Não amo mais Romeu

4º capítulo

Hogsmeade

Era um belo dia de sol, naquele sábado de manhã em pleno outubro. O que era muito estranho nesta época do ano, no outono. Geralmente os dias eram frios e quase não tinha o brilho do sol. Por isso, os alunos acordaram cedo, não apenas pelo dia ensolarado, mas também aquele sábado iriam para Hogsmeade.

Hermione levantou cedo. Abriu os olhos quando os raios solares bateram no seu rosto, entrando pela brecha da janela do seu quarto de monitora-chefe. Foi até o relógio. Olhou as horas e percebeu que eram seis e dez da manhã. Pegou uma roupa bem dobrada de dentro do guarda-roupa e as coloca em cima de sua cama. Depois pegou uma tolha que estava num cabide ao lado de sua cama. Respirou fundo e deitou na cama. Estava com preguiça, mas tinha se decidido. Iria tomar um bom banho para poder acordar. O dia hoje seria cheio. Levantou e pegou a roupa e a toalha que estavam em cima da cama. Suspirou e deu uma boa olhada no seu quarto.

Tinha uma grande cama de casal. Ela era estilo boneca, tinha uma linda cortina vermelha caindo. Era bem trabalhada e feita de madeira. Os lençóis eram vermelhos com vários corações dourados. As almofadas eram douradas, tendo um leão em cada uma delas. Do lado direito da cama havia um grande armário onde Hermione haviam colocado os seus pertences, ele era também de madeira e havia vários leões gravados na madeira. No pé da cama havia um meigo sofá vermelho escuro com uma pequena almofada dourada. Na frente da cama havia uma lareira arrumada. Tudo ali lembrava a grifinória.

Depois dessa olhada ela saiu em direção ao banheiro exclusivo para monitores-chefes no quinto andar. O corredor que dava até o banheiro estava vazio. Abriu a porta que dava ao banheiro. Tudo lá era muito bonito, com certeza. Abriu as várias torneiras que ali tinham e deixou cair um tipo diferente de cada espuma. Hermione estava a brincar com as bolhas que subiam quando viu seus pés molharem, estava transbordando a banheira. Fechou rapidamente as torneiras e tirou a roupa. Entrou devagar na enorme banheira, a água estava fria.

Foi ai que começou a pensar em tudo que acontecerá... Quando recebeu a carta para entrar em Hogwarts, os amigos que consegui, suas notas e comportamento exemplares, as aventuras, as enrascadas... Tudo tinha sido muito bom naquele seis anos. Agora era uma garota de dezessete anos. Mergulhou a cabeça na banheira. Respirou fundo. Era o último ano, iria virar maior de idade. Escolheria uma profissão, na qual estava em dúvida. Talvez não visse os seus amigos nunca mais... Gostava muito do Harry, do Rony, do Neville... E de suas novas melhores amigas: Gina, Luna, Lilá, Pavarti, Kelly e Christine. E até que gostou de fazer essas novas amizades, tinha coisas que ela não podia dizer a dois garotos. Era constrangedor.

– Hermione!

Hermione é tirada dos seus pensamentos por um grito. Ela vira assustada. Era a voz de uma menina que era estranhamente familiar. A garota não grita mais olha para os lados. Queria vê de onde havia vindo esse grito. Deu de cara com a pessoa que jamais pensou em vê por ali.

– Murta! – fala Hermione alto. Tinha ficando muito surpresa.

– O que está fazendo aqui, Hermione? – pergunta Murta parecendo chateada. Ela senta no vaso sanitário.

– Tomando banho. Mas me diga o que você faz aqui. – fala Hermione voltando ao seu estado normal.

– Eu estava esperando vê os meninos tomar banho aqui. – fala Murta voando até onde estava Hermione. E sentando na beira da banheira.

– Como é, Murta? Você não pode fazer isso! – exclama Hermione que parecia ter se alterado. Isso era coisa que um fantasma podia fazer?

– Eu morri, mas ainda tenho olhos. – fala Murta rindo. Hermione fica vermelha ao ouvir o que tinha dito a fantasma.

– Que coisa, Murta. Mas quem você esperava vê? – pergunta Hermione que planejava contar para essa tal pessoa.

– Um loiro, alto, musculoso... Com belos olhos azuis e cruéis... – fala Murta suspirando. Parecia está apaixonada.

– Quem? Quem é esse? – pergunta Hermione que realmente não fazia idéia quem seria. Talvez um aluno. Contaria para o diretor.

