Capítulo 5 – Pêssegos com Creme

- Severus, desculpe. Eu não sabia que ele ia fazer aquilo. Não pude fazer nada.

- Não foi culpa sua. Black é um celerado.

- Ele acha que você me lançou um feitiço.

- Eu não menti quando disse que não havia feitiço algum.

- Pois parece um. Você me deixa louco, Severus...

- Eu digo o mesmo. Esse seu cheiro...

- Eu tenho um cheiro?

- Cheiro de pêssegos. Frescos, suculentos, maduros, docinhos. Fico querendo comer você todinho, lamber cada centímetro de sua pele.

- Hmmm, e o que o impede?

- Não me provoque...

- Só é provocação se eu não tiver intenção de ir até o fim. E eu quero ir até o fim. Quero que você me coma todinho.

- Hum, meu pêssego gigante está ficando interessado. Está com pauzinho ereto...

James riu, uma gargalhada do fundo da garganta, sexy e lasciva. Ele se aconchegou ao corpo de Severus, esfregando sua ereção na perna dele. De repente, beijou a mão machucada.

- Está doendo?

- Madame Pomfrey colocou um ungüento potente e essa luva para proteger o tecido queimado. Amanhã de manhã ela vai retirar a luva.

- Não pode sair? Eu quero você sem nenhuma roupa, já.

- Não, a luva não pode sair. Mas todo o resto você pode tirar.

James começou a fazer isso mesmo, e não parou; mas de repente sua voz adquiriu um caráter mais sério:

- Severus, posso fazer uma pergunta?

- Qual?

- Tem alguma coisa que você não me contou? Digo, sobre a nossa espécie?

- Do que está falando?

- Tem certeza de que os Koboldines submissos, ou seja, eu, não podem engravidar?

- Bom, meu avô me garantiu que não. Machos não engravidam, só fêmeas. Como humanos. As duas espécies são bastante compatíveis.

- Tem certeza? – James tinha os olhos grandes, e parecia assustado. Severus ficou preocupado. – Eu sou muito jovem para ser pai, Severus.

- Bom, eu posso perguntar a meu avô de novo. Saber se há casos documentados, coisas assim. Você ficaria mais tranqüilo?

- Tá bom – James sorriu, e era um sorriso cativante, que fez Severus sentir um calorzinho por dentro. O Gryffindor apertou Severus entre seus braços, murmurando. – Hum, gostoso.

- Você é ainda mais gostoso, meu pêssego gigante. Mas você pode ficar ainda melhor.

- Melhor? Como?

- Eu gosto de pêssegos com creme – explicou Severus, um olhar tórrido tão intenso para James que o Gryffindor sentiu seu coração falhar uma batida. – Acho que vou providenciar para cobrir você de creme, meu pêssego.

James movimentou os quadris, a ereção esfregando na perna de Severus, arfando:

- Hum... sexo e comida, Severus. Que ótima combinação...

- Mas quem falou alguma coisa sobre comida? – Severus ergueu uma sobrancelha, divertido. – De pé contra a parede. Assim não! – Ele evitou que James lhe desse as costas. – Quero ver seu rosto quando você derramar o creme.

James obedeceu e sentiu-se um pouco tolo, simplesmente encostado na parede de pedra da Sala Precisa, sua ereção proeminente pesando-lhe entre as pernas. Até Severus erguer-se da cama e encostar seu corpo no dele. O Gryffindor simplesmente derreteu no contato com a pele, e Severus espremeu-se contra ele, as duas mãos apoiadas na parede atrás de James, suas ereções pressionadas. Sem fôlego, James gemeu, a sensações de contraste entre a parede áspera às suas costas e a pele macia à sua frente. Seus quadris começaram a se movimentar sem que ele percebesse, buscando fricção. Severus afundou o rosto no pescoço, bem abaixo de sua orelha, absorvendo o maravilhoso aroma apessegado.

Havia calor e o ruído das respirações aceleradas se misturando aos gemidos mal contidos de James ao sentir a fricção dos dois membros se acelerando. Ele não demoraria para chegar ao clímax se o ritmo continuasse naquele crescendo, mas de repente Severus deu um pequeno passo para trás, criando o mínimo de espaço entre seus corpos. Movimento contínuo, levou a mão enluvada ao pênis inchado e gotejante de James, que se arrepiou todo com o toque de algodão na sua pele sensível e ardente. Eram tantas sensações se acumulando, James sentia que o fim glorioso estava próximo, mas ele não queria que nada daquilo terminasse tão cedo.

