O inverno se intensificara na Inglaterra. A neve começava a jorrar dos céus deixando o vento frio e os jardins da mansão Malfoy brancos. O lago do jardim traseiro estava totalmente congelado. As árvores já não possuíam mais folha alguma, o que representou um grande trabalho à Gina, já que na véspera da neve a ruiva teve que catar todos os resíduos de plantas que estavam no chão. Os telhados estavam cobertos com gelo. As flores coloridas haviam sido substituídas por algumas de várias tonalidades de azul, que rodeavam o grande salão de bailes.
Gina, deitada na cama de seu quarto, foi acordada por uma luz que invadia o seu quarto. Abriu os olhos lentamente como que para espiar o que se passava. Saiu debaixo das cobertas e da cama. Calçou as pantufas e vestiu o robe que trouxera de casa e foi até a janela, abrindo-a. Ao contrário do que imaginara, a luz não provinha do sol, encoberto por nuvens levemente acinzentadas, e sim de pequenos pontinhos de luz, que agora rodeavam a grande mansão. Eram as pequenas fadas que anunciavam a chegada da neve. Duas das que voavam com o grupo entraram no quarto da ruiva, rodeando-a rapidamente e saindo em seguida.
A garota corou graciosamente e foi trocar de roupa, mas ao abrir o armário percebeu que seu antigo uniforme havia sido substituído por um outro todo branco com detalhes azuis nas mangas e na barra do vestido. Além disso, havia luvas transparentes, brancas. Admirada com a delicadeza do novo uniforme, Gina o pôs no corpo rapidamente, junto com os sapatos azuis, e se encaminhou à cozinha para receber as novas ordens do elfo mal-educado.
No caminho à cozinha viu que toda a casa estava silenciosa. Os quadros ainda dormiam, não se ouvia nada, absolutamente nada. Os corredores ainda escuros(os corredores dos fundos são os únicos claros de toda casa) davam um aspecto sombrio. Chegando na cozinha percebeu que ainda não havia nenhum elfo. Devia ter acordado muito cedo. Havia se esquecido que algumas casas entravam em atividade mais tarde no primeiro dia de neve do inverno, e esse devia ser o caso da mansão.
Decidiu dar um passeio para observar melhor os efeitos da estação no jardim. Saiu pela porta da cozinha, que dava direto para a parte traseira da casa. Quando saiu sentiu seu pé afundar na neve. Adorava essa sensação. O pé no fruto fofo do inverno. O gelo caindo do céu, indo direto ao seu rosto. O exalar da essência suave das flores azuis da estação gelada, tão doce, até mais do que das flores da primavera. Gina foi até o lago congelado, e escorregou ao pisar nas águas endurecidas, caindo em seguida. Como era bom escorregar nas águas congeladas, cair deitada na neve, mover os braços e pernas até formar um anjo. Todas as brincadeiras infantis de inverno, ah como adorava! Sentia que fazia parte da natureza, e realmente fazia. O anjo do gelo, pele alva como a neve, cabelos flamejantes de fogo. Pureza e calor. Importante esclarecer para que não se faça confusão, pureza da alma, não da cor, pois se fosse feita de ébano teria a mesma candura de um anjo.
De longe, pela janela, Malfoy espiava a cena, aparentemente desinteressado.
" Como ela é infantil" pensou. Talvez com uma ponta de inveja. Não gostava do inverno. Era frio. Combinado com ele ficava duas vezes mais frio. Talvez disso que não gostava. O inverno o refletia. Era incomodo.
"Beijei uma criança!", pensou debochado, mas depois de lembrar do fato parou para refletir. Por que a havia beijado? O que dera nele naquele momento? Por que achou algo tão especial no beijo da Weasley? Só havia duas hipóteses: ou ficara louco, ou estava com saudade do calor de uma mulher, uma vez que Rubi passara um tempo longe da mansão, ocupada com as visitas em sua casa. Descartou a primeira hipótese e ficou com a segunda. Não por realmente acreditar nela, apenas a preferiu. Sempre fora assim, escolhia o que lhe convinha, e nunca se dera mal.
