Tradições
Por Doom Potter
Capítulo Quatro – Balinhas Herói Instantâneo
Por Merlin! Eu devo ter queimado você mesmo (Merlin) numa fogueira em outra encarnação! Ou quem sabe tive a audácia de caçoar enquanto deveria tê-lo salvado! Sim, porque esse meu castigo só pode ter vindo de você. Nenhum outro bruxo, até me atrevo a dizer que nem Voldemort poderia ser tão cruel assim. Ta bom, ta bom, eu estaria exagerando se fizesse tal comparação, mas é a força do hábito. Depois que o derrotei, até piadinhas existem sobre sua força, na maioria eu sou um fracote, o que eu acho uma injustiça! Mas isso não importa agora.
A questão é que eu realmente sou azarado e ponto final.
Ou talvez seja isso que Ginny está gritando a horas, permita-me mostrar para vocês, embora acredito que não vão gostar muito de ouvir:
- EU TIVE QUE ME DOBRAR PARA ATENDER A TODOS OS SEUS COSTUMES, INCLUSIVE QUASE MORRI DE SEDE PORQUE NEM SEQUER UM COPO D'ÁGUA PUDE IR BUSCAR ENQUANTO SUFOCAVA NAQUELE VESTIDO DE NOIVA COM VÉU E GRINALDA. ALIAS, OUTRO EXAGERO DESNESSÁRIO. E MESMO ASSIM VOCÊ NÃO OBEDECEU A ÚNICA RESTRIÇÃO MINHA?
Como devem ter percebido, eu contei a Ginny que usara mágica quando prometi que não o faria. Não se iludam pensando que fiz isso de livre espontânea vontade, ela me deixou sem saída na verdade. Minha ruiva pode ser muito esperta às vezes, na verdade quase sempre. Ou será que eu sou lerdo demais? Deve ser isso!
Ela me encurralou enquanto discutíamos uma maneira de alcançar os gêmeos, veja só: (assim eu já poupo vocês de mais gritaria).
Flashback (curtinho)
- Ufa! – exclamou ela observando a cria de Duda quieta no sofá. – Eu achei que teríamos que amarrá-lo.
Enquanto o pote de sorvete jazia em seu poder, Duda Jr. sossegou. Saboreando o doce vagarosamente e de maneira muito muito melada. Eu apenas fiquei contente que ele não estava no teto, na janela ou na escada e me conformei em manter aquele pote sempre cheio. Mas para isso precisaria de magia, então eu pensava numa maneira de sugerir isso a Ginny:
- Gin, não acha melhor resolvemos isso logo antes que o sorvete acabe?
- Estava pensando exatamente nisso. – e foi até a cozinha trazendo de volta um pedaço pergaminho e pena.
- O que vai fazer?
- Escrever uma carta para Fred e Jorge.
- Com que propósito Edwiges terá que sair nessa tempestade de neve escura podendo demorar horas para fazer uma entrega e provavelmente voltando só pela manhã?
- Levar a carta. – respondeu ela e eu percebi que definitivamente não entendera meu sarcasmo.
- Vamos usar pó-de-flú! – sugeri enquanto ela já riscava o pergaminho – É bem mais simples, seguro... – olhei de esgueira para Gremlin (até estranhei quando ele atendeu o chamado) que comia o sorvete com mais rapidez ameaçando terminar com o pote em questão de minutos. – E rápido.
- Ah, Harry. Sabe que não podemos usar magia agora.
- Pó-de-flu não necessita de varinha.
- Não sei se devo arriscar... – disse ela prendendo a mensagem nas garras de Edwiges que desapareceu na janela antes que eu pudesse impedi-la.
Mesmo sabendo que já enfrentara climas piores, ela com certeza demoraria a voltar numa tempestade dessas.
- Gin, isso é uma emergência! – eu vi que Duda Jr. já estava lambendo os dedos indicando que o sorvete estava quase no fim – Não faz mal usar um pouco de magia, nem que for para cortar lenha e pôr na lareira.
- Como assim, Harry? – ela já me olhou desconfiada.
- Eu quis dizer para... Para...Para... – Pense rápido, Harry! (seria um grande desafio considerando o quão lerdo eu sou)
- Para o que? – perguntou ela e levou as mãos cintura, o que indicava nas entrelinhas: "terreno perigoso".
