Capítulo XI

Separaram-se depois de algum tempo, Draco a encarou e disse:

"Vamos sair daqui?"- sussurrou no ouvido de Ginny

Ginny balançou a cabeça afirmativamente e segundos depois, os dois aparataram.

"Onde nós estamos?"- disse Ginny olhando em volta.

Com certeza estavam em um apartamento muito luxuoso. Na sala.

"No meu apartamento."

"E por que você me trouxe para cá?" - disse Ginny desviando o olhar.

"Por nenhum motivo especial... queria apenas ficar mais à vontade com você."- disse Draco se sentando no sofá e apontando o lugar vazio ao seu lado para Ginny.

"Sei..."- disse Ginny desconfiada, sentando do lado do rapaz.

Os dois ficaram calados. Ginny olhava para todos os lados, menos para Draco. O rapaz olhava Ginny pelo canto do olho. Os dois não sabiam o que dizer...Draco foi o primeiro a arriscar:

"E então, Weasley, agora que você é minha namorada..."

"Como é?" – falou Ginny cruzando os braços, finalmente olhando Draco.

"Sim...minha namorada."

"Como? Eu não ouvi nenhum pedido!"- disse Ginny.

"E nem espere que eu o faça."- disse Draco sorrindo cinicamente.

"Você é um idiota."

"Posso até ser, mas já não acha demais tudo que fiz hoje? Fui lá, me declarei e ainda cantei para você. São coisas que dinheiro nenhum compra!"- disse Draco.

Ginny o olhou e disse:

"Tudo bem. Eu aceito seu pedido."

Os dois riram e se abraçaram, mas Ginny completou, separando-se de Draco:

"Que droga! Agora eu me lembrei que pedi transferência."- falou se afastando.

"E qual o problema?"

"Ora, qual o problema! Como vamos namorar se vou morar na Suécia?"

"E quem disse que você vai? Eu não aceitei o pedido."- disse rindo.

"Por que?"

"Ora, Weasley, eu sabia que quando eu fosse lá, você não ia resistir. Meu charme, quem pode resistir?"- falou levantando uma sobrancelha.

Ginny se aproximou mais dele e acariciou a face de Draco, até que sem aviso nenhum deu um tapa no rosto pálido do rapaz e disse:

"Isso é para você aprender a não ser metido."

"Você é louca!"- disse Draco massageando a bochecha.- "Mas tudo bem, eu gosto de viver perigosamente."- disse a beijando logo em seguida.

!D/G!

O Ministério da Magia parecia ter sido atingido por várias flechas do cupido, principalmente o Departamento dos Aurores. Rafaela e Anderson enfim assumiram o romance e quatro meses depois resolveram se casar. Tiveram que ser transferidos de sala, porque o trabalho ficava bem mais difícil quando os dois resolviam namorar um pouco.

Vanessa enfim se acertou com Rony e os dois ficaram noivos. Draco vive ameaçando despedi-la, pois se antes o trabalho era difícil com tanta informação a ser repassada para os amigos, agora está pior, com todos os preparativos para o casamento.

Ginny mal é vista na sala dos aurores, só vai lá (na sala antiga) quando Draco está em reunião com Hermione. Os dois vivem fazendo "não sei o quê" na sala, mas há suspeitas.

E se você observar bem, a fama de aurores relapsos não é à toa...

Molly ficou muito feliz em saber que a filha permaneceria perto, só não gostou do motivo da permanência, não era bem o motivo, mas o sobrenome. Mas tudo bem, se era para ter sua filhinha perto ela faria tudo, até mesmo aceitar certos Malfoys entrarem para a família.

O casamento de Ginny e Draco aconteceu um ano depois do dia que eles começaram a namorar. Foi uma cerimônia conturbada, com o noivo fugindo de eventuais socos e/ou pontapés que os cunhados tentavam lhe dar. Mas pode se dizer que entre mortos e feridos, o noivo se salvou.

Ginny não usa mais seus "poderes especiais", apenas em ocasiões extremas como mulheres excessivamente atraentes que dão em cima de Draco ou quando Draco fica olhando mulheres excessivamente atraentes. Mas não é nada demais. Algumas verrugas ou alguns quilinhos a mais ou quem sabe alguns centímetros a menos são as coisas que Ginny faz acontecer.

!D/G!

Sentada detrás de uma mesa no escritório da Mansão Malfoy, Ginny pegou o velho diário e abriu em uma página em branco. Pegou pena e tinteiro e começou:

Era uma vez uma garota que não acreditava mais em mudanças. E ela tinha seus motivos, afinal passou 22 anos de sua vida sem nenhuma ilusão, sem nenhuma expectativa de que as coisas poderiam melhorar.

Uma inocente história em um velho diário e uma cartomante/quiromante/adivinha meio duvidosa mudaram a vida da tal garota quando mostraram a ela que Ginny Weasley não era uma pessoa como outra qualquer, ela tinha o poder, literalmente, nas mãos.

A vida dessa garota mudou. E não foi por causa do poder que ela tinha, claro que em parte sim, mas em outra não, porque ela precisava ser feliz e quem diria que ela encontraria o que mais precisava do lado do seu maior inimigo? Ela tentou resistir, mas quando o "coração bate mais forte" a resistência se torna impossível.

