Gabriel saíra da janela carregando a garota nas suas costas. Ela estava dormindo tranqüilamente.
-Heh! Esse é o cara! E então? Como foi?-Você não gosta mesmo de falar, heim?
-Não, não é isso. Eu tenho a impressão de que já a conheço.
-Hah! Essa é a cantada mais velha do mundo! Mas fala, vai, foi muito fácil?
-Fácil até demais. Eu a salvei de um homem e ela me abraçou. Então, eu a trouxe.
-Hmm, quem sabe ela não te recompense com uns beijinhos quando acordar?-Nash! Gabriel! Vamos logo! - disse Carmen.
-Tá bom!
Escuridão. Só podem ser ouvidas vozes nesse local.
-Hmmm, nosso enviado falhou.
-Sim.
-Vamos enviar outro então! Não podemos deixar Vlad nos passar a perna!
-É! Ele vai fazer alguma coisa com a filha dos anjos!
-Maldito seja.
-Maldito, maldito, maldito.
-A filha dos anjos é nossa. Não temos o que temer.
-Quem nós enviaremos?
-Eu tenho uma idéia! Mas esperem... A pulsação do nosso enviado ainda não cessou!
-Hmmm, isso pode ser interessante.
-Ele viu o Bio02 saindo da casa com a filha dos anjos. Viu-o indo para um hotel.
-Faça ligação com a polícia terrestre. Avise. Denuncie. Diga a localização.
-Sim. Agora eles não poderão usar veículos terrestres tão facilmente.
-Hehehe... O plano está indo bem.
-Sim.
-Que lugar é esse? Quem são vocês?
-Fique calma, guria -disse Nash- fomos mandados para te levar para um lugar. Meu nome é Nash.
-Meu nome é Carmen.
-Lúcifer.-E você é Gabriel... Para onde vão me levar?
-Bem, você não acreditaria se eu te dissesse o que existe lá fora... Lúcifer, abra as asas.
-Não me de ordens, idiota! -Lúcifer abre as asas, nervoso.Os garotos explicam sobre o Neo-Mundo para a garota e sobre a sua missão. Ela ouve com atenção.
-Então vocês vão me levar para esse lugar?
-É, mas primeiro precisamos chegar em Florianópolis.
Sirenes podem ser ouvidas do lado de fora.
-Epa! A polícia! Como eles sabiam que estavamos aqui?
-Meu padrasto deve ter dito...! Não! Eu não quero voltar pra casa!
-... Suba em minhas costas.
-hã?
-Suba em minhas costas. Eles só estão cobrindo um lado do prédio.
A garota sobe nas costas do arcanjo, que antes disso, tira a jaqueta e abre as grandes asas negras.
-Vamos. Lúcifer, carregue Carmen. Nash é rápido o bastante para nos acompanhar.
Gabriel sai voando pela janela. Lúcifer sai em seguida. Nash pula e segue-os do chão. A polícia
entra no prédio, mas alguns passantes viram Nash correndo para a estrada.
Maria está voando numa grande altura. Seus cabelos voam ao sabor do vento, e em um devaneio ela
pensa que é um anjo que está levando-a para um lugar melhor. Gabriel voa suavemente, fazendo
com que a garota aprecie o voô. Eles chegam à uma estrada deserta, com um pequeno motel nas suas margens.
-Vamos parar por aqui. -disse Lúcifer, e recolheu as suas asas.
-Err, Lúcifer... Já pode me botar no chão.
-Ah, sim, Carminha.
Uma grande gota de suor aparece na cabeça de Maria.
-Eeeeeeeii! Que diabo! Esperem por mim!
-Nós já paramos de andar, besta.
-Puf... Puf... Ei Gabriel, vamos dormir aí?
-Sim.
Eles entram no motel e pagam a conta para o proprietário bebado. Há apenas 2 quartos.
-A Carmen e eu vamos dormir no mesmo quarto. Nash, Gabriel e Maria fiquem no outro quarto.
-Ei! Aquele quarto só tem uma cama!
-Lúcifer, Nash vai dormir com vocês. Eu não preciso de cama. Vou ficar no quarto para
guardar o alvo.
-Ah, tá bom... (droga! Maldito Nash! A minha chance de agarrar a Carminha e ele estraga!
vou botar gelo na cueca dele)
O grupo se dirige a seus quartos. Maria conversa com Gabriel.
-Ei, obrigado por me ajudar com meu padrasto.-Você não é de falar muito.
-Não.
-Hmm, já sei! Do que você gosta?-A minha presença o deixa incomodado?
-Sim.
Maria enrubresceu com a resposta. Mal teve tempo de dizer outra coisa e a parede à sua direita
se quebrou. Uma mão escamosa pegou seu braço e arrastou-a para fora do quarto.
-Maria!
Continua...
