Capítulo XXIV
"Tu…e o Peter."
"Vocês…vocês estão todos loucos…" disse Harry, abanando a cabeça.
"O mapa não mente! Até tu sabes disso Angel!" respondeu Matt.
"Mas…é…é impossível…não é?" perguntei eu, pela primeira vez naquela noite com insegurança na voz.
"Não…não é. Olha para ele…está à tua frente…" disse Sirius, apontando para Ron.
"Eu? Está maluco, eu…"
"Não és tu rapaz! O teu rato!"
Abri a boca, e tapei-a com as mãos, ao olhar para a ratazana que se encontrava nas mãos daquele rapaz, ainda guinchando como louca e debatendo-se violentamente.
"Vocês…não…não pode ser. Isso é impossível! Ele morreu! Só sobrou um dedo!" disse eu, há beira de um ataque de histerismo.
"ANGEL OUVE-NOS!" berrou Lea."...ele e um cobarde e cortou o seu próprio dedo! Mas ele esquece-se que este jogo é como o gato e o rato..." completou ela, com um sorriso maroto.
"Vocês…é impossível! O nome do meu rato é Scabbers e ele está na família há…" disse Ron, olhando para todos nós como se estivéssemos doidos.
"Doze anos?" perguntou Matt.
"Sim mas…não pode ser! Ele era do meu irmão Percy!"
"Ron por favor…dá-mo. Se ele for um rato normal, eu juro que não lhe acontece nada…confia em mim." Pediu Remus.
"Dá-o Ron…" disse Harry ao amigo.
Ron entregou o rato a Remus, mas este segurou-o mal e Scabbers, ou melhor, Peter desatou a correr, tentando fugir, em vão no entanto, pois Lea agarrou-o agilmente, e com a minha varinha realizou o feitiço que fez transformar um rato em alguém que eu não via há doze anos.
"Olá Wormtail…" disse Sirius, olhando para ele como eu nunca tinha visto. Nos seus olhos havia um misto de maldade com loucura.
"Sirius…Remus…Lea! Todos os meus velhos amigos…" falou Peter, tremendo.
"Dá-me uma varinha Remus! Eu vou matá-lo!" pediu Sirius, quase louco.
"Espera Sirius, temos de acabar de explicar…" pediu Matt.
"EU ESPEREI DOZE ANOS! PERDI A MINHA MULHER, OS MEUS MELHORES AMIGOS E A INFÂNCIA DO MEU FILHO! MEREÇO VINGANÇA!" berrou Sirius, como um louco.
"Tu trocaste com ele? Ele era o guardador secreto do James e da Lilly?Como é que tu não me disseste nada! Eu…eu podia ter feito alguma coisa!" disse eu, sentindo as lágrimas a brotarem dos meus olhos.
"Era o bluff perfeito…ninguém ia achar que esta coisa nojenta era o guardador secreto do James e da Lilly…quanto a mim, podia ser perseguido, mas o segredo ia comigo para a cova…só te quis proteger Angel…" respondeu ele, olhando-me de novo nos olhos com ternura.
"NÃO! Não…vocês não compreendem! O mestre das trevas tem poderes que vocês não imaginam! O que é que terias feito Padfoot?"
"EU TERIA MORRIDO!" berrou Sirius. "E agora…vou matar-te…finalmente vou cometer o crime pelo qual fui condenado…"
"NÃO! Por favor…" implorou Wormtail de joelhos, rastejando depois para perto de Harry. "Por favor Harry…o teu pai…o teu pai teria sido misericordioso..."
"COMO OUSAS FALAR DO JAMES!" berrou desta vez Lea.
"E tu meu rapaz…" implorou Peter de novo, rastejando para perto de Ron e Hermione " eu não fui um bom rato? E a menina que é inteligente…tenha pena de mim" chorou ele.
"Afaste-se!" disse Ron, chegando-se para trás com repulsa.