Então, após algum tempo resistindo e brigando, eles se acertaram. E depois de o rapaz ser aceito pela família da garota (mesmo que para isso ela tenha usado seu "poder secreto"), conheceram o verdadeiro significado da palavra "felicidade".

A história de Ginny foi interrompida pelo barulho da porta se abrindo.

"O quê você está fazendo aí?"- disse Draco sentando-se na cadeira em frente a Ginny.

"Nada..."- falou tentando esconder o diário.

"Escrevendo de novo nesse diário?"- Draco disse desconfiado.

"Sim...qual o problema?"

"Todos os problemas! Por Merlim! Você já tem 24 anos! Diário é coisa de criancinha."

"Não se incomode. O diário é meu e você não tem nada com isso."

"Tenho sim! Sou o seu marido! Pai do seu filho!"

"Grande coisa...e não vai ser filhO, mas filhA."- disse acariciando a barriga de nove meses.

"Como você sabe se nós não fizemos o tal ultra..sei lá...aquele exame de trouxas."

"Ultra-som, Malfoy. E eu não preciso disso para saber. Eu sou mãe, eu sinto."- disse orgulhosa.

Os dois começaram a discutir, afinal não seriam Malfoy e Weasley se não tivessem as brigas. A discussão só acabou quando Ginny disse:

"Ai!"- falou passando a mão na barriga.

"O que foi?"- disse Draco preocupado.

"Acho...que chegou a hora!"- disse Ginny

"Merlim. Já? Mas o médico disse que só iria nascer daqui a uma semana!"

"Eu sei, mas acho que ele se enganou."

"Então o que vamos fazer?"- disse aflito.

"Que tal"- disse Ginny respirando fundo- "ficarmos aqui e assim poderemos testar suas habilidades como parteiro?"- completou olhando Draco com raiva.

"Quê?"- disse Draco ainda confuso.

"Para o Hospital, porra!"- gritou quando sentiu outra contração.

Draco saiu correndo e segundos depois voltou com a bolsa que Ginny tinha preparado para levar ao Hospital. Os dois enfim foram para o St. Mungos e agora era só esperar...

!D/G!

Draco andava de um lado para outro. As outras pessoas que estavam na recepção já estavam vesgas de observarem o rapaz. E ele começava a sentir o chão cedendo, em poucos minutos um buraco enorme surgiria embaixo dos seus pés.

Estava quase sendo expulso da sala de espera, quando a enfermeira o chamou:

"Sr. Malfoy?"

"Como está a Ginny?"

"Está bem. O Sr. já pode ir vê-la. Siga-me."

Quando o rapaz entrou no quarto viu Ginny dormindo. Aproximou-se do berço da criança e o olhou. Era tão bonito. Seu garoto. Um verdadeiro Malfoy com aqueles cabelos loiros. Com certeza ia ser igual ao pai, um verdadeiro "garanhão".

"Draco?" - ele ouviu a voz fraca de Ginny.

"Oi, querida. Como está?"- disse beijando-a na testa.

"Bem. Você viu como nossa filha é linda?"

"Filha? É um menino!"

"Você está louco. É menina. Se quiser pode ir tirar a prova."

Draco aproximou-se do berço e bem...obteve a prova..

"É...é menina..."

"Eu disse! E você não acreditou!"

"Certo...agora temos que escolher um nome..."- disse Draco pensativo.

"Eu sempre achei o nome Joana muito bonito..."

"Joana? É estranho... que tal Ella?"

"E Ella não é estranho?"

Os dois começaram uma nova discussão e minutos depois, exausta, Ginny disse:

"Tudo bem... Joana Ella."

"Esse é muito mais estranho."

"Certo, vamos combinar assim...o nome dela será Joana...e o do próximo você escolherá, ok?"- disse Ginny cansada.

"Não!"

"Draco, por favor...tudo bem... que tal... Marie?"

"Pode ser Marie Ella, o que acha?"

"Por Merlim, quem no mundo é Ella? Se for alguma loira peituda eu vou descobrir!"- fez uma pausa e disse- "Está bem... mas é bom juntar... Mariella...está bem?"

Draco pensou um pouco e disse:

"Ok. Mariella."

"Certo. Agora eu vou dormir. Você me cansa, Malfoy."- disse fechando os olhos.

Draco sorriu e beijou a testa de Ginny antes de se sentar na cadeira ao lado e velar o sono da mulher e da filha.

!D/G!

Três anos depois do nascimento de Mariella o último membro da família chegou: John.

Alguns acontecimentos, como a morte de Arthur Weasley, entristeceram aquela família por algum tempo. Molly teve que ir morar com Ginny e Draco, já que os outros Weasleys não moravam mais no país.

E assim a história deles continuou...sem a interferência de ninguém... Ginny não usava mais os tais poderes e às vezes até esquecia que os tinha... mas isso foi por pouco tempo...pois alguém tinha herdado aquele "dom"...

FIM

Nota da Autora: Eu sei...ninguém entendeu...mas essa fic tem continuação... só que ela não vai ter continuação nessa fic...outra fic será a continuação dessa...entendem? Pois bem... Mas se não quiserem, não faço continuação...se não gostarem do final, desculpem... estou tentando há dias, mas soh consegui que saísse essa porqueira.

É isso gente...obrigada pela reviews e até a próxima!

(Não vou responder reviews pq não estou podendo, ok?)

Beijos,

Manu Black