MARY JANE

What's the matter Mary Jane, you had a hard day

O que há, Mary Jane? Teve um dia difícil?

As you place the don't disturb sign on the door

(Assim você põe o sinal de "não pertube" na porta)

Marie Sands estava deitada no hospital, sozinha, pensando, refletindo.

Na manhã seguinte estaria saindo do hospital. Estaria voltando à rotina, às mortes, à dor e ao sofrimento. Estava lá deitada quando a porta abriu-se e uma figura entrou. Marie fingiu que estava dormindo, e então sentiu uma mão sobre seu rosto.

- Ah, Gina... se eu pudesse te impedir de fazer o que está fazendo...

A agora morena reconheceu a voz de Remo, mas não se mexeu.

- Você vai destruir tua vida... vai destruir tudo e todos... se afastar não vai mudar nada. Você tinha tanta vida, tanta alegria... você iluminava todos à sua volta... E quando você decidiu ser apenas Marie Sands grande parte da alegria que havia nas pessoas que conviviam contigo desapareceu...

Marie não se moveu. Não queria que ele soubesse que estava acordada. Queria apenas ouvir o que Remo queria dizer.

- Nem sei o quanto você sabe sobre o Harry, mas... se soubesse... Se você entendesse...

"Ele não sabe que o vi... ele não sabe as coisas que falamos um para o outro..."

- Você é muito jovem, Gina. Você tem uma vida inteira pela frente. Tire esse semblante de derrota do rosto... sorria novamente, deixe seus olhos brilharem... Vai ser muito mais fácil assim...

"Ele não sabe do que está falando... ele acha que vou conseguir ser feliz..."

- Talvez você pense que não conseguirá sem o Harry. Gina, nós não podemos depender de outras pessoas para sermos felizes. Você tem que aproveitar o hoje... você não pode simplesmente fugir porque está difícil demais. Mas e se ele morrer, Gina? Você vai morrer junto? Vai deixar de viver porque ele não está aqui?

Marie não podia mais continuar escutando. Aquilo era cruel demais.

- Só queria que você pudesse ser feliz, Gina. Eu encontrei uma pessoa maravilhosa e, apesar de tudo, estamos conseguindo ser felizes. Queria que você também pudesse ser. O mundo não acabou porque ele tem que cumprir seu destino.

Silêncio. Marie não queria nem chorar nem se mover. Foi então que sussurrou:

- O que você acha que eu devo fazer?

Não se virou para Remo. Não tinha coragem de encará-lo. Não queria ter que olhar para ele, ter que admitir todos seus erros.

- Siga seu coração, Gina.

- Não posso falar com ele de novo- sussurrou de volta- Eu disse coisas horríveis para ele...

- Achei que ele tinha me dito que você entendia... que era por ele ser como era que você gostava dele...

Gina não disse nada. Não estava chorando. Estava apenas sentindo o coração apertado, uma dor profunda.

- Não sei o que houve, Remo... só sei que... sei lá... estou tão confusa...

E então ela sentiu a mão de Remo sobre seu ombro, e então ela sentou-se na cama, encarando-o, e foi envolvida pelo abraço dele. Ficaram assim durante algum tempo, e Remo disse:

- Você está bem?

- O que você acha?

Remo não disse nada. Finalmente, deu um passo para trás:

- Ainda dá tempo, Gina. Vá atrás dele. Simplesmente suma como Marie. Ninguém precisa saber de nada.

Gina não disse nada por algum tempo. Finalmente disse:

- Você acha?

Remo olhou-a e sussurrou:

- Se você ouviu tudo o que eu disse, sabe qual é a minha resposta.

Gina então sorriu e pulou da cama, tirando algumas agulhas de soro do braço.

- Vou ir agora, Remo. Você nunca me viu aqui, nunca falou comigo. Saia logo...

You lost your place in line again, what a pity

(Você perdeu seu lugar na linha de novo, que pena)

You never seem to want to dance anymore

(Você nunca mais pareceu querer dançar)

Remo saiu do quarto e Gina olhou-se no espelho. Estava muito magra e pálida. A verdade era que se sentia bem tonta ainda. Ela não tinha outra roupa para vestir, apenas o jaleco do hospital. Foi quando notou o casaco que Remo deixara sobre a cadeira. Sorriu e vestiu-o.

Em seguida, abriu a porta. Não havia ninguém no corredor. Ela ia sair quando mudou de idéia. Voltou para o quarto e foi até a janela. Abriu-a e viu que dava para um corredor longo. Sem pensar duas vezes, saltou para o corredor e começou a caminhar. Durante algum tempo, não encontrou ninguém.

Ela seguiu por aquele corredor, e logo encontrou uma placa que dizia "saída – funcionários", e uma indicação com uma seta. Sem pensar duas vezes, ela seguiu por aquele caminho.

Depois de algum tempo caminhando,ela ouviu conversas. Sem pensar duas vezes, tocou-se para dentro de uma sala, torcendo para que não tivesse ninguém ali. Por sorte não tinha, e ela ficou lá parada, meio tonta, esperando as vozes sumirem. Quando elas desaparecem, Gina voltou ao corredor.