Pelo menos essas suas "carências" não corriam o risco de acontecer de novo. Hoje era a abertura da temporada de bailes de inverno. A casa seria decorada, os convidados chegariam...entre eles Rubi.
Parou de ficar pensando besteiras e saiu da janela, sentando na cama. Não conseguia acreditar que já estava no final do ano. O tempo havia passado tão rápido...já faziam dois anos que se formara em Hogwarts, e ainda não tinha procurado emprego. Não que precisasse trabalhar, ou que gostasse, mas pelo menos teria algo o que fazer. Sua vida parecia tão chata ultimamente. Precisava de alguma ocupação, pelo menos enquanto não se tornava comensal. Não entendia o porquê de seu pai demorar tanto a decidir transforma-lo em um seguidor do lord. Aliás, isso era curioso...por que ainda existiam comensais se desde a guerra Voldemort já havia morrido? Suspeitava de algum plano para traze-lo de volta à vida. Já tinha ouvido falar alguma coisa a respeito em uma conversa de Lúcio com um tal de Radclaf...Radfall ou algo assim...
Novamente deixou os pensamentos de lado, se levantou da cama e vestiu uma roupa. Em seguida saiu, para poder tomar café da manhã. Seria um dia longo, e uma noite maior ainda.
Tudo estava escuro. Havia apenas um feixe de luz vindo da janela semi-cerrada. O lugar era úmido e sujo. O chão estava coberto por algo verde e viscoso. As paredes úmidas e cheias de musgo. Podia-se ouvir o barulho dos ratos que andavam livremente. De repente a porta é escancarada, e um homem encapuzado entra e deposita um recipiente com um líquido de cheiro estranho na sua frente.
-Já está disposto a beber?
Ele prova do líquido, mas ao sentir o sabor cospe tudo no chão.
-Já disse que isto eu não bebo.
O homem se aproxima e o levanta pela gola da camisa, pondo o rosto bem perto do seu.
-Estou ficando cansado deste seu joguinho. Vamos logo. BEBA!
Em um ato de desprezo, ele cospe na cara do homem à sua frente. O outro, em reação, o joga violentamente de volta no chão e limpa o cuspe do rosto em seguida.
-Por que não bebe você mesmo? – diz, jogado no chão, chutando o recipiente.
-Você tem muita sorte por eu não poder usar o Impérius, mas é melhor você começar a contribuir, se quiser que ela fique bem – diz e logo em seguida saiu novamente, fechando a porta com tanta força que esta liberou enorme quantidade de poeira.
Ainda no chão ele rastejou até o pequeno feixe de luz, virando o rosto para a janela. Seu estomago roncava. A quanto tempo não comia? Num ato de desespero ele rastejou até a parede, passou o dedo, retirando o musgo, criou coragem e botou o dedo na boca. Fez isso mais oito vezes rápida e repetidamente e voltou a se deitar.
Perguntava-se quando aquilo iria acabar. Não por ele, mas por ela...
Gina tirou limpou a neve do uniforme e entrou na cozinha, que ainda estava deserta, a não ser pelas bandejas depositadas encima da mesa central, mas não havia nenhum sinal de elfo. Foi até as bandejas, sentindo o cheiro da comida. Abriu uma e viu um belíssimo prato de scones. Pegou um para experimentar. Estava uma delícia. Depois abriu todas elas, revelando diversos aromas e pratos deliciosos. Pela aparência pôde perceber que aquele não era o seu café da manhã. Devia ser o dos Malfoy. Pensando nisso concluiu que mais cedo ou mais tarde algum elfo teria que descer à cozinha para servir a comida.
Atravessou a cozinha e foi em direção da sala de jantar, para ver se havia alguém, porém nada. Quando ia saindo, ouviu passos vindos da porta que fazia conexão com o salão principal, adentrando Draco Malfoy. Ele olhou para a sala como se procurasse por algo, até que avistou Gina.