Remus pegou em duas varinhas e entregou uma a Sirius.
Apontaram-nas a Peter quando:
"Esperem!" disse Harry. "Não…não quero os amigos do meu pai como assassinos…e assim pudemos libertá-lo Sirius…"
"Obrigado! Obrigado Harry!" agradeceu Peter, agarrando-a às pernas de Harry.
"Não se preocupe…vai ser entregue aos dementors…" disse Harry com desprezo.
Viu-se nesse instante o pânico na cara de Wormtail.
"Agora vamos…está na hora de se restabelecer a verdade finalmente…" disse Matt, elevando Snape no ar. "Eu trato deste…"
Nesse momento, aproveitando um momento de distracção, Peter transformou-se numa ratazana e desatou a fugir mas eu, com alguma agilidade, agarrei-o pela cauda.
"Nem penses seu vermezinho…"
"E agora Angel…vais finalmente engolir o orgulho e pedir desculpas?" perguntou Lea.
Olhei Sirius nos olhos antes de responder.
"Nem penses…" respondi eu, empurrando lá para o fundo todas as palavras que queria dizer-lhe, e a vontade enorme que tinha de o beijar, e saindo da cabana pelo túnel.
Cheguei à rua, com vontade de matar o rato ali mesmo, pois não parava de se contorcer, quando comecei a sentir suores frios e a tremer. De repente olhei para o céu, e ali estava ela…o meu maior medo, a minha maior inimiga…a lua cheia.
As convulsões começaram de imediato. E a dor, a dor horrível, inimaginável…a minha pele borbulhava, a respiração era ofegante…caí de joelhos, ainda assim segurando Peter entre os dedos. Os meus dentes tiritavam, o frio…o frio era tanto…e depois…depois o calor, insuportável…nesse momento Wormtail cravou os seus pequenos dentes na minha mão e larguei-o. Só o consegui ver a fugir, antes de ficar com a visão turva, e sentir a dor a aumentar. As costuras da roupa rebentavam, enquanto eu cravava as unhas acabadas de crescer na terra e mordia a língua até sentir o gosto de sangue na minha boca.
Ao longe conseguia ouvir os berros de Remus.
Sirius correu para mim, ajoelhou-se e agarrou-me.
"Tu consegues meu amor, eu sei que sim…e sabes porquê? Porque eu te amo e estou aqui…estou aqui contigo…" falou ele, numa voz doce, beijando-me de seguida.
Olhei para ele, lágrimas a caírem pela minha face.
"Sai…sai daqui…eu…não…consigAHHHHH!" uma explosão de dor e depois.
"MÃE? Mãe o que foi?" berrou Leon, correndo para mim, mas sendo agarrado pelos braços fortes de Matt.
"LARGA-ME! ELA ESTÁ A SOFRER NÃO VÊS?"
"LEON PÁRA! ELA É UMA LOBISOMEM, ESTÁ A SOFRER MAS NÃO PODEMOS FAZER NADA! SIRIUS LARGA-A ANTES QUE ELA TE MATE!" berrou Lea, chorando desesperada.
"NÃO! Vão-se embora…eu fico com ela…" disse Sirius, agarrando-me com mais força.
"Vai…vai-te…EMBORAAAA!" berrei eu, tentando conter o lobo que queria sair.
Leon continua a debater-se, tentando libertar-se de Matt, e desesperado, mordeu-o com toda a força no braço. Matt largou-o e Leon desatou a correr na minha direcção.
"Mãe eu ajudo-te…sou eu mãe…"
"SAI DAQUI LEON!" berrei eu novamente, tentando controlar-me…mas não consegui mais, e dei-lhe uma patada com toda a força, lançando-o no ar, e Leon caiu no chão com toda a força, inconsciente.
"Leon…" murmurei eu, fechando os olhos de seguida. Quando os abri, já não estavam azuis, mas sim amarelos. Empurrei Sirius, e uivei à lua.