– É um monitor-chefe. Draco Malfoy. – diz Murta.

– O quê? – grita Hermione. Parecia mesmo impresionada. – Você acha tudo isso do Malfoy? Deve está ficando louca! Ele é um chato, arrogante.

– Eu não acho. Ele é lindo e muito sexy. E, aliás, tem um tal de Richard que fica ai falando o seu nome um tempão. Parecia que estava treinando para pedir você em namoro. – fala Murta fechando a cara para Hermione.

– Como é! Ele quer me pedir em namoro! Agora deu... – fala Hermione respirando fundo. Não gostava de Richard e como faria para dizer que não estava a fim dele? Tinha que ser a mais educada possível e não podia magoar os sentimentos do menino.

– Ele quer pedir mesmo. Agora, anda rápido que o Draquinho chega mais ou menos nesse horário. Estou doida para vê-lo... – diz Murta suspirando. Parecia que ia morrer de amores por Draco. E Hermione que imaginava que ela gostava do Harry.

– Tem cada uma... Mas fazer o quê? Tem gosto para tudo... – diz Hermione, mas para se mesmo do que para Murta. "Droga... Eu estou falando igual ao Malfoy! Eu acho que está na hora de para de ter esses encontros com aquele insuportável".Pensa Hermione pegando a toalha do cabide com força. Não queria se tornar uma pessoa tão fria e má como o Malfoy. Iria contra os seus princípios. Secou-se, vestiu as roupas que trouxera e enrolou a toalha vermelha na cabeça.

Saiu do banheiro com raiva. Murta havia trocado o Harry pelo Draco! O que é que Malfoy tinha que várias garotas gostam dele? Será que não enxergam mais do que a beleza? Ele é insensível, preconceituoso... E ser preconceituoso era o cúmulo! Era a coisa que mais odeia na sociedade. E tinha uma meta de acabar com ela. Por isso havia criado o F.A.L.E.

– Granger? – fala uma voz fria e masculina a sua frente.

– Hã? – diz Hermione que tinha acabado de voltar ao mundo real. Olha para frente e leva um enorme susto: – Malfoy!

– Eu mesmo, Granger. Mas o que você faz com essa toalha ridícula na cabeça? Está tentando esconder a juba? Eu acho que isso é impossível. – fala Draco dando um risinho de desdém.

– Vai tomar logo seu banho, Malfoy. Seu cheiro está fazendo eu ficar sem ar. – diz Hermione saindo de perto do garoto loiro antes que Malfoy desse uma resposta nada agradável. Ele parece meio chateado com que ela disse e sai para o banheiro.

Hermione virá e vê se acha o que a maioria das garotas de Hogwarts via naquele cara asqueroso. Não achou nada demais. Só alguém bonito, mas só a beleza que ele tinha... E talvez nem isso Hermione visse. A escuridão do coração maléfico de Draco cobriam os olhos da garota. Apenas fosse a magoa de anos sendo discriminada pela garota, simplesmente por ter os pais trouxas. Mas que culpa ela tinha de ter nascido assim? E se ela também tivesse sendo injusta? Ninguém sabia a vida de Draco e o que fez ele ficar assim...

– Granger, o que foi? O testa rachada Potter não tem tantos músculos quanto eu? É de se esperar... Já que ele passa fome na casa dos Weasley... – fala Malfoy rindo de Harry. Hermione respira fundo e se virá para ir embora. Não estava a fim de ficar trocando insultos com o Draco.

Todos estavam entrando no trem de Hogwarts. Um barulho imenso e várias conversas paralelas tomava conta das enormes filas para entrar. Hermione estava na frente de uma imensa. Eram seus amigos. Harry, Rony, Gina, Parvati, Kelly e Lilá nessa ordem. Todos conversavam em riam. Hermione estava muita concentrada no trabalho. Ao seu lado direito havia uma fila de garotos de outra casa, que estava sendo organizado por Richard Roosmith. No seu lado esquerdo estava Malfoy organizando (ou melhor, desorganizando) outra enorme fila. E do lado do Richard tinha uma fila comandada por Christine Cooper.

Cada monitor leva as suas respectivas casas para o trem. Depois que todos haviam se acomodado. Hermione vai para o vagão do trem separado para os monitores chefes. Era espaçoso.

