seguinte.
!D/G!
Acordou no outro dia bem cedo, tomou banho, vestiu-se, tomou o café da manhã e partiu para mais uma jornada de trabalho. Entrou na sala e Vanessa e Rafaela já estavam cochichando (como elas conseguiam chegar tão cedo?) Viram Ginny e os cochichos cessaram com a chegada da moça, Vanessa foi a primeira a falar:
"Ah, amiga, eu sinto tanto!"- disse abraçando Ginny.
"Sim, mas nós sempre soubemos que ele é um crápula!"- disse Rafaela abraçando Ginny junto com Vanessa.
"Por Merlim! O quê?"
"O Harry, amiga, nós já sabemos que ele viajou com a Chang."
"MESMO?"- disse Ginny rindo, mas vendo a cara de susto das amigas disse, triste- "Mesmo?"- fungou um pouco como se estivesse chorando.
"Sim, se você quiser nós matamos ele. Quer?"- disse Vanessa com um brilho maléfico nos olhos.
"Não, amiga...eu só quero ir ao banheiro...volto já."- disse fungando mais um pouco. Assim que se viu em segurança, correu para a sala do chefe, tinha que ter certeza.
Abriu a porta e encontrou Malfoy sentando detrás da mesa, ele a olhou e disse:
"O Potter não está. Foi embora com a Chang."
"Até você já sabe?"
"Sei, afinal ele me mandou uma coruja para avisar que não vinha mais trabalhar."
"Ah..."- disse Ginny olhando para cima, pensando em como teria sido o encontro de Harry e Cho, estava doida para rir, mas não podia.
"E não espere que eu sinta muito, não sinto. Você sempre foi uma idiota por ter se apaixonado por ele."
"Malfoy, não se meta na minha vida."
"Não estou me metendo, apenas estou falando o que todos nesse departamento acham, mas não falam."
"Malfoy, vai se f"
"Weasley, Weasley... sua boca está muito porca...agora volte para sua sala, antes que eu a demita."
Ginny o olhou com raiva e decidiu não criar briga, voltou para a sala e mais uma vez fingiu fazer relatórios. Vanessa e Rafaela também fingiam trabalhar quando Anderson, muito nervoso, entrou na sala e disse:
"Merlim! Malfoy está chamando na sala dele! AGORA!"- e depois disso saiu correndo.
As três se olharam e resolveram ir até a sala do chefe. Quando entraram na sala, Malfoy estava sentado na ponta da mesa, enquanto Anderson estava ao seu lado e outras três cadeiras esperavam por elas.
"Sentem-se."- disse Malfoy, sério.
"Que por..! Ele vai nos demitir!"- pensou Ginny, sentando-se do lado de Draco.
Depois que todos estavam acomodados, ele falou:
"Bem, eu os chamei aqui por que venho notando que vocês são os aurores mais relapsos de todo o departamento!"
Ginny o olhou com ódio e ele continuou:
"E então chegou a hora de vocês mostrarem do que são capazes! Há um rumor de que um grupo de bruxos está querendo ressuscitar o Lorde das Trevas."
"Que mentira, o Voldemort já Elvis (n.a: já era) há muito tempo!"- disse Ginny
"Sim, Weasley, mas pensaram isso da última vez e muitas vidas foram perdidas."
"Com certeza. Com sua ajuda e com ajuda de seu papai querido."- falou Ginny como se estivesse assobiando.
"Weasley, não me provoque."- olhou para Ginny e ela fez um tanto faz e o rapaz continuou- "Então, vocês vão investigar esse caso e como os julgo muito incompetentes, irei com vocês. Iremos nos dividir em dois grupos: vocês três"- disse apontando para Anderson, Vanessa e Rafaela- "vão ficar juntos, aqui no Ministério, investigando documentos, a vida deles, esse tipo de coisa, enquanto eu e a Weasley vamos nos infiltrar na vida deles."
"E como nós vamos fazer isso, Malfoy?"
"É fácil... eles têm uma agência de modelo para bruxas...mas eu suspeito que seja uma empresa de 'fachada'."
"Fácil? Você vai se infiltrar como lá?"
"Eu vou como empresário e você como modelo."
Ginny o olhou por alguns minutos, esperando que ele começasse a rir, desistiu e disse:
"Eu não vou fazer isso."- disse se levantando.
"Não? Pois então não precisamos mais dos seus serviços aqui."
"Seu idiota! Você quer que eu pareça ridícula."
"Não precisa parecer, Weasley!"
"Ah, Malfoy! Eu te odeio!"