- Usar o fogo e chamar os gêmeos através do Flú, ué! – falei isso muito rápido complementando no final. – O que mais poderia ser?
- Harry, vou te fazer uma pergunta. – Essa não! Não este método de novo! – E quero que você seja completamente franco comigo, afinal... Estamos casados. – na última vez ela disse "noivos", o que me fez lembrar á quanto tempo não tínhamos uma discussão – Certo?
Eu acenei sim com a cabeça, já sabendo o que viria a seguir.
- Você usou a sua varinha enquanto cortava lenha? – mesmo sabendo que contar a verdade me custaria quarenta minutos de briga e cinco por cento da confiança da ruiva eu respondi:
- Foi sem querer...
A cara que Ginny fez me trouxe lembranças da Toca. Era a mesma cara que a Sra. Weasley fazia antes de brigar com os gêmeos quando aprontavam algo. Os olhos faiscavam perigosamente e a boca estava contraída antes de tomar fôlego.
E que fôlego!
Fim de Flashback (curtinho)
- E TEM CORAGEM DE RECLAMAR QUE ESTAMOS CUIDANDO DO MONSTRINHO QUANDO COM CERTEZA FOI A MÁ SORTE QUE O TROUXE AQUI...
Cortando um pouco a bronca para o bem de seus ouvidos (e dos meus), vou esclarecer que Gremlin ainda comia sorvete enquanto Ginny gritava. Após a revelação, ela nem percebeu que eu continuava repondo o doce para o moleque continuar quieto. E o plano de chamar os gêmeos através da lareira se perdera também. Voltando...
- DEPOIS DE TUDO QUE MINHA MÃE CONTOU SOBRE DOROTHY, (A propósito, esse é o nome da prima da Sra. Weasley) VOCÊ AINDA TEVE CORAGEM DE USAR UM FEITIÇO TONTO SÓ PORQUE NÃO CONSEGUIA CORTAR UM POUQUINHO DE MADEIRA COM UM SIMPLES MACHADO E...
"Melhor eu reencher o pote", pensei comigo virando a cabeça em direção à Grem...
- Gremlin? – chamei num sussurro e pareceu milagre que Ginny tivesse ouvido.
- O QUE? – ela indagou confusa e aborrecida, não gostava que a interrompesse.
- Cadê o Gremlin? – pedi apavorado apontando o dedo par aonde jazia um pote de sorvete sujo, porém vazio.
- E AINDA DEIXOU ELE ESCAPAR...
- GINNY! – Eu tive que berrar para abafar os gritos dela – Ouça.
Apurei os ouvidos, e consegui ouvir claramente uma risada vinda do lado de fora do chalé. Corri e Ginny me seguiu, vimos Gremlin engatinhando pela neve até onde uma... Cobra deslizava numa pedra. Surpreendentemente, aquela visão fez a ruiva desmaiar nos meus braços, que cambaleei surpreso "Desde de quando Ginny tem medo de cobra?".
Larguei-a de qualquer jeito (não entendam mal, a cobra estava quase alcançando o menino) perto da porta e me aproximei do réptil, sussurrando:
- Xô, xô... – eu sei que é ridículo, mas em língua de cobra parece ser algo bem mais sofisticado.
Enfim, a cobra se mostrou relutante no começo, mas após o meu "Vá ou eu a obrigarei" (pelo menos isso foi mais macho) ela deslizou para longe de Gremlin que esticou os braços para ela gemendo "Bin...que...do". Eu peguei o pequeno demônio no colo e voltei para a porta onde apoiei a Ginny no meu ombro e levei os dois para dentro.
Conjurei alguns objetos de plástico e uma espécie de bercinho onde coloquei o monstrinho para brincar, sem me importar muito em usar minha varinha. (mais azar do que isso é impossível) Sentei Ginny no sofá tentando reanimá-la:
- Ginny! Ginny? – ela abriu os olhos parecendo um pouco zonza. – Você está bem?
- Harry, eu... – mas antes que pudesse terminar a frase, Edwiges entrou voando pela janela largando uma carta diretamente no meu colo e pousando sobre a poltrona melecada de sorvete. – Tão rápido?