-E então – perguntou ele.
-E então o que?
-Onde está a comida? – disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
-Não há nenhum elfo na cozinha, e...
-Ah – ele interrompeu – Não lhe avisaram?
-Avisar o que?
-Hoje é a abertura da temporada de bailes de natal. Todos os elfos estão ocupados em arrumar os quartos para as visitas.
-E...?
-E você mesma terá que servir o café da manhã.
-Ah, não vou mesmo!
-Como assim, não vai?
-Eu não vou servir o café!
Nesse momento ele começou a rir debochado.
-Do que está rindo?
-Do seu senso de humor. Olha aqui, Weasley, acho que você ainda não entendeu direito o seu lugar nesta casa. Você é uma criada! Eu mando você engraxar meu sapato e você engraxa. Eu mando você beijar o elfo e você beija. Eu mando você servir o café e você serve! Eu mando e você obedece! Será que você entendeu agora ou quer que eu escreva?
Ela se fez muito calma e respondeu:
-Está bem. Entendi.
-Ótimo. Agora vá buscar a comida.
-Ok.
Ele se sentou em uma cadeira da mesa e ela foi até a cozinha e voltou diversas vezes até levar todas as badejas até a mesa da sala de jantar.
-Está bem assim, Sr. Malfoy?
-Ótimo – ele respondeu – Agora me sirva uma xícara de café...ah! Apenas dois cubos de açúcar.
Ela pegou uma xícara, pôs o café e acrescentou os cubos de açúcar, porém, ao levar a xícara para ele, derramou "acidentalmente" todo o líquido na camisa do loiro.
-Oh, me desculpe Sr. Malfoy. Sou mesmo uma desastrada!
Ele se levantou raivoso de modo a poder encarar Gina.
-Espero que sua conduta seja melhor hoje durante o jantar especial, Ginevra!
-Com certeza será – disse irônica.
-Agora vá!
-Não devo esperar para servir o café do Sr. E da Sra. Malfoy?
-Não será necessário. Os criados úteis já devem estar acabando seus serviços nos quartos. Vá!
Ela obedeceu e se retirou do recinto, voltando à cozinha, onde se sentou em uma cadeira, apoiando o cotovelo na perna e a cabeça na mão, para esperar o elfo chegar e lhe dar as ordens.
-Sr. Malfoy... uma ova!
"De novo a limpar corredores!" pensou Gina enquanto varria o chão do corredor principal da casa. Era uma tarefa entediante. Preferia catar folhas no jardim. Pelo menos havia luz e ar fresco, a escuridão e a poeira acumulada no tapete. E nem podia abrir a janela. Desconfiava seriamente que os Malfoy eram vampiros, por serem tão sensíveis à luz.
O casal já havia descido para tomar café da manhã, e algo a estava chamando-a naquele recinto. A grande porta de carvalho no fim do corredor. Já estava roendo as unhas de tanta curiosidade. "Bem...já que eles estavam tomando café não havia nada demais". "Aliás", ela pensou, "minha coruja pode estr escondida ali". Foi com esses pensamentos na cabeça que Gina abriu lentamente a porta do recinto, e entrou, certificando-se de que não havia mesmo ninguém no corredor.
O lugar era de tamanho razoável. Possuía um tapete circular vermelho no centro, uma escrivaninha próxima à parede, uma poltrona perto da lareira. Uma janela ficava atrás da escrivaninha, e era coberta por uma cortina verde, como todas as da casa. Haviam também alguma instantes com livros, de diversos tamanho e cores. No centro dessas estantes se posicionava uma pequena escada de madeira, com um corrimão branco. Essa escada levava à um pequeno andar onde haviam apenas mais quatro estantes de livros, uma delas de livros pretos com um verde no meio.
