Disclamer: Saint Seiya e seus personagens obviamente não me pertencem. Esta fic obviamente também não tem fins lucrativos.
Comentários da Autora: estamos chegando na reta final. Está sendo um grande prazer escrever esta fic e gostaria de agradecer a todos que estão acompanhando. Tenho procurado fazer da melhor maneira possível, mas paciência, como eu já disse, está é a minha primeira fic. E o lemon deste capítulo o primeiro de minha curtíssima carreira como ficwriter. Não sei se acertei na mão, se consegui passar tudo que queria, de qualquer maneira, ai está o resultado. Abraços a todos.
Sem combates, só amor!
Tudo estava acontecendo muito rapidamente, a parcial recuperação de Mu, a chegada de Dokho ao Santuário para "auxiliar" Shion, o conserto das armaduras, as traduções de Mu e finalmente o insight de Shaka. Uma roda viva de emoções e acontecimentos, em poucas horas, digno do Grande Santuário de Athenas.
Shaka larga um curioso Mu no Templo de Virgem e corre para o Templo do Mestre torcendo para que Saori tenha atrasado a viagem de Shion e Dokho como era de costume a Deusa fazer. Sabia que eles haviam passado a noite em Áries – e pelo visto tinha sido uma calorosa noite – pois quando foram consertar as armaduras ainda pôde sentir as cosmo energias deles no Templo, mesmo eles não estando mais lá, e sabia também que eles não haviam partido pela manhã conforme previsto por um atraso de Saori que queria discutir sabe-se lá mais o quê. Até que, dessa vez, ela acertou na mão. Este atraso tinha sido providencial.
- Saori! Saori!
- Calma, Shaka, estou aqui, parece que vai tirar o pai da forca...
- De certa forma vou mesmo. Shion e Dokho já foram?
- Não, como houve um pequeno atraso eles resolveram partir amanhã de madrugada.
- Graças a Budha eles ainda estão aqui.
- Sei que é devoto de Budha, Shaka, mas desta vez eles estão aqui graças a mim mesma! – Saori faz mais uma de suas piadas sem graça!
- Que seja! Que seja! Mas diga-me, onde estão eles?
- Sei lá! Você acha que tenho cara de castiçal ou babá de marmanjo?
- Deixa pra lá, Saori, eu mesmo os acho. Está de ótimo humor hoje, hein?
- Que bom que notou!
- Como poderia deixa de notar? – Shaka reprimiu a careta e virou as costas para sair do Templo. Saori cada dia mais se superava. Muitos Deuses devem estar se divertindo as nossas custas com essa encarnação de meia - tigela da Deusa da Sabedoria. – resmunga Shaka para si mesmo. Quando saiu do Templo fez a careta.
- Shakinha, querido, vai criar rugas em seu lindo rosto desse jeito.
- Ouve as gracinhas da nossa Deusa de bom-humor e responda-me se mesmo você se importaria com algumas rugas...
- Pobre Shaka, Saori de bom-humor fazendo gracinhas é mais do que um cavaleiro pode suportar. Entendo você... E obrigado pelo aviso, vou cuidar das minhas rosinhas e de me manter longe daquele templo.
- Faça isso para o bem de sua pele Afrodite!
Shaka vira as costas para Afrodite que mais que rapidamente se esconde no mais profundo recanto de seu jardim antes que a Deusa pudesse ter a funesta idéia de chamá-lo. Ao chegar no templo de Virgem, Shaka é parado por Mu.
- Shaka, será que agora você poderia me dizer qual é a idéia estapafúrdia que está rondando sua cabeça?
- Ainda não. Ajude-me a achar Dokho e Shion, contarei para os três de uma vez só.
- Acho que vou chamar Saori também... – Mu fala como se estivesse pensando alto e olha para Shaka com um olhar maldoso que só um ariano se roendo de curiosidade sabe fazer.
- NÃO! Por favor! Tudo menos isso! Tenha clemência dessa pobre alma atordoada!
- Você, pobre alma atordoada... sei... pode ir abrindo o bico, Shaka de Virgem... Estou começando a me concentrar... meu cosmo está se elevando...
- Você não faria isso comigo... Acabei de vir de lá... Ela está de bom humor contando piadas... Tenha piedade Muzinho lindo do meu coração...
- Bom humor? Está melhor do que eu esperava. Anda Shaka!