A garota senta em um dos assentos. Estava vazio o vagão. Era bom para lê um livro, pegou um trouxa q estava lendo. Respirou fundo e abriu na pagina 223 do livro "As crônicas de Narnia". A porta abre com força. Hermione com raiva olha para quem havia feito isso e diz:

– Deixa de ser mal-educado, Malfoy! Não percebe que tem gente lendo?

– Cala boca, Granger. Vai voltar a ler seu livro porcaria... – fala Malfoy de muito mal-humor.

– Oi, Mione! – exclama uma voz feminina. Ela abre a porta e dá um pulo sentando do lado de Hermione.

– Oi, Christine. – diz Hermione sorrindo para a garota a sua frente. Ela tinha cara de criança. Os olhos azuis límpidos e grandes, mas não eram para fora como os de Luna. Uma boca fina e vermelha. Os cabelos compridos mediam até os quadris. Eram lisos, mas tinha cachinhos feitos à mão no fim. Eram loiros muito claros. E tinha covinhas na bochecha quando ria. Era uma verdadeira criança. A chamavam de baby Cooper. Era monitora-chefe da Lufa-Lufa. Nenhum menino a agüentava.

– Depois vamos para o clube, ta? – diz Christine rindo de um jeito extremamente infantil. Hermione confirma com a cabeça.

– Oi. – diz uma voz masculina.

– Oi. – responde Christine e Hermione em uníssono para Richard. Ele estava com um belo sorriso nos lábios.

Os restantes dos minutos que passaram juntos foi um pouco monótono. Falaram como os alunos estavam cada vez desobedientes. Malfoy disse que era para matar a maioria e o resto acalmava. Ele estava realmente com raiva dos sonserinos. E dos outros como de costume.

– Vamos para o clube? As meninas já devem está esperando. – fala Christine para Hermione com o seu sempre sorriso no rosto. Parecia uma criança feliz demais.

– Vamos sim. – diz Hermione se levantando com Christine. E indo em direção a porta para sair do vagão. – Tchau para vocês.

– Para você vai, Granger? – pergunta o mal-humorado Malfoy.

– Não é da sua conta, Malfoy. – fala Hermione ficando com muita raiva.

– Sabe o que Mcgonagall disse? Que não era para sair do vagão. – diz Draco se levantando.

– Deixa a Hermione em paz, Malfoy. – fala Richard se levantando e ficando na frente de Hermione e Draco.

– O que vai fazer? Bater-me? – pergunta Draco com sarcasmo e cruzando as mãos em baixo dos peitos.

– Você está muito estressado, Malfoy... Relaxa. – fala Christine rindo com o seu jeito calmo e infantil.

– A conversa não chegou no berçário. – fala Draco olhando para Hermione com raiva. – Vai embora, Granger. Não sabe o favor que faz.

Hermione virá à cabeça e sai. Estava realmente com raiva de Draco. Ela o achava desprezível e mal amado. Suspirou. Odiava o Malfoy e isso não ia mudar, nem com um milagre ou um anjo descendo do céu.

– Hermione!

Hermione é tirada dos seus pensamentos. Levanta a cabeça e vê Harry e Rony. Eles estavam comprando comida no carrinho da gordinha e sua carroça. Acena e sorri para os garotos. Chega perto deles correndo. Christine estava em sua cola.

– Oi, Mione. – fala Rony dando um enorme sorriso.

– Oi, Rony. Oi, Harry. – diz Hermione mostrando um belo sorriso aos garotos.

– Você está sumida... Mal falou com a gente hoje. Vamos conversar? – diz Harry pegando uns galões da bolsa que tinha na mão esquerda e entregou a senhora gorda. Rony pegou as compras.

– Estou mesmo. Vocês sabem... Ser monitora chefe não é fácil. – diz Hermione pegando um pouco dos doces que os garotos haviam comprado. Eles estavam com as mãos cheias, decidiu ajudá-los. – Eu até ficaria com vocês... Mas eu promete me encontrar com as meninas...

– Não se preocupa, Mi. Eu conto às meninas o que ocorreu. – fala Christine sorrindo e correndo para o último vagão do trem.

Os três entram calados. Só tinham eles no trem. Harry e Rony sentam na frente de Hermione. Eles despejam os doces entre os garotos.

– Pega algo, Mione. – convida Harry, sempre muito educado.

– Não, obrigado. Mas pro Rony não precisa oferecer... – fala Hermione olhando feio para Rony. Ele havia pegando um monte de doces e colocados todos de uma vez na boca. Harry sorri.

– Tem razão, Mione.