Dessa vez os passos estavam mais rápidos e ela logo encontrou uma saída. Lá fora estava frio e ela estremeceu. O casaco de Remo era quente, mas nem de longe o suficiente.

Ela estava tonta e sentia as pernas fraquejarem. Precisava aparatar até seu apartamento. Depois estava livre. Era só procurá-lo, era só pedir desculpas, só dizer que aquilo que ele estava fazendo era o que mais gostava...

Aparatou depois de duas quadras. Chegou ao apartamento e encontrou-o revirado. Parecia que um vendaval havia passado por ali. As janelas estavam abertas, deixando um vento gelado entrar. Havia papéis espalhos pelo chão, roupas, caco de vidro, sofás revirados, tudo destruído.

Ela ficou parada por incontáveis minutos ali parada, apenas olhando para o que via. Finalmente sorriu. Aquilo era perfeito!

Foi até o quarto e pôs uma roupa quente. Ligou a TV, que por um milagre não estava quebrada, e assistiu ao noticiário. O programa de tempo previa neve e graus negativos nos próximos dias, para espanto de todos. Sem pensar duas vezes, Gina foi até seu quarto e começou a se vestir. Depois de um longo banho, ela pôs uma meia calça, uma corsário por cima, duas meias, três blusas de manga cavada, uma camiseta de manga comprida, uma básica de lã, um grande moletom negro que fora de Rony e um casacão gigantesco. Pegou uma mochila grande dentro pôs roupas de baixo,mais duas calças, um blusão de lã, dois casacos mais leves.

Deu uma última olhada no apartamento, e foi quando seus olhos pousaram sobre um pedaço de papel preso contra a parede. Com a mochila nas costas, ela olhou para o papel. E então leu...

Nós ainda a pegaremos, Sands

Ela não ficou assustada, nem com medo ou com vontade de chorar. Apenas riu e disse:

- Tudo bem... vou estar preparada...

Mas sabia que não estaria. Nunca estivera. Apenas agira como uma idiota, como uma criança. Marie Sands fechou a porta do apartamento com cuidado, sabendo que estava no "meio do caminho". Não abandonara sua nova personalidade,mas não assumira ainda o "retorno completo".

It'sa long way down

É uma longa descida

On this roller coaster

Nessa montanha russa)

Enquanto deixava o apartamento, de toca, cachecol e luvas, ela se perguntava para onde ir. Poderia ficar rodando por horas e horas. e foi o que ela fez, semi-consciente, cansada, exausta, apenas andando sem rumo. Quando se deu conta, a lua já estava alta no céu e ela estava em algum lugar no subúrbio, no meio de uma rua sombria e que lhe dava medo.

Cansada, sentou-se na calçada, pensando no que faria. Tudo parecia tão sem sentido agora, tão sem propósito. Porque saíra daquela forma do hospital? Porque simplesmente não continuara fingindo que era uma grande aurora? Onde ela estava com a cabeça.

E então, seus olhos ficaram cheios de lágrimas e ela se sentiu tonta. Ainda estava dolorida em várias partes do corpo e não tinha condições de dar mais nenhum passo. Ficou lá, com muito frio, uma neve gelada caindo, sentindo tudo rodar à sua volta.

Adormeceu ali mesmo e acordou com o sol nascendo no dia seguinte. Ela abriu os olhos e sentiu-se ainda pior do que na noite anterior. Não sabia o que fazer e estava decidida a voltar e desistir daquela idéia maluca de ficar com Harry.

Já estava quase no Ministério quando viu um Profeta Diário caído no meio da rua. Sem pensar, segurou-o e leu a primeira página.

Rony Weasley e Hermione Granger sobrevivem a mais de um ano de cativeiro do Lord das Trevas – não se sabe se Harry Potter ainda está vivo

Ela ficou algum tempo olhando para a foto de Rony e Mione na capa do jornal, parecendo muito abalados e profundamente cansados e exaustos. "Preciso vê-los", foi a primeira coisa que pensou. E logo depois a verdade engolfou-a "Harry está sozinho..."

Ela ficou parada no meio da calçada, indecisa sobre ir ou não ir, voltar ou não voltar. Finalmente decidiu-se a ir procurá-lo. "Até o inferno, se for preciso", pensou ela.

Chamou um táxi e pediu:

- Me leve para um hotel, por favor.

O motorista olhou-a e perguntou:

- Alguma preferência?

- Nenhuma, moço.

- Algo em relação a valores?

Gina pensou por um momento e então disse:

- Vá para o melhor da cidade.

O motorista logo acelerou, pensando "a moça tem grana então". Rodaram por mais alguns minutos e então ele parou em frente a um hotel lindo. A porta do táxi foi aberta e Gina sentiu-se nervosa. Pagou o táxi e estava entrando no hotel, olhando para trás sobre o ombro, quando colidiu fortemente com alguém.

The last chance streetcar

O bonde da última chance

Went off the track

Saiu da pista

And you're on it

Com você dentro

Ela foi jogada para trás e sua mochila voou longe. Ela ficou imediatamente tonta e tudo rodou. Levou à mão à cabeça, ainda deitada no chão, tudo fora de foco. Vários recepcionistas aproximaram-se, preocupados:

- A Srta. Está bem?