Gina já havia percebido que o lugar se tratava do escritório de Lúcio Malfoy. Sua coruja devia estar em algum lugar daquele escritório. Começou a procurar por algum buraco ou o que quer que fosse pelo recinto. Chegou até a enfiar a cabeça na lareira, mas não obteve sucesso algum.
Limpou a roupa e disse:
-Mer...- porém esbarrou em uma caixa no chão, e acabou derrubando um bolo de papéis pretos.
Olhou para cima, como se falasse com alguém.
-O Senhor deve me odiar mesmo.
Se abaixou e começou a pôr os papéis de volta na caixa. Era um tipo de papel estranho. Manchava os dedos. Gina já tinha ouvido seu pai falar deles. Era papel carbono. Um artefato trouxa usado para fazer cópias de um papel para outro.
"Estranho. Achava que os Malfoy não usavam coisas trouxas" pensou, terminado de guardar os papéis na caixa. Em seguida, saiu do escritório sem fazer barulho e voltou a limpar o corredor.
O sol já estava escondido, em outro lugar do mundo. A lua estava em seu posto, no seu escuro, sem estrelas, apenas algumas nuvens. A neve caia incessantemente, deixando o chão branco e o ar gélido. A Mansão Malfou estava iluminada, com as grades do jardim aberta, para acolher os seus convidados "ilustres". Duas tochas crepitavam nos lados da porta dupla, que também estava aberta. Perto dela, estava Gina, uniformizada, esperando a chegada das pessoas.
"Com certeza aquilo era idéia de Malfoy. Logo eles chegariam, para pisa-la", pensava Gina. E tinha que ficar lá, apenas para que todos a vissem como empregada dos Malfoy. De ser empregada não se importava, mas ser empregada dos Malfoy"...já podia até ver o sorriso zombeteiro dos convidados.
Via na entrada o primeiro que se aproximava. Era um bruxo de barbas negras. Ao seu lado, uma bruxa loira, com um casaco de pelo marrom. Iam caminhando lentamente em direção da porta. Quando chegaram Gina soltou um tímido "boa noite", porém eles não olharam para ela. A bruxa tirou o casaco e jogou encima da ruiva, e em seguida caminharam até Lúcio, Narcisa e Draco que estavam posicionados no centro da sala, à espera dos convidados da temporada de bailes de inverno dos Malfoy.
No meio do jardim caminhava outro casal, em direção da entrada. Era um homem jovem, de uns 20 anos, cabelos negros, e uma mulher de cabelos castanhos e encaracolados. Sabia quem eram. Blaise Zabini e sua noiva Margareth Seulan. Tinha visto uma foto do casal no profeta, logo após da morte do senhor Zabini, comensal, morto na guerra. Ao entrar, o casal não olhou para Gina novamente, e lhe jogou os casacos, indo falar com os Malfoy.
Á medida em que as pessoas iam chegando Gina tinha que segurar mais casacos. Uma hora chegou a cair, e depois se levantou, tentando segurar as peças. Ás vezes tinha que depositar algumas no chão para receber outras. Os convidados dos Malfoys pareciam mesmo não reparar em Gina. Talvez essa tivesse sido a real intenção de Lúcio Malfoy: humilha-la fazendo-a passar por mais um objeto da rica família bruxa.
Já entravam poucas pessoas. Vinha agora um senhor de aproximadamente 60 anos, com uma corrente de ouro no bolso da camisa, acompanhado por uma velha mulher coberta por um vestido rosa brilhante e um casaco de pele de hipògrifo marrom. Eles entraram, e a mulher deu o casaco, mas nesse instante pareceu o homem se virar para procurar algo quando reparou em Gina. Tirou uma lente redonda do bolso da camisa e pôs sobre o olho, observando a ruiva.
-Ora, Ora, o que temos aqui...a filha mais nova de Arthur Weasley? – após alguns segundos o velho soltou uma risada – Finalmente...vejo que está no lugar certo. A criadagem...