- Vamos parar com essa conversa, achar logo Shion e Dokho e esquecer a Saori quietinha lá em cima... Caso contrário vou ter contar pra todo mundo que desde que deixou de ser criança continua dormindo com o pijaminha lilás de carneirinho...
- Realmente você tem toda razão, é melhor deixar Saori descansar, afinal descer até aqui e depois ter que subir tudo de novo... pode não fazer bem a ela.
- Sabia que entenderia meu ponto de vista.
- Com uma explanação tão completa, como não entender? Vamos procurar Shion e Dokho? Que tal?
- Ótima idéia...
Mu e Shaka saem do Templo de Virgem juntos, em silêncio, tentando captar um pouco da cosmo energia de Dokho e Shion... Não foi preciso andar muito, eles estavam no Templo de Áries.
Mu elevou sua cormo energia e anunciou sua presença no Templo, já estava sendo um tremendo empata foda, não queria também ser inconveniente a ponto de pegá-los em plena atividade.
Quando finalmente entrou no Templo pensou que se Dokho estivesse com a Armadura de Libra, teria virado picadinho de carneiro servido com molho shoyo.
- Essa história de Primeiro Templo não dá certo, acho que vou para Jamiel.
- Quanto estresse Shion! – ironizou Shaka.
- Espero que tenham vindo aqui justamente agora por um bom motivo.
- Não me olhem desse jeito. Também não sei o que está se passando pela cabeça dele! – Mu trata de tentar se esquivar de um possível ataque.
- Vamos Shaka! Desembucha logo!
- Acalmem-se. Estava procurando vocês para tentar impedi-los de ir até a Ásia. A poucas horas atrás Mu conseguiu traduzir parte do que estava escrito nos antigos diários encontrados por Kamus. E a todo momento o amor era citado.
- Até ai não vi a novidade...
- Bando de gente lenta de raciocínio... quanto mais nós os agredimos, mais força eles têm. A única maneira de se drenar a força deles é com o Amor.
- Sendo carinhosos com eles?
- Pensei em algo mais drástico, primeiro tentar atraí-los até aqui, depois liberando uma grande energia de amor teremos como neutralizá-los e quem sabe, até mesmo, extinguir a existência de tão amáveis criaturas.
- Amáveis Criaturas? Extinguir e não matar?
- Claro! São amáveis e belas criaturas, afinal todas as criaturas do mundo fazem parte da natureza e são amáveis e belas, até mesmo Saori!
Todos gargalham da insinuação feita por Shaka.
- Meus queridos, vejam bem, o amor atravessa fronteiras e sobrepõe montanhas, vocês, melhor do que ninguém, sabem disso. Se continuar mantendo por eles o ódio em meu coração, continuo alimentando suas forças, por outro lado, se elimino o ódio e o rancor, o desejo de vingança, começo desde já a minar as suas forças. Não quero mais matá-los ou castigá-los, porém como amo a todas as criaturas, quero que eles não mais façam mal a nenhuma delas, então, se para o bem maior da Natureza como um todo for a extinção deles, que assim seja.
- Entendo seu ponto de vista. Nos esvaziemos de ódio, raiva ou rancor e transbordemos amor por todos os poros, mas como você pensa em criar tamanha energia amorosa?
- Da maneira que vocês estavam criando agora.
Shion e Dokho se olham de maneira significativa e depois olham para os dois envergonhados. Realmente, sexo quando feito com a pessoa que se ama gera uma grande energia amorosa, mas será que funcionaria?
Naquele momento Mu começa a sentir novamente uma grande dor de cabeça, se ajoelha no chão segurando a cabeça com as mãos. Lágrimas escorriam involuntariamente pelo seu lindo rosto. Todos preocupados voltam-se para ele.
- Mu você está bem?
- Deixe-o Shion, as memórias estão voltando.
- Ele já teve isso antes?
- Sim. E todas as vezes que teve a dor de cabeça, recordou de algo. Creio que agora conseguimos ter realmente um ganho sobre aqueles seres. O mal não pode atingir o bem.
- Shaka! Eu estou me lembrando... A Batalha de Hades, a sua morte, a minha morte, a nossa ressurreição... Estou me lembrando de tudo...
Shaka se ajoelha ao lado de Mu e o abraça. Como era bom tê-lo de volta.
- NÃO! Todas as lembranças do maldito lemuriano voltaram para aquele idiota tolo! Não é possível. Alguém descobriu nosso ponto fraco! Maldição!