Infelizmente, seus desejos não puderam ser atendidos, não quando Severus passou a usar a mão com a luva para deslizar sobre seu pênis, o tecido criando uma fricção acentuada, mas de modo algum desconfortável. A gota d'água, sem surpresa, foi a pequena pressão de Severus, que fechou a mão enluvada e espremeu seu pêssego gigante na medida exata para induzi-lo a expelir seu creme especial, com um grito inarticulado e tremores espetaculares pelo corpo, o rosto crispado em êxtase. Como prometera, Severus estava de olhos muito abertos ao ver o momento em que ele explodiu, e segurou James em seus braços para evitar que ele escorregasse até o chão, tentando recuperar o fôlego.

O Koboldine dominante esperou que seu parceiro se recuperasse um pouco para levar a mão que estava sem a luva terapêutica ao corpo lambuzado. Usou um dedo elegante e comprido para recolher um pouco do líquido esbranquiçado e levou-o à boca.

- Hum – suspirou, com satisfação. – Creme. A amostra foi boa. Agora vamos ver você realmente coberto de creme.

James deu um grande suspiro, meio pós-orgásmico, meio excitado, e levou a mão de Severus até sua própria nádega, sussurrando com malícia, um sorriso maroto nos lábios:

- Hum, acho que faltou cobrir um pedaço... bem aqui.

- Precisamos corrigir isso.

Com um puxão, ele girou o corpo de James, que com o momento do movimento brusco, foi aterrissar na cama – onde Severus o queria em primeiro lugar. O Slytherin logo se assegurou de que seu parceiro estivesse de bruços, e posicionou-se entre suas pernas. James olhou por cima dos ombros, os olhos escuros de desejo, os quadris rebolando ligeiramente.

Severus afastou-lhe as nádegas e afundou-se lá dentro sem se preocupar com qualquer tipo de preparação. Respondendo aos estímulos, James se pôs a movimentar, querendo mais e mais. Mais uma vez, os dois logo estavam num balé sensual e delirante, como que desesperados por fazerem-se completos. Severus espertamente mudava os ângulos de estocadas, procurando fazer seu pêssego gigante urrar. E ele urrou, indefeso contra o ataque a seu botãozinho mágico. Oh, sim, Koboldines também tinham próstata...

Era tudo muito intenso, e como tal não podia durar muito. Sem dúvida, logo Severus sentiu a força de uma locomotiva se comprimir nos seus órgãos, anunciando um orgasmo iminente, e inclinou-se para agarrar a ereção de James – usando a mão enluvada. O toque do algodão na pele sensibilizada pelo orgasmo recente fez o Gryffindor tilintar por dentro, e Severus não viu mais nada: encheu seu pêssego gigante com creme, desta vez seu creme, produzido em tanta quantidade que chegou a escorrer pelas pernas.Os dois desabaram na cama, exaustos. Severus puxou James para junto de si, e o Gryffindor suspirou, contente, nos braços de seu dominante.

Depois de alguns minutos recuperando o fôlego, James reclamou:

- Eu estou todo lambuzado...

- Seria bom se pudéssemos tomar um banho juntos.

Um brilho malicioso reluziu no olhar de James, com tanta intensidade que Severus sentiu seu corpo reagir:

- Será que tem alguém no banheiro dos monitores?

- A essa hora? Claro que não. Quer arriscar?

- Está com medo, Severus?

- Não, claro que não. Mal posso esperar para me afundar no seu traseirinho dentro daquela banheira, cheio de bolhas...

- Eu prefiro embaixo do chuveiro. Água escorrendo e eu te chupando, misturando seu leitinho, sabão, água, tudo junto.

- Você fala muito, pêssego. Vamos.

Ergueram-se de um pulo da cama, quando James olhou:

- Que porta é aquela?

- Não sei. Surgiu aí agora.

Era um banheiro. Oh, certamente não um tão grande quanto o banheiro dos monitores no quinto andar. Mas era grande, com uma banheira confortável o bastante para duas pessoas e uma ducha formada por pelo menos seis chuveiros concêntricos. Certamente uma das ofertas da Sala Precisa. Os dois rapazes nem precisaram conferenciar: só trocaram um olhar malicioso e entraram lá dentro sem a menor cerimônia, brincando com as torneiras para encher a banheira.

Enquanto a água enchia a grande banheira, os dois garotos mal podiam tirar as mãos um do outro. Severus usava seus dedos longos e precisos para apertar os bicos dos mamilos de James, que arfava, a cabeça jogada para trás apoiada na parede de azulejos, as mãos percorrendo o cabelo de Severus, seus braços compridos. Quando as mãos de James se aventuraram para baixo, para que ele agarrasse seu próprio pênis e começasse a se masturbar, Severus num reflexo, deu-lhe um tapa na mão:

- Não! Isso é meu! – e beliscou-lhe o mamilo com força.