- Quer alguma coisa?

Mas Gina não conseguia falar nada. Foi quando abriu os olhos. Caído à sua frente, também parecendo muito atordoado, estava um homem. Ele usava um terno muito bem alinhado e não se parecia ninguém que já havia visto alguma vez na vida. Ele levantou-se depois de algum tempo e disse:

- Está tudo bem, rapazes- anunciou ele para o pessoal da recepção- Eu cuido dela...

Gina levantou-se com a ajuda do homem e disse:

- Eu... tenho que me registrar...

- Posso te esperar, então?- disse ele, gentilmente- Estava indo tomar café. Você me faria companhia?

Gina olhou-o.

- Tudo bem.

Ela foi até a recepção e registrou-se como Marie Sands. Depois foi até o homem e caminhou com ele em direção ao restaurante. Eram nove horas da manhã e ela ainda sentia-se tonta.

- Desculpe por aquela hora. Estava distraído...

- Não foi nada- respondeu ela- Eu também vacilei.

- Sabe... pode parecer estranho, mas nós já não nos conhecemos?

Gina sorriu e negou com a cabeça.

- Sou Marie Sands.

O homem sorriu e Gina sentiu o coração bater mais forte.

- Michael Rutherfor.

Os olhos se encontraram e Gina tomou um longo gole de café preto.

- Você está bem?- perguntou ele- Parece tão pálida.

- Tive alguns problemas nos últimos dias...

- Algo que eu possa te ajudar?

Gina fez que não com a cabeça. Mas logo depois algo incontrolável fê-la falar:

- Cometi alguns erros terríveis nos últimos dias. Agora estou tentando consertá-los.

- Você não é inglesa, não é?

Gina ia responder que sim quando lembrou-se de que ainda estava como Marie Sands.

- Sou francesa...

Um olhar longo. Havia algo no brilho daqueles olhos negros que Gina se lembrava, mas não disse nada. Finalmente o homem levantou-se:

- Eu preciso ir, Srta. Sands. Se precisar de alguma coisa, me procure.

- Sim, senhor Rutherfor.

Gina viu o homem se afastar e fechou os olhos.

I hear you're counting sheep again Mary Jane

Ouço você contando carneirinhos de novo, Mary Jane

What's the point of trying' to dream anymore

(O que está fazendo você não tentar sonhar mais? )

Subiu para o quarto lentamente e tocou-se em sua cama, os olhos bem abertos, sentindo-se ainda tonta e aérea.

Estava num beco sem saída. Não tinha para onde ir, o que fazer, a quem procurar. Tudo era uma grande loucura. Como iria achá-lo? Como?

Assustada, ela apenas abraçou as pernas, pensando, imóvel, com medo demais para qualquer atitude. Estava totalmente perdida.

Ficou lá até anoitecer. Finalmente levantou-se da cama, tomou um banho longo e desceu para jantar. Estava com fome, apesar de tudo. Estava entrando no gigantesco restaurante quando viu.

Os cabelos negros despenteados, os ombros largos, roupas escuras. Era ele! Só podia ser! Correu até lá, os olhos brilhando de lágrimas, o coração batendo apressado...

E então ele se virou, e era apenas um rosto qualquer. Sorridente, bonito, jovem. Mas não era o rosto de seu Harry...

Os lábios tremendo, Gina parou, imóvel. Suspirou longamente e então começou a se afastar lentamente para trás, sentindo-se imensamente tola e infantil. Então, calmamente, começou a voltar para o quarto.

Pediu o jantar pelo telefone e ficou assistindo televisão, extremamente solitária e sem nenhuma esperança. Enrolada em dúzias de cobertores, ela finalmente adormeceu.

I hear you're losing weight again Mary Jane

Ouço você perdendo peso de novo, Mary Jane )

Do you ever wonder who you're losing it for

(Você imagina para quem você está perdendo isto?)

Hermione Granger estava sentada no St. Mungus, perdida em pensamentos. Estava se sentindo cansada e desanimada. Quem a olhasse teria facilidade em notar sua tristeza e melancolia. Uma velha senhora logo perguntou:

- Você está bem, senhorita?

Mione sorriu tristemente, os olhos brilhando de lágrimas, e concordou com a cabeça.

- Sim, tudo ficará bem...

Naquele momento um ruivo saiu de dentro do consultório, parecendo muito mau-humorado. Mione levantou-se e foi até ele.

- Que foi?

- Ele ficou insistindo em exames e coisas assim...- ele parecia aborrecido- Vamos embora, Mi...

Ele abraçou-a pela cintura, conduzindo-a para a saída. Foi quando esbarraram em Tonks, Moddy e Lupin, conversando.

Mione! Rony!- disse Tonks, imediatamente abraçando-os - Como estão?

Bem...- disse Mione- Na medida do possível...

Silêncio. Moddy suspiru:

- Isso não vai progredir hoje, Tonks. Está liberada, mas esteja aqui amanhã cedo.

- Certo, Moody.

- Vou te chamar se houver algum ataque...

- Claro.- ela bateu continência, tentando brincar, mas parecia bastante exausta.

Viram o auror chefe afastar-se, parecendo mais carrancudo que de costume.