Gina parecia querer explodir, porém se conteve e apenas abaixou a cabeça submissa.
O homem se foi com sua mulher. Gina o viu cumprimentar Lúcio Malfoy, Narcisa e Draco. Depois disso, Lúcio caminhou em sua direção, dando-lhe as ordens:
-Já pode fechar as portas. Todos já chegaram – já parecia estar indo embora quando voltou – Ah...e receio que sua presença já não seja mais necessária. Pode ir aos seus aposentos. Não quero ninguém espionando.
A pós o fora levado, Gina saiu discretamente do recinto e tomou caminho para seu quarto.Chegando lá, sentiu falta de sua pulseira. Ela estava enroscando nos casacos, então havia tirado-a e posto junto dos mesmos. Teria que descer para buscar. Não podia correr o risco de um elfo dar a pulseira junto com um casaco por engano.
Desceu as escadas e voltou ao saguão de entrada, onde pelo menos, deveriam estar os convidados, mas a sala estava vazia. "Talvez eles já tenham ido para a sala de jantar", pensou Gina. Pegou a pulseira e pôs no pulso. Já ia embora quando ouviu os barulhos na sala de jantar. Se uma de suas principais características não fosse a curiosidade poderia voltar ao seu quarto, mas sendo era inevitável que tentasse ver um pouquinho do que estava acontecendo naquela sala. As portas que ligavam o saguão ao recinto onde os convidados se situavam estavam fechadas.Para não levantar suspeitas não poderia tentar abri-la. E não tendo sua varinha em mãos o único modo de saber o que acontecia era olhando pelas janelas. Gina, então, saiu da casa discretamente e se dirigiu às janelas do salão de jantar. Como imaginava, todas elas estavam com as cortinas cerradas. Procurou por alguma que ainda a permitisse alguma visão, e achou uma janela cuja qual tinha as uma das cortinas não totalmente fechada. Ela ficou a olhar então a sala por esta fresta.
O lugar estava lotado pelos bruxos que Gina recebeu. Estavam todos conversando, outros sentados em frente à lareira. Taças de um liquido vermelho sangue eram servidas por elfos domésticos, que hoje apareciam com trapos menos surrados que os habituais. A iluminação era suave, oferecida por velas que queimavam sobre um imenso lustre de cristal, situado sobre a grande mesa de jantar. O teto alto parecia deixar que cristais de gelo caíssem sobre a sala, mas não permitia que os mesmos chegassem ao chão ou aos convidados. Pareciam desaparecer no meio do caminho. A magia devia ser a que era usada em Hogwarts, sobre o saguão principal. Parecia ser uma festa normal. Mas evidentemente normal não combinava com Malfoy.
Depois de um tempo de descontração, em que os convidados continuavam a conversar, Lúcio apontou sua varinha para cima e dela saiu um jato de luz verde que explodiu no teto, como fogos de artifício, uma coisa trouxa. Nesse momento todos se silenciaram, dando a palavra à Lúcio. O loiro levantou a sua taça, oferecendo um brinde à todos os seus "ilustres" convidados.
-Começa, meus caros, mais uma temporada de bailes de Natal, aqui em minha "humilde" – falou a palavra soltando um risinho – habitação.
Todos pareceram soltar risadas frouxas.
-Quero que todos se sintam muito bem vindos desde já. Sabemos que este ano que está por vir não será um ano qualquer. Por isso quero que esta reunião sirva de comemoração à nossa futura vitória. Quero que todos lembrem com muito prazer dos momentos que teremos...lembrem com orgulho que este foi o início do nosso sucesso, pois é isso que estas festas serão. Deixaremos este ano para trás e entraremos no ano que será lembrado como o ano em que a serpente nasceu!
Todos aplaudiram o discurso de Lúcio. Porém, Gina ficou intrigada. Que poderia significar isso? Bem...naquele momento significara que ela deveria ir ao seu quarto, e foi isso q ela fez. Não correria o risco de olhar mais o ninho das cobras