Leandra rugiu parando o meu uivo. Entretanto Remus acertou em Sirius lançando-o contra uma rocha. Os meus olhos amarelos cruzaram-se com os de Lea e após uns segundos de hesitação lançamo-nos uma a outra.
Leon acordou quando eu lancei Leandra de cabeça contra uma rocha. Matt miou e chamou a minha atenção. Leon lançou-se para a sua madrinha tentando acordá-la. Quando Lea se levantou e foi ajudar Matt a controlar-me Leon avançou para o pai.
"Pai, estás bem?" perguntou ele, preocupado.
"Não te preocupes…agora, sai daqui e leva o Harry e os outros…sai daqui filho…promete…"
"Eu…" respondeu ele, hesitante " vou levá-los daqui…"
Leon correu para os colegas.
"Vamos sair daqui…entrem no castelo…eu fico aqui…"
"Nem penses…se tu ficas eu também fico…" disse Harry, corajosamente.
"E nós…posso não gostar de ti Black, mas não quero que morras aqui…" respondeu Hermione.
"Muito bem…então sigam-me…"
Desataram todos a correr pela floresta, até que pararam numa clareira.
"Ok…agora temos de arranjar maneira de fazer com que a minha mãe e o meu padrinho saiam dali antes que eles se matem…" falou Leon, ofegante.
"Isso é fácil…" respondeu Hermione. "AUUUUUUUUUUUUUUU!"
"O que é que foi isso Hermione?" perguntou Ron, espantado.
"AUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!" repetiu ela.
Nesse momento, eu e Remus paramos de lutar e desatamos a correr em direcção à floresta.
"E agora?" perguntou Harry.
"FUGIMOS!" berrou Leon.
Desataram a fugir, Ron com grande dificuldade, agarrado aos amigos, e esconderam-se os quatro atrás de uma árvore, enquanto eu e o Remus cheirávamos à procura de quem tinha uivado.
Remus estava pronto para morder quando apareceu um centauro e com um par de coices, nos afastou, e ambos corremos em direcção ao interior da floresta.
"Encontramo-nos de novo Harry Potter…" falou Firenze, com os seus olhos azuis fixos em Harry.
"Obrigado Firenze…"
"De nada Harry Potter…e agora vão…há quem precise da vossa ajuda…" disse o centauro, olhando para o céu.
O grupinho voltou a correr, desta vez em direcção à cabana quando viram ao pé do lago, Snape, já acordado, de varinha em riste, e com Sirius, Lea e Matt, os três bastante magoados, à sua frente, de mãos no ar.
Esconderam-se atrás de um arbusto, e Harry murmurou.
"Precisava-mos de uma distracção…"
"Eu trato disso Potter…" respondeu Leon, tirando do bolso foguetes explosivos, e mandando-os para junto de Snape. Os foguetes explodiram, e num momento de distracção, Matt agarrou na varinha e enfeitiçou Snape.
Leon correu para o pai e perguntou:
"A mãe vai ficar bem não vai?"
"Vai filho…não te preocupes…"
Lea ia falar, quando um arrepio percorreu os corpos de todos os que estavam ali presentes.
Lea foi a mais sentida, caindo de joelhos e mantendo o olhar fixo no vazio. Leon assustou-se vendo a sua madrinha assim e tentou agarrá-la, mas ela estava subitamente fria.
Matt olhou para Sirius enquanto Lea caía realmente desmaiada no chão. Olhou para a sua mulher procurando-lhe a pulsação.
"Leva-a daqui Matt, antes que ela morra" Sirius falou enquanto Matt pegava numa Lea que começara a gritar.
Sirius sentiu a sua alma a fugir-lhe por entre os dedos. Começou a sentir-se leve. Apesar de saber que não deveria desistir, sentiu a força a esvair-se das suas veias. Caiu no chão com um baque surdo.