- Então- disse Tonks- Vocês voltaram. O que aconteceu?

Mione desviou os olhos e Rony suspirou.

- Vamos conversar em outro lugar- pediu Remo.

Saíram do St. Mungus e pararam num café trouxa. Sentaram-se e Rony perguntou:

- O que o Moody fazia lá?

- Marie Sands sumiu.

- A aurora?- disse Mione, surpresa.

- Sim, ela mesma.- concordou Remo.

- Voldemort?- era Mi, sempre direta e astuta.

- Provavelmente. O apartamento dela estava revirado. Havia até um bilhete avisando-a de que estavam atrás dela...

Tonks então começou a chorar, e Mione lançou-lhe um olhar compreensivo.

- Vocês tornaram-se amigas, não é, Tonks?

Gesto afirmativo.

Remo fez-lhe um carinho desajeitado nos cabelos azul Royal e os dois se abraçaram. Mione não estava entendendo muita coisa, só podia imaginar que haviam se tornado realmente muito amigos.

- Se acalme, Ni- disse Remo, e Rony ficou constrangido ao ver que ele também chorara- Vai ficar tudo bem... ela sabe se virar sozinha... Ela vai conseguir... Vai dar tudo certo...- ele acariciava os cabelos dela, limpando as lágrimas que não paravam de escorrer pelo rosto de Tonks. – Fiquei calma, Tonks, se controle...

Tonks disse algo tão baixo que nem Mi nem Ron compreenderam, mas Remo sorriu e disse:

- Eu sei disso... mas ela é uma grande mulher, querida. Você sabe disso. Ela cometeu erros cruciais, que por pouco não tiraram sua vida, mas ela sempre deu um jeito...

Outra coisa, e então Remo riu.

- Tudo bem...

Virou-se para Rony e Mione, já levantando-se:

- Ela está péssima, vou levá-la para casa...

- Tudo bem...

- Vocês... tem onde ficar?

- Vamos para um apartamento que o Harry nos deixou... foi do Sirius...

Remo concordou com a cabeça e ajudou Tonks a se levantar. Ela não parecia nem um pouco bem. Porém, antes que Remo e Tonks houvessem se ido, a mulher perguntou:

- Só quero saber mais uma coisa...

Mione e Rony esperaram, e então ela disse:

- Ainda há esperança?

Mione sorriu:

- Sempre há esperança, Tonks.

Tonks ficou sério por alguns longos minutos. Finalmente acenou com a mão e se afastou, após pedir:

- Vão ao Ministério. Nós precisamos de você.

- Pode deixar, Tonks!

O casal observou Tonks e Remo se afastando, de mãos dadas, ela ainda parecendo muito abalada.

- Há algo mais- disse Mione, assim que eles saíram.

- Também acho.

- O que vamos fazer, Rony? Dizemos a eles?

Olharam-se por um longo tempo.

- Acho melhor não.

- Então ta. Nem mortos diremos, certo?

Ela concordou e ficaram em silêncio por um longo tempo.

- O que você acha que é?

- Não sei.

- Acha que tem algo a ver com Voldemort?

- Acho que tem algo sobre essa Sands que não sabemos.

- E que vamos descobrir.

Well it's full speed baby

Bem, isto é velocidade máxima, baby)

In the wrong direction

Na direção errada )

Harry Potter olhou solitário para as estrelas, sentado diante da janela de seu quarto num hotel caríssimo de Londres. Havia algo nelas que anunciava sangue. Sangue e morte.

O jornal ao seu lado estampava Rony e Mione na capa. Eles pareciam bastante abalados e Harry pensou que eles iriam entender um dia, que dali para frente era só ele. Ficou um longo tempo lá imóvel, sem fazer nada, pensando no próximo passo.

Algo em seu destino lhe dizia para fazer tudo o que quisesse fazer antes de enfrentar o Lord das Trevas. Algo lhe dizia que devia aproveitar esses momentos como se fossem os últimos, porque talvez fossem. A verdade é que não tinha a minha ilusão de que iria sobreviver. Só esperava poder derrotar o Lord antes de ir...

Achando estranho, pegou um papel e, sentindo-se um completo idiota, começou a listar:

Escrever para Rony, Mione, Sr. E Sra. Weasley, Tonks, Remo, McGonaggal, Fred e Jorge, Moody e Gina

Deixar tudo para a Gina

Encontrar com Remo e pedir que ele me conte mais sobre meus pais

Acabar com o Snape

Visitar a Casa em Godric Hollow

Visitar o túmulo de meus pais no cemitério

De repente teve que rir, de toda aquela baboseira que havia escrito.

Sem pensar direito no que estava fazendo, começou a pensar nela.

Havia encontrado Gina. Sabia agora que ela não estava morta, que ela estava segura no St. Mungus, que não precisava se preocupar com ela. E o mais estranho era que havia matado Bellatrix. Até agora não conseguia entender como tivera coragem de simplesmente lançar nela uma Maldição Imperdoável.

Só de lembrar das palavras que Gina o chamara, das coisas que ela o acusara...

- Aquela não era Gina- disse Harry, tentando não se desesperar- Não era...