Sem responder, eu desdobrei o pergaminho ansioso e reconheci a letra (ou melhor, os garranchos) de Fred:
Harry,
Por que teve que mandar a coruja bem na hora do jantar? Mamãe está tão louca atrás de nós, que nem tivemos tempo de explicar a situação. Veja bem, eu estou dentro do armário esperando Jorge voltar da garagem com o antídoto para podermos aparatar juntos até aí.
Imagine se alguém me pega aqui? Um homem de vinte cinco anos se escondendo da mãe, minha reputação vai por água abaixo... E é tudo culpa sua! Tenho certeza que usou magia na lua-de-mel, não foi? Agora trouxe azar para nós também.
Espero que Ginny descubra e dê uma bronca em você.
Tanto faz,
Fred
- Sabe... Fred nunca foi muito bom com correspondência. – suspirou Ginny quando percebeu o quão inútil era aquela carta.
- Ainda se tivessem dito algo que acalmaria essa fera, - falei indignado guardando a carta do bolso, mas sem conseguir reprimir um sorriso ao comentário de Ginny.
- Aposto que mamãe está fula da vida. – e gargalhou gostosamente – Ela é capaz de andar com perfeição e mesmo assim carrega aquela bengala, com certeza bateu neles com ela.
- Por que ela a tem afinal? – perguntei entre risos
- Presente do papai, quando ela machucou a perna lembra? – Molly caíra da escada, enquanto perseguia Clementine e Agatha (filha de Ron e Mione) pouco antes de nos casarmos – Eles discutiram muito aquele dia.
- Ron me contou, sua mãe até deu uma bengalada no Sr. Weasley por insinuar que ela era velha.
- Foi exatamente nesse momento que ela decidiu que gostava da bengala. – riu novamente e eu acompanhei. Nesse momento ouvimos dois estampidos que anunciaram a chegada Fred e Jorge no chalé.
Dei uma rápida olhada para ver se Gremlin ainda estava no berço, e percebi que já destruíra metade dos brinquedos que eu conjurara, não pude deixar de compará-lo a Duda mais uma vez antes de Fred soltar uma exclamação:
- Por Merlin, veja Jorge. – e apontou o fedelho que agora mordiscava a cabeça de um boneco em forma de unicórnio - Funciona mesmo!
- Pode me dizer o que está acontecendo aqui? – Ginny se levantou e colocou as mãos na cintura, o que pareceu prender a atenção dos irmãos.
- Pelo jeito você também sofreu, companheiro – falou ele me olhando com falsa pena.
- Ele já levou o dele – continuou Ginny ameaçadora – Mas o que foi que vocês fizeram com esse... Menino?
- Relaxa Ginny – de certa forma, eles pareciam corajosos mesmo que a ruiva tivesse o mesmo tom da mãe e fosse bem mais alta que a velhota.
Não contém a ninguém, mas esse é um apelido que eu dei a minha sogra. Sei que não deveria ter feito, mas é a tradição. Se me julgam ruim, veja só os apelidos das sogras de Fred e Jorge, que têm até uma lista e nem sequer casaram: trouxa (o bruxa dos trouxas), basileusca, Sra. Filch, grindylow moribundo, entre outros... (até que eles não são tão criativos né?).
- Relaxar como? – perguntou ela enquanto Jorge procurava algo nos bolsos – Vocês o transformaram num monstrinho. Não pensaram nenhum pouco que o Est...
- Estatuto de Sigilo de Magia poderia descobrir. – eles completaram com vozes tediosas.
- Mas não se preocupe, decidimos que vamos desistir de vendê-las. – e dizendo isso, Jorge se aproximou do berço que ofereceu à Gremlin um enorme caramelo que o pequeno não hesitou em engolir inteiro, caindo no sono logo a seguir.
Nós quatro observamos sua pele perder o tom esverdeado e as orelhas arredondando-se enquanto ele roncava alto. E mais comparações surgiram em minha mente antes de retomar o assunto:
- Vender o que? – fazia tempo que estava pensando o que poderia tornar uma criança (ou no caso de Duda Jr., um possível filhote de porco) em um monstrinho.
- Balinhas "Herói Instantâneo" – respondeu Fred simplesmente.