Liu vê quando as lembranças de Mu crescem e quebram o receptáculo onde estavam armazenadas. Somente um amor imortal poderia ter causado tamanho estrago. Enquanto via as lembranças indo em direção ao seu dono sentia suas forças diminuindo e o sono começando a tomar conta de si.
- Não é possível. O que eles estão fazendo? Como estão conseguindo me drenar assim?
Neste momento seus irmão entram na caverna sentindo a mesma fraqueza.
- Liu, o que pode estar acontecendo?
- Não sei. Mas chegou a hora! Temos que invadir o Santuário de Athenas e mata-los antes que eles consigam nos destruir mais uma vez!
- Você tem certeza disso? Estamos em condições?
- Vamos comer mais alguns tolos e partir.
- Se esta é a sua vontade, que seja.
Mu ainda levou algum tempo sentindo a dor e atordoado com a enxurrada de lembranças que tomaram sua cabeça de assalto. Apesar de ser a sua vida, para ele era tudo novo.
- Shaka, me leve para casa, preciso dormir, descansar e deixar as coisas fluírem normalmente. Não estou conseguindo lidar com tantas informações. Tenho a sensação que vou enlouquecer!
- Não irá enlouquecer! Eu não permitirei! Vamos!
- O que devemos fazer então Shaka? Partiremos ou não?
- Não! Continuem a fazer o que estavam fazendo, está será a melhor contribuição que poderão dar.
- Será um prazer!
Todos riram. Shaka pegou Mu pela mão e o levou para o Templo de Virgem que realmente era a casa deles. Shaka estava preocupado com o olhar perdido de Mu, não conseguia sequer imaginar o que seria ter a recordação de toda uma vida como a que eles levaram de volta, de uma só vez, sem preparação, sem nada. Todo o sofrimento, toda a dor de uma só vez.
- Como pudemos, Shaka? Como pudemos passar por tanta coisa e ainda estarmos bem?
- Nós fomos preparados por toda nossa vida para isso. Muitas vezes passávamos por coisas que nenhum ser humano conseguiria suportar sem sequer sentir. Se eu pudesse dar uma opinião neste momento seria, não sinta nada Mu! Tudo é passado!
- Posso te pedir uma coisa?
- Qualquer coisa!
- Me beija, me ame! Faça-me lembrar que vale a pena estar vivo.
- Você tem certeza?
- É o que mais quero!
Shaka abraça Mu delicadamente e apenas encosta seus lábios nos dele. Como esperara por aquele momento! O contato quente e doce dos lábios de Mu acende em Shaka toda chama de paixão que estava apagada desde seu aniversário, desde o fatídico dia que Saori teve a infeliz idéia de enfia-los nesta enrascada toda. Com seus lábios encostados nos lábios dele começa a entreabri-los deixando que sua respiração suave fosse sentida por Mu.
Sentir o suave contato dos lábios de Shaka foi para Mu como um bálsamo para sua atordoada alma. Deliciou-se com o contato doce e a respiração leve que podia sentir, mas queria mais, muito mais. Sabia que Shaka também queria, podia intuir. O abraçou com mais força, deixando suas mãos passearem pelos longos cabelos do seu amor enquanto aprofundava o beijo. O desejo logo se fez presente. Não sentia mais dor, não sentia mais medo, não sofria mais. Sentia apenas o desejo crescente.
- Te quero. Te quero mais que tudo neste mundo, seja meu, me faça seu.
- Eu sempre serei seu, agora e para sempre, e é por esse amor que vale a pena viver!
- Estou começando a me lembrar, não estaria disposto a me ajudar? – Mu pergunta enquanto suas mãos passeavam pelo dorso trabalhado de Shaka.
- Com prazer... – Shaka responde ao pé da orelha de Mu.
Shaka distribui pequenos beijos pelo pescoço de Mu enquanto sua mão desabotoa os botões da bata usada por ele. Shaka se ajoelha e começa a beijar o umbigo de Mu enquanto levantava a bata para retira-la. Depois o pegou no colo e o deitou na cama, continuava a exploração do tão amado corpo enquanto desabotoava a calça e tirava a última barreira entre ele e o corpo do amado.
Quando Shaka alcança sua ereção, Mu delira, solta um gemido alto enquanto se larga em cima da cama. Já se lembrara do prazer de estar com seu amor, mas estar com ele era simplesmente indescritível. Shaka envolve sua ereção com a boca enquanto começa a tirar as próprias roupas. Mu já estava quase em êxtase quando segura Shaka pelos ombros e o puxa sobre si para um longo e apaixonado beijo.