Com uma dor no coração, ele simplesmente riscou tudo que tinha o nome de Gina no papel. Não havia mais nada entre eles. Não podia mais fazer aquilo com ela...

There's a few more bruises

Há um pouco mais de mágoas )

If that's the way

Se este é o caminho)

You insist on heading

(Que você insiste em liderar)

Acordou no dia seguinte com o telefone tocando.

- Bom dia, Sr. Evans...

- Bom dia- disse ele, mau-humorado.

- Quer o café no quarto, senhor?

- Sim, por favor...

Naquele momento, pela janela entreaberta, entrou o Profeta Diário. Esfregando os olhos, Harry pôs os óculos e leu a manchete. Imediatamente ele sentiu uma tontura e então tudo ficou preto.

Ele caiu para trás antes que pudesse evitar.

A voz vinha de muito longe,mal dava para ele ouvir...

- Senhor, acorde!

Harry piscou repetidas vezes. Havia uma mulher gorda debruçada sobre ele, abanando em seu rosto um grande travesseiro.

- O senhor está bem? Quer que eu chame um médico? Uma ambulância? Um...

- Estou bem... pode ir, senhora.

- Mas... mas...

- Estou bem, sério!

A mulher foi embora muito desconfiada, e Harry apenas levantou-se, olhando sem fome para o café.

No chão, jogado ao lado da cama, o jornal estampava uma foto linda de Marie Sands, e a manchete: "Desaparecida".

Please be honest Mary Jane

Por favor seja honesta Mary Jane)

Are you happy

Você está feliz? )

Please don't censor your tears

(Por favor não censure suas lágrimas)

Gina acordou tarde no dia seguinte, e a primeira coisa que fez foi descer para tomar café. Comeu bastante, pois não sabia quando iria comer novamente. A noite lhe dera descanso e ela estava agora com novas idéias.

Depois do café, subiu para seu quarto, tomou um novo banho e saiu do quarto. Pagou sua diária e, sem hesitar, começou a ir até o shopping center mais próximo. Quando entrou no banheiro do mesmo, com quase duzentos dólares em roupas, ela só tinha um pensamento. "Preciso ser outra pessoa".

Vinte minutos depois, quando saiu do banheiro, era uma garota punk, de cabelos morenos com as pontas pintadas de azul. Usava uma botina negra de cano alto, calças jeans rasgadas, um blusão de lã quentíssimo vermelho, sobre ele uma jaqueta preta que ia até quase metade de suas coxas. Haviam bastantes traços do rosto de Gina lá, mas quem a olhasse não perceberia nada. Usava várias correntes, anéis e estava com uma maquiagem pesada, mas parecia estar se sentindo à vontade.

Caminhou pelo shopping com olhares reprovadores, mas não parecia se importar. Na verdade, tinha um longo sorriso no rosto. Ela tinha um sorriso bonito e caminhava de forma decidida, e querendo ou não, chamava atenção. Mas era exatamente isso o que ela queria. Chamar o máximo de atenção possível.

You're the sweet crusader

Você é uma doce guerreira

And you're on your way

E está em seu caminho

Harry resolveu dar uma volta, logo depois de ler a reportagem completa, que informava que ela havia desaparecido durante a noite, que ninguém vira nada e que o apartamento que ela vivia fora invadido. Suspeitavam até que ela já estava morta.

Mas Harry não acreditava.

Ele começou a caminhar pela rua, com calma, as mãos no bolso do terno, parecendo um político indo para a Câmara dos Deputados. Foi quando seu olhar foi atraído para uma garota punk que caminhava do outro lado da rua.

Ela parecia incrivelmente jovem e despreocupada, e havia algo familiar naquele sorriso que ela exibia com orgulho no rosto. Levava nas costas uma guitarra, e Harry pensou que ela devia ser famosa, porque todos na rua olhavam uma terceira vez para ela.

Harry, porém, apenas continuou andando.

Gina definitivamente desaparecera. Desta vez não havia ninguém para ajudá-la, ninguém que soubesse como ajudá-la.

"Gina está morta", disse a si mesmo, "Você não deve nada a ela". Mas Harry sabia que não era verdade. Passara momentos incríveis com Gina, e descobrira nela algo que não iria descobrir em mais nenhuma, tinha certeza.

Só não conseguia entender porque ela dissera tudo aquilo... porque ela fora tão cruel, tão fria... como se não tivesse havido nada entre eles... Ela havia dito que era justamente isso que gostava em Harry! Havia dito tanta coisa no enterro de Dumbledore... e agora ela simplesmente estava desaparecida.

You're the last great innocent

Você é a última grande inocente

And that's why I love you

E esta é a razão por eu te amar

Foi naquele momento que a garota punk colidiu com ele. Ela cambaleou e ele segurou-a pelo cotovelo. Os dois trocaram um olhar e então ela riu. Uma risada alegre, de quem não tinha preocupações e sofrimentos.

- Ô, tio, ta viajando legal né!

Harry ficou extremamente constrangido por ser chamado de tio, por isso corou.

- Hey, não precisa ficar vermelho!- ela riu de novo.

- Desculpa... eu... estou com alguns problemas.

- Eu percebi.