- Minha namorada é filha de trouxas, como bem sabem. – começou Jorge a explicação.
- E a minha também. – continuou Fred.
- Já sabemos. – falamos eu e Ginny em uníssono.
- Ano passado fomos a um programa surpresa que elas prepararam para nós.
- Eles chamam de... Um tal de Cinema em Casa.
- Super chato. – resmungou Jorge com cara de lembrança – Sentados na sala vendo imagens numa caixa, com temas bobos ainda.
- Eu gostei. – contrariou Fred risonho.
- Você tem péssimo gosto, maninho.
- Falou o cara que praticamente chorou no final do Homem-Aranha.
- Que mentira!
- E o que isso tem de importante na explicação? – interrompeu Ginny com pouca paciência.
- Filmes, trouxas costumam assistir o tempo todo.
- Como já havíamos discutido, nossa loja de logros precisava de uma filial.
- Mais uma? – indaguei incrédulo. "Gemialidades Weasley" expandiram-se internacionalmente com 28 filias só na Europa.
- Mas essa seria diferente.
- Uma filial trouxa.
- Imaginem as possibilidades. – perguntou Fred maravilhado com as próprias palavras.
- Mas enquanto não conseguíamos autorização do Ministério e Fiscalização dos produtos, começamos com nossas experiências.
- Lembram dos bombons "Momentum Bruxo" – Harry e Ginny balançaram a cabeça que sim.
- Foi daí que surgiu nossa idéia. – e tirando um pacotinho transparente do bolso, Jorge nos mostrou várias balinhas no tamanho de confetes que pareciam inofensivas, mas com certeza não eram.
- "Herói Instantâneo" – anunciou Fred indicando as balinhas redondas, salientes e coloridas.
- Trouxas são loucos por filmes em que os homenzinhos podem andar no teto, atirar teias de aranha contra o vilão, salvar criancinhas de um Duende Verde, pular de prédios e...
- Chega de Homem-Aranha Jorge!
- No Matrix também pulam de prédios! – defendeu-se o outro.
- Ta, ta, ta. Bem... Com os bombons qualquer criança pode ser um bruxo famoso, mas os nascidos trouxas não conhecem Odo, Xandria ou Dumbledore.
- Os únicos conhecidos são Morgana, um tal de Gandalforth que ajudava na busca de um anel e... Humpf! – e fez uma cara desagradável e invejosa. – Merlin.
- Bloody metido! – concordou Fred.
- Voltando à parte das balinhas... – Ginny pediu impaciente.
- As balinhas que venderíamos na loja seriam para que os pequenos fedelhos não-mágicos pudessem se transformar em... Tcharam: Heróis!
Não segurei minha risada, mas Ginny sim:
- E aquilo que o Gremlin se transformou era um herói? – perguntou sarcástica.
- É... De certa forma. – respondeu Jorge incerto – Não havíamos testado em ninguém antes, Clem devia ter oferecido uma bala para cada aluno, mas parece que esse daí roubou o pacote e engoliu todas de uma vez.
- Típico – eu falei tentando imaginar o que as outras crianças pensaram quando a transformação ocorreu. – Que heróis tinha no pacote?
- Homem-Aranha, Hulk... Deve ser por isso que ele ficou verde, Hum... Batman, Wolverine, daí vieram as orelhas, - ele contava nos dedos enquanto falava – Mulher Maravilha, Robocop, Super-Man...
- Mas essas ainda estavam no pacote, Jorge.
- Ah é... Hum... Ele correu? – perguntou com ar curioso.
- Sim, - respondi - Muito rápido, alias.
- Isso foi o The Flash e... Acho que só.
- Não colocaram nada de Gremlins? – indaguei curioso
- O que é isso?
- É só um filme que Duda gostava de ver, deve ser por isso que não se esforçou tanto em me procurar. – conclui lembrando das incansáveis tardes em que meu primo forçava seus amigos a ver o filme das criaturinhas verdes mais de uma vez – Essa transformação toda o deixou igualzinho a um.
- Eu suponho... – disse Jorge confuso - Acho que não acertamos no tempo que ele ficaria nessa forma, mas depois de descobrir que o pirralho era filho de Duda Dursley, não apressamos o processo de criar um antídoto.
