Capítulo 18

Surpresa e fuga.

Algumas semanas se passara desde a morte do maior bruxo das Trevas de todos os tempos. A Paz reinava, a felicidade, o amor, a alegria tudo viera em grande escala depois daquela noite tão longa e cansativa. Passeios, brincadeiras e confraternizações passaram a fazer parte da rotina dos habitantes do Castelo de Hogwarts. Severo e Mariana estavam muito felizes. Durante a semana, eles lecionavam para seus alunos. A grande maioria, depois que soube da morte de Voldemort, passara a olhar o professor de outra maneira. Muitos criavam coragem para irem conversar com ele. E, o próprio Severo começara a observar o mundo de uma nova maneira. Finalmente ele tinha a tão desejada paz interior. E estava sendo feliz ao lado de uma mulher que amava e era amado. Tinha um grande número de fãs agora. Tornara-se um dos professores mais admirados da escola. Passara a tratar os alunos de uma forma muito mais carismática, o que somente fazia sua popularidade aumentar entre os alunos. Como não havia mais a pressão de ser um espião, podia sempre sair com Mariana, preparar passeios, pique-niques com ela e ser, finalmente, um homem feliz e completo.

Mas, havia algo estranho com Mariana nesses últimos dias. Estava sempre sem fome, enjoada, havia vomitado algumas vezes, sonolenta. Nenhum dos dois sabia o que fazer. Severo tentou lhe dar uma poção revitalizadora, mas só fez o quadro piorar. Então ela decidiu ir até a enfermaria para ver o que estava acontecendo.

Passara a manhã de Sábado toda na ala hospitalar. Madame Ponfrey fez todo tipo de exame nela. Nada indicava nenhuma doença. A enfermeira começa a suspeitar de uma única coisa.

Professora, estamos somente nós duas aqui. Somos mulheres adultas, acho que não há problema se lhe fizer uma pergunta mais íntima.

Claro que não, Papoula. Pode falar.

Você e Severo já tiveram relações sexuais?

Er.. hãm.. já. – respondeu Mariana corando furiosamente

E vocês se preveniram contra uma possível gravidez?

A senhora acha que eu possa estar grávida?

Tenho quase certeza. Então?

Nós.. nós não nos prevenimos contra isso... talvez seja isto.. eu.. eu estou grávida?

Sim, professora, você está grávida! Parabéns! Vamos contar ao papai sortudo?

NÃO!

Porque não?

Eu.. eu quero falar com ele sozinha, Papoula. Não é nada pessoal, é que eu mesma quero dar essa notícia para ele.

Tudo bem, então, parabéns, professora.

Obrigado, Papoula, obrigado mesmo.

Mariana não sabia o que fazer. Com uma notícia dessas, o que Severo iria dizer? Duvidava que ele tivesse planos para uma criança. Acabara de tornar-se um homem livre. Tinha plena consciência de que o que Severo mais queria nesse momento era curtir a vida que não teve direito enquanto trabalhava de espião. Um filho não estava em seus planos. Não agora. Não poderia estragar a vida dele assim. Precisava deixar Severo. Sim, a melhor atitude agora era ir embora. Ele seria feliz sem ter que cuidar de uma criança. A vida toda ele sofrera, agora que teria um pouco de paz, ela descobrira que estava grávida. Não poderia. Com tantos pensamentos, nem notara que estava parada na porta da masmorra de Severo.

Então, Mari? Como foi lá na enfermaria? Mari?

Hãm.. oi... foi.. foi tudo bem... foi tudo bem, Severo.

Então? O que foi que Papoula falou?

Ela disse.. ela disse que era apenas o ... o estômago. Sim.. eu estava com um pouco de gastrite, mas, já está tudo bem. Severo, se você não se importa, eu gostaria de deitar um pouco. Eu estou muito cansada, a Papoula me fez passar por uma bateria de exames muito puxada... me desculpe.

Tudo bem.. mas, Mari, você tem certeza de que está tudo bem mesmo?- perguntou ele desconfiado

Sim, Severo, eu tenho certeza. Mas, eu realmente preciso me deitar. Com licença.

Deitada em sua cama, Mariana escrevia uma carta para Severo, com uma carta já pronta em baixo, para Dumbledore.

A carta de Severo dizia:

Severo, perdoe-me por ir assim. Não quero atrapalhar a sua vida. Finalmente você é um homem livre e feliz. Não posso atrapalhar isso. Foi muito bom o nosso relacionamento, mas, não tenho o direito de lhe prender à mim. Jamais esquecerei o quanto teve que fazer para me salvar. Sempre lembrarei do homem que me fez mulher. Nossas vidas foram cruzadas por culpa da minha mãe, e, agora eu entendo que tudo que ela fez foi por amor à mim. Só tenho a agradecer por ter me feito feliz por todos esses meses. Eu o amo muito. E, espero que me perdoe. É maravilhoso amar e ser amada, mas, fazê-lo meu prisioneiro, não tenho tamanho poder. Agora é um homem livre. Espero do fundo do meu coração que encontre uma mulher que possa lhe trazer alegria. Eu te amo. Seja feliz.

Mariana Mill.