Ela riu de novo. Uma risada jovem e cheia de vida.

- Para onde está indo, Tio? Algum lugar especial?

- Estou dando uma caminhada. Estou com muitos problemas.

- Todo mundo tempo problemas- disse ela, dando de ombros, mascando um chicle e oferecendo um para ele- Quer?

- Não, obrigado...- naquele momento, apesar de ter apenas 18 anos, Harry sentia-se com 47.

- O seu não deve ser pior que o de ninguém.

- Do que está falando?

- Do que está te incomodando.

- Eu não quero falar sobre isso!

A garota riu mais alto e apontou para ele.

- Quer conversar?

- Não, obrigado.

- Você quem sabe, Tio. Eu adoraria ouvir.

- Certo. Onde podemos conversar?

- Vamos para aquele barzinho! Tem um xis ótimo!

Harry seguiu-a, sem entender o que estava fazendo. Mas havia algo naquela menina que lembrava Gina, e muito. Talvez fosse a risada, ou a alegria, ou apenas a forma como ela parecia animá-lo. Podia ter escolhido seguir seu caminho com sofrimento, sozinho, amargo. Mas deu espaço para aquela estranha garota com jeitão rebelde entrar em sua vida.

Sentaram-se numa mesa e ela pediu uma coca-cola, enquanto ele tomava uma cerveja.

- Então, tio?- perguntou ela, parecendo ter 14 anos.

- Então o que?

- Qual é o seu nome? Acho que é uma boa maneira de começarmos.

- Sou James Evans- disse ele.

- Mary Jane- disse ela, sorrindo.- Então, porque está triste?

Harry pensou em milhares de formas de explicar aquilo para a garota cheia de vida à sua frente, mas não conseguiu encontrar nenhuma que fosse fácil. Finalmente, disse:

- Eu estava com uma garota, sabe... Uma mulher perfeita...

- Elas sempre estão no meio- riu a punk.

- Mas aí... eu tive que me mudar por causa do meu trabalho...- parecia tudo fácil demais.

- E tudo acabou?

- Sim.

Ela riu.

- Volte, James. É apenas isso que você tem que fazer.

- Ela morreu esta manhã, Mary Jane. Num acidente de carro.

A garota olhou-o como quem sente muito, e então segurou sua mão, dizendo:

- Não fica triste não, tio. Se ela se foi é porque era a hora dela... É porque tinha que ser assim...

- Você acha?

A punk sorriu levemente e deu de ombros.

- Sei lá... acho que sim. Não acredito que o Cara Lá de Cima nos mandaria embora daqui antes da hora.

Harry pareceu concordar e, depois de algum tempo, sussurrou:

- Você sairia comigo, Mary Jane?

Ela riu.

- Está a fim de mim, Tio?

- Tio uma ova!- Harry riu, mas naquela aparência estava com trinta anos (era o que dizia o documento falso).

- Quantos anos você tem, então? Dezoito?

- Mais doze- riu Harry- Talvez eu seja mesmo... E você? Dezesseis?

Ela riu alegremente.

- Já tenho dezessete...

- Muita diferente- ele riu.

- Certo, tio, eu vou indo.

- Vai sair comigo?

- Acho que não, tio.

- Mas...

- Não sou alguém pra você ver de novo, tio.

- Por que não?

- Por que só vim te dar um pouco te luz. Eu não quero compromissos. Eu já sofri demais, sabe...

Mais um olhar e então ela levantou-se e foi embora. Harry ficou ali sentado, terminando a cerveja, pensando nela.

Havia algo nela que havia chamado sua atenção, algo que o atraíra loucamente, assim como havia sido atraído por Gina. E as duas se pareciam tanto. Podia lembrar-se claramente como Gina vivia esbanjando vida, alegria, juventude e sorrisos. Como era sempre uma fonte de apoio, consolo e diversão. Como gostava dela para todo e qualquer momento...

"Mas ela não está mais aqui", disse a si mesmo, "e nada vai mudar isso..."

So take this moment Mary Jane and be selfish

Então pegue este momento, Mary Jane, e seja egoísta

Worry not about the cars that go by

Não se preocupe com os carros que vão embora

Gina Weasley não soube porque, mas havia algo nos olhos daquele homem com quem colidira que lhe chamara a atenção. Ele tinha cabelos grisalhos e algumas rugas, mas mesmo assim era bonito.

E havia um brilho de dor e solidão nos olhos dele que lembravam Harry, em seu fugaz momento de sanidade. Havia algo nele, uma vulnerabilidade, como se ele precisasse de carinho e proteção. Fora imediatamente atraída pelas mesmas coisas que ficara atraída em Harry. O jeito meio acanhado, o fato de estar sozinho, o jeito como parecia precisar de amor.

E chamá-lo de "tio" foi engraçado e divertido. Gostou da forma como ele parecia ficar embaraçado. E ela ria, e sorria, e estava sentindo-se novamente feliz. Porque cedo ou tarde iria encontrar Harry, eles iriam se reconciliar, e então seriam felizes também, como ela sempre sonhara e quisera.