– Aff, vocês são muito certinhos! – exclama Rony mal humorado.

– Não, Rony. Somos educados. – fala Hermione dando um olhar de censura. Harry não queria um olhar daquele sendo transmitido pra ele. Rony não pareceu se importar.

– Hermione – diz Rony. Ele fez uma pausa para engolir a comida que estava na boca. – Me diz uma coisa. (Hermione consenti com a cabeça). O que e as outras meninas conversam tanto?

– Nada de mais, Rony. Não fica preocupado. – fala Hermione sorrindo. Sabia muito bem dos temores de Rony.

– Se não tem nada de mais. Então me conta. – fala Rony. Hermione suspira. Ele estava decidido em saber do que tanto elas conversavam.

– O mesmo que você, o Harry, Dino, Neville e Simas conversam. – diz Hermione seria.

– De quadribol? – pergunta Harry. Parecendo interessado em saber.

– Também. Mas de outras coisas, como maquiagem, moda... Essas coisas de meninas. – fala Hermione entre risos.

– Não falam de garotos, não é? – pergunta Rony querendo ter certeza. Harry achou a pergunta mais idiota que o amigo já havia feito.

– Talvez. – fala Hermione com uma voz de "tenha certeza". Estava a fim de vê Rony com ciúmes de Gina. Se ele soubesse do que elas conversavam...

– Como assim talvez! – exclama Rony quase aos berros. Hermione sorri. Harry bem que não acha graça. Elas não podiam falar de meninos! E muito menos Gina, sua namorada. Mesmo que sendo secreta.

– É isso que você ouviu, Rony. Falamos de garotos sim. E são de todos, ok. E não me olhe desse jeito! Vocês também falam de meninas! E não minta! – fala Hermione elevando um pouco a voz.

– Agente fala. – disse Rony abaixando a voz.

– Então não me venha com esses acessos de ciúmes! Gina é uma adolescente, Rony! Ela tem o direito de falar sobre meninos! Como você tem de falar de meninas! – exclama Hermione ficando com raiva. Estava ficando a fim de Rony? Devia está pirando...

Hermione vira e vai embora chateada. Mas não somente isso estava doida em falar com as suas melhores amigas. Tudo era mais à vontade. As conversas, os risos... Mas uma mão a impende de sair do vagão. Ele avia segurado o seu antebraço.

– O que foi? – pergunta Hermione virando para trás e dando de cara com um ruivinho cheio de sardas, era Rony.

– Eu queria fazer mais uma pergunta. – fala Rony. Hermione consenti com um breve aceno de cabeça. – Você também fala, Mione?

– Falo sim. Sou garota, Rony! Se você ainda não percebeu... – fala Hermione se irritando mais ainda e saindo do vagão.

– Rony, ela agora realmente ficou chateada. – fala Harry olhando onde estavam Rony e Hermione. O ruivo nada respondeu.

Hermione entra com muita raiva no ultimo vagão do trem, onde as suas melhores amigas conversavam. Joga-se na cadeira, ao lado de Kelly.

– Hermione! – exclama Kelly dando um abraço na amiga. Ela devolve o abraço. Sorri e as tristezas vão embora. Suas amigas tinham a capacidade de fazer isso.

– E ai, gente! Qual é o assunto? – pergunta Hermione curiosa.

– Garotos. – responde Gina sorrindo. Hermione sorri, se Rony ouvisse ela falando isso...

– Qual menino? – pergunta Hermione. Se fosse um assunto começado por Gina seria Harry. Luna seria o Rony.

– Malfoy. – responde Pavarti sorrindo. E complementa: – Agente dizendo como ele ficou bonito. Até a Gina concordou...

– Que milagre, hein, Gina? – fala Hermione rindo. Jamais admitiria que Malfoy era bonito. – Deixa o Rony ou o Harry escutar isso...

– Você não vai contar, vai? – pergunta Gina com medo. Não queria brigar com o novo namorado e nem com o irmão.

– É obvio que não, Gina! Você acha que eu só o quê? – pergunta Hermione entre risos.

– Mas e você, Mi? Você acha o Malfoy bonito? – pergunta Lilá falando pela primeira vez.

– Não vou dizer que ele não é feio, porque não é. Mas achá-lo bonito? Não é demais, não? Eu só vejo defeitos e mais defeitos. – fala Hermione dizendo a mais pura verdade de sua alma.