"Não se preocupe, o sentimento é recíproco agora se sente, vou explicar o plano"
Ginny o olhou com ódio, mais uma vez e sentou-se.
"Amanhã, vocês vão procurar dados sobre esses indivíduos aqui"- disse mostrando um papel com quatro nomes-" enquanto eu e a Weasley iremos até a essa agência de modelos. Ah, Weasley, amanhã venha com roupas melhores, você não será modelo da pobreza. Agora saiam da minha frente e comecem a desfrutar os últimos momentos de folga, porque a partir de amanhã...cabeças vão rolar."- disse, a última parte olhando para Ginny.
Anderson, Rafaela e Vanessa foram os primeiros a sair, Ginny esperou os amigos se afastarem para falar:
"Não pense que você vai conseguir me ridicularizar."- disse encarando Draco.
"Será, Weasley?"- falou com o rosto bem próximo ao dela.
"Tenha certeza. Você vai se arrepender, Malfoy."- disse saindo logo em seguida.
Foi para a sala e rezou para que desse a hora de ir embora. Escreveria mais uma história, não ia ter Harry nem Cho, agora o negócio era com ela e com Draco Malfoy.
!D/G!
Chegou em casa, falou rápido com a mãe, jantou e subiu correndo para o quarto. Abriu a gaveta da escrivaninha e tirou o velho diário. Abriu em uma folha em branco e começou:
Era uma vez uma garota chamada Ginny Weasley, sua família era muito pobre, mas eram puros de coração (e de sangue, embora isso não importasse muito). A caçula dos Weasley era muito feliz, mas seria muito mais se não fosse discriminada por ser pobre.
Em um dia que estava muito triste, pois tinha acabado de ser humilhada por um garoto loiro, muito parecido com uma doninha, chamado Draco Malfoy, Ginny recebeu uma visita de uma pessoa muito especial.
"Ginny, querida, não chore."- disse uma mulher baixinha e gordinha
"Oh, quem é a Sra.?"- disse Ginny assustada.
"Sou sua fada madrinha e vim aqui realizar seu maior desejo."
"Verdade?"- disse Ginny rindo um pouco
"Sim, querida! Agora, lave esse rosto e venha comigo, vamos fazer compras!"- disse a mulher colocando uns óculos escuros muito estranhos.
Ginny obedeceu e em poucos minutos as duas chegaram em Hogsmeade, onde fizeram a festa. Compraram roupas, bolsas, sapatos, tudo de boa qualidade. Depois, passaram num salão de beleza e Ginny pediu para o homem cortar um pouco seu cabelo, mas a garota acabou saindo de lá com o cabelo castanho e encaracolado, um pouco mais curto, mas totalmente diferente. Já era noite quando Ginny e a fada madrinha chegaram em casa.
"Obrigada, fada! A senhora é fo..."
"Não continue, querida! Até mais! Nos veremos em breve!"
A mulher saiu e Ginny dormiu, sentia-se agora a mulher mais feliz do mundo.
Ginny fechou o diário e rezou para que aquela história se tornasse realidade, seria um grande passo para mostrar a Malfoy que ele não ia ridiculariza-la. Deitou-se e dormiu imediatamente. Teve sonhos estranhos, com Harry e Cho, mas o que foi mais estranho foi quando a história que acabara de escrever passava como se estivesse sonhando. Acordou justamente na hora em que a fada ia embora.
Espreguiçou-se um pouco e saiu da cama. Foi até o banheiro e se olhou. Estava com os olhos um pouco fechado ainda, mas o que viu no espelho a fez arregalar os olhos completamente.
"MERLIM! FOI VERDADE!"- disse pegando nos cabelos, antes lisos e ruivos, agora castanhos e encaracolados.
Nota da Autora: Hola:D Espero que gostem desse capítulo, as histórias desse não estão tão boas como a do anterior...hehehehe, mas eu tentei... :D
Esse capítulo é meu presente (bem singelo...heheheheeheheehhehe) para a Princesa Chi, já que hj eh o niver dela! Parabens, amigaaaaa!
Bem, agradecimentos (sem detalhar pq tia Manu ta doidoi again): Helo, Lana, Miaka: Genteeeemmm, muito obrigada, adoro a reviews de vcs! Continuem lendo! Pleaseee!
Bem, Feliz Ano Novo para vocês, que só coisas boas aconteçam na vida de vcs:D
Beijos e qualquer coisa mandem msg ou review! Quer dizer, por favor, MANDEM REVIEW!hihihihi
Beijocas!
Manu Black