E então, ouvira a história dele, e algo a fez lembrar-se dela e de Harry, porque ela fora abandonada porque ele tinha que "trabalhar" contra Voldemort, e agora estava sendo dada como morta pelo "Profeta Diário". Na verdade, tudo o que ela queria ter feito era conversar com ele até que não conseguisse mais mexer a língua, e jamais deixá-lo.

Porque, mesmo não sendo Harry, era como se as leves semelhanças o trouxessem de volta, o mínimo que fosse. Quando ela saiu caminhando do bar, sentiu uma vontade incontrolável de chorar, de voltar correndo, de chamar como louca por Harry. Mas não fez nada. Apenas continuou caminhando com suas roupas punks.

All that matters Mary Jane is your freedom

Tudo que importa, Mary Jane, é sua liberdade

So keep warm my dear, keep dry

Mantenha-se quente minha amiga, mantenha-se dura

Hermione deitou-se na cama, com Rony ao seu lado, acariciando a barriga.

- Nós vamos lutar?- perguntou Mione.

- Acho que devemos. Com todo o cuidado, mas acho que devemos isso ao mundo...

- Não sei se essa é uma razão nobre para lutarmos.

Nenhum deles disse nada por algum tempo.

- Você acha que a Gina está morta de verdade, Rony?

- É horrível o que vou dizer, Mi, mas acho que está.

- Sabe o que eu estava pensando?

- Hum?

- E se ela tivesse mudado de aparência, como nós, para poder lutar?

- Ela não faria isso. Não é desse tipo de coisa. Ela não teria coragem...

Silêncio.

- Mas e se ela fizesse? E se ela tivesse coragem?

- Continuo aceditando que não, Mi. Ela teria avisado alguém. Teria dado um sinal.

- E se nós não percebemos? E se ela deu algum sinal e nenhum de nós notou?

Rony não disse nada. Finalmente, perguntou:

- Você acha que o Harry vai conseguir?

- Eu espero que sim, Rony. Espero sinceramente, com todas as minhas forças... porque se ele não conseguir, ninguém mais consegue.

Rony abraçou-a com mais força, e sussurrou:

- Vamos dormir, Mi. Tudo vai dar certo.

- Tenho medo de que não dê.

- Não pense nisso. Acredite em alguma coisa.

- Não quero acreditar no Harry- sussurrou ela- Não quero por mais isso sobre os ombros dele.

- Acredite então apenas na vitória. Independente de como.

Ela fez um gesto afirmativo com a cabeça e fechou os olhos. Antes de adormecer,ainda murmurou:

- Tenha bons sonhos, Rony.

- Eu te amo.- respondeu ele.

E dormiram.

Tell me

Conte-me

Tell me

Conte-me

What's the matter Mary Jane

Qual o problema Mary Jane?

No dia seguinte, Mione e Rony chegaram ao Ministério cedo, mas ele já estava em alvoroço.

- Bom dia- disse Tonks, passando correndo por eles, com uma xícara de café numa mão e uma pasta cheia de relatórios na outra- Estamos em emergência, saiam do caminho. Moody está soltando fogo pelas ventas.

Mione e Rony encostaram-se na parede bem na hora que Moody irrompeu pelo corredor.

- ONDE ESTÃO OS MALDITOS AURORES DE EMERGÊNCIA?

Mione ergueu as sobrancelhas, assustadas, e Rony fez uma careta que fez Tonks rir.

- PRECISAMOS DA UNIDADE 6 NO HOTEL TROUXA!

Uma dúzia de memorandos saiu voando da porta por onde Moody saíra.

- ESSAS COISAS VOANDO! QUE DROGA! QUE DROGA!

Tonks aproximou-se dele com cuidado.

- Já enviei a unidade 6, Moody, não há mais ninguém para ir além de nós.

- PORQUE AQUELA DROGA DAQUELA SANDS TINHA QUE DESAPARECER?

- Se controle, por favor!- pediu Tonks, também já perdendo a paciência- Pare de GRITAR!

Mione e Rony entreolharam-se, e foi ela quem disse, intrometendo-se entre os dois:

- Vamos logo. Não temos tempo a perder.

- Vocês também vão?

- Acho que, depois de tudo, seria humilhante não irmos...

Moody não pensou duas vezes.

- Peguem suas varinhas e vamos.

No dia seguinte, Harry havia parado no mesmo bar onde conversara com a punk para tomar um drink quando começou a ouvir gritos. Eram nove da manhã, e algo estava errado. Ele imediatamente começou a se dirigir ao hotel.

Assim que chegou lá, percebeu que estava acontecendo um ataque. Sem pensar duas vezes, ele pegou sua varinha e partiu para o ataque.

Mary Jane, ou Gina Weasley, estava sentada na recepção do hotel quando ouviu o estouro. Sabia que era um ataque antes mesmo que começasse. com agilidade, conseguiu ir tirando as pessoas do hotel.

Talvez, aquele tenha sido o seu maior erro, porque quando já estavam todos na rua, os Comensais surgiram aos montes, torturando os turistas e os hóspedes do hotel, enquanto outros punham fogo no mesmo.

Uma garotinha de no máximo onze anos que estava ao seu lado foi instantaneamente jogada para longe e caiu morta no chão. Gina / Mary Jane olhou para ela com lágrimas nos olhos.