Aquela carta feria seu coração como um punhal sendo espetado a cada frase escrita. Não tinha vontade de ir embora. Seu maior sonho era ficar ao lado de seu amor, o pai de seu filho. Ou filha. Mas não poderia. Não poderia colocar em suas mãos tamanha responsabilidade. Criaria a criança lhe ensinando a amar o pai. Depois de chorar muito, começou a reler a carta que havia escrito ao diretor da escola:

Padrinho, obrigado por ter me acolhido aqui. Mas, chego à conclusão de que não posso mais ficar. Severo agora é um homem livre e feliz. Jamais vi uma pessoa tão feliz quanto tenho visto ele nessas últimas semanas. Não tenho o poder nem o direito de prendê-lo à mim. Por favor, Padrinho, peça para Severo não ir me procurar. A felicidade dele não está ao meu lado. Volto para o Brasil com a certeza que cumpri meu destino. Levo comigo um pedaço deste homem maravilhoso que ele é. Sim, padrinho, estou grávida dele. Mas, não lhe diga nada. Ele irá pensar que o estou obrigando a ficar comigo. Não posso obrigar ninguém a nada. A sua benção, padrinho,

Mariana Mill.

Depois que o dia anoiteceu, Mariana saiu sem ser vista e rumou para a vila de Hogsmead. Tomou o trem da madrugada e, nas primeiras horas do dia enviou as cartas. Foi até o aeroporto trouxa, comprou uma passagem para o Brasil e, no fim da tarde estava em seu país.

Em Hogwarts, Severo estava muito preocupado com Mariana. O que acontecera para não falar com ele? Porque não saíra da masmorra? Precisava ir procurar Papoula para saber o que realmente havia acontecido com ela. A masmorra estivera trancada durante todo o dia. Nenhuma das senhas fazia a porta abrir. Tentara chamá-la, mas não respondia, estava começando a ficar muito preocupado. Quando estava saindo da masmorra, percebeu uma coruja empoleirada na janela. Amaldiçoando quem havia lhe enviado uma carta tão cedo, foi abrindo o envelope com raiva. Sentiu uma tristeza muito grande enquanto lia a carta, sem acreditar no que estava escrito. Mariana o deixara. Fora embora. Mas, porquê? Estavam tão felizes e apaixonado. Nesse mesmo instante, Dumbledore também recebia a carta da afilhada. Depois de ler a carta de Mariana, o diretor tentou imaginar os motivos que a fizeram ir embora. Sabia que de certo modo Mariana achava que estava certa, mas isso iria causar uma grande tristeza para Severo, principalmente agora que estavam tão felizes juntos, fazendo planos para o futuro e para o casamento. Precisava falar com ele.

Em sua masmorra, Severo chorava, sim, ele estava chorando, totalmente triste e amargurado com o final de seu romance com Mariana. Não tinha a menor idéia do que fazer. Releu a carta milhares de vezes, sem acreditar que ela pudera ter sido fria daquela forma tão vil e cruel. Não conseguia imaginar o motivo para ela ter ido embora . quando o diretor entrou na masmorra. Trazia consigo a carta da afilhada.

Severo, meu filho, como você está?

Nada bem, Alvo, nada bem. Eu gostaria de saber o motivo para ela ter feito tudo isso comigo. Nós estávamos tão bem, felizes, eu estava até planejando um filho, afinal, esse é o meu maior desejo. Ser pai. Mas, parece que ela se cansou de mim. Acho que nunca me amou. Talvez ela quisesse apenas me usar. Me fazer de palhaço. Afinal, era a família dela que passou vinte anos escondida do Lord das trevas. Quer saber de uma coisa, Alvo, eu vou viver a minha vida.

Severo, pense bem o que vai fazer.

Eu sei muito bem o que vou fazer. Agora que eu sou tão popular, duvido que não haja uma única mulher que não me queira.

Severo, ela está grávida.

O QUÊ?

É isso mesmo que você ouviu, Mariana está grávida. Ela foi embora porque achava que o que você mais queria era curtir essa liberdade que tanto sonhou.

Então eu vou atrás dela. Ela não pode ir embora assim e levar um filho meu na barriga. Não um herdeiro do legado Snape. Não a mulher que eu amo.

Eu concordo plenamente com você, Severo, creio que o melhor que tens a fazer é ir atrás dela. Dizer que quer Ter este filho. Abra seu coração para ela, Severo. Tenho certeza que ela voltará para você. Mas não se demore. Não posso ficar sem o profesosr de Poções e sem a professora de Herbologia assim, desta maneira.

Sim, Alvo, eu vou. Obrigado.

Dizendo isso, Severo pegou tudo o que precisava e rumou para o mudo trouxa, atrás de seu grande amor e seu filho primeiro filho.


continua... by Regine Manzato 2005


N/A: Oi gente! Bom, me desculpem a demora de colocar esse capítulo no ar, mas é que realmente as fadinhas decidiram me abandonar, mas, acho que tem uma teimosa que insistiu em ficar me assoprando idéias no ouvido. Daí eu a lacei e a fiz me ajudar! Há, há, ha! Sheyla, obrigado por Ter demorado, mas comentou! Fico feliz que está gostando da fic, e perdão pelo longo período sem atualizações.. prometo colocar o próximo capítulo ainda essa semana. E, sim, agora a fic tá entrando em processo de finalização, mas ainda está longe de seu final. Não tenho apenas uma ou duas corujas na manga, mas sim um corujal de fazer inveja à Hogwarts! Hahahha... muita água ainda vai rolar por debaixo da ponte! Bjus! QUERO REVIEWS!