– A Hermione falou a verdade. – diz Luna no seu jeito sonhador. – Ela só conseguiu vê a sua alma poluída e cheia de maldade.

– Não fale assim dele! Ele é bem educado, sabe? – fala Kelly. A pessoa mais suspeita para falar isso.

– É melhor mudarmos de assunto. O assunto Malfoy me deixa deprimente. – fala Gina sem jeito. Hermione a abençôo por ter pedido para mudar de assunto. Depois passaram a conversar sobre moda, maquiagem, quadribol, Voldemort... E sem saber porque esse assunto trouxe Harry, para a alegria de Gina.

Todos estavam descendo do trem. Haviam finalmente chegado em Hogwarts. Os monitores chefes estavam ficando loucos! Ninguém obedecia a suas ordens e com a ajuda de Malfoy, que deixava os alunos mais malucos ainda era horrível.

– Calma pessoal! – pede Hermione pela décima quinta vez. – Por favor! Vão para o lado esquerdo e entrem em fila!

– Pelo lado direito! O suas antas ambulantes! Esse é o lado esquerdo! – grita Malfoy para um grupo de sonserinos do terceiro ano.

– Malfoy! Está tudo errado! – grita Hermione irritada. Como ele ajudava...

– Vai cuidar dos idiotas desses grifinórios... Granger! – fala Malfoy dando um pedala em um garoto da lufa-lufa.

Depois de conseguir com muito sacrifício levar os alunos para Hogsmeade. Os monitores chefes encostaram-se à parede da entrada, muito cansados. Respiram fundo, o cansaço o haviam pegado a todos e nada conseguiam falar.

– Draco! – chama uma voz feminina muito conhecida de todos.

– Ok, Kelly! Eu já vou. – fala Draco se desencostando da parede e indo em direção a Kelly. "Fazem um belo casal!" Pensa Hermione. Ele estava particularmente bonito naquela manhã. Usava uma calça social preta; uma camisa de mangas compridas (e estas estavam dobradas – no jeito de playboy) branca; o cabelo naquele seu jeito de sempre. Já Kelly estava mais bonita que nunca, queria agradar... Usava uma blusa branca com um chamativo decote em V; uma saia amarela com flores vermelhas, que mediam até um palmo em cima do joelho; o cabelo estava de um jeito muito lindo, com cachinhos lindos e lhe dava um ar provocante.

– Granger?

Hermione é acordada de sua analise de moda do casal. Olha para quem a havia a chamado.

– Diz, Roosmith. – diz Hermione a um belo moreno. Ele sorri. Estava muito bonito também. Foi ai que Hermione reparou na roupa de Richard. Ele usava uma camisa de mangas preta com listras brancas. Uma calça também preta jeans; os belos cabelos castanhos caindo sobre os olhos.

– Vamos andando? Podíamos ir até a Madame... Você quer ir? – pergunta Richard todo alegre. Hermione diz que sim com a cabeça. Ele não havia terminado a frase, talvez porque Hermione estava em um mundo muito distante dali.

– Huhum... – responde Hermione olhando para si mesma. Pensou se estava bonita. Não estava feia isso sabia, mas para andar com um dos garotos mais populares de Hogwarts! Ela usava uma saia branca q mediam em baixo do tornozelo, estilo rippe (eu adoro esse tipo de roupa!). Uma blusa rosa claro com um lado gatinho tudo brilhante no meio, ela tinha um decote quadrado que deixava muito bonito o seu busto. E usava uma sandália simples branca com pedrarias rosas. Estava do jeito que gostava, à vontade.

– Boa sorte! – exclama Christine para os dois se despedindo de ambos. Ela estava com uma minissaia (Hermione não entendeu como uma garota tão infantil usava uma roupa dessas) branca q tinha um lindo babado infantil de borboleta no final da saia (Hermione pensou: "Se não tivesse esse detalhe não seria Christine..."). Uma blusa branca com o Pooh enorme e rindo e brilhante ("Que coisa mais apapagaiada... Hahahah"). Os cabelos estavam divididos em duas tranças com várias brisilhinhas de borboletas que mudavam de cor e batiam as asinhas.

– Droga! – exclama Hermione com um aborrecimento na voz.

– O que foi, Granger? – pergunta Richard olhando para ela.

– Nada. – mente Hermione. Ela estava com raiva, sua saia branca estava folgada. "Que droga! Eu amo essa saia!" Pensa Hermione que tinha que levantar a saia direto para que não caísse. Ela havia emagrecido um pouco no verão.