Queria começar a duelar, mas era tanto horror que ela estava paralisada. Sentia-se novamente como a garota de dezesseis anos esquecida em Hogwarts. Só que desta vez, estava em terreno inimigo.

Ela pensou em sair correndo, em se esconder, e salvar quem conseguisse, mas só conseguia olhar para a garotinha de onze anos caída morta no chão.

James Evans olhou horrorizado para o que estava acontecendo. Precisava fazer alguma coisa. Havia uma garotinha de cinco anos no máximo, chorando desesperada no meio da confusão, e sentiu-se estranhamente paralisado.

Era tudo tão horrível, tão cruel, tão ridículo. Num segundo estava tudo bem e no seguinte pessoas estavam morrendo, berrando, sozinhas num mundo de desespero. E sentia-se tão inútil, sozinho no meio daquela loucura.

Foi quando a viu. Ela olhava desolada para algo que ele não conseguia ver o que era, por isso não viu o Comensal se aproximando.

Houve um segundo de hesitação e então ele correu até ela:

- Mary Jane!

Ela virou-se e viu o homem a tempo. Ela jogou-se para o lado e no instante seguinte estava correndo, sendo puxada pelo homem. "O cara é um trouxa... ele espera poder me salvar?".

E foi então que viu ele ser atingido. A mão dele, que segurava a sua, puxou-a para o chão, mas ela segurou-o com dificuldade antes que batesse contra o asfalto. Ele pareceu acordar e disse:

- Eu... eu...

Mas ela já estava no controle da situação e disse:

- Por aqui...

Ele olhou-a de um jeito estranho, notando um brilho diferente naqueles olhos. Ela não olhou nenhuma vez para trás, mas havia visto Tonks chegando com seus cabelos rosa chiclete, e Moody com seus olhos loucos.

Finalmente, eles pararam. O homem de terno deixou-se sentar no cordão da calçada daquela rua semi-deserta e ficou algum tempo em silêncio. Gina ficou de pé, pensando em tudo que tocara para trás, para ir em busca de Harry.

E então, estranhamente, não podia ver nenhum futuro claro para si mesmo... só podia ver medo e sofrimento. E ficou se lembrando do comensal contra quem lutara no dia que Dumbledore se fora... e milhões de lembranças e pensamentos começaram a inundar sua mente.

Foi despertada do devaneio pela voz do estranho...

- Mary Jane?

- Que foi?

- Qual é o problema, Mary Jane?- sussurrou ele.- Porque esses olhos tão tristes?

Ela olhou-o e bradou, a voz alta e firme:

- Um dia você entenderá...

Ela sorriu misteriosa e abanou para ele:

- Eu vou indo, James. Você está seguro aqui.

Ele observou-a se afastar. "Ela nem imagina quem eu sou, ou o que posso fazer..." E, sem esperar por nada, começou a caminhar na direção contrária a da alegre e estranha garota punk.

Oi gente! Serio fiquei mto feliz com as reviews!

Vo respondeeeee!

Miaka (sorry! Juro que achava que tinha respondido! Até dei uma olhava no post anterior e vi teu nome lah... ? Mas tudo bem! Agora o teu é o primeiro! Estou mto feliz q vc esteja acompanhando af fic! Mt mesmo! Continua comentando!

Patty (bom... qto ao final ainda não me resolvi... hehehehe... estou pensando ainda se devo ser boa ou má... depende do n de reviews hehehe... alias eu tbm amo M/R... mt perfeitos!

Cristina Melx (serio? Vc chorooooooou? Não acredito! Isso eh mto legal! – ou não?- pode deixar q te aviso qdo meu livro sair – meu grande sonho eh escreve-lo neh! E q bom q tah incrível! Eh uma honra pra mim!

Lucius (bom, obrigada pela sinceridade! Espero que essas "mudanças" tenho feito a história ser mais verossível! Ao contrario de mta gente, sempre q recebo a crítica, eu tento melhorar neh! Afinal ngm eh perfeito! Espero q tenha gostado desse! E dexe reviews tah?

Lisi Black (vamos ver manuska... e quem disse que eles vão se acertar? Asasuahsuah eu sou a MEAN GIRL!

Michelle Granger (que bom que tem gostado! Quero ver seu comentahrio no próximo capítulo certo?

Carol Malfoy Potter (outra que chorou! Estou ficando mais feliz! E com mais idéias sádicas haushauh! Qto ao final feliz, eh um assunto que exige mtas reflexões, prós e contras... vamos ver neh...

Carlos Bert (aí está a continuação!

Amy (Valeu por comentar! Espero que goste deste capítulo tabém!

Omar (oh! Que honra! Fiquei muuuuuuuito feliz com seu cometário! Me deu ânimo pra terminar o capítulo... espero que tenha gostado!

Amanda (ta aí pra voce curtir – ou não!

Muito obrigada mesmo a vocês que comentaram e a todos que leram!

Espero que tenham gostado da pequena mudança da história!

Bjos a todos!

aliás, desculpem qualquer erro, eu to sem beta! se alguém quiser... fale comigo! bjos

e deixem reviws nehj... façam essa pobre autora feliz!