- Ainda não... quero aproveita-lo. – ao falar isso empurra Shaka para a cama, ficando por cima dele e começando sua própria exploração. Seus lábios e suas mãos reconheceram cada detalhe, cada ínfimo pedaço daquele corpo preciosos.
- Mu... por favor... – Shaka suspira e pede para que Mu o fizesse logo dele, não conseguiria esperar mais...
Mu entende o apelo de Shaka e leva dois dedos a boca do amante. Shaka os lambe sabendo que Mu pretendia prepara-lo, estava tão louco de desejo que achava que não seria necessário, mas seria melhor assim. Mu introduz os dedos em Shaka enquanto o beija e manipula seu sexo. Shaka sentiu a invasão, mas o prazer era demasiado.
- Eu quero você...
Mu retira os dedos e começa a introduzir seu membro na pequena entrada de Shaka, procurando ser o mais delicado possível apesar do desejo consumi-lo de maneira alucinante.
Shaka sente a dor da invasão, mas vai ditando o ritmo e se acostumando a presença de Mu dentro de si. Quando a dor foi substituída por prazer começou a aumentar o ritmo. Mu percebeu que Shaka não mais sentia dor e aprofundou-se, sempre manipulando o sexo do amante. Shaka mantinha os olhos fechados, estava inebriado de prazer, estava em contato consigo, com o mundo, com o cosmo, com o nirvana. Sentia o gozo chegar. Não mais seguraria. Deixou o prazer explodir dentro de si e depois nas mãos de Mu.
- MU! – certamente seu grito de prazer pôde ser ouvido por todo Santuário, mas não se importava. Que todos participassem de sua felicidade, de seu prazer, de seu gozo.
Mu quando sentiu, viu e ouviu o prazer de Shaka também se permitiu gozar, introduziu-se no amante mais algumas vezes e pode sentir novamente o que era o prazer, o gozo, a concretização do amor.
A separação foi quase dolorosa, se pudesse, nunca mais separaria seu corpo do de Shaka. Deitou-se ao lado do amante, sua cabeça confortavelmente repousada no ombro de Shaka. Fechou seus olhos por alguns instantes enquanto esperava que a respiração se normalizasse. Neste pequeno momento de introspecção pode entender as suas lembranças, os seus motivos. Não enlouqueceria, afinal, tudo que visualizava era apenas ele. Era apenas Mu.
- Shaka. Eu te amo. Por tudo, por ontem, por hoje, por amanhã. Obrigado por simplesmente estar a meu lado.
- Não agradeça, longe de você não há vida. Você é mais importante para mim que eu mesmo. Mais importante que todos os mortais ou imortais. Você é único, eu sou único e nosso amor é único, não existe nada mais importante do que isso.
Mu apenas sorri e deposita um delicado beijo no rosto de Shaka, ficara sem palavras, o que falar quando o outro conseguira sintetizar tudo que sentia de maneira tão perfeita?
Deixou-se relaxar e o sono chegou de maneira natural, dormiram juntos, nus e abraçados. Acordaram com a noite já alta, saciados, felizes, renovados.
- Shakinha amor da minha vida...
- Lá vem encrenca... O que deseja meu amo e senhor?
- Nada demais, estou apenas morrendo de fome... Que tal uma saladinha... – Mu fala piscando os olhos...
- Já sei, se lembrou também que cozinha nunca foi o seu forte?
- Como adivinhou?
- Não sei... intuição talvez... – começam a rir enquanto Shaka se espreguiça e procura por suas roupas.
- Vou preparar algo para nós dois, também estou com fome.
Shaka se dirige a cozinha com um sorriso nos lábios. Tudo parecia estar voltando ao normal, mas ainda havia Eles...
- Shaka, não adianta nada se martirizar agora. Um dia após o outro e em breve terão oportunidade de extingui-los. Agora vá comer e alimentar seu carneiro faminto! – Shaka repreende a si mesmo enquanto abre a geladeira.
Não permitiria que a noite que tão bem se iniciara acabasse por conta de suas preocupações. Prepara uma salada leve e saborosa.
- Eis seu banquete, meu amo e senhor! – fala Shaka estendendo o prato para Mu com um sorriso malicioso...
- Como entrada está perfeito, esperarei ansioso pelo prato principal... – responde Mu também maliciosa retirando o prato das mãos de Shaka.
Ambos começam a comer silenciosamente imaginando mil maneiras de saborear o "prato principal" da refeição. A noite seria longa e feliz...