Richard e Hermione caminhavam meio que distantes pela rua. Ele esperava o momento certo para contar algo e a garota esperava o momento certo pra correr dessa pergunta. Foram em direção a um local onde havia muitos casais que iam para namorar. Isso deixou Hermione bem mais encabulada. Entraram no tal estabelecimento. Era escuro e muito aconchegante. Os dois caminharam até umas das mesinhas redondas onde só havia lugares para duas pessoas. Sentaram-se.

– Desejam alguma coisa, queridos? – pergunta uma mulher baixinha e de sorriso cativante. Hermione nunca a tinha visto na vida. Ele sorriu educadamente.

– Eu quero suco de abóbora. E você Granger? – pergunta Richard com uma educação invejável.

– Eu quero um chá de hortelã, por favor. – pede Hermione olhando para os lados. Um cheiro de incenso fazia com que ela não pudesse vê nada. A mulher gorda vai para preparar os pedidos. Ela começa a espirar, tinha uma grande alergia a cheiros fortes.

– Você está bem, Granger? – pergunta Richard com cara de preocupação.

– Sim... Atchhh... Estou... Atchhhh. – fala Hermione em um espirro e outro. Ela dá um sorrisinho sem graça. Seus olhos estavam inchados e vermelhos, como o seu nariz e o rosto do seu rosto. Ela sabia muito bem como tava horrível. – É que eu tenho alergia a cheiros for... Atchhh.

– Você não está nada bem. Vamos sair daqui. – fala Richard levantando e fazendo com que Hermione fizesse o mesmo.

– Mas... Atchhh... E o chá e... Atchhh... O suco? – pergunta Hermione espirrando muito e querendo correr daquele tormento.

– Eu pego e tomamos lá fora. – fala Richard já fora do estabelecimento e olhando uma Hermione de rosto inchado e vermelho. Ela deu um sorriso como se quisesse dizer: "Tudo bem". Ele entra novamente para dentro do estabelecimento para pegar o pedido.

Hermione estava sentada numa pedra ao lado de Richard. Ela tinha na mão uma xícara de chá vazia e ele um copo de suco de abóbora na metade. Ele parecia apreensível. E o silencio do ambiente não favorecia em nada. Numa tarde de sol, mas em frente da Casa dos Gritos. Era bem estranho. Olhou para a garota ao lado e sorriu. Tinha que contar os seus sentimentos a ela. Não agüentava mais ficar conversando sobre quadribol (que para a surpresa dele, Hermione entendia muito bem de táticas de quadribol – Ela amava futebol!), ou sobre o ministro da justiça, a guerra que acontecia... Coisas alegres e ao mesmo tempo coisas deprimentes. E o que mais ele admirava nela não era a beleza (que ela tinha escondido por não se importar), mas pelo seu otimismo. Era isso que a atrai nela.

– Granger... Eu... Eu queria te perguntar uma coisa. – fala Richard meio que nervoso. Nenhuma garota o fazia sentir assim, a não ser Christine, mas era de irritação. Tinha medo da resposta de Hermione, porque ela era seria e direta, além de dá toco como ninguém.

– Fala. – diz Hermione não deixando transparecer um pouco de medo na voz. Será que o momento havia chegado? Ele iria lhe pedir em namoro? Mas que coisa! Estava morrendo de vergonha, mas ela não daria o braço a torcer a ninguém. Ninguém mesmo.

– Eu queria perguntar se... Se... Você queria... Queria...

– Olha quem vemos aqui! A sangue-ruim e o otário da escola. Mas que coisa... Pensei que você tinha um gosto diferente, Roosmith... Mas uma sangue-ruim nojenta e com os cabelos lambuzados! Faça-me o favor... – fala uma voz arrastada atrás deles.

Richard e Hermione se viram. Lá estava Malfoy e muito atrás dele e ofegante Kelly. Parecia que estava correndo para segui-lo. Ele tinha aquele sorrisinho de desdém. Olhava para eles com puro desprezo.

– O que você quer, Malfoy? – pergunta Hermione se levantando. Malfoy tinha uma façanha que só o Rony conseguia... Tirá-la do serio. Ela encara os olhos deles azuis que por serem tão cruéis tinham uma sombra cinza dentro deles.

– Nada... Aliás, quero. Preciso encher o saco de alguém e como não achei o Potter, nem os Weasley... – fala Malfoy de um jeito arrogante.

– Hermione! – chama uma voz feminina tocando no ombro de Hermione. Ela olha vê uma Kelly bem ofegante.

– Diz Kelly.

– Espera, Mi... – fala Kelly. Ela dá um grande suspiro. Tentando recuperar o fôlego. – A professora Mcgonagall está chamando você e o Malfoy.

– Mas para que? – pergunta Hermione parecendo chateada. Ela não havia feito nada.

– Sei lá. Só sei que chamou os dois e disse que queriam vê-los em breve. – fala Kelly fazendo uma feição intrigada.

– Vamos logo. Deve ser serio. – disse Hermione na frente e Draco logo atrás com a cara emburrada.

– Hei, é só o Draco e a Hermione. – fala Kelly segurando o braço de Richard que estava indo junto. Hermione vira e pede desculpa pelo o olhar e sai seguindo Malfoy que a havia passado na sua frente.

– Você sabe porque ela nos chamou? – pergunta Hermione perdida em pensamentos.

– Não faço a mínima idéia. – diz Draco pensando o que seria. "Coisa boa é que não é. Ela me olhou de um jeito..." pensa Draco suspirando.

Estavam andando calados. E eles nem perceberam que não estavam se xingando. Eles estavam bem mais preocupados com a conversa que teriam com Minerva. Isso não era nada bom. Draco suspeitava do que se tratava, mas desentendia o porquê de Hermione está ali. Hermione não fazia idéia do que estava acontecendo e tinha certeza que era uma armadilha que Malfoy havia pregado nela.

Longe, nos seus pensamentos, não perceberam que estavam indo para uma parte negra de Hogsmeade. Era escuro e mal iluminado. Muito frio. Hermione sente um calafrio e se aquece se abraçando. Um bruxo de cabeça coberta com uma capa lhe lançou um olhar fuminante. Ela sentiu mas não se importou muito.

Draco de repente segura Hermione e a encosta numa rua sem saída deserta. Era um beco apertado que mal dava para duas pessoas. Era mal iluminado e tinha um ar sombrio. Uma sombra passou por eles.

– Mas o que você pensa que está fazendo? – pergunta Hermione com raiva depois que ele tira a mão de sua boca, lhe impedido de falar.

– Cala a boca, Granger. Você é CDF, mas não sabe de nada. Aquilo era um algo realmente ruim. Nunca senti um ar como aquele. – fala Draco num sussurro.

– O que você acha que ele queria? – pergunta Hermione agora com medo e com as pernas bambas. – Não é muito comum vê umas coisas dessas por aqui.

– Não é mesmo. Nunca vi um negócio desse. Ele parecia ser movido por ódio. – fala Draco enquanto Hermione esfregava os braços. A garota estava assombrada. – Vamos embora daqui. Não estamos num lugar muito bom para uma sangue-ruim andar...

– Que coisa sem loiro imundo! – exclama Hermione. Ela o afasta dela e sai correndo pro meio da rua. Aquele tipo de ofensa estava a deixando maluca. Ela nunca tinha tanta raiva no peito.

Hermione estava uma fera. Draco saiu do beco e foi atrás dela correndo. Consegui segurá-la na metade da rua pela cintura.

– Vamos embora daqui! – exclama Malfoy. Ele estava nervoso. Queria sair dali.

– Me solta seu loiro asqueroso! – fala Hermione pegando as mãos do loiro e tirando as de sua cintura. E sai correndo. Depois subitamente volta correndo e gritando.

– Seu idiota! Você me trouxe até aqui para me matar! Mas não vai conseguir, não vai!

Hermione começa a correr em direção a Draco que continuava calado. Ele havia ficado perplexo com a situação. Será que ela não percebia que ambos corriam perigo? Tinha que sai dali. E corria perigo simplesmente pelo fato de está com ela!

– Fica ai, sua sangue-ruim! Quero mais que morra! – fala Draco com sua voz habitual. Mas ele vira novamente para lhe dizer umas verdades. Ela tropeça por que a saia a viu decido e cai em cima de Malfoy que a ampara, segurando-a pela cintura.

Os lábios deles se tocam. Um calor sobe em ambos. Ela abre a boca e deixa-o aprofundar o beijo e Malfoy não recusou em continuar. Começou um beijo cheio de ódio, desprezo, mas mesmo assim era bom. Hermione sente as pernas bambas. Draco sente o coração bate mais forte. O mundo parecia não existir. Só havia os dois e aquele caloroso beijo. Ele apertou o seu corpo para mais perto do seu e ela começou a bagunçar os cabelos loiros dele.