Eu abafei um risinho, mas Ginny continuou a encarar os irmãos. Depois foi até o bercinho e fitou o porquinho roncador. Uma expressão estranha em seu rosto, quase maternal... Será?
- Assim ele ficou tão bonitinho. – comentou ela de forma carinhosa.
Será?
- Esse protótipo de Duda? – zombou Fred risonho, mas um olhar mortal de Ginny o calou. – Tudo resolvido por aqui, então podemos ir – falou ele batendo palmas e sumindo no segundo seguinte.
- Ei, me espere - pediu Jorge que também desapareceu, mas lançou um olhar significativo à mim antes.
Continuei olhando para o nada por alguns segundos e depois me virei para Ginny que ainda observava Gremlin dormir. Me aproximei abraçando-a por trás, e senti seu rosto abrir um enorme sorriso. Segurou meus braços e falou:
- Harry, eu tenho algo a dizer. – sua voz parecia insegura.
- Você está grávida? – perguntei um tanto afoito, mas já crente da resposta que viria.
- Como você adivinhou?
Dei de ombros sorrindo, não poderia dizer a uma futura mãe o que pensei "Só uma mãe pode amar uma coisinha feia dessas". Porém, fique claro que isso só valeria com o filho do Duda ta? O meu ia nascer lindinho, uma coisa meiga e fofinha... Opsy. Isso foi gay (estourei a cota disso já)... Ok, ok, ele vai ser corajoso e encrenqueiro como eu, mas que vai ser lindo também, vai.
- Querido? – retomou Ginny e eu fiz uma careta.
"Odeio esse apelido", mesmo assim respondi:
- Hum?
- Não vamos chamá-lo de Gremlin ou algo parecido né? – eu ri e ela sorriu esperando resposta.
- Não, Ginny. – respondi por fim – Você pode escolher o nome. – ela me abraçou e foi quando me ocorreu – Com uma condição apenas...
- Qual? – ela se afastou segurando em meus ombros.
- Será que... – "É agora ou nunca" – Podemos mudar meu apelido?
- Mas você disse que gostava de querido, querido. – uma nova careta. – Você não gosta? – perguntou ela incrédula.
- Não... – respondi num fio de voz.
- Está bem, - ela concordou indiferente - Pensaremos em outro...
- Eu te amo, Gin.
- Eu também te amo, mozinho. – fiz outra careta – Ok, OK... Só me prometa que não vai mais mentir para mim, ok?
- Nunca.
É claro que dizendo isso eu já estava contando uma mentira. Mas não me julguem, vou explicar. Por exemplo, quando minha adorável e perfeita musa ruiva estiver barrigudinha e me perguntar se eu acho que ela está gorda, a resposta será: "Claro que não, Gin. Você está ótima" Por acaso sou insensível? Ou quando... Epa!
Desvencilhei-me dos braços de Ginny seguindo para a lareira, ela me fitou curiosa antes de me ver pegar o pó-de-flu:
- Harry, aonde você vai uma hora dessas? - Realmente era tarde, mas eu não poderia arriscar, não depois de tudo o que aconteceu. As tradições devem ser respeitas não importa o quanto... – Harry? – ela me chamou de novo.
Eu a encarei e peguei um pouco de pó, me posicionando dentro da lareira.
- Vou impedir meu filho de nascer com cara de sorvete.
- Tradição? – ela indagou ao que respondi com um aceno da cabeça antes de gritar:
- "FLOREAN FORTESCUE!" – e seu sorriso foi a última coisa que vi antes de sumir naquela fumaça esverdeada.
FIM
Bloody eu amo essa expressão que os ingleses usam, mas como não tem tradução certa em português, eu vou explicar o que significa basicamente: Maldito (pelo menos na minha fic é isso).
(N/A) Minha primeira idéia para essa fic foi escrever um drama envolvendo uma caça aos horcruxes, mas depois de ler várias fics HG com humor, eu decidi fazer desse jeito. Não me acho muito cômica quando escrevo humor, mas espero que gostem.
P.S. – Não confirmei se o nome do carro do tio Valter é Ford Anglia porque meu livro da Pedra Filosofal está emprestado, mas o nome da sorveteria eu confirmei no 4º capítulo do Prisioneiro de Azkaban. )
DP