James prendeu a respiração. Nunca tinha misturado dor e prazer, e era uma combinação capaz de causar êxtase.

- Sim, Severus...

Naquele momento, Severus deu dois passos para trás e James gemeu por perder a proximidade de seu dominante. O rapaz de Slytherin cruzou os braços e ordenou:

- Quero olhar você se preparando para mim.

James arregalou os olhos, o coração descompassado. Sem hesitar, ele procurou o sabão e esfregou-o nas mãos, fazendo espuma nos dedos. Então ele se virou para a parede do chuveiro, usando uma das mãos como suporte, enquanto levou a outra para o traseiro. Usando o dedo, ele massageou a entrada e em seguida introduziu o dedo lentamente para dentro da abertura naturalmente lubrificada de seu corpo Koboldine.

James nunca tinha feito isso e era bom, era muito bom. Ele logo estava se deliciando e mal ouviu a respiração de Severus se alterar. James sorriu, malicioso, e pôs o dedo ainda mais fundo. As sensações deliciosas fizeram James gemer alto e empinar a bunda contra sua própria mão, para aumentar o prazer e alargar a abertura.

Um rosnado curto e profundo foi sua única advertência quando Severus pegou o braço de James e removeu a mão, substituindo-a pela sua. Ele também imprimiu seu corpo contra o de seu submisso, que suspirou alto ao sentir a pressão da ereção de Severus contra sua nádega.

Severus distribuiu mordidas, beijos e lambidas pelo ombro de James, que adorou as atenções, e em seguida deslizou as mãos para baixo e agarrou-lhe os quadris. James notou que Severus agora estava de joelhos.

Mais beijos, lambidas e mordidas foram distribuídos, agora na coluna lombar e na bunda. Os lábios pareciam vaguear, indo aqui e ali, beijos e chupadinhas na superfície lisa e convidativa. A língua de Severus fixou-se um pouco bem na curva da nádega. James se mexia nas mãos de Severus, querendo que elas fossem para baixo, para baixo...

Ele sentiu seu pedido atendido quando uma língua quente e úmida se insinuou na racha de suas nádegas. James sentiu os joelhos bambos de tanto tesão e segurou-se na torneira do chuveiro, temendo ir ao chão. Enquanto isso, lá atrás, ele sentia sua entradinha piscando involuntariamente devido às atenções de Severus. O rapaz de Slytherin separou bem as nádegas e começou a circular a abertura, e James soltou um gemido fundo e alto de tanto prazer.

Em seguida, a língua de Severus concentrou-se todinha na abertura e começou a insinuar-se para dentro do orifício, buscando mais e mais de seu pêssego. Os esforços compensaram quando a pontinha adentrou o buraquinho e James deu uma ré no rosto de Severus, jogando a cabeça para trás com tamanho deleite.

Severus parou o que fazia e rosnou ainda mais alto:

- Meu!

- Sim! – gritou James, no auge da paixão. – Seu, seu, só seu!

A língua de Severus então entrou aos poucos em James e ele começou a movê-la para os lados, para todos o lados, a fim de alargar a passagem sedosa e sentir ainda mais do gosto de seu pêssego gigante exclusivo. James parecia gostar muito, pois estava gemendo agora continuamente. Severus percebeu que James poderia gozar só com as atenções de sua língua endemoniada. Então ele mais uma vez recuou, e deu um sorrisinho quando a lamúria de protesto chegou a seus ouvidos.

A água da banheira estava chegando ao ponto máximo, então Severus deslocou uma grande quantidade quando se levantou num gesto só e pressionou James contra a parede, agarrando-o pelos quadris e ajeitando-se entre suas pernas. O rapaz de Gryffindor arfava, gemia, ululava, implorando pela união, e Severus atendeu, solícito.

Nada menos do que uma cópula frenética se seguiu a isso, a água se mexendo violentamente, gemidos harmônicos crescendo no banheiro. O pêssego gigante de Severus levou mais creme, e produziu mais creme. Depois Severus resolveu sentar-se na banheira e James imediatamente sentou-se no seu colo, e aí a água ficou tão violenta que batia nas paredes como ondas furiosas do mar, acompanhando o ritmo das estocadas. James pulava, empalando-se entusiasticamente em Severus, que também movimentava os quadris. Juntos, eles encharcaram o banheiro.

E aquilo tudo estava longe de terminar.

TBC