Numa inexplicável momento os dois recobraram a razão. Ela o emburrou e lhe deu um forte tapa. Malfoy colocou a mão no local onde a garota havia desferido o tapa e olha de um jeito cheio de desprezo.

– Como ousa, Granger? – pergunta um Malfoy cheio de fúria e ódio.

– Como ousa você! Seu safado! Beijar-me! Nunca pensei... Você é um completo idiota! – grita Hermione e vira e sai correndo em direção oposta onde Draco estava paralisado.

Hermione corre desesperada. Uma dor profunda bate no peito e ela não entende o porquê. Sua visão começa a ficar turva, lágrimas quentes e doloridas começaram a rolar sobre o seu rosto. Ela corre sem direção, só que se afastar de Malfoy. Não quer vê-lo. Seu ódio pareceu crescer ainda mais. Para numa árvore velha e sem folhas. Encosta as mãos nela e suspira...

"Ele vai me pagar! Ah, como vai... como ele pode fazer isso comigo? Ele não presta! Eu odeio ele! Odeio... aquele miserável! Ele me fez sofrer uma vez, não fará de novo! Mas o que eu to pensando? Ele nunca me faz sofrer assim... mas que dor essa dentro do peito? Como se fosse me matar... é como se tivessem partido o meu coração em pedaços pequenos... e eu to chorando igual uma besta! E ele deve está rindo! Seu cretino miserável!" Pensa Hermione com a mão sobre o peito. Muitas lágrimas corriam pelo seu rosto... Quente e cheio de ódio... Rancor, magoa... Desprezo, busca por vingança... Sentimentos que Hermione jamais pensou em sentir.

De repente um brilho forte ofusca a sua visão. Ela olha em direção ao brilho e vê um lindo cordão de ouro no chão. Hermione vai em direção ao cordão e o pega. Sente que a terra saiu dos seus pés... Estava sendo levada a algum canto... Era uma chave do portal!

Ela cai com um baque surdo no chão. O cordão estava sendo segurado com força na sua mão direita. Levantou e abriu a boca quando viu um lindo castelo medieval!

Hermione passa as mãos nos olhos para vê se estava sonhando. Não estava. Suspirou e atravessou os grandes portões que tinham leões talhados. Eles estavam abertos. Entrou e viu um lindo jardim que parecia entocado... Cheio de flores vermelhas, amarelas, de todas as cores! Um lindo lago cristalino banhava as portas do castelo. A ponte estava no ponto certo para entrar dentro do castelo. Não recusou, a sua curiosidade falou mais alto que o medo.

– Eu conheço esse lugar... – diz Hermione para si mesma dentro o castelo vazio. Começou a andar por todos os cômodos do castelo. Cozinha, sala, salão de festas... E tudo tão familiar!

Foi quando entrou no corredor mais familiar para ela. Começou a atravessá-lo decida e tendo um objetivo à frente. Uma porta preta. Abriu a porta e sentiu seu coração bater mais forte.

Quarto era grande e aconchegante. Parecia ter parado no tempo. Havia uma cama de casal estilo boneca, muito parecida com a que dormia em Hogwarts. Deitou nele e seu coração deu um salto de alegria. Sentiu o cheiro dos lençóis vermelhos com as bordas de ouro. Pegou o travesseiro e o abarcou como faria com um grande amigo. Foi quando sua atenção se voltou para um tijolo perto da porta do banheiro. Levantou e foi até ele. Como se soubesse o que aconteceria tirou ele do lugar e pegou uma caixa negra com um leão gravado nele.

Abriu a caixa com muito cuidado. Dentro dela havia uma pedra com um coração negro. Mas a pedra parecia ser de cristal! Hermione pegou na pedra para examiná-la. Um clarão rosa a envolveu e a pedra.

Draco tinha voltado finalmente para um lugar seguro. Se se encosta à parede. Leva as mãos no peito. "Aquela maldita Granger! Miserável! Depois me pergunta como pode beijá-la! Jamais beijaria uma sangue-ruim! Nunquinha mesmo... Principalmente aquela garota! Traidora e cruel..." Pensa Draco. Ele aperta o peito com as mãos.

– DRACO!

Ele havia caído com um baque forte no chão.

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Eu vou matar vocês de curiosidade... hahahahah...

Não percam o próximo capítulo! Ta d! Espero...

Obrigada o povo q mandou reviews! Valeu!