"PAI! Pai…eu…" disse Leon, perdendo também as forças "eu…eu…ajudo…ajudo-te…"
Harry estava quase desmaiado, mas procurando forças em todas as coisas boas que já se tinham passado com ele, colou-se em pé, e berrou "EXPECTO…PATRONUM!"
Um veado prateado surgiu da ponta da sua varinha e afugentou os Dementors.
Harry caiu do chão, desmaiado, ao lado do seu padrinho. Quase às portas do castelo, Lea despertava, bastante fraca.
"Matt…não…eu consigo…"
Agarrada ao marido, colocou-se de pé, e foi a andar até Sirius e Harry.
"Algum de vocês tem chocolate?" perguntou Matt.
Ron acenou com a cabeça e tirou uma barra de chocolate do bolso das calças.
Matt deu um bocado a Lea e colocou um pouco na boca de Sirius e de Harry.
Aos poucos, foram-se ambos recompondo, e acabaram por despertar.
"PAI!" Leon agarrou-se ao pescoço do pai.
"Ei, ei…está tudo bem…" respondeu Sirius, abraçando-o também.
"Tens de ir Sirius. Levas a minha flecha de fogo, e com um encantamento de camuflagem corre tudo bem…" disse Lea, ainda bastante pálida.
"Deixa-me falar com o Harry primeiro…e depois contigo…pode ser?"
Lea assentiu com a cabeça, e Sirius fez um sinal a Harry para o seguir.
Quando já estavam a sós:
"Isto não serviu de nada…ele fugiu…" disse Harry, meio desanimado, meio irritado.
"Não serviu de nada? Provámos a minha inocência ás pessoas que mais me importam…tu e a Angel…por agora vai ter de servir…tu vais ver que vai correr tudo bem…"
Harry apenas sorriu.
"Não sei se sabes Harry mas…sou teu…"
"Padrinho…" completou Harry. "Sim, sei."
"Espero que um dia, possas viver comigo, e deixar a casa dos teus tios…"
O rosto de Harry iluminou-se.
"Adorava Siri…quer dizer, padrinho."
Foi a vez de Sirius sorrir.
"Mas…como sabias onde estava o Peter?"
"Vi o recorte no jornal quando o Fudge me foi visitar um dia…foi isso que me deu forças para fugir…Agora preciso de falar com a Lea…dás-me um abraço?"
Harry apenas sorriu, e abraçou o padrinho, antes de se ir juntar aos amigos.
Lea foi ao encontro de Sirius.
"Não acredito que ele nos escapou amigo…mas eu vou apanhá-lo…prometo-te…"
Sirius não respondeu, olhando apenas a lua.
"Não te preocupes…ela vai ficar bem Sirius…"
"Achas que ela alguma vez vai engolir o orgulho?"
"Duvido...por alguma razão vocês são o par perfeito…" respondeu ela, sorrindo.
"Não brinques Leandra…estou a falar a sério…ouviste bem o que ela disse na cabana não ouviste?"
"Sirius... Ela mudou, mas não vai retirar as juras assim do nada. Sabes que no fundo ela ama-te amigo…"
"Não suporto ouvir o Remus tratá-la assim…não consigo pensar que eles…não consigo…" desabafou Sirius.
"Sirius, a vida mudou…Tens que de alguma forma aceitar que eles...eles...ela...ahh…olha não te posso ajudar mano...lamento" respondeu ela, desanimada. "Agora vai-te despedir do Leon e põe-te a andar…é mais seguro…"
Sirius assentiu com a cabeça e começou a andar em direcção ao filho.
Ajoelhou-se com dificuldade, e disse:
"Porta-te bem ok? Se falarem de mim tratem-me por Snuffles, e não me escrevam enquanto eu não vos escrever…e toma conta da tua mãe está bem filho?"
Leon concordou em silêncio e abraçou o pai com lágrimas nos olhos.
"Quanto volto a ver-te?"
"Cedo…prometo puto…"
Sirius despediu-se dos restantes com um abraço, e depois do encantamento de camuflagem, montou a vassoura e partiu.
Abri os olhos. Era manhã. A minha cabeça martelava de dor, assim como o meu corpo. Tentei levantar-me, mas quase não tinhas forças. Olhei para o meu lado, e estava Remus, tão maltratado como eu, com as roupas praticamente destruídas. Sentei-me e tentei lembrar-me dos acontecimentos da noite anterior. Sirius era inocente…por minha culpa Wormtail tinha fugido…e Leon…Oh meu santo Merlin, eu tinha magoado o meu filho. Desatei a chorar, e chorei durante um bom bocado, até que senti movimento ao meu lado, e sequei as lágrimas ao ver Remus levantar-se com um grande esforço.
"A minha cabeça…" queixou-se ele.
"Temos de voltar…já é dia…"
"Estás bem?" perguntou ele, reparando nos meus olhos inchados.
Apenas concordei com a cabeça, e coloquei-me de pé, com as pernas a tremer. Remus ajudou-me, e lentamente saímos da floresta em direcção ao castelo. Assim que entrámos, ouvi passos no corredor e surgiu Lea, com um ar bastante cansado.
"Ahh…és tu Angel?" perguntou ela, parecendo um pouco irritada.
"O Leon?" perguntei eu, preocupada.
"Enfermaria, o Matt está com ele...posso dar-te uma palavrinha?"
"Não, ela tem de descansar primeiro Leandra…" defendeu-me Remus.
"Eu também devia estar a descansar Remus, mas agora, eu QUERO falar com a Angel, e talvez contigo também…"
"Não Lea, nós…"
"Fala…e rápido…quero ver o meu filho…" disse eu, cortando a palavra a Remus.
"Espero que tenham os dois a certeza do que estão a fazer juntos. Espero que nenhum de vós se arrependa...no entanto quero que se sintam culpados por isto" Lea sorriu comos olhos a brilhar"Angel, o Sirius esta a sofrer mais que nunca e..."
"Tenho pena…" interrompi eu "mas não posso fazer nada…e se era só isso vou ver o meu filho…"
"Era só isso, mas espero que te lembres Remus, que o Leon não e teu filho e ele nunca te vai aceitar como pai…"
"E tu lembra-te de que não és mãe dele…se pudesse voltar atrás no tempo tinha-te deixado a ti casar com ele…estão tão bem um para o outro…" respondi, com azedume.
"Não trocaria o Matt por nada. Mas se me queres tratar assim por fazer o que tu não fazes...ou seja defender os meus amigos...está a vontade. Mas nunca te esqueças que podes vir a precisar de mim…"
"Ela tem-me a mim Leandra…" respondeu Remus, pondo um braço à volta da minha cintura.
"Pois...mas parece que o seu coração a trai não dirias Remus? Ou agora ela trata-te por Sirius? E também foste tu que ofereceste esse lindo anel?"
Apenas implorei a Lea para se calar com os olhos.
"Qual…qual anel?" perguntou Remus, inseguro.
"O anel que o Sirius lhe deu e que o teu amor tem ao pescoço... Durante a noite deves ouvir o nome do Sirius e não o teu, certo Remus...? Tantas juras de amor que lhe fizeste...alguma vez ela te chamou amor a ti também? Ou já te habituaste a ouvir o nome do Sirius em vez do teu?"
"CALA-TE! NEM TE ATREVAS A ABRIR MAIS A BOCA PA FALAR DA MINHA VIDA!" berrei eu, furiosa.
"É verdade?" perguntou Remus.
"Remus eu…" comecei eu, mas pela primeira vez na minha vida ouvi-o gritar.
"É VERDADE OU NÃO?"
Não lhe respondi, e ele arrancou o cordão do meu pescoço violentamente.
Lea sorria divertida, como se tivesse planeado tudo aquilo.
"Nunca mais te quero ver...e tu Lea...obrigada" disse Remus, antes de atirar o anel para o chão e desaparecer.
Fechei os olhos antes de falar.
"Eu…EU ODEIO-TE! COMO É QUE FOSTE CAPAZ? SERÁ QUE ESSE AMOR DOENTIO QUE TENS PELO SIRIUS TE TOLDA O CÉREBRO? OU DIVERTES-TE APENAS A DAR CABO DA MINHA VIDA JÁ QUE A TUA É INEXISTENTE?"
"Eu não amo o Sirius. Apenas lhe devo imenso. E nunca me poderia divertir a dar cabo da tua vida. Estou muito feliz com o Matt obrigada, e tenho uma vida quase perfeita cara Angel. Obrigada por te preocupares…" respondeu ela, igualmente azeda.
"Ainda gostava de saber como é que eu te escolhi para madrinha do Leon…" respondi eu, numa voz gélida, tentando controlar-me " não tens feito outra coisa sem ser pô-lo contra mim…só deves ficar feliz quando ele fugir de casa e vá viver contigo não? E teres um filho para deixares o meu? Já pensaste nisso? Não, claro que não…tu só queres as partes boas…não queres dizer que não, não queres passar noites sem dormir, mudar fraldas…ser madrinha é fácil Lea…experimenta antes ser mãe…"
"Eu não tenho culpa de tu teres sido insensível o suficiente para te esqueceres que o Sirius jamais trairia o JAMES! NÃO TENHO CULPA... não me queiras culpar por algo que não fiz. Angel...quando eu te vi com o Sirius eu desculpei-te...estou certa agora que não o devia ter feito."
" Já tinha chegado a essa conclusão há muito tempo…" respondi eu, sentindo as pernas a tremerem com o esforço.
Comecei a andar com dificuldade em direcção à enfermaria, quando Lea caminhou na minha direcção.
"Ohh por amor a Merlin! Dá cá o braço antes que te espalhes de cabeça…"
"LARGA-ME!" respondi eu, repelindo-a. "Nem fales mais para mim…"
"Angel….." disse Lea, abanando a cabeça, e saindo depois. Esta passou por Matt, que ao ver a mulher a chorar, me lançou um olhar irritado.
"O que é que lhe fizeste desta vez?" perguntou ele, irritado.
"Apenas lhe disse verdades…só isso…"
"Angel…o que é que lhe fizeste?" perguntou ele de novo, mais irritado.
"Pelas barbas de Merlin Matt! Tu acreditavas em mim se eu te dissesse? Não, claro que não! Vai atrás dela, pergunta-lhe e deixa-me em paz!"
"Angel Valance….tu estás a por todos aqueles que te quiseram ajudar contra ti. Não te esqueças disso…o Sirius..."
"LÁ ESTÃO VOCÊS E O SIRIUS! DEIXEM-ME EM PAZ COM O SIRIUS! E VOCÊS OS DOIS CRESÇAM E TENHAM FILHOS POR AMOR DE MERLIN! Assim pode ser que deixem o meu em paz…" interrompei eu, continuando a andar em direcção à enfermaria.
Matt olhou para mim confuso, e de seguida foi atrás da mulher.
Lea estava sentada perto do lado, com a cabeça entre as mãos, a chorar.
"Ei…então? Deixas que ela te afecte assim?" perguntou Matt, numa voz ternurenta, sentando ao lado de Lea e acariciando o seu cabelo.
"Não consigo parar de pensar nisso ...não consigo fazer com que ela não me afecte…"
"Mas o que é que ela te disse para te deixar assim?"
"Ela…ela…ela disse que eu devia ter um filho para deixar o dela em paz…" respondeu Lea, recomeçando a chorar.
"Ei, não chores ok?" confortou-a Matt, limpando-lhe as lágrimas com a mão. " Ela é que é uma reprimida que não confessa que ama o Sirius…porque é que estás a pensar nisso agora? Não somos felizes?"
"Somos Matt, mas...se calhar ela tem razão...se calhar tu só dizes que não queres um filho porque eu digo isso aos sete ventos... Matt..." disse a ruiva, chorando ainda com mais força.
"Tu estás é cansada de mais! Nós já falámos sobre isso…não quero filho nenhum…sou feliz assim…e temos o Leon…não é sua tonta?"
"Mas Matt, não ficavas feliz por ter alguém para te seguir os passos...eu não sei...neste momento acho que como tua mulher sou uma INCOMPETENTE!"
"Não voltes a dizer isso…eu sei lá…nunca pensei nisso…sou feliz assim…para que é que eu queria um bebé chorão e uma mulher com depressão pós-parto?" perguntou ele, sorrindo.
"Obrigado Matt…és um querido…" respondeu Lea, sorrindo, e abraçando-se ao marido.
Entretanto, eu entrava na enfermaria, a grande custo.
Ron estava deitado numa cama, e Harry, Leon e Hermione, sentados à sua volta.
"MÃE!" gritou ele, ao ver-me, correndo para me abraçar.
"Autch, autch…olha as costelas Leon…" disse eu, dolorosamente.
"Desculpa…" disse ele, alargando o abraço.
"Estás bem?"
"Não te preocupes…e tu? Magoei-te muito? Não te devias ter aproximado filho…"
"Estou fino…" respondeu ele, sorrindo
"E vocês? Está tudo bem com a tua perna?"
"Mais ao menos…dói-me um bocado…" respondeu Ron.
"Mãe…agora que já sabe que o pai é inocente vocês podem voltar a ficar juntos não é? E vamos ser uma família, e vamos…" disse Leon, entusiasticamente.
"Leon…anda cá…precisamos de falar…"
Afastámo-nos para uma cama perto da janela, e sentámo-nos. Agarrei na sua mão, antes de falar.
"Leon…as coisas não são assim tão fáceis…"
"Porquê? Se vocês se amam…" ele olhou-me nos olhos antes de falar." Tu ainda amas o pai…certo?"
"Errado Leon…eu…"
"O QUÊ? ESTÁS A BRINCAR COMIGO NÃO É? DIZ QUE ESTÁS A BRINCAR COMIGO!" berrou Leon, pondo-se de pé.
Abanei a cabeça negativamente, e disse:
"Tu sabes que eu estou…estava…quer dizer…bem, sabes que eu gosto do Remus não é Leon?"
Ele apenas olhou para mim, com um misto de raiva, desprezo e desilusão no olhar, antes de sair a correr da enfermaria.
"Boa…continua assim Angel…vais bem…" murmurei eu, antes de sair também.
N/A: Tchan tchan:D Aqui tá a continuação do cap anterior, é bastante grande até, e o final é alternativo porque não quis tar a fazer como no livro...Este é para a Ana Rita, que só agora começou a ler, e está a gostar. Brigado miga!
Espero que gostem e deixem review
Ana Rita:Aind bem que gostas, continua a ler ok:D
Margarida: Aind bem que também gostaste, continua a ler que eu agradeço :)
Inês: MANA! OBRIGADO PELA IDEIA BRILHANTE QUE ME DESTE! ÉS UM GÉNIOOOO:D:D:D
Taty: Não sei se acertaste...logo verás :P E agora prepara-te...muita coisa inesperada vai acontecer :D Brigado por td e bjinhos ;)
Jamelia: CALMA CALMA! Logo tens a dita cuja :D:D e o dito coiso também :D
Bruna: Espero que tenhas gostado deste...brigado por leres...Bjinhos
Lea: Minha granda beta pá! Aposto k n keres nada o dito coiso mas temos pena :P Brigado por td mais uma vez...
Fini: Pronto, pronto! Pa n me mates aki tá ele, o mais rápido que consegui ok? Espero que gostes, e faz update na tua :)
Kiss Kiss